quarta-feira, 19 de abril de 2017

DO FUTURO

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O LOUVA-DEUS

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HUMOR ATEU

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BEIJO DE LÍNGUA

Saí aos pulos da minha casa felpuda, pois ouvi um grito de socorro rouco vindo do banheiro. Fui procurar para ver o que acontecia e num canto encontrei uma barata que envenenada, agonizava. Fui ter com ela e disse-lhe: ‘Não tem jeito amiga, para você não há volta, faça o seu último pedido. Então gaguejou ela: ‘Um beijo de língua, um beijo de língua... - Puta que pariu barata morra logo! Saí de fininho antes que meu mole coração fizesse uma besteira da qual iria me arrepender para o resto da vida.
                            
Pulga Lurdes
O que pode ser afirmado sem provas também pode ser rejeitado sem provas.
— Christopher Hitchens
Não tenha inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.
— Bertrand Russell

MUNARO

Munaro era um homem pequeno que se tornou triste. Viúvo recente, não tinha mais prazer na vida. A depressão foi tomando conta do pequeno corpo dele; os remédios não o ajudaram. Por fim, no último domingo ele deu cabo da vida se enforcando num bonsai.

LANCHINHO

Uma multidão se reuniu em volta do homem que sentado na calçada se alimentava. Usava maionese, ketchup e mostarda como incremento. Protegia sua camisa com um guardanapo de pano xadrez. O que teria de especial um homem fazendo seu lanche na calçada? Nada teria, se ele não estivesse se alimentando de paralelepípedos.

OLAVO

Olavo sempre descontente, bufando infeliz pelos cantos, bebendo e jogando. Com trinta e cinco anos não havia ainda se encontrado; lugar algum era o seu lugar. Nada estava bom, azedume para dar e vender. Finalmente aos quarenta anos ele se encontrou, porém não deu certo, pois aí ele já era outro. Foi assim que Olavo morreu caduco.


“Nunca fui de bater em outros. Minha especialidade sempre foi apanhar.” (Mim)
"Quem segue um líder cegamente sem deixar para si o direito da dúvida não passa de um tolo". (Mim)
“Num vale de lágrimas é bom negócio vender lenços.” (Mim)
“Um corrupto quase sempre tem outro por dentro. Outro bolso.” (Mim)
“Por aqui os larápios se reelegem. Pelo jeito a mentira nessas plagas não tem a tal perna curta.” (Mim)
“O empregado preguiçoso se pudesse doparia o relógio para andar mais rápido.” (Filosofeno)
“Não pense em morrer de amor. Você apodrece e ela arruma outro.” (Filosofeno)


“A ignorância é transformadora. Transforma o ser humano numa ovelha. Leia, pense, tenha dúvidas.” (Filosofeno)
“Literatura de qualidade filtram nossos ouvidos contra ideias sem fundamento.” (Filosofeno)
“Mais de cem bilhões de humanos já passaram pelo planeta. Ninguém voltou do nada. Pois é o existe depois da morte, o nada.” (Filosofeno)


“Há países únicos em determinada singularidade. Nos brasileiros temos a infeliz propensão a piorar a cada quatro anos os nossos dirigentes.” (Filosofeno)

QUANDO UM AMIGO SE VAI

Quando um amigo se vai
É  uma estrela que se apaga.
Mesmo não querendo
E procurando entender,
A gente sofre.
Mais doloroso ainda,
É quando ele parte
Assim de repente,
Surpreendendo a sua gente
E deixando tantos sonhos pelo caminho.

GAIOLA

Gaiola não é hotel,
E por mais que o serviço seja bom,
Não existe a liberdade só conseguida nos céus.
Que se abram as portinholas,
E que seja dado aos casaquinhos de penas
O direito de viver sem limites.

TRISTEZA NO CIRCO

Era um circo pobrezinho
De parcos recursos e lonas rasgadas
Não tinha animais em jaulas
Nem mesmo um velho leão desdentado
Sobrevivia de espetáculos de lutas e palhaçadas
Mas era um circo alegre
Porém um dia o circo pobre
Além de pobre ficou triste
Seu artista principal foi morto num bordel
Numa incrível covardia
Meus olhinhos de criança
Viram quando saiu o cortejo
Acompanhado por dois palhaços
E nenhuma multidão.

O VENENO DA MENTIRA E A EDUCAÇÃO por Percival Puggina. Artigo publicado em 19.04.2017

"Um país se faz com homens e livros", ensinou Monteiro Lobato ao Brasil de seu tempo, de maioria analfabeta. Por via de consequência, podemos afirmar que a construção de um país passa, também, por professores e livros didáticos. Estas verdades acacianas foram entendidas pelos totalitarismos, que sempre usaram o sistema de ensino para a indigna tarefa de moldar gerações segundo os devaneios de seus dirigentes políticos. E a missão prossegue, mesmo em regimes de feição democrática, mediante infiltração, para idêntico fim, de modo militante, nas mentes dos homens e na alma dos livros.
 Não é só a escola, portanto, que deve ser sem partido. Também ao material didático impõe-se essa condição. Contam-se às dezenas de milhões os livros que os governos de esquerda e centro-esquerda enviaram às escolas para transmitir aos estudantes brasileiros visões distorcidas da política, da economia, da história, da vida social, do cristianismo e da Igreja Católica. Tivessem maior credibilidade os militantes da causa, não fossem tão escandalosamente sectários, não abusassem tanto do poder de ensinar que lhes foi outorgado, não fossem tão desautorizados pelos fatos, e o estrago teria sido muito maior.
 A mais recente edição do Fórum da Liberdade - "O futuro da democracia" - foi uma evidência de que nem tudo está perdido. Milhares de estudantes lotaram espontaneamente o auditório da PUC/RS, durante dois dias, para assistir e aplaudir, com entusiasmo, conferencistas nacionais e internacionais que discorreram sobre liberdades políticas e econômicas, autonomia do indivíduo, papel subsidiário do Estado, empreendedorismo e causas estruturais da pobreza e da riqueza. Chega a ser surpreendente que aqueles jovens procedessem de salas de aula nas quais apenas 20% dos professores se consideram politicamente neutros; onde 86% deles, na opinião dos alunos, transmitem um conceito positivo de Che Guevara, e 78% creem que seu principal papel seja o de "formar cidadãos" já se sabe para quê (matéria completa do Spotniks aqui).
 Mas não é só por livros didáticos e professores militantes que o veneno da mentira e da ocultação da verdade a serviço da causa se infiltra no meio estudantil. Tal prática parece correr solta, também, em sites com conteúdos escolares. É o de que me adverte um leitor, diante de matéria no portal "Brasil Escola". No meio de um texto que descreve a situação da Alemanha no período entre as duas grandes guerras e o surgimento do nazismo, o autor do conteúdo permitiu-se instalar este "jaboti":
"Em 1917, a Rússia, comandada pelo socialista Lênin, derrubou o governo do Czar Nicolau II e instaurou uma nova forma de governo democrático: o comunismo. Os países que baseavam suas economias no capitalismo e na exploração do trabalhador se viram ameaçados. Uma onda de movimentos antidemocráticos surgiu no cenário mundial, com o intuito de conter o crescimento do comunismo."
Se você enxerta uma opinião pessoal em meio a um relato histórico neutro, você amplia a credibilidade da propaganda que faz. Mutretas como essa saltam de livros didáticos, sites de educação, polígrafos, provas escolares, exames do ENEM, mostrando que Escola sem Partido é uma imposição da realidade. Para dizer como os "companheiros": é preciso problematizar essa falta de escrúpulos e de limites. O país não pode ficar refém do atraso e da perfídia de deseducadores.
________________________________
* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

CORREIO DO CRUCIFIXO- Ainda de luto pelo expurgo de Dilma, Papa hostiliza Temer e repele convite para visitar o Brasil.

Como bom ateu eu pergunto: que falta irá fazer? Que vá roubar crucifixo ao lado de Nicolás Maduro!

NÃO DÁ!

A bagualada sindicalizada brasileira quer trabalhar pouco,ter inúmeros benefícios e garantias de emprego, curtir trocentos feriados no ano e ainda ter o padrão de vida de um trabalhador alemão. Aí não dá!

“Os medíocres para encontrar um caminho na vida precisam de luz alheia.” (Eriatlov)

“Num país sério a ignorância não é considerada uma virtude.” (Eriatlov)

“O que o PT fez com o Brasil o seu Nicanor 20 filhos fez com a mulher.” (Eriatlov)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- segunda-feira, maio 28, 2012 DO ALTO DE MEU SOFÁ

Ainda o Facebook. Desconfio de militantes de qualquer causa. Todo militante é proselitista. Julga-se dono da verdade. Até pode ser que seja. Mas nada temos a ver com isso. O que mais me afasta da militância, no entanto, é sua ineficácia. Serve no máximo para promover alguns líderes e nada mais. Estou falando do que conheço.

Eu também fui militante, em um breve período de minha vida. Foi em meus dias de católico. Em meus quinze anos – pasma, leitor! – eu era presidente de Congregação Mariana em Dom Pedrito. Levei meus congregados às últimas conseqüências e acabei destruindo a congregação, meu primeiro contributo ao esclarecimento das gentes. Fui expulso da cidade – expulso pela primeira vez, é bom salientar. Mas os padres foram generosos. Cortaram minha matrícula no colégio mas me encaminharam ao colégio Santa Maria, em Santa Maria. Lá, passei a militar na Ação Católica. Era um cristianismo mais arejado, mas nem por isso menos asfixiante.

Transformar o homem e o mundo – este era o menor de nossos propósitos. Nos reuníamos em congressos com jovens de todo o país e aquele número de militantes, vindos de todos os quadrantes, nos dava uma sensação de poder e um gostinho de vitória. Cristo tinha reunido doze? Pois bem, nós reuníamos muito mais. Tínhamos certeza absoluta de que conseguiríamos levar os homens ao bom caminho e voltávamos em fogo para nossos municípios. Eu era bom orador e conseguia comover as massas. Em um desses encontros, uma freirinha em lágrimas me abraçou e disse: “Cem homens como você e nós transformamos o mundo”. Havia bem mais de cem e não transformamos coisa alguma.

À medida que nos aproximávamos de nossas cidades, o entusiasmo mermava. Aquela alta tensão espiritual que havíamos vivido por uma semana se esvaía como água entre os dedos. Longe dos nossos, nos sentíamos isolados e impotentes. Alguns optaram pela luta armada. Deu no que deu. Foi aí então que joguei ao lixo essa idéia perversa que até hoje contamina a humanidade, a idéia de Deus. Me senti livre e dono de meu destino. Militância nunca mais!

Na época, fui abordado pelos marxistas, que generosamente se propunham a acolher aquela pobre alminha desprovida de fé. Eles também eram religiosos a seu modo. Assim como acreditávamos em Deus e na parusia, eles acreditavam na História e no Estado comunista. Como nós, católicos, eram também arrogantes. Olhavam com discreta piedade os que não participavam de sua ideologia: esse coitado não entendeu o mundo.

O que nos dava certeza da vitória era a universalidade do movimento. Tanto cristãos como comunistas, sabíamos que em toda aldeia do Ocidente havia alguém lutando pela Causa. Saber-se partícipe de uma luta universal gera a certeza dos fanáticos. No Brasil, as pequenas cidades podiam não ter uma guarnição militar. Mas lá estavam, onipresentes, a Igreja e uma célula comunista. O eterno combate entre Don Camilo e o camarada Peppone. Mais tarde o pároco de aldeia e o alcaide juntariam forças, mas isto já é outro assunto.

Naqueles dias, um pouco antes de perder definitivamente a fé, militei na Juventude Estudantil Católica (JEC) e Juventude Universitária Católica (JUC). Os religiosos que nos orientavam eram homens abertos, mas o conflito sexual persistia. Em Santa Maria, eu apertava o padre Carlos Pretto contra a parede: "Se mulher é tão bom, por que é proibido?" Pretto armava uma longa história, de final curto e grosso. Que não devíamos ter relações com uma mulher por amor a ela. “Eu estudei em Roma – dizia Pretto – no meio daquelas gringas boazudas. Eu me perguntava porque não podia ir para a cama com elas. Examinei criticamente a Bíblia e concluí que não podia fazer isso pelo amor que devia a elas”.

Nada mais fácil para um crente do que inverter uma evidência. Eu também havia lido a Bíblia e, fora as neuroses de Paulo, não via nada demais no exercício da sexualidade. Mas o Paulo era o Paulo. Eu era o Cristaldo. De minha parte, era por amá-las que as queria na cama.

Mas Pretto não era de ferro. As militantes de JEC e JUC, secundaristas e universitárias cheias de charme e desejo, fizeram um excelente trabalho de sapa. Mais adiante Pretto já ousava heresias desde "mulher e religião não se discute, se abraça" a outras do tipo "se batina fosse bronze, que badaladas!" Os sacerdotes que desceram do púlpito para falar conosco – e foram vários – sempre condenando a sexualidade, acabaram largando a batina, casando e fazendo filhos. Foi nossa revanche a longo prazo.

Um sexualidade exigente e incontrolável foi, sem dúvida alguma, o que me libertou do obscurantismo. Houve também os questionamentos de ordem intelectual, mas estes foram secundários. E é o sexo que tem afastado milhares de sacerdotes da Igreja Católica. Em Santa Maria terminaram meus dias de militância. Ateu, decidi tratar de meu jardim.

Ora – perguntareis – então porque escreves? Boa pergunta. Escrevo por necessidade interior, gosto de questionar convicções. Fazer terrorismo intelectual, examinar as contradições de doutrinas que parecem sólidas, é algo que me diverte. Escrevo para exercitar meu senso de humor. Leitor algum me flagrará portando bandeiras. Aceito o mundo como ele é, com suas misérias e grandezas. Sou adepto do “amor fati” nietzscheano. Aceito integralmente o que me cerca, minha vida e meu destino, no que tiver de doloroso ou prazeroso. Hoje, liberto do cristianismo, não movo uma palha para modificar o mundo. Que siga seu curso. Mas me reservo o direito de fazer algumas anotações à margem.

Que jovens sejam militantes, entendo. Com que faremos a revolução? – perguntava-se um dos personagens de Roberto Arlt. Com os jovens – respondia seu interlocutor -. São estúpidos e entusiastas. O que me causa espanto é ver marmanjos lutando por causas bobas.

A militância está tomando novas formas nestes dias de Internet. Se antes seus instrumentos eram passeatas e manifestações, aos poucos está se tornando protestos indignados contra a corrupção no Facebook. Temos agora o militante de sofá. Ou de teclado, como quisermos. Os corruptos, se é que tem tempo para perder nas ditas redes sociais, devem morrer de rir. Nunca vi protestos, nem na Internet nem nas ruas, punindo corrupto. Se nem as leis conseguem puni-los, não serão mensagens indignadas que os levarão à cadeia.

Enfim, o choro é livre. Mas para mim soa como algo ridículo ver marmanjos, alguns até com certa estatura intelectual, protestando quais jovenzinhos indignados contra os políticos malvados. A impressão que me fica é a de um certo descargo de consciência. Algo como: não sou indiferente às injustiças do mundo. Do alto de meu sofá, estou contribuindo para um mundo melhor. 

Contem outra.

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A NOBRE ORDEM DO CRUZEIRO NO PEITO DO CRIMINOSO BASHAR AL-ASSAD


Pois é. A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul descende da Imperial Ordem do Cruzeiro, criada por D. Pedro I logo após a Independência. Abolida pela República, renasceu em 1932 por ato de Vargas como homenagem nacional a personalidades estrangeiras que tenham prestado relevantes serviços ao Brasil. É concedida por decreto presidencial e entregue de modo solene e protocolar. E assim tem sido, com umas poucas exceções totalmente fora da bitola, como foi, por ato de Jânio Quadros, a entrega a Che Guevara, cujos serviços ao Brasil se resumem às estamparias de camisetas e boinas. Ou a de Alberto Fujimori, por iniciativa de FHC. Poucos meses depois dessa homenagem, acusado de corrupção e outros crimes, o agraciado abandonou o Peru e se foragiu no Japão.




O recente ataque de Bashar Al Assad contra população civil de seu país, com uso de arma química, fez tocar o sino da memória lembrando que o ditador sírio, já contando 10 anos de um mandato ainda sem fim, foi agraciado por Lula com essa nobre comenda em 2010. E note-se que, naquela época, ninguém podia alegar desconhecimento sobre o caráter ditatorial de suas práticas contra a oposição política e quaisquer manifestações populares. Lula sempre manifestou interesse e apreço por governantes com longos mandatos. Hoje há um genocida à solta com o colar da ordem no pescoço.

DO BLOG PERCIVAL PUGGINA

QUANDO O CRIME FAZ AS LEIS por Percival Puggina. Artigo publicado em 17.04.2017

É cruel a situação dos bolsões urbanos onde o crime se enquadrilha e rege a vida das pessoas de bem. Além está o mercado das vítimas, cuja juventude deve ser levada ao vício, cujos bens devem ser tomados e cuja vida não tem valor. Nenhum chefe do crime paga um vintém pelo corpo estendido no chão. Seu carro, este sim, tem custo e preço. É o "capitalismo" da criminalidade, que certa esquerda, por algum motivo, reverencia como justiceiro.
 Observo o Brasil que se vai revelando aos nossos olhos e percebo muita semelhança. Aqui atuava e dava ordens uma rede de organizações criminosas incrustadas em inúmeros centros de poder. A partir deles eram prestados alguns serviços à nação que os recepcionava na intimidade das instituições republicanas. Migalhas, distribuídas como farelo a pintos. Enquanto discursavam sobre o estado do bem estar social, viviam às custas dos miseráveis na mais escandalosa suntuosidade. A dependência é análoga à que os chefes do tráfico estabelecem sobre as regiões onde se abrigam.
 Nos novelos desenrolados pela Lava Jato foi-se sabendo que, em imensa proporção, decisões e atos do poder público tinham preço e constituíam mercadoria. Eram como drogas que intoxicavam a sociedade, a economia, a política, o direito e a justiça. Vendiam-se leis, portarias, medidas provisórias e emendas. Vendiam-se contratos, financiamentos, taxas especiais de juros, informações privilegiadas e audiências. "Alô, alô, freguesia! Quem quer uma isenção ou beneplácito para alguma falcatrua?". Mercantilizavam-se ministérios e se compravam partidos até acabar o estoque. O foro privilegiado era a sobrecapa do descaramento, regalia indisponível, aliás, ao colega lá do morro, com correntes de ouro no pescoço.
 E agora, que podemos dizer como Drummond a José que a festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu e a noite esfriou? Agora devemos ter plena consciência de que também na nossa comunidade bandidos fazem leis. E elas saltam dos recantos do Congresso Nacional como pipoca na panela que esquentou. Vão da incrível legalização do caixa-dois à inibição dos poderes do Ministério Público e do Judiciário, passando pela enxurrada de dinheiro público para o financiamento das futuras campanhas eleitorais. Mas seu lugar de honra está na Comissão Especial da Reforma Política. Ali se jogam lances como o voto em lista fechada pré-ordenada, uma proposição cujo simples enunciado espanca a democracia. Segundo ela, não serão mais os eleitores, com os votos dados aos candidatos de sua preferência, que atribuirão mandatos aos mais votados. Isso não convém àqueles cujos rostos e negócios se tornaram conhecidos. Como farão campanha, colarão cartaz em muro e se exibirão na TV? Sem voto, vai-se o mandato. E sem o mandato, o futuro passa, em 2019, pela pista do aeroporto de Curitiba.
 Com a lista fechada e pré-ordenada, defendida pelos investigados, a começar pelos presidentes das duas casas do Congresso, pelo presidente e pelo relator da Comissão da Reforma Política, a situação fica como explicado a seguir: em junho do ano que vem, ao realizarem suas convenções, os partidos, na imensa maioria dos casos comandados por seus congressistas, organizarão suas listas de candidatos a deputados federais e estaduais colocando os atuais parlamentares nos primeiros lugares. Estes, os do topo da lista, sairão da Convenção para comemorar a eleição; os demais, bons que sejam, estão previamente derrotados. Três meses mais tarde, em outubro, nós, os bobos da corte, compareceremos aos locais de votação, onde somaremos nosso voto a uma lista qualquer para que assim, proporcionalmente, sejam definidas quantas cadeiras cabem a cada sigla, segundo aquela ordem de preferência que cada partido houver definido em junho.
Não se diga que há países civilizados que votam assim. Este é o país da Lava Jato, do foro privilegiado, onde criminosos legislam, governam e julgam. (Leia a íntegra do artigo aqui: http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/ultimas-noticias/tag/percival-puggina/)

TEM MAIS, TEM MAIS


Dentro de poucos dias, na quinta-feira, 20 de abril, uma nova delação que tem tudo para ser explosiva: a de Leo Pinheiro, até há pouco presidente da OAS, tendo como temas centrais o apartamento triplex no Guarujá e o sítio em Atibaia que não são de Lula. Leo Pinheiro comandou a reforma do apartamento e autorizou o pagamento pela OAS da guarda, por quase dois anos, de dez contêineres com presentes recebidos por Lula em seus dois mandatos. Como presidente da OAS, tem condições de confirmar que a empresa investiu uma boa quantia como um agrado ao ex-presidente.



O caso do apartamento é decisivo: o julgamento, pelo juiz Sérgio Moro, deve ocorrer ainda neste primeiro semestre. Caso haja condenação, o julgamento do apelo decidirá se Lula mantém ou não os direitos políticos. Mesmo que se defenda em liberdade até que o processo seja concluído, em terceira instância, estará impedido de se candidatar a qualquer cargo.

Coluna Carlos Brickmann

Abaixo as fronteiras

A propósito, o chefe do setor de Infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Jr., delatou o pagamento de 40 milhões de euros, "com recursos não contabilizados", ao lobista José Amaro Pinto Ramos, para associar-se aos franceses na construção de submarinos para a Marinha do Brasil. Saiu um acordo esquisito, em que a França forneceria tecnologia desde que a Odebrecht fosse sua parceira no país. Esquisito só para nós, cidadãos: as autoridades não estranharam que outro país determinasse qual empresa brasileira forneceria material de guerra à nossa Marinha. E os tais € 40 milhões pagos ao lobista? A Receita irá agora cobrar os impostos e tentar saber se onde havia esses euros ainda há algo sobrando?

Coluna Carlos Brickmann

DE ONDE SAIU O DINHEIRO?


Esqueçamos, por alguns instantes, os banhistas do mar de lama. A pergunta agora é outra: de onde a Odebrecht tirou o bilhão e tanto que confessa ter pago em propinas? Onde estava guardada a fonte do lamaçal?



O controlador da empresa, Emílio Odebrecht, disse que pelo menos nos últimos 30 anos as coisas funcionaram assim. Assim como, cara-pálida? O dinheiro que a Odebrecht recebe por prestação de serviços entra contra uma nota fiscal; se aplica parte da receita, há emissão de comprovantes dos ganhos (e prejuízos). O total de seus recursos, portanto, está registrado. De onde sai o dinheiro das propinas?



A explicação possível é que as leis vêm sendo violadas nos últimos 30 anos, em que a empresa parece ter usado uma série de truques para gerar dinheiro de caixa 2. Há vários truques possíveis: simular prejuízos, por exemplo, permite evitar o pagamento de impostos sobre os lucros ali obtidos e abater, dos outros lucros da empresa, o valor necessário para abater o prejuízo inexistente. E, claro, os peritos de que um grupo desse porte entendem tudo do assunto.



Esses truques implicam, por definição, impostos menores do que deveriam. E a Receita Federal nunca percebeu incongruência nenhuma entre o volume de negócios e os lucros tributáveis? Os balanços também se tornam irreais - e as auditorias independentes, para que servem?



Siga o caminho do dinheiro. É aí que vamos descobrir a fonte da lama.

Coluna Carlos Brickmann

GAZETA DO SAPO- CADEIA!!

As redes sociais não perdem a piada: “O Lula está que nem o Brasileirão de 1985... entre Bangu e Coritiba.”

CH

DIÁRIO DA LAMBRETA ENFERRUJADA- POLÍCIA DE MADURO USA GÁS VENCIDO ‘MADE IN BRASIL’

Venezuelanos denunciam que a polícia do semi-ditador Nicolás Maduro usa bombas de gás lacrimogêneo vencidas, compradas do Brasil, na repressão a manifestações contra o governo. As bombas foram adquiridas durante o governo Lula (PT), em 2010, mas seu prazo de validade, segundo fontes oficiais, venceu em 2015. Fotos de bombas de gás recolhidas por populares confirmam a data de validade vencida.

CH

‘ALMIRANTE’ DA PROPINA É VELHO AMIGO DE LULA

É um velho amigo de Lula o “almirante Braga”, apontado por delatores como intermediário de propinas da Odebrecht pelo contrato no Prosub, bilionário programa de construção de submarinos. Trata-se na verdade do Comandante Braga, capitão de corveta aposentado Carlos Henrique Ferreira Braga, tão ligado a Lula que até emprestou-lhe um avião para a campanha presidencial de 1989. No governo do amigo petista, Braga vendia remédios cubanos, mesmo aqueles já produzidos no Brasil, como aspirina.

Cláudio Humberto

SELEÇÃO BRASILEIRA DO CRIME- ODEBRECHT AFIRMA QUE DILMA 'ESCALOU' MERCADANTE PARA TRATAR DA LAVA JATO

O ex-presidente da maior construtora do País, Marcelo Odebrecht, afirmou, em delação premiada, que a ex-presidente Dilma Rousseff escalou, em 2015, o ministro Aloizio Mercadante interlocutor do governo "junto à Odebrecht" para tratar de assuntos ligados à Operação Lava Jato.