quarta-feira, 27 de abril de 2016

“Meu pai está com 90 anos e bem firme: Cimentamos os pés deles no chão.” (Climério)

“Tenho pensado tanto na vida que me caíram até os cabelos.” (Climério)

“Sou parente do João e do Zé Ninguém.” (Climério)

“Uma pulga é capaz de pular a um metro de distância. Duzentas vezes o próprio tamanho. Mas não consigo ganhar dinheiro com isso.” (Pulga Lurdes)

“A maioria dos leões são católicos. Já as hienas são evangélicas. Dá para perceber pelo barulho que fazem.” (Leão Bob)

O muro de Berlim caiu faz um bom tempo, mas pelo jeito alguns ainda não saíram de casa para saber disso.

“Já que não posso salvar o mundo vou tratar de salvar algumas donzelas.” (Climério)

“Na farmácia do Planalto não tem Melhoral, somente Pioral.” (Climério)

“Para aturar petistas só mesmo tomando Plasil.” (Eriatlov)

“O socialismo é busca da igualdade na miséria. Menos dos dirigentes.” (Eriatlov)

“Você já observou que a maioria dos sindicalistas sofre da doença de colação perpétua ao cargo ou da tal metástase sindical parental?” (Mim)

“Sempre que o Brasil vai entrar no futuro aparece um safado e rouba a chave. Agora foi o PT.” (Mim)

“Lembrar do passado é o que resta. Não faz muito Bilu só tomava banho no Pet com shampoo importado. Agora meu corpinho recebe sabão de soda.” (Bilu Cão)

Lemann e o dinheiro dos outros Por Alexandre Borges

O homem mais rico do Brasil acha que o problema do país é a “desigualdade”. Aparentemente, ele quer dividir a riqueza dos outros.
A fortuna pessoal de Jorge Paulo Lemann é estimada, segundo a Forbes, em R$ 100.000.000.000,00. Você leu direito, é o número 1 seguido de 11 zeros. Cem bilhões de reais ou cem mil milhões, como diriam nossos amigos portugueses.
É tanto dinheiro que facilmente perdemos o senso de proporção. Para facilitar: 100 bilhões de reais corresponde a 1 milhão multiplicado por 100 mil. Lemann poderia dividir seu patrimônio e criar cem mil milionários numa canetada. Ou poderia dar cem mil reais para um milhão de brasileiros, você escolhe. Mas ele acha que deve especular sobre dividir o dinheiro dos outros.
Li “Sonho Grande”, o livro de Cristiane Correa sobre dos “capitalistas brasileiros” que “conquistaram o mundo”. Lemann parece que precisa reler o livro e lembrar que ele acumulou sua fortuna por conta de uma inteligência acima da média, trabalho duro e uma ambição sem limites. Agora que venceu, quer melar o jogo para os pobres mortais que, na visão de muitos ricos, não nasceram com os mesmos superpoderes. Está enganado.
Desigualdade é o que representa o patrimônio de Jorge Paulo Lemann em relação ao resto dos brasileiros e não há qualquer problema nisso, ao menos para quem não teve o cérebro corroído por departamentos de humanas das universidades no Bananão. O problema é a falta de mobilidade.
É claro que Lemann teve um início de vida diferenciado, com suas partidas de tênis no Country Club de Ipanema e sua formação em Harvard. Mas esta é a história de todos os bilionários da lista da Forbes? Uma olhada na lista mostrará que não.
O primeiro da lista, Bill Gates, é um empreendedor que largou Harvard para mergulhar no próprio negócio, mesmo tendo entrado na mais prestigiosa faculdade do mundo com 1590 pontos em 1600 possíveis no SAT, uma espécie de ENEM americano. Gates era de classe média alta mas é claro que sua fortuna vem do seu gênio e da sua obstinação pelo trabalho, além de estar no lugar certo e no momento certo da ascensão dos computadores nos EUA da era Reagan.
O segundo da lista, o espanhol Amancio Ortega, dono da Zara, é filho de ferroviário e começou a vida profissional aos 14 anos quando largou a escola e foi trabalhar como costureiro numa pequena loja. Ortega tem mais que o dobro do dinheiro de Lemann.
Seguem na lista Warren Buffett, Carlos Slim, Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Larry Ellison, Michael Bloomberg e os irmãos Koch. Algum sultão, rei ou herdeiro de um conglomerado? Nenhum. E aí está a beleza única do capitalismo.
A lista dos mais ricos da Forbes começou em 1987 e eu recomendo que você dê uma olhada nela antes de formar uma opinião definitiva sobre o assunto. Você verá que os ricos de 30 anos atrás, bem como seus herdeiros, praticamente não são encontrados na lista atual. A riqueza, no livre mercado, é móvel.
Colocar governos para arbitrar quem pode ou não pode ter dinheiro já foi tentado e nunca deu certo ou dará. Simplesmente não funciona e arbitrariedade, quando substituta do mérito, acaba por empobrecer quem finge querer ajudar.
O que faz o crescimento econômico e o desenvolvimento é a livre alocação de recursos por seus proprietários, que apostam seu próprio patrimônio no mercado na tentativa de multiplicar o investimento. Seu sucesso depende da aceitação do consumidor que livremente premiará seu talento, trabalho duro e criatividade com dinheiro, numa troca em que ambos saem ganhando.
Quando governos saem da economia, o espírito empreendedor da população floresce e os caminhos para a mobilidade social se abrem. Nos países em que os burocratas, a elite culpada, os intelectuais e os artistas resolvem decidir em nome do povo onde o dinheiro do país deve ser gasto, o resultado é miséria, corrupção e, claro, mais “desigualdade” entre a elite e o população.
Ricos, assim como artistas e acadêmicos, devem ser reconhecidos pelo que conquistaram e pelo que sabem fazer, não necessariamente por suas idéias políticas e seu código moral e ético, não raro totalmente distintos do resto da população. Especialmente quando sua principal proposta é filantropia com o dinheiro alheio.
A solidariedade humana reside na moral e não na economia. O homem mais rico da lista da Forbes é também o fundador da Bill & Melinda Gates Foundation, é a maior fundação de caridade do mundo, e seu maior doador é, além do próprio Bill Gates, Warren Buffet. Isto deveria sugerir algo ao brasileiro que aparece na 19a posição.
Deve haver um ótimo motivo para Lemann não dividir hoje mesmo seu patrimônio. O que não fica bem é ele achar que o problema do mundo é o patrimônio dos outros.

Alexandre Borges

Alexandre Borges é carioca, comentarista político e publicitário. Diretor do Instituto Liberal, articulista do jornal Gazeta do Povo e dos portais Reaçonaria.org e Mídia Sem Máscara. É autor contratado da Editora Record.

Alagoas livra-se da escumalha marxista e proíbe doutrinação política e religiosa nas escolas.

O editor recebeu há pouco a informação,via WhaatsApp, segundo a qual em Alagoas estão proibidas a doutrinação política e religiosa nas escolas. A lei, de autoria do deputado estadual Ricardo Nezinho, do PMDB, foi aprovada ontem pela Assembleia Legislativa.

Falta apenas promulgar.

No artigo 2º, pode-se ler: "É vedada a prática de doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória, de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único pensamento religioso, político e ideológico".

No artigo 3º, consta que o professor "não abusará da inexperiência, da falta de conhecimento ou da imaturidade dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para qualquer tipo de corrente específica de religião, ideologia ou político-partidária".

Em relação às escolas confessionais, há artigos que as obrigam a deixar isso bem claro em contrato.

PB

João Otávio Brizola conta como a ditadura ajudou a criar a CUT e o PT

O Bolsa-Família sem porta de saída quer dizer o seguinte: fique em casa eternamente sempre votando na gente.

“Meu avô nunca temeu fantasmas. Já trabalhar lhe causava arrepios.” (Chico Melancia)

Tendo aquela cara todo mundo acha que é fácil fazer piada da Dilma. É mote só mesmo para o Stephen King.

Humor ateu- Rave no além

Jesus e Maomé resolveram organizar uma festa rave no além para acabar com o tédio. Tudo certo, Jesus ficou no caixa pegando a grana e vendendo farinha, Maomé não quis saber e passou se divertindo, apedrejando mulheres.

Luciano Timm: “A impessoalidade é fundamental para o sistema capitalista”

Custo da criminalidade e desenvolvimento
A Operação Lava Jato, que busca investigar atos de corrupção, entre outros ilícitos, no âmbito de contratos formulados entre a Petrobrás e seus fornecedores, é conhecida de quase todos os brasileiros e por isso dispensa apresentações. O que essa operação da Polícia Federal concluiu até agora, de acordo com as decisões judiciais publicadas, é que haveria um cartel formado por algumas grandes empreiteiras que garantiria a cobrança de um sobrepreço de seus produtos e serviços, cujo resultado seria destinado, entre outras coisas, para atos de corrupção e também para financiamento de campanhas eleitorais de vários partidos políticos (incluídos os que estão no poder).
A discussão jurídica tem-se centrado, como não poderia deixar de ser, no campo do Direito Penal e tem focado, sobretudo, a problemática das prisões cautelares e das delações premiadas – e no que isso se conecta com o Estado Democrático de Direito. As sentenças tornadas públicas até o momento, dão conta de que as penas têm sido consideravelmente altas para a história penal empresarial (especialmente para os não colaboradores). Já houve diversas manifestações de tribunais superiores, as quais tendem a reforçar as decisões de primeiro grau. O próprio Supremo Tribunal percebeu a necessidade de um endurecimento contra o “colarinho-branco”.
E isso tende a ser positivo para o “capitalismo de laços brasileiro” (Sérgio Lazzarini). Genericamente falando, a impessoalidade é fundamental para o êxito de um sistema capitalista no longo prazo.
Mais que isso. Gary Becker ganhou um Prêmio Nobel de Economia ao defender a tese de que criminosos são agentes econômicos racionais que ponderam o “custo/benefício” da prática de um crime. Vale dizer, consideram a pena em jogo, fundamentalmente a probabilidade de ser apanhados, e em sendo apanhados, a de cumprirem efetivamente a pena.
Em termos econômico-jurídicos, portanto, o que o Judiciário brasileiro faz é aumentar o “custo” de um crime.
Cartéis, com raras exceções, são indesejáveis porque geram sobrepreço ao consumidor final, o qual é dividido entre os operadores do cartel e, em caso de corrupção, com os “donos do poder” (Faoro). Nenhum benefício resulta para o contribuinte. Tem-se, contudo, ouvido recente crítica de que a Operação Lava Jato está causando um custo econômico elevado para o País. Vejamos.
Em primeiro lugar, economistas têm demonstrado que as razões para a crise estão mais dentro do que fora do governo.
Em segundo lugar, o custo econômico da operação tem de ser examinado com prudência. E a análise econômica do Direito é a melhor ferramenta para isso. Acontece que a abordagem com essa ferramenta analítica é consequencialista e pragmática. Não se trata de discutir apenas os impactos de curto prazo. Do contrário, ditaduras seriam desejáveis porque democracias têm um custo da formação do consenso (custos de transação, na expressão Ronald Coase). Mas a coisa não é tão simples assim. Nem tudo deve ser raciocinado no curto prazo. Vale dizer, a opção pela democracia tende sempre a ser a melhor opção no longo prazo para o desenvolvimento de um país, a despeito do eventual “custo” que tenha no curto prazo.
Nesse sentido, o desenvolvimento econômico não pode ser mensurado apenas pelo produto interno bruto (PIB) do corrente ano. Fundamental para a consolidação do desenvolvimento são as instituições, ou seja, as regras formais e informais do jogo de funcionamento da sociedade (e do mercado, por consequência), para usar a expressão de North, outro Nobel de Economia. Economistas e juristas vêm tratando das instituições para demonstrar como a evolução das regras predeterminam e condicionam o desenvolvimento econômico de uma sociedade. Também já há dados correlacionando desenvolvimento e independência do Judiciário.
Algumas sociedades ficam presas ao passado e não conseguem superar o subdesenvolvimento. Outras começaram seu capitalismo de forma equivocada, mas foram corrigindo seus problemas até prosperarem.
Um dos pontos essenciais com que as instituições devem lidar é a corrupção. Isso pode ser feito de maneira informal (como no Japão, onde há uma certa cultura de respeito às tradições; ou na Alemanha, com seu sistema educacional) ou formal com punição jurídica (como nos Estados Unidos, em Cingapura, etc).
A pressão por sufocar a Lava Jato, por solapar a delação premiada e as tentativas de influência política no STF mostram a tensão do velho com o potencial novo Brasil. O Brasil está numa encruzilhada em que a Itália já se encontrou na década de 90 do século 20, na Operação Mãos Limpas. Infelizmente, a Itália como sociedade não conseguiu se livrar de seu passado. Optou, segundo entrevistas divulgadas pelos líderes da Mãos Limpas, por flexibilizar a punição da corrupção e hoje o seu capitalismo é menos dinâmico que o da Alemanha e dos Estados Unidos, por exemplo, ainda que a Itália esteja anos-luz à frente do Brasil.
Evidentemente que aumentar o custo da criminalidade não significa sacrificar o devido processo legal ou atropelar o direito de defesa dos acusados. Punir corrupção a qualquer custo também incorreria no mesmo erro de raciocínio simplista e de curto prazo que criticar o custo econômico da Lava Jato.
Metaforicamente falando, em contabilidade costuma-se separar a rubrica “investimento” (porque gerará retorno futuro) da de “custo”. A Lava Jato, assim, deve ser vista como investimento em nossa infraestrutura legal. Em outras palavras, se salvarmos nossas instituições (democráticas e de mercado), no longo prazo estaremos preparando nosso desenvolvimento como sociedade.
Esperemos que os “donos do poder” não roubem o futuro de nossos filhos, como já fizeram com o nosso presente.

Humor ateu

Estou formando a Igreja do Evangelho Retangular para fazer frente à Igreja do Evangelho Quadrangular. Para entrar basta saber desenhar um triângulo e falar sem gaguejar as palavras acutângulo, obtusângulo e paralelogramo.

Os bens da Santa Sé só em Roma valem mais de 2 trilhões de euros. É por isso que a Igreja Católica é dos pobres.

Eu acredito em milagres. Basta ver como crescem mesmo durante crises os bens de líderes religiosos.

Hoje que sou adulto eu sei quem criou o mundo: foi Clark Kent, o Super-Homem.

“Dilma é tão ruim que é bem capaz de melhorar até a imagem do governo Sarney.” (Mim)

Nono Ambrósio

“A minha velha foi ao cemitério reverenciar os mortos com três pacotes de velas. Para o falecido da casa ela não acende nem um toco de vela para ver se ele ressuscita.” (Nono Ambrósio)

Burro falante

Sabe o que disse o burro falante sobre Nicolás Maburro?- “Somos parecidos sim, mas felizmente ele não é meu parente.” (Cubaninho)

PUTIANAS

Putin determinou a completa proibição de palavrões na Rússia, tanto para cinema, teatro e nos próprios lares. E complementou: “É uma ordem irrevogável, porra de um caralho!”

FUTURO

A verdade é que sem uma ampla reforma no sistema educacional, buscando espelhos onde as coisas deram certo e não nas pocilgas do fracasso teremos chance de avançar.
Quando o povo pedir menos estado começaremos a grande mudança pra modernidade.
Mais até lá...
O brado deve ser: MAIS MISES,MENOS MARX!

Quem sai, quem chega

Dilma precisa sair, a confiança se foi, o país padece. Mas essa turma que entra, salvo poucos, é de amargar.
Não espero que níquel brilhe como ouro, mas apenas um pouco de luz no caminho.

VENEZUELA- Conselho eleitoral habilita oposição a buscar referendo revogatório contra Maduro

O Conselho Eleitoral da Venezuela autorizou nesta terça-feira a oposição a recolher as assinaturas que permitirão a convocação de um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, um dia antes de um protesto convocado para pressionar esta decisão.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) "entregará o formulário para a ativação de um referendo revogatório presidencial", exigido pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), segundo um comunicado do órgão estatal.

A oposição, que controla o Parlamento, tem agora de recolher as assinaturas de 1% dos inscritos nos cadernos eleitorais (197.978) em todo o país, para que seja autorizada a recolher quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar um referendo revogatório.

PB

HOJE- Placar do Impeachment: 50 a favor e 20 contra

Votou nela? Pode levar !

Réu confesso: eu já estive do lado de lá- Thiago Kistenmacher - Instituto Liberal

Devo confessar, já estive do lado de lá. Conheci o núcleo que faz a máquina da esquerda funcionar e a forma mais eficaz de manter essa moedora de lógica em funcionamento é lubrificá-la com metafísica. Luiz Felipe Pondé, em artigo para a Folha, escreveu sobre como essa metafísica concede salvo-conduto para justificar a corrupção, mas também serve para várias outras ações. Conforme o autor: “Para esses inteligentes”, ou seja, para os militantes, “se a corrupção, o crime, a mentira, a violência, forem em nome da causa, tá valendo.” É realmente assim. Lembro-me das discussões sobre o fuzilamento dos Romanov pelos bolcheviques e de como a morte das crianças, que foram fuziladas com seus pais, era justificada sob a alegação de que o assassinato de todos, sem exceção, era necessário para não haver qualquer resquício da monarquia. Tudo isso é válido, pois conforme João Pereira Coutinho “Quando está em causa a perfeição da humanidade, faz parte do processo revolucionário não questionar a desmesura dos meios e a ferocidade com que eles são aplicados. O prêmio final é demasiado precioso para inspirar condutas de moderação.” [1]

Em consequência desse tipo de delírio, atrocidades foram justificadas e continuarão a ser. Quando os objetivos impossíveis não são alcançados exatamente por serem impossíveis, “é necessário encontrar os inimigos – reais ou imaginários – que ardilosamente corrompem a máquina.” [2] Em outras palavras, se você quiser aprender a voar pulando de uma varanda, cair e acabar ferido, troque de varanda, escolha um lugar mais alto, mas continue pulando. É bem assim que funciona. Ainda que algum raivoso diga que estou mentindo, reafirmo que é assim que funciona. Não preciso de livro para dizer como a esquerda opera por dentro. Felizmente – ou não – já estive presente em inúmeras reuniões onde puritanos políticos, planejando a venda clandestina de jornais “operários”, organizavam greves e agitações em “setores estratégicos para a revolução.” Convivi com pessoas já maduras que afirmam ser o paredón uma ferramenta revolucionária e com pessoas ainda imaturas que concordavam com as primeiras. Ou ainda mais assustador, as ideias mais relativistas e absurdas que eram criadas por meninos eram endossadas por senhores.
Lembro-me de quando conheci Rodrigo Constantino em seu lançamento do livro Privatize Já, na FNAC da Av. Paulista, já estava bastante livre dos dogmas da esquerda, haja vista minha presença no lançamento de um livro liberal. Contudo, como ainda nutria certa simpatia pelo lado de lá, discordamos, ainda que brevemente, sobre a questão palestina. Era desagradável para mim ter que aceitar que Yasser Arafat não era um herói. O Hamas ou a FPLP – Frente Popular para a Libertação da Palestina – não poderiam ser considerados simplesmente grupos terroristas, afinal de contas eram “movimentos de resistência”, tanto que poucos meses depois fui até os territórios palestinos para ver tudo de perto e acabar saboreando o gás lacrimogêneo do exército israelense ao lado de semi-jihadistas. Em suma, nunca é fácil para um religioso pensar que sua fé pode estar errada. Naquele mesmo dia do lançamento, lembro que, em conversa com Leandro Narloch, presente no evento, contei a ele que havia estado do lado de lá, e o autor me sugeriu a ideia de um livro.
Teria muita coisa para relatar e que, não tenho dúvidas, para muita gente “engajada” soará como mentiras absurdas, ainda que tenhamos pessoas afirmando tais bizarrices em pleno século XXI. Mas do que se trata isso? Eis alguns exemplos: piadas são absolutamente proibidas se envolverem mulheres, homossexuais, negros, nordestinos, deficientes físicos, pobres e até muçulmanos; o PT era visto como um partido de direita, contrarrevolucionário e, pasmem, até mesmo reacionário; militantes afirmavam que, ao conseguirem emprego, agiriam pelas costas do chefe e, em vez de incentivarem seus pares ao trabalho, diziam ser importante prejudicar – sim, usavam esse termo – a produção de quem lucrava com a “mais-valia”; o ciúme era tido como uma questão de construção social e consequência do capitalismo, já que em um relacionamento, um tomaria o outro como sua propriedade privada. Enfim, ouvi alguns afirmarem que, como na sociedade comunista não haveria propriedade, possivelmente também não haveria ciúmes.
A esquizofrenia é tanta que talvez acreditem que o ciúme seja fruto da Revolução Industrial. Talvez o PT seja de direita por não ter construído gulags. A despeito de essas ideias serem uma piada, lá dentro o humor é censurado. Os sectários chegam ao ponto se intrometerem no relacionamento do casal e, quando ocorre uma briga que a mulher julga ser motivada por machismo, o marido, se militante, é chamado para prestar depoimento no tribunal da inquisição revolucionária, sendo sancionado com penas que vão desde a interdição de sua participação na militância até a expulsão do movimento/partido.
Sou réu confesso. Confesso que já defendi o marxismo-leninismo. Já pensei que com Trotsky, em vez de Stalin, tudo teria sido diferente na União Soviética. Já achei que a mais-valia tivesse sentido real. Já acreditei que Fidel Castro estivesse preocupado com o povo cubano e que Che Guevara não fosse um psicopata. Já acreditei que Lamarca queria democracia e que Marighella não queria trocar uma ditadura por outra ainda pior. Em síntese, já estive do lado de lá.
Existem centenas de loucuras que poderiam ser aqui narradas, mas não caberia em apenas um texto. Para expor tudo com detalhes demandaria um livro, e é isso que estou fazendo. Estou preparando um livro onde reúno todos esses delírios políticos a luz de outras discussões.
Um detalhe importante é que não foi a leitura de autores liberais e conservadores que me convenceu. Quem me convenceu a sair da esquerda foi a própria esquerda. Ironicamente, a esquerda me levou para a direita. Viver a esquerda foi a matar a própria esquerda. As leituras só vieram depois de eu já ter percebido que ali o relógio do bom senso girava ao contrário. A única coisa que ali fazia sentido é que nada ali fazia sentido. Por fim, mesmo que a esquerda ainda não esteja na lata de lixo da história mundial, ela já está na lata de lixo da minha história pessoal.
[1] COUTINHO, João Pereira. As Ideias Conservadoras – Explicadas a Revolucionário e Reacionários. São Paulo: Três Estrelas, 2014. p.30.
[2] COUTINHO, João Pereira. PONDÉ, L.F; ROSENFIELD, D. Por Que Virei à Direita. São Paulo: Três Estrelas, 2012. p.32.
*Thiago Kistenmacher é graduando em História pela Universidade Regional de Blumenau e Integrante do Movimento Brasil Livre Blumenau.

Shonegai

Chegando à Cidade Nova o jovem foi procurar um hotel.
-Seu nome?
-Shonegai .
-Pai?
-Shustenta Parasitas.
-Mãe?
-Fhechou as Portas .
-Entendi. Acho que somos parentes.