terça-feira, 6 de outubro de 2015

Aperto financeiro força consumidores a devolver casa e carro financiados- Sobe 19% casos de retomada de veículos, já desistência de imóveis na planta salta 30%

Heloísa Mendonça, EL País
Em um auditório cheio em Guarulhos, Meire Camargo, de 48 anos, observa atentamente como o leiloeiro tenta vender ao público presente e a outros milhares de internautas um Fiat Bravo. "Posso vender? Ninguém quer dar mais? Olha que ele é branco e a cor está na moda. Dou-lhe duas, dou-lhe três, vendido!". Não é a primeira vez que a empresária comparece ao local, mas desta vez está de olho em uma boa oportunidade para comprar o primeiro carro do filho.
"Em tempos de crise, não está fácil pagar um automóvel novo, é preciso procurar uma alternativa, temos que garimpar por aí", conta. Além disso, ela explica que escolheu o local porque grande parte dos veículos que seria leiloada foi apreendida de pessoas que não conseguiram pagar o financiamento. "São carros mais novos, muito mais conservados", completa.
Em tempos de aperto financeiro, muitos brasileiros não tem conseguido manter as parcelas do carro em dia e se vêm obrigados a devolver o veículo para as financeiras, que levam o bem para o leilão público para quitar a dívida. No primeiro semestre de 2015, a retomada de veículos cresceu 19% em relação ao ano passado. "O que notamos é que além do aumento de devoluções, a maioria dessas retomadas passaram a ser voluntárias, amigáveis.

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