quinta-feira, 30 de outubro de 2014

IMB- Por que é importante um país ter uma economia aberta

Houve uma época em que o povo da Índia tinha de entrar em uma lista de espera para conseguir comprar o carroAmbassador, que era fabricado pelaHindustan Motors e que era uma mera e óbvia cópia do sedã britânico Morris Oxford de algumas décadas anteriores. 
O motivo para essa lista de espera era simples: o governo indiano não permitia a importação de carros estrangeiros, pois queria evitar a concorrência e, com isso, "proteger e estimular" a indústria nacional.
O fato de que o Ambassador era uma mera cópia não é nenhum motivo de condenação.  A primeira câmera Nikon era uma óbvia cópia de uma câmera alemã chamada Contax, e a primeira Canon era uma óbvia cópia da também alemã Leica.  A diferença é que, ao longo dos anos, Nikons e Canons foram se aperfeiçoando até se tornarem o estado da arte, tanto durante a era do filme quanto na atual era digital.
O mesmo não ocorreu com o Ambassador.  O carro se tornou famoso por sua péssima dirigibilidade, pelo seu baixo desempenho e pelo seu pobre acabamento.  Porém, dado que ele era a única opção em toda a Índia, as pessoas não tinham alternativa a não ser entrar em uma lista de espera que durava meses — em alguns casos, anos.
Em comparação, Nikon e Canon já surgiram sendo reconhecidas como produtos de qualidade, e foram melhorando ainda mais à medida que as empresas que as produziam iam adquirindo mais prática e mais experiência.  Operando em um mercado internacional altamente competitivo e exigente, elas não tinham escolha: ou se aperfeiçoavam ou desapareciam.
Por outro lado, o Hindustan Ambassador não tinha esse problema da concorrência, pois ele usufruía uma total reserva de mercado imposta pelo governo.  Quem tinha problemas era quem comprava um Ambassador.
No final do século XX, a Índia começou a flexibilizar algumas de suas rígidas regras e regulações que vinham estrangulando as empresas indianas.  Embora a Índia ainda esteja bem longe de um livre mercado, o simples fato de relaxar algumas de suas restrições econômicas foi o suficiente para promover uma alta taxa de crescimento e uma substancial redução em sua alarmante pobreza.
O governo indiano até mesmo permitiu que uma fábrica automotiva japonesa se instalasse na Índia e fabricasse ali seus carros.  Isso resultou em um carro chamado Maruti, cujas vendas rapidamente dispararam e levaram o carro ao topo da lista dos mais vendidos, fazendo com que ele se tornasse o carro mais popular da Índia.  Mas o evento mais notável foi este: a concorrência do Maruti levou a vários aprimoramentos no Ambassador.  Uma revista especializada britânica disse que o Ambassador agora tinha uma "aceleração perceptível".
Agora que havia concorrência, a revista britânica The Economist anunciou que "os Marutis também estão sendo aprimorados, já se antecipando à futura entrada de novos concorrentes em decorrência uma nova rodada de abertura comercial".
Talvez o último capítulo da história do Ambassador esteja sendo escrita neste momento: a Hindustan Motors anunciou recentemente que estava fechando — indefinidamente — a fábrica onde o Ambassador era construído.  De acordo com o The Wall Street Journal, "a empresa citou a baixa produtividade, 'uma crítica escassez de fundos', e uma baixa demanda por seu produto principal, o Ambassador".
Após essa pequena história, faça um rápido exercício mental: qual empresa do seu país se parece com a Hindustan Motors?
Pense em todas aquelas empresas (privadas ou estatais) que usufruem um quase-monopólio de sua área em decorrência de tarifas de importações proibitivas e de o mercado ser regulado por agências reguladoras.  Fabricantes de automóveis, empresas de telefonia, empresas aéreas, empresas de TV a cabo, empresas de eletricidade, bancos etc.  Os serviços delas são bons?
E quanto aos Correios, cujo monopólio é o mais explícito e mais protegido?
Ironicamente, a Índia privatizou parcialmente seus Correios ao permitir que empresas privadas também entregassem correspondências e outros pacotes.  Consequentemente, as entregas do correio estatal caíram de 16 bilhões para menos de 8 bilhões em apenas seis anos, ao mesmo tempo em que a população da Índia continuou crescendo a altas taxas.
Sempre será possível manter uma empresa velha, pesada e ineficiente funcionando — basta o governo despejar nela quantias ilimitadas de dinheiro confiscado dos pagadores de impostos [como ocorre com os Correios e com a Eletrobras], ou protegê-la da concorrência de estrangeiros via regulações [como ocorre com todas as outras empresas que são reguladas por agências reguladoras] ou via tarifas de importação.
A Hindustan Motors teve de fechar suas portas porque o dinheiro acabou e porque os concorrentes se mostraram superiores e mais bem preparados para atender aos desejos dos consumidores indianos.  Por quanto tempo ainda teremos de manter nossas próprias versões do Hindustan Ambassador respirando por aparelhos à custa dos pagadores de impostos e dos consumidores cativos que não têm a liberdade de decidir de quais empresas irão comprar seus produtos?
______________________________________
Leia também:
Thomas Sowell , um dos mais influentes economistas americanos, é membro sênior da Hoover Institution da Universidade de Stanford.  Seu website: www.tsowell.com.

Tradução de Leandro Roque

Miniconto- Em breve choverá livros

Um agricultor caminhava pelo campo quando viu escrito na grama: “Em breve choverá livros.” Não deu bola e seguiu seu caminho. No outro dia nos céus de todas as cidades do país estava escrito: “Em breve choverá livros.” No terceiro dia quando se ligava a televisão aparecia na tela os dizeres: “Em breve choverá livros.” O povo começou a ficar preocupado. No quarto dia ouve pânico, pois todas as emissoras de rádio sofreram interferência de uma comunicação que dizia: “Em breve choverá livros.” No quinto dia novamente nos céus do país um recado um pouco maior: “Em breve choverá livros e todos terão que lê-los!” Mais pânico. No sexto dia não ouve comunicação alguma, os alienígenas então dominaram o país sem precisar lutar. Uma verdadeira baba. Um deles perguntou então ao líder: “E o povo?” – O líder respondeu: “Todos refugiados na Venezuela, Bolívia Argentina.”

Miniconto- Os velhos e a vela

O velho e velha Antiok resolveram sair de casa para visitar o grande amigo Sirtuk que estava acamado. Quando tinham dados poucos passos na rua a velha se lembrou que havia deixado a vela por apagar. Voltaram os velhos para apagar a vela e saíram. Novamente eram alguns passos porta afora e o velho disse que precisava voltar para pegar seu isqueiro. Voltaram. Sem precisar da vela o velho achou seu isqueiro. Nisso a velha percebeu que estava sem calcinha e acendeu a vela para procurá-la. O velho segurava a vela enquanto a velha procurava por sua calcinha. Achada e posta a calcinha o velho apagou a vela sem não antes tropeçar e derrubar a velha e a vela. De pé os velhos saíram deixando a vela no escuro. Mais tarde quando retornaram para casa os velhos perceberam que a porta havia ficado aberta. O velho disse que entraria sozinho por segurança, a velha ficaria na porta aguardando. O velho então entrou, mas não encontrou a vela para verificar como tudo estava. A velha ansiosa resolveu entrar para procurar pela vela também. A vela não foi encontrada, e não havia outra na casa. O caso é que a vela fora roubada, e o velho e a velha dormiram no escuro com saudade da prestimosa vela.

“Você bebe muito? Mande alguém filmar você bêbado por alguns minutos. Tenho certeza que sóbrio ao ver o filme guinará à moderação.” (Eriatlov)

“A minha mulher diz que não me elogia para não atiçar a concorrência.” (Eriatlov)

“Não é pelo tamanho das orelhas que se conhece um bom ouvinte.” (Mim)

“Não existe patudo maior que um ser que não responde a um cumprimento. Sirva o milho!” (Mim)

Horário de verão. Meu sono, minha vida. Arre!

“Existem pessoas que fogem de um sorriso como se ele fosse um mal.” (Mim)

“Sorrir ao cumprimentar alegra 99 em 100. Não será esse um que nos fará fechar a cara.” (Mim)

Poeminha- Na paz do nada

Para ter certeza absoluta de como é
Precisaria alguém ter ido e voltado
Trazendo fotos e documentos
Talvez depoimentos
Porém como nada disso há
Fico com a minha convicção
Que após a morte
Existe a eternidade na paz do nada.

DO BAÚ- VIDA EM CUBA- A urna, a maca, de Yoani Sánchez


A urna, a maca


boleta-anulada
Paredes azulejadas, uma divisória de lona verde e uma mesa metálica sobre a qual normalmente são colocadas seringas e algodão. Assim era o cubículo onde votei nesta manhã para eleger o delegado à Assembléia Municipal do Poder Popular. Situada no interior de um consultório médico que neste domingo fez às vezes de colégio eleitoral para os vizinhos da zona. “Premonitório” pensei, nada demais em ficar só com minha cédula ao lado da ampla pia onde são lavados os implementos hospitalares. “Premonitório”, porque meu país está no “coma” da abulia e da apatia, e vai precisar de uma reanimação profunda – quase uma desfibrilação – para que os cidadãos tenham real poder de decisão. Após 36 anos de criação o sistema eleitoral vigente não nos convenceu – nem uma só vez – de que representa o povo face ao poder, ao contrário, nos acostumamos com o oposto.
Sendo assim que entre o odor de formol e a perspectiva de uma maca, anulei minha cédula. Depois de anos de abstencionismo decidi por participar desta vez de uns comícios que não mudaram absolutamente nada. Nenhum dos delegados ratificados nas urnas sequer poderá influir nos temas mais candentes da nossa realidade. Tampouco sabemos o que pensam sobre as grandes problemáticas cotidianas, pois a lei eleitoral só nos permite ter acesso a sua biografia e sua foto. De maneira que hoje no meu bairro fomos convocados a optar entre dois rostos, entre dois nomes e entre dois currículos… Por esses razões vários vizinhos e amigos – sabedores da futilidade de preencher a cédula – optaram por se abster. Porém eu queria “meter o nariz”, voltar a experimentar a falta de sentido de um papel que nada decide, nada muda e nada move.
Primeiro escrevi a letra “D”. Enorme como um grito sem voz, esbocei aquela inicial de um conceito longamente ansiado: “Democracia”. E o fiz em meio a um cenário clínico que se ajustava metaforicamente a meu gesto de anulação, com a urgente intervenção demandada pelos estamentos do Poder Popular neste país. Uma profunda cirurgia, uma extirpação extensiva da docilidade da Assembléia Nacional, um eletrochoque de liberdade para que os parlamentares deixem de aprovar por unanimidade e de aplaudir o tempo todo. Vamos precisar ressuscitar, renascer como sociedade e começar a nos comportar como tal.
boleta-voto
Tradução e administração do blog em língua portuguesa por Humberto Sisley de Souza Neto

VIDA EM CUBA- De quem é o cérebro?


De quem é o cérebro ?


Foto tomada de http://globedia.com/blue-brain-project-cerebro-computarizado
Mientras el Gran Culpable
se alberga tras la sabia protección de la frente.
Defensa del miocardio inocente
Rubén Martínez Villena
Minha família reivindica para si esta mistura de neurônios reforçados pelos cuidados por ela prodigalizados quando menina. A professora que me ensinou a ler exige seu crédito por aquelas conexões que ajudaram a unir o pensamento e linguagem. Cada um dos meus amigos também poderia demandar sua parte, seu pedaço de um lóbulo ou de outro, pelos prazeres e desgostos que tem escrito sobre suas frágeis circunvoluções. Até o menino que passou, só por um segundo, frente aos meus olhos, teria direito a uma porção do meu córtex cerebral, pois sua passagem gravou uma diminuta recordação na minha memória.
Todos os livros que li, os sorvetes que tomei, os beijos dados com frieza ou paixão, os filmes que vi, o café da manhã e a gritaria dos vizinhos… A eles pertence uma porção desta massa cinzenta que carrego atrás da testa. Ao gato que ronroneia e crava as unhas, ao policial que vigia e sonha o apito, a funcionária que ajeita o uniforme militar e diz “não”, ao professor medíocre que escreve “geografia” sem acento e ao brilhante conferencista cujas palavras parecem abrir portas e janelas. A eles deveria entregar – uma a uma – minhas células corticais, já que conseguiram fazer marcas indeléveis nelas. Meus axônios teriam que ser distribuídos entre milhões de pessoas, vivas ou mortas, as que conheci ou simplesmente escutei numa nota musical ou através dos seus versos.
Bem, segundo o decreto lei 302 que também regula as viagens de profissionais ao estrangeiro, meu próprio cérebro – como ocorre com o resto dos universitários graduados – não me pertence. As pregas e os sulcos deste órgão são propriedade – segundo a nova legislação – de um sistema educacional que se ufana de sua gratuidade para depois nos cobrar com a propriedade sobre nosso intelecto. As autoridades que regulam a possibilidade de saída desta Ilha acreditam que o cidadão qualificado é um simples conglomerado de matéria encefálica “formada” pelo Estado. Porém reivindicar os direitos de uso de uma mente humana é como querer colocar portas no mar… Grilhões em cada neurônio.
Tradução e administração do blog em língua portuguesa por Humberto Sisley de Souza Neto

“Devemos perdoar os gabolas. Nem todos possuem espelhos em suas casas.” (Mim)

“Conheço um sujeito tão pra baixo que sem demora ele pisa na própria bunda.” (Mim)

“Antes ser um burro anônimo que uma cavalgadura famosa.” (Pócrates)

Mais poder, dinheiro e responsabilidade aos prefeitos

A maior parte dos impostos deveria ficar nos municípios. Os prefeitos precisam ter mais recursos, compromissos e também poder para serem cobrados quanto a saúde, segurança pública e educação até o ensino médio. Penso que deveria ser atribuição dos prefeitos cuidar disso. É preciso mudanças, não dá mais! Dinheiro vai para o poder central e não retorna o justo. Nós moramos em municípios, é neles que queremos o dinheiro dos nossos impostos sendo aplicado. Basta de depender dos governos estaduais e do poder central. Basta de via sacra para buscar recursos; que os recursos  não saiam de onde moramos! Precisamos virar este país de cabeça para baixo, mudar muita coisa, as injustiças são muitas! E se a coisa não funcionar não precisaremos ir até a capital do estado ou Brasília. O cacete come por aqui mesmo!

Lições não aprendidas do século XX que continuam sendo tentadas no Brasil

Nos séculos XIX e XX, a vida do europeu comum foi prejudicada, não beneficiada, pelos seus impérios coloniais. O crescimento econômico da Rússia foi freado, não acelerado, pelo planejamento central soviético. As regulamentações progressistas americanas e suas antecipações européias serviram para proteger monopólios no setor de transportes — como as ferrovias —, no setor de varejo — como comércios de luxo —, e também monopólios profissionais, como o dos médicos.  As regulamentações progressistas não ajudaram consumidores.
A legislação "protetora" nos Estados Unidos e o "salário família" na Europa inferiorizaram as mulheres. Psiquiatras armados pelo estado prenderam homossexuais nos Estados Unidos e democratas na Rússia. O New Deal impediu, em vez de ajudar, a recuperação americana após a Grande Depressão.
Os sindicatos elevaram os salários de metalúrgicos e operários do setor automotivo, mas reduziram os salários dos trabalhadores não sindicalizados. Os salários mínimos protegeram empregos sindicais, mas fizeram com que os pobres permanecessem desempregados. Os códigos de construção civil por vezes impediram desabamentos e incêndios, mas sempre garantiram a estabilidade de construtoras bem conectadas deixando a moradia mais cara para os pobres. Permissões de zoneamento e planejamento protegeram os proprietários ricos em vez dos moradores pobres. Controles de aluguel deixaram os pobres e os doentes mentais desabrigados, porque ninguém irá fazer casas baratas quando a lei encarece as construções a força. Os ricos ficam com os apartamentos com controle de aluguel e com as casas históricas nas vizinhanças antes pobres.
A regulamentação elétrica elevou o custo da eletricidade, assim também fizeram as proibições de energia nuclear. As regulamentações financeiras não ajudaram os pequenos investidores. Seguros federais de depósito permitiram que os bancos tratassem seus correntistas de modo irresponsável. O movimento de conservação do oeste americano enriqueceu fazendeiros que utilizaram terras públicas para o gado e enriqueceu empresas madeireiras que utilizaram terras públicas para o corte de árvores. As proibições no comércio de drogas recreativas resultaram no aumento do consumo de drogas, na destruição de bairros pobres e no encarceramento de milhões de jovens. Governos proibiram comércios de agulhas e publicidade de preservativos, e negaram a existência da AIDS.
O Espaço Vital econômico da Alemanha foi finalmente conquistado pela arte privada da paz, não pela arte pública da guerra. A duradoura Esfera de Co-prosperidade da Grande Ásia Oriental foi construída por japoneses de terno e gravata, não por bombardeiros de mergulho. A Europa se recuperou depois das suas duas guerras civis do século XX principalmente pelo seu próprio esforço de trabalho e investimento, e não principalmente por causa da caridade de-governo-para-governo como a Comissão Hoover ou o Plano de George Marshall. A ajuda externa de-governo-para-governo enriqueceu ditadores tiranos sem beneficiar os pobres.
A importação do socialismo para o terceiro mundo, mesmo sob as formas relativamente não violentas de gandhismo-fabiano sufocou o crescimento, enriqueceu grandes industrialistas e manteve o povo na pobreza. As teorias malthusianas concebidas no Ocidente foram colocadas em prática na Índia e especialmente na China, resultando em milhões de meninas desaparecidas. A revolução verde, patrocinada por capitalistas, foi atacada por políticos ambientalistas ao redor do mundo, mas permitiu que lugares como a Índia se tornassem auto-suficientes em cereais.
O poder estatal em diversas partes da África subsaariana foi usado para tributar uma maioria de agricultores em benefício dos primos do presidente e de uma minoria de burocratas urbanos. O poder estatal em diversas partes da América Latina impediu reformas agrárias de acontecerem e patrocinou o desaparecimento de pessoas. A propriedade estatal do petróleo na Nigéria, no México e no Iraque foi utilizada para apoiar o partido no poder, sem causar benefício algum para a população.
Os homens árabes continuaram empobrecidos ao utilizar do poder estatal para negar educação e o direito de dirigir às mulheres árabes. A captura de governos pelo clero corrompeu religiões e destruiu economias. A captura do governo pelos militares corrompeu exércitos e destruiu economias.
Políticas industriais, do Japão à França, serviram de apoio para indústrias falidas, como na agricultura e no varejo, em vez de escolher vencedores. A regulamentação de demissões elevou o nível do desemprego na Alemanha e na Dinamarca, e especialmente na Espanha e na África do Sul. Nos anos 1960, os edifícios ocidentais de moradia inspirados por Le Courbusier condenaram os pobres em Roma, Paris e Chicago a viverem em cortiços.
Nos anos 1970, o socialismo oriental de larga escala destruiu o meio ambiente. Nos anos 2000, os "coletivistas da geração do milênio," vermelhos, verdes ou comunitários, se opuseram a uma globalização que ajuda os pobres, mas que ameaça dirigentes sindicais, capitalistas ligados ao estado e a carreira de pessoas nas ONGs ocidentais.
Assim a historiadora econômica Deirdre McCloskey convida seus interlocutores, oponentes do capitalismo liberal, a reconsiderarem suas propostas políticas futuras à luz dos acontecimentos políticos passados.
Fica irresistível adicionar nossas experiências nacionais ao catálogo de fatos de McCloskey:
O controle estatal sobre o valor do café não revigorou a produtividade nacional, mas acelerou o declínio das exportações brasileiras. Políticas trabalhistas copiadas de Mussolini não deixaram os trabalhadores brasileiros mais independentes, apenas menos competitivos. Os projetos das universidades federais não criaram centros globais de excelência acadêmica, mas fizeram com que o suor da família pobre financiasse o curso de antropologia do filho da família rica.
A proibição dos cassinos não deixou o povo mais virtuoso, mas deixou seu vício mais clandestino. Barreiras à importação não estimularam o comércio interno, mas causaram a exclusão comercial dos mais pobres. O planejamento urbano modernista da nossa capital não ergueu a cidade do futuro, mas criou uma ilha de monumentos excêntricos cercada de satélites de pobreza por todos os lados.
A tomada de poder pelos militares não serviu para a restauração de instituições republicanas, mas serviu para a imposição de suas próprias instituições autocráticas. Os desembolsos de um banco de desenvolvimento não popularizaram o empreendedorismo, mas premiaram empresários ligados ao governo. Políticas desenvolvimentistas dos anos 1970 não culminaram em grandes conquistas econômicas, mas na década perdida dos anos 1980.
Gastos públicos financiados por inflação não criaram uma infraestrutura de verdade, mas projetaram uma prosperidade de mentira. A militarização da polícia não diminuiu o número anual de homicídios violentos, mas aumentou o número de execuções sem o devido processo legal. Congelamentos de preços não foram capazes de impedir que a inflação se avolumasse, mas foram capazes de impedir que bens de consumo chegassem às prateleiras.
Substituições de importação não criaram indústrias competitivas, mas financiaram o atraso tecnológico com os impostos dos pobres. Políticas de incentivo à cultura não criaram obras primas, mas fizeram com que a produção cultural respeitasse menos o público e mais a aprovação do financiamento público. Confisco de poupança não serviu para derrubar a inflação, mas serviu para derrubar a confiança no estado de direito.
A expansão do funcionalismo burocrático não fez do país um modelo de administração pública, mas fez com que o Brasil tivesse mais cursos de direito do que todo o resto do mundo. Uma tributação de nível escandinavo não transformou o Brasil numa Suécia, mas transformou Brasília numa Disneylândia.
E assim o Brasil, que terminou o século XIX com vocação para Estados Unidos, entrou no século XXI tentando alcançar a renda per capita do México.
Podemos concluir com McCloskey:
Qualquer um que, depois do século XX, ainda acredita que socialismo, nacionalismo, imperialismo, mobilização, planejamento central, regulamentação, zoneamento, controle de preços, política tributária, sindicatos trabalhistas, cartéis de empresas, gastos públicos, policiamento intrusivo, fé na união entre religião e política, ou que a maioria das propostas de ação governamental totalizante do século XIX ainda são ideias puras e inofensivas para melhorar nossas vidas não está prestando atenção.

Diogo Costa é presidente do Instituto Ordem Livre e professor do curso de Relações Internacionais do Ibmec-MG. Trabalhou com pesquisa em políticas públicas para o Cato Institute e para a Atlas Economic Research Foundation em Washington DC. Seus artigos já apareceram em publicações diversas, como O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. Diogo é Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis e Mestre em Ciência Política pela Columbia University de Nova York.  Seu blog: http://www.capitalismoparaospobres.com


“Quer fazer de uma criança um adulto inútil? Então faça tudo por ela, deixei-a crescer sem desafios e sem ouvir um não.” (Mim)

“O socialismo de curral não ensina a pescar. Fornece o peixe já assado.” (Mim)

“Nada mais deprimente que um ignorante conformado.” (Filosofeno)

"Tempo perdido é passar o dia sem aprender nada de útil, nem mesmo uma lição de humildade." (Filosofeno)

"Nossos grandes erros são cometidos quando pensamos que não somos mais tolos." (Filosofeno)

"Posso morrer pobre, sem problema. Só não posso é morrer burro." (Mim)

Jesús Huerta de Soto- Por que os intelectuais odeiam o capitalismo?

N. do T.: o artigo a seguir foi adaptado de um discurso improvisado feito pelo autor, daí o seu tom mais coloquial.

ng1307166.jpgPor que os intelectuais sistematicamente odeiam o capitalismo?  Foi essa pergunta que Bertrand de Jouvenel (1903-1987) fez a si próprio em seu artigo Os intelectuais europeus e o capitalismo.
Esta postura, na realidade, sempre foi uma constante ao longo da história.  Desde a Grécia antiga, os intelectuais mais distintos — começando por Sócrates, passando por Platão e incluindo o próprio Aristóteles — viam com receio e desconfiança tudo o que envolvia atividades mercantis, empresariais, artesanais ou comerciais.
E, atualmente, não tenham nenhuma dúvida: desde atores e atrizes de cinema e televisão extremamente bem remunerados até intelectuais e escritores de renome mundial, que colocam seu labor criativo em obras literárias — todos são completamente contrários à economia de mercado e ao capitalismo.  Eles são contra o processo espontâneo e de interações voluntárias que ocorre de mercado.  Eles querem controlar o resultado destas interações.  Eles são socialistas.  Eles são de esquerda.  Por que é assim?
Vocês, futuros empreendedores, têm de entender isso e já irem se acostumando.  Amanhã, quando estiverem no mercado, gerenciando suas próprias empresas, vocês sentirão uma incompreensão diária e contínua, um genuíno desprezo dirigido a vocês por toda a chamada intelligentsia, a elite intelectual, aquele grupo de intelectuais que formam uma vanguarda.  Todos estarão contra vocês.
"Por que razão eles agem assim?", perguntou-se Bertrand de Jouvenel, que em seguida pôs-se a escrever um artigo explicando as razões pelas quais os intelectuais — no geral e salvo poucas e honrosas exceções — são sempre contrários ao processo de cooperação social que ocorre no mercado.
Eis as três razões básicas fornecidas por de Jouvenel.
Primeira, o desconhecimento.  Mais especificamente, o desconhecimento teórico de como funcionam os processos de mercado.  Como bem explicou Hayek, a ordem social empreendedorial é a mais complexa que existe no universo.  Qualquer pessoa que queira entender minimamente como funciona o processo de mercado deve se dedicar a várias horas de leituras diárias, e mesmo assim, do ponto de vista analítico, conseguirá entender apenas uma ínfima parte das leis que realmente governam os processos de interação espontânea que ocorrem no mercado.  Este trabalho deliberado de análise para se compreender como funciona o processo espontâneo de mercado — o qual só a teoria econômica pode proporcionar — desgraçadamente está completamente ausente da rotina da maior parte dos intelectuais.
Intelectuais normalmente são egocêntricos e tendem a se dar muito importância; eles genuinamente creem que são estudiosos profundos dos assuntos sociais.  Porém, a maioria é profundamente ignorante em relação a tudo o que diz respeito à ciência econômica.
A segunda razão, a soberba. Mais especificamente, a soberba do falso racionalista.  O intelectual genuinamente acredita que é mais culto e que sabe muito mais do que o resto de seus concidadãos, seja porque fez vários cursos universitários ou porque se vê como uma pessoa refinada que leu muitos livros ou porque participa de muitas conferências ou porque já recebeu alguns prêmios.  Em suma, ele se crê uma pessoa mais inteligente e muito mais preparada do que o restante da humanidade.  Por agirem assim, tendem a cair no pecado fatal da arrogância ou da soberba com muita facilidade.
Chegam, inclusive, ao ponto de pensar que sabem mais do que nós mesmos sobre o que devemos fazer e como devemos agir.  Creem genuinamente que estão legitimados a decidir o que temos de fazer.  Riem dos cidadãos de ideias mais simplórias e mais práticas.  É uma ofensa à sua fina sensibilidade assistir à televisão.  Abominam anúncios comerciais.  De alguma forma se escandalizam com a falta de cultura (na concepção deles) de toda a população.  E, de seus pedestais, se colocam a pontificar e a criticar tudo o que fazemos porque se creem moral e intelectualmente acima de tudo e todos. 
E, no entanto, como dito, eles sabem muito pouco sobre o mundo real.  E isso é um perigo.  Por trás de cada intelectual há um ditador em potencial.  Qualquer descuido da sociedade e tais pessoas cairão na tentação de se arrogarem a si próprias plenos poderes políticos para impor a toda a população seus peculiares pontos de vista, os quais eles, os intelectuais, consideram ser os melhores, os mais refinados e os mais cultos.
É justamente por causa desta ignorância, desta arrogância fatal de pensar que sabem mais do que nós todos, que são mais cultos e refinados, que não devemos estranhar o fato de que, por trás de cada grande ditador da história, por trás de cada Hitler e Stalin, sempre houve um corte de intelectuais aduladores que se apressaram e se esforçaram para lhes conferir base e legitimidade do ponto de vista ideológico, cultural e filosófico.
E a terceira e extremamente importante razão, o ressentimento e a inveja.  O intelectual é geralmente uma pessoa profundamente ressentida.  O intelectual se encontra em uma situação de mercado muito incômoda: na maior parte das circunstâncias, ele percebe que o valor de mercado que ele gera ao processo produtivo da economia é bastante pequeno.  Apenas pense nisso: você estudou durante vários anos, passou vários maus bocados, teve de fazer o grande sacrifício de emigrar para Paris, passou boa parte da sua vida pintando quadros aos quais poucas pessoas dão valor e ainda menos pessoas se dispõem a comprá-los.  Você se torna um ressentido.  Há algo de muito podre na sociedade capitalista quando as pessoas não valorizam como deve os seus esforços, os seus belos quadros, os seus profundos poemas, os seus refinados artigos e seus geniais romances. 
Mesmo aqueles intelectuais que conseguem obter sucesso e prestígio no mercado capitalista nunca estão satisfeitos com o que lhes pagam.  O raciocínio é sempre o mesmo: "Levando em conta tudo o que faço como intelectual, sobretudo levando em conta toda a miséria moral que me rodeia, meu trabalho e meu esforço não são devidamente reconhecidos e remunerados.  Não posso aceitar, como intelectual de prestígio que sou, que um ignorante, um parvo, um inculto empresário ganhe 10 ou 100 vezes mais do que eu simplesmente por estar vendendo qualquer coisa absurda, como carne bovina, sapatos ou barbeadores em um mercado voltado para satisfazer os desejos artificiais das massas incultas."
"Essa é uma sociedade injusta", prossegue o intelectual.  "A nós intelectuais não é pago o que valemos, ao passo que qualquer ignóbil que se dedica a produzir algo demandado pelas massas incultas ganha 100 ou 200 vezes mais do que eu".  Ressentimento e inveja.
Segundo Bertrand de Jouvenel,
O mundo dos negócios é, para o intelectual, um mundo de valores falsos, de motivações vis, de recompensas injustas e mal direcionadas . . . para ele, o prejuízo é resultado natural da dedicação a algo superior, algo que deve ser feito, ao passo que o lucro representa apenas uma submissão às opiniões das massas.
[...]
Enquanto o homem de negócios tem de dizer que "O cliente sempre tem razão", nenhum intelectual aceita este modo de pensar.
E prossegue de Jouvenel:
Dentre todos os bens que são vendidos em busca do lucro, quantos podemos definir resolutamente como sendo prejudiciais?  Por acaso não são muito mais numerosas as ideias prejudiciais que nós, intelectuais, defendemos e avançamos?
Conclusão
Somos humanos, meus caros.  Se ao ressentimento e à inveja acrescentamos a soberba e a ignorância, não há por que estranhar que a corte de homens e mulheres do cinema, da televisão, da literatura e das universidades — considerando as possíveis exceções — sempre atue de maneira cega, obtusa e tendenciosa em relação ao processo empreendedorial de mercado, que seja profundamente anticapitalista e sempre se apresente como porta-voz do socialismo, do controle do modo de vida da população e da redistribuição de renda.



Jesús Huerta de Soto , professor de economia da Universidade Rey Juan Carlos, em Madri, é o principal economista austríaco da Espanha. Autor, tradutor, editor e professor, ele também é um dos mais ativos embaixadores do capitalismo libertário ao redor do mundo. Ele é o autor de A Escola Austríaca: Mercado e Criatividade EmpresarialSocialismo, cálculo econômico e função empresarial e da monumental obra Moeda, Crédito Bancário e Ciclos Econômicos.

“A leitoa nacional é mutante. Quanto mais porquinhos aparecem no chiqueiro mais ela cria tetas.” (Mim)

“Ainda bem que não somos eternos, porém alguns homens teriam feito muito bem em não ter nascido.” (Pócrates)

Percival Puggina- Política na CNBB e nos templos evangélicos

O Estadão do último domingo publica entrevista com D. Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB. A matéria leva o título "Igreja Católica não tem curral eleitoral" e destaca a frase "Igreja não é palanque", mostrando o secretário-geral interessado em despegar a Igreja do debate eleitoral em curso, tratando da política num sentido amplo. Suas falas apontam para um contraste entre a orientação católica e o modo partidarizado e personalizado que marca o procedimento usual em muitos templos evangélicos nesses períodos.

De longa data, as igrejas evangélicas mantêm transparente e militante atuação em favor de seus candidatos. Distribuem materiais de campanha e proclamam que votar neles é uma forma de "servir a Jesus". É certo que, em muitos casos, Jesus se sente desconfortável com tais vinculações, mas o fato é que eleitoralmente a tática funciona.
A CNBB age de outro modo, mas não com a isenção que fez crer o secretário-geral em sua entrevista. A entidade não indica nomes. Desaconselha o uso das igrejas como locais para propaganda de candidaturas. Mas presta serviço inestimável a um específico partido através de pastorais sociais e organismos vinculados, bem como nos seus documentos, cartilhas e análises de conjuntura. E eu tenho certeza de que não preciso escrever aqui as letrinhas para que todos, sem exceção, saibam a qual das 32 legendas existentes estou me referindo. Repito: é certo que, em muitos casos, Deus se sente desconfortável com tal vinculação, mas o fato é que eleitoralmente também tem funcionado.

Quem acessou dia 7 de setembro o site da CNBB deparou-se com uma convocação da 20ª edição do "Grito dos Excluídos", chamando para "ocupar as praças por liberdades e direitos". Não pense que esse grito vai contra o governo da União. Não, o grito sempre vai contra a economia de mercado, as privatizações, os meios de comunicação, o neoliberalismo, o agronegócio, o direito de propriedade, o "grande capital". Aliás, senhores, ser contra o grande capital significa ser contra todo capital porque pequeno capital só é capital se quiser crescer, caso contrário é dinheiro na mão. E vira vendaval.


Quem acessar a última Análise de Conjuntura, lerá, por exemplo:


"Nestes dez últimos anos, houve tentativas para corrigir as desigualdades, pelo aumento do salário mínimo acima da inflação e pelo programa Bolsa-Família, aumentando assim os chamados gastos sociais. (...) Essas políticas não tocaram nas estruturas sociais e culturais, mas as elites econômicas e financeiras as criticaram como sendo políticas “intervencionistas” do governo, por serem responsáveis do suposto descontrole do tripé que regula a economia: controle da inflação, do câmbio e fiscal, e por desrespeitar a doutrina liberal. (...) A sensação de um clima inflacionário espalhado pela mídia, baseando-se sobre os gastos ditos excessivos, sobretudo sociais, visa difundir um temor da volta da inflação, temor que é responsável por uma difusão da inflação."


Arre, português ruim de IDEB!


A seguir, o documento parece redigido pelo ministro Guido Mantega:


"Entretanto, a taxa de inflação de agosto pode ficar mais baixa ou próxima daquela de julho (0.01%), contrariamente às previsões dos analistas do mercado financeiro. A aproximação das eleições acirra a disputa econômico-financeira entre governo e especuladores. A imprensa não está contribuindo para o debate político-econômico, substituindo a informação pela ideologia da crise permanente. A mídia, porta-voz das elites financeiras, informa que o Brasil está indo à falência. As manchetes dos jornais (impresso e TV) não param de denunciar erros na política governamental que teriam provocado ondas de desconfiança."


Duvida? Vá no site e leia.


Agora, imagine trinta anos disso, com Pastoral da Terra, CIMI, Pastoral da Juventude, Campanhas da Fraternidade e seus documentos, Teologia da Libertação, Comunidades Eclesiais de Base, apoio a ridículos "plebiscitos", como o do não pagamento da dívida externa, o da limitação da extensão das propriedades rurais e, agora, o da constituinte exclusiva para reforma política.


Às diferenças entre a política da CNBB e a dos templos evangélicos, acresça-se o fato de que, enquanto estes não param de crescer, a minha Igreja Católica não para de minguar.



www.puggina.org

MOVIMENTO NÃO FOI ACIDENTE

Quem já não perdeu um amigo ou parente vítima do trânsito? Convido você cidadão ou cidadã consciente a tomar parte desta luta.
Conheça...http://naofoiacidente.org/blog/

“A Síndrome do Caranguejo Vermelho está disseminada na América do Sul. Eles acreditam que é andando para trás que se vai à frente.” (Mim)

“Hoje se criam verdades por ouvir dizer. E os néscios vomitam elas em nossos ouvidos.” (Pócrates)

“O nada saber é melhor que saber. Eis o lema da mediocridade nativa.” (Pócrates)

"A morte não é o filme Sexta-Feira 13. Não tem essa de continuação." (Mim)

“Quando na sua vida a religião é mais importante que o riso é porque você já ficou bobo.” (Mim)

“A melhor amiga da mulher é a tintura para cabelo.’’ (Josefina Prestes)

“Sou tão velho que estou ficando desbotado.” (Nono Ambrósio)

“Elogios póstumos considero uma sacanagem” (Pócrates)

“Ontem fui agraciado com um pedaço de picanha. Estes humanos sabem o que é bom. Eles que me venham com ração para ver o alarido que irei fazer.” (Bilu Cão)

A ÚLTIMA TENTAÇÃO- “A última tentação de Cristo foi o baralho.” (Climério)

"Hoje cético e murcho. Porém na juventude fui budista e depois bundista." (Mim)

Hoje é quinta-feira. Está marcando chuva para Chapecó. Que chova calmamente sem causar estrago. Que amaine esse calor feito nos últimos dias.