sábado, 20 de dezembro de 2014

Rodrigo Constantino- A liberdade científica: Michael Polanyi e a defesa da ciência pura

“A crença principal – diria mesmo, fundamental – que embasa uma sociedade livre é a de que o homem é receptivo à razão e suscetível aos reclamos de sua consciência.” (Michael Polanyi)
Nascido em 1891 em Budapeste, Michael Polanyi vinha de uma família de ilustres cientistas, e ele mesmo acabou se especializando em química. Seu interesse por política se intensificou, no entanto, durante as décadas de 30 e 40, com o mundo vivendo sob intensa incerteza acerca do futuro. Fundou em 1947, ao lado de figuras como Hayek, Popper, Milton Friedman e George Stigler, a Sociedade Mont Pelerin, uma das mais renomadas defensoras do liberalismo no mundo.
No livro A Lógica da Liberdade, defendeu principalmente a liberdade científica, utilizando sólidos argumentos para tanto. Mas sua visão de mundo levava à defesa de uma liberdade mais ampla, de uma sociedade realmente livre, onde as ordens sociais mais importantes para o bem-estar dos homens são espontâneas.
Polanyi depositou uma relevância enorme na necessidade da ciência pura – ciência pela ciência, como busca pela verdade – ser mantida, enquanto muitos defendiam na época que a ciência só era válida se tivesse uma utilidade social clara ou até imediata. Foi bem claro ao escrever: “Temos que reafirmar que a essência da ciência está no amor ao conhecimento e que a utilidade desse último não é nossa preocupação primordial”.
Tal visão batia de frente com o marxismo de seu tempo, que tratava da ciência apenas como um instrumento para o bem-estar material, que seria antes utilizado pela burguesia de acordo com interesses de classe. Ele não aceitava essa imagem da ciência, e lutou para desvincular a atividade científica criativa de uma visão determinista do mundo.
A ciência moderna, para Polanyi, “é o resultado de uma rebelião contra a autoridade”. O caminho teria sido aberto por pessoas como Descartes, Galileu e Newton. A busca pelo conhecimento irá sempre partir de determinadas crenças individuais, e a liberdade da ciência “consiste no direito de buscar a exploração dessas crenças e de defender, sob sua orientação, os padrões da comunidade científica”. Para que isso seja possível, é necessário certo grau de autogoverno que assegure posições independentes para os cientistas.
Como conseqüência, a liberdade da ciência não pode ser defendida com base na concepção positivista da ciência, “a qual envolve um programa positivista para a ordenação da sociedade cuja implementação completa resultaria na destruição da sociedade livre e no estabelecimento do totalitarismo”. O exemplo claro desse perigo estava na Rússia, onde o movimento positivista acabou praticamente culminando com a derrubada da própria ciência.
A liberdade acadêmica se faz crucial para o avanço do conhecimento e da ciência. Esta liberdade consiste “no direito de escolher o problema a investigar, em conduzir a pesquisa sem qualquer controle externo e em ensinar o assunto em pauta à luz de opiniões próprias”. Para Polanyi está muito claro que no dia em que as comunicações entre cientistas forem cortadas, a ciência praticamente paralisará. A cooperação livre e independente entre os cientistas, em um ambiente com uma tradição científica, é fundamental para o processo científico.
De forma espontânea ocorre uma coordenação das atividades individuais, sem a necessidade de intervenção de qualquer autoridade coordenadora. Como analogia, Polanyi oferece o exemplo da montagem de um quebra-cabeça, sendo impossível planejar antecipadamente seus passos. Uma administração centralizada teria que criar uma estrutura hierarquizada e dirigir as atividades a partir de um centro. Cada um teria que esperar a orientação do chefe e tudo ficaria num compasso de espera. Os participantes deixariam de prestar qualquer contribuição apreciável para a sua montagem, e o efeito cooperativo seria quase nulo. A base lógica para a coordenação espontânea dos cientistas na busca da ciência seria tão simples quanto a que opera a autocoordenação de uma equipe engajada na montagem de um quebra-cabeça.
Na verdade, três pilares seriam necessários para a ciência: os cientistas individuais, o corpo de cientistas e a opinião pública. Polanyi diz: “A afirmação da paixão pessoal é a marca registrada do grande pioneiro, aquele cujas qualidades são muito valiosas para a ciência”. Ao mesmo tempo, a tradição científica, o rigor do método científico, impõe um grau excepcional de rigor crítico, que é extremamente importante.
Por fim, a ciência só pode continuar a existir na escala moderna “se a autoridade que pleiteia é aceita por vastos grupos da população”. Se as opiniões anticientíficas predominarem, se as pessoas escolherem o misticismo em vez da ciência para tentar explicar o universo material que as circunda, é porque a ciência fracassou em sua tarefa crucial de ser aceita como fonte de conhecimento. Cada um dos três pilares desempenha uma determinada função no processo do desenvolvimento científico e nenhum deles pode ser delegado a uma autoridade superior.
Quando o Estado se imiscui na ciência, os riscos destes fundamentos serem destruídos e corrompidos são enormes. Um dos motivos, como lembra Polanyi, é que sendo os acadêmicos recompensados pelo Estado, o governo pode muito bem exercer uma pressão que os desvie dos interesses e padrões acadêmicos. Os casos do nazismo alemão e comunismo soviético são sintomáticos disso.
Outro ponto é que existem muitas oportunidades de conflito entre os interesses imediatos do Estado e aqueles do aprendizado e da verdade, “cultivados por amor à ciência e à própria verdade”. Quando as descobertas científicas iam à contramão do marxismo, eram simplesmente descartadas na União Soviética. Polanyi conclui: “O Estado deve encarar a vida acadêmica independente da mesma forma que o faz com a administração independente da justiça”.
O foco de Polanyi não fica restrito ao campo da ciência, mas é extrapolado para todos os demais. Ele diz que “é evidente que a liberdade acadêmica não é jamais um fenômeno isolado”, e que “ela só pode existir numa sociedade livre, porque os princípios em que se baseia são as mesmas fundações sobre as quais repousam as liberdades essenciais da sociedade”. Desta forma que ele chega até a defesa da liberdade econômica: “Encaro a liberdade econômica como uma técnica social adequada, quase indispensável, para a administração de uma determinada técnica produtiva”.
Em resumo, Polanyi defendeu veementemente a liberdade, limitada por certas regras básicas necessárias para o próprio funcionamento desta liberdade. Ele acreditava muito na ordem espontânea, na livre coordenação dos indivíduos. Fez oposição à planificação científica, baseando a epistemologia da ciência na crença na natureza individual dos descobrimentos, livre de interferências dogmáticas ou oficiais. A liberdade científica que defendeu é fundamental para as demais liberdades, e ele mesmo compreendeu isso. Resta trabalhar para que as demais pessoas também possam compreender.
Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

ESTÃO LIMPANDO O RABO COM URTIGA, PORÉM FAZENDO POSE DE ESTAR USANDO FOLHA DUPLA PERFUMADA COM CHANEL- Aproximação com EUA não muda 'rumo socialista' de Cuba, diz Raúl

SOBERBA

SOBERBA

A soberba correu mundo com seu dono
Nunca valorizando ninguém ao seu redor
Desfilando sempre de nariz empinado e achando-se uma imortal senhora
Talvez por isso ficou tão surpresa
Ao ser colocada com seu dono no forno crematório
Para torrar também seus ossinhos.

Único “pacto contra a corrupção” possível é tirar o PT do poder

Quando a porca torce o rabo, os bandidos precisam de alguma cortina de fumaça. E a nova onda do PT, encampada pela própria presidente Dilma, é falar em um “pacto contra a corrupção”. Uma piada de mau gosto, vindo do partido que vem, das pessoas que comandaram esse sistema de corrupção desde o começo. Uso o termo sistema aderindo ao que o jornalista Guilherme Fiuza tem dito, para diferenciar o que estamos vendo de um “simples” caso a mais de corrupção.
Em sua coluna de hoje, aliás, Fiuza mostra como os mesmos envolvidos nesse sistema continham gozando da estima e do poder no PT, e que é ridículo esperar que essa gente mesmo faça algo de concreto para combater a roubalheira. Se o gigante abrisse apenas um olho o PT seria enxotado de Brasília. Diz Fiuza:
Seguindo o dinheiro (farto) do doleiro, a polícia chegou a uma quadrilha instalada na diretoria da Petrobras sob o governo popular. Tinha o Paulinho do Lula, tinha o Duque do Dirceu, tinha o tesoureiro da Dilma, tinha bilhões e bilhões de reais irrigando a base de apoio do império petista. Um ou outro brasileiro mal-humorado se lembrou do mensalão e resmungou: mais um caso de corrupção no governo do PT. Acusação totalmente equivocada.
O mensalão e o petrolão não são casos de corrupção. Pertencem a um sistema de corrupção, montado sob a bandeira da justiça social e da bondade. Vamos repetir para os que seguiram o dinheiro e se perderam no caminho: trata-se de um sistema de corrupção. E as investigações já mostraram que esse sistema esteve ligado diretamente ao Palácio do Planalto nos últimos dez anos. Um deputado de oposição disse que o maior medo do PT não era perder a eleição presidencial, mas que depois Dilma fizesse a delação premiada.
Em seguida, Fiuza pergunta ao leitor quem são as pessoas nesse governo ou nesse partido capazes de liderar uma guinada virtuosa: Lula? Dilma? Vaccari? Mercadante? Pimentel? Cardozo? Carvalho? Dirceu? Delúbio? Alguém em sã consciência pode esperar algo positivo de um “pacto contra a corrupção” proposto pelo PT? Isso mais parece um “pacto de não-agressão”, justamente para preservar o sistema de corrupção.
Sem usar a palavra, Fiuza deixa claro que o impeachment parece a única solução. Lembra do caso de Collor para concluir seu artigo com o protesto bem-humorado do falecido Bussunda, que usou um tomara-que-caia diante do Palácio do Planalto. E afirma que, em um sistema parlamentarista, o caso da Petrobras já teria derrubado o governo.
O PT tem tentado, para se proteger de tanta podridão, atacar a oposição. Fala em “terceiro turno” para dar ares golpistas a essa demanda legítima por investigações e punições eventuais em casos comprovados de desvios e ilegalidade. O partido não aceita o papel da oposição em uma democracia. Aliás, não aceita bem a própria democracia.
Aécio Neves, em artigo publicado no GLOBO, reforça que cumpriu o rito civilizado e democrático de ligar para a vencedora no pleito, enquanto Dilma ignorou o que é de praxe e preferiu não mencionar seu opositor no discurso de vitória. Alguém que, não custa lembrar, recebeu 51 milhões de votos! Diz Aécio:
Sair do palanque implica reconhecer que há papéis distintos na democracia, e um destes papéis cabe à oposição exercer, fiscalizando o poder, denunciando erros e abusos, inquirindo as autoridades, apresentando alternativas.
Na lógica do PT, só têm o direito de ocupar as ruas os movimentos que defendem o partido. Para tentar tirar a legitimidade de milhões de brasileiros, de forma desrespeitosa, tentam associar todos os opositores a defensores de ditaduras. É importante que o partido aprenda a conviver com esse novo protagonista da cena política — o cidadão que democraticamente protesta e não se cala. Pois, ao lado dele, a oposição também não vai se calar.
A vitória deu ao PT a oportunidade de corrigir erros que não foram poucos, mas não lhe garantirá salvo-conduto para continuar atentando contra a ética e a inteligência dos brasileiros.
O PT se julga detentor de tal salvo-conduto, mas não o possui. Parte do Brasil acordou. O gigante como um todo ainda dorme, é verdade, ainda se mostra passivo diante desse sistema de corrupção. Muitos vão até mesmo cair nessa ladainha de “pacto contra a corrupção” proposto pela presidente, a favorecida pelo esquema da Petrobras que irrigou o caixa do partido, segundo denúncia dos envolvidos.
Mas outra parte vai continuar lutando pela justiça, democracia e liberdade, e contra a impunidade, portanto. Espera-se que a oposição realmente faça o mesmo, sem “pacto” algum de companheiros. O único pacto que aceitamos é que se cumpra a lei, que se puna os corruptos. A forma de combater a corrupção é tirar o PT do poder. Não com um golpe, mas sim usando os instrumentos legítimos e legais da própria democracia.
Rodrigo Constantino

Os drusos: uma minoria islâmica bem integrada a Israel

Os drusos são uma dissidência dos muçulmanos desde o século X, uma comunidade religiosa bastante fechada que vive espalhada basicamente no Líbano, Israel, Síria, Turquia e Jordânia. Chegam a pouco mais de um milhão no mundo todo, e não são considerados muçulmanos pela maioria dos seguidores do Islã na região.
Falam árabe, e preferem viver nas montanhas, pois se julgam mais protegidos nelas. Em Israel, representam quase 2% da população. Visitei uma vila de drusos em minha viagem a Israel, com direito a um simpático guia que ia nos explicando tudo sobre seus hábitos no decorrer das caminhadas.
Nosso simpático guia no interior de uma tradicional casa dos drusos
Nosso simpático guia no interior de uma tradicional casa dos drusos
Tive a sorte de encontrar um batalhão de militares do Exército de Israel durante uma das visitas, e pude conversar com eles. Também encontrei um druso mais religioso no caminho, com direito a nova conversa.
Militares israelenses drusos
Militares israelenses drusos
Eu com o soldado druso
Eu com o soldado druso
O mais interessante, creio, é o fato de como estão integrados ao país e se sentem parte dele, inclusive com forte sentimento patriótico, apesar de todas as enormes diferenças no estilo de vida. Há drusos na força policial e, especialmente, entre os militares, dando suas vidas para lutar pela sobrevivência democrática de Israel, uma nação predominantemente judaica.
Monumento em homenagem aos drusos que morreram pela pátria Israel
Monumento em homenagem aos drusos que morreram pela pátria Israel
Tanque de guerra com símbolo de Israel, que é também o dos judeus, exposto com orgulho em território druso
Tanque de guerra com símbolo de Israel, que é também o dos judeus, exposto com orgulho em território druso
Seus hábitos religiosos, sua pacata vida no alto das montanhas, suas vilas com discretas casas para rezar, tudo isso bem perto de um estilo de vida bem diferente, com outra religião, mas mesmo assim parte de uma mesma nação democrática, que os drusos se mostram orgulhosos em defender com o próprio sangue. Afinal, é a democracia israelense que permite a manutenção pacífica de sua religião por ali.
Um druso mais religioso caminhando
Um druso mais religioso caminhando
Eu com um druso religioso
Eu com um druso religioso
Foi bonito ver que as diferenças religiosas podem ser deixadas de lado, de forma totalmente pacífica e respeitosa, quando um elo comum os une aos demais, inclusive aos judeus que representam 75% da população de Israel: o patriotismo.
Os drusos israelenses vivem de forma mais isolada, como todos os drusos, mas nem por isso deixam de se integrar quando o assunto é defender sua pátria, liberdade e democracia. E encontram em Israel um país que respeita e protege suas minorias.
Rodrigo Constantino

Caio Blinder- Curtas & Finas (Cuba & Venezuela)

O regime castrista por si é um equívoco, uma perdição, mas ele aprendeu com seus erros, com alguns dos seus maiores desastres. A gerontocracia de Havana está consciente dos riscos da dependência, especialmente depois que a economia sofreu um colapso no começo dos anos 90 com a implosão da União Soviética. A Rússia de Vladimir Putin ainda é um benfeitor de Cuba, mas está aí amargando seus graves problemas devido aos preços mais baixos do petróleo e às sanções ocidentais como punição contra a agressão na Ucrânia.
No entanto, o cordão umbilical de Havana hoje é com Caracas. No começo, Fidel Castro exercia um fascínio paternal sobre Hugo Chávez. Velhos tempos. Agora, é o regime castrista que tenta se desgarrar um pouco do chavismo conduzido por Nicolás Maduro. Um dos motivos para Cuba buscar o degelo com os EUA, após mais de meio século de um conflito geriátrico, é a fria na qual se encontra a Venezuela.
O regime castrista precisa suavizar o embargo e conseguir dólares para compensar o cenário realista de uma Venezuela que pode quebrar, sofrendo barbaridades com o equívoco em si que é o chavismo e a baixa dos preços do petróleo. Havana corre para diversificar sua economia, distanciando-se do afago do chavismo, que proporciona cerca de 100 mil barris de petróleo por dia (60%  de suas necessidades energéticas) em troca de Mais Médicos e otras cositas más,como agentes de segurança. O escambo não pode durar muito tempo.
O petróleo representa 95% das exportações da Venezuela e desde junho os preços do barril caíram 40%. O cenário é de desestabilização, com muita gente discutindo quando e como o regime chavista irá implodir, com temores de caos. Na avaliação da Eurasia, a empresa de estratégia de risco, a possibilidade de um calote chavista na sua dívida externa no segundo semestre de 2015 é de 60% caso não ocorra uma recuperação dos preços do petróleo. A Cuba da penúria não pode se dar ao luxo de esperar e com a benção do papa Francisco estendeu a mão para os ianques.
A histórica normalização de relações diplomáticas entre Cuba e EUA deve baixar um pouco o volume do discurso boquirroto do castrismo contra o imperialismo ianque. Havana perdeu munição retórica, mas Caracas se engaja com gosto na fuzilaria verbal, especialmente agora que o Congresso em Washington adotou sanções, assinadas pelo presidente Obama na quinta-feira, em represália à repressão contra opositores em protestos em abril que deixaram mais de 40 mortos.
Nicolás Maduro trata a normalização das relações diplomáticas entre Washington e Havana como uma capitulação do império americano, mas na verdade ele se sente incomodado e ameaça se converter em um aríete quase isolado para a investida de clichês. Na quinta-feira, o governo chavista reagiu contra a ratificação das sanções por Obama, fulminando que se trata de “uma nova etapa de agressões contra a pátria de Bolívar”.
Resta saber se, como o castrismo, o chavismo irá capitular à realidade ou se mostrar ainda mais retrógado do que o mentor.

“Dilma e Lula. Duas faces da mesma moeda: a ignorância imodesta.” (Mim)

“Pai, o que os políticos do PT fazem em Brasília?” “Você ainda não tem idade para saber meu filho.” (Mim)

“Pai, posso ser igual a Dilma?” “Não minha filha. Já temos um mentiroso na família.” (Mim)

NA PAZ DO NADA

Na paz do nada

Para ter certeza absoluta de como é
Precisaria alguém ter ido e voltado
Trazendo fotos e documentos
Talvez depoimentos
Porém como nada disso há
Fico com a minha convicção
Que após a morte
Existe apenas a eternidade na paz do nada.



“Não existe patudo maior que um ser que não responde a um cumprimento. Sirva o milho.” (Mim)

“O PT conseguiu estragar até mesmo o número 13.” (Mim)

Como diz minha avó noveleira, pitando um cigarro de palha diante do fogão: “Essa Dilma é desnutrida de inteligência.” (Mim)

“Como disse Marta certa vez, relaxe e goze. É o que a turminha do PT & CIA mais andou fazendo na Petrobras.” (Mim)

”Os números não são o forte da Dilma. Nem as letras. Forte mesmo é a sua arrogância bestial.” (Eriatlov)

PODER

PODER

O mundo não é rosa
Os homens não são anjos
O poder é amigo da cobiça
E irmão da safadeza
E lá no alto
Todos querem ficar
Para se locupletar
Para depois sorrindo urinar na cabeça dos sem poder.

“Quem vive de amor é serviço de tele- mensagens. O resto precisa comer.” (Mim)

“Ser um imbecil não é fácil. É preciso ter muitas certezas.” (Mim)

“Existem pessoas que fogem de um sorriso como se ele fosse um mal.” (Mim)

“Bolivariano é um comunista que se esconde no armário, mas deixa metade da bunda de fora.” (Mim)

Portal Libertarianismo- Interstellar – liberdade e as fraquezas do progressismo

Alerta de spoiler! Esse texto contêm dicas sobre a trama do filme Insterstellar.
Uma das bases do pensamento político progressista é que especialistas deveriam ser colocados no comando das políticas públicas, utilizando uma “gestão científica” e uma análise política “baseada nas evidências” para determinar e por em prática políticas sociais. Poucas áreas têm sido tão invadidas por essa perspectiva que a política científica. Mas essa ideia pode ter sofrido um duro golpe da cultura pop no novo filme Interstellar de Christopher Nolan, embora possa ser, inicialmente, difícil perceber.
À primeira vista, Interstellar parece um clichê – a Terra está à beira de um apocalipse ambiental, e cabe a um pequeno grupo de bravos cientistas e um piloto de testes da NASA encontrar um novo mundo para os humanos colonizarem. A épica odisseia espacial inclui toneladas de efeitos especiais, um roteiro firme, e uma excelente atuação de Matthew McConaughey (Joseph Cooper, ex-piloto da NASA), Anne Hathaway (como Amelia Brand, cientista da NASA), Jessica Chastain, Michael Caine (Dr. John Brand), John Lithgow, and Matt Damon (Dr. Mann), entre outros.
Mas a história do filme Interstellar pode ser mais importante pelo que deixa de fora em vez do que efetivamente contempla. Em vez de adotar a abordagem politicamente correta de colocar os humanos no centro da catástrofe climática (embora a superpopulação seja considerada um fator importante, até mesmo por questão de plausibilidade popular), o filme explora esperança, perseverança e criatividade humana. É na área da criatividade humana que o filme de Nolan estabelece uma clara, porém sútil crítica aos especialistas como árbitros do futuro da humanidade e um argumento implícito em prol da liberdade como essencial à inovação.
Em uma história assentada por camadas (mas não sinuosa), o núcleo do filme inclui temas focados na comunicação, conexão humana, e fé na habilidade humana de inovar, confiar e perseverar. Uma equipe desorganizada de especialistas, sob o comando do Dr. Brand (Caine) é tudo o que sobrou da NASA, enquanto tempestades de areia consomem o que restou das áreas habitáveis da Terra. Eles têm a tarefa de assegurar a sobrevivência da humanidade por meio de um esforço científico de longo prazo de viagem através de um buraco negro até uma nova galáxia a procura de um novo planeta e casa. Os cientistas acreditam que uma inteligência alienígena criou um buraco negro com o intuito de salvar a raça humana. Então, a NASA envia sondas espaciais tripuladas para encontrar um novo planeta. A maioria falha, mas encontram três boas alternativas, estabelecendo a necessidade de envio de uma tripulação mais completa, incluindo o experimente piloto de testes Cooper e outros cientistas capazes de estabelecer uma nova colônia. A parte científica é plausivelmente exata, e envolve a exploração da chamada “quinta dimensão” da física, a dimensão além do tempo que tenta ligar a gravidade e as forças eletromagnéticas (a teoria Kalluza-Klein).
Mas existe um detalhe que poucos parecem ter percebido: o filme critica severamente o comando de especialistas em favor da criatividade individual. O enredo do filme está intrinsecamente ligado à missão especial de determinar se os habitantes da Terra podem ser evacuados para um novo planeta antes que seja tarde demais (plano A), ou se iniciar uma nova colônia utilizando milhares de óvulos fertilizados congelados (plano B). Joseph Cooper (McConaughy) é motivado a participar da missão por querer salvar a humanidade e a sua família, então ele está apostando no plano A. Ambas as opções são propostas pelo cientista principal e líder do projeto, John Brand. Ele é um especialista que – chamado muitas vezes de “Professor” ou “Doutor” – aproveita-se de seu conhecimento científico, de sua experiência na NASA, e de sua compreensão do destino da humanidade, para criar esses planos como as duas únicas opções viáveis.
Nós sabemos, todavia, que o plano B sempre foi a única solução, mesmo que tenha sido apresentada a Cooper como uma opção igualmente viável. Não se esperava, sinceramente, que Cooper, sua família, e o resto da espécie humana ainda na Terra sobrevivessem. Na verdade, Brand (Michael Caine) manipula toda a tripulação, incluindo sua filha Amélia (Anne Hathaway), para assegurar que eles aceitem a missão e implementem o plano B, o qual é povoar outro planeta com humanos. (No que parece um giro coincidente, mas intrigante, o outro antagonista principal acaba sendo o Dr. Mann. Na vida real, não no filme, Michael Mann é um climatologista da Universidade Estadual da Pensilvânia há muito acusado pelos céticos de propositalmente apresentar estatísticas de forma a exagerar os efeitos da mudança climática para manipular as políticas públicas).
Sem dizer muito mais, como qualquer boa história, vamos dizer que nem o plano B nem o plano A acabam sendo a melhor solução. Através de muitas alucinantes interações físicas (que eu não entendo, mas estou disposto a aceitar em um filme de ficção científica), Cooper acaba salvando a humanidade por meio de sua astúcia e fé no poder criativo de sua família e de outros humanos que estão na Terra. Em resumo, os especialistas perdem, mas os cientistas ganham.
O roteiro revisado de Christopher Nolan (primeiro escrito para Steven Spielberg pelo seu irmão Jonathan Nolan) habilmente conduz esse jogo entre gestão científica e questionamento científico individual na última meia hora do filme como a audiência lentamente reconhece a futilidade de ambos os planos. Com o aumento do desespero de Cooper, a audiência nunca está realmente certa se a humanidade sobreviverá. É da derrota final da mente científica, por meio de sua morte natural, que a capacidade criativa dos outros seres humanos da Terra é finalmente liberada. Sua disposição a pensar de forma diferente, interpretar novas informações, e jogar com a inspiração umas das outras (particularmente Cooper e sua filha adolescente) levam a história até a resolução, tanto como um filme que pode capturar a imaginação da audiência popular, assim como um conto da sobrevivência da humanidade.
É claro, esse final é muito mais historicamente fundamentada que o fim apocalíptico prognosticado pela maioria dos pessimistas. Mais importante, enquanto as ciências salvam a humanidade, é a perseverança individual e a aplicação humana desse conhecimento dentro de um ambiente no qual o livre pensamento, experimentação, descoberta e discussão com os mestres científicos – liberdade pessoal – que oferece salvação, não redenção. Assim, além de ser um bom filme, Interstellar carrega uma mensagem pró-liberdade que vale a pena pensar em um nível mais profundo.
 // Traduzido por Matheus Pacini. Revisado por Russ da Silva | Artigo original.

Sobre o autor

sam
Samuel R. Staley é diretor administrativo do DeVoe L. Moore Center na Faculdade de Ciências Sociais na Universidade Estadual da Flórida.

OBAMA E RAÚL ESQUECERAM O PRINCIPAL por Percival Puggina. Artigo publicado em 18.12.2014

"Ahora, llevamos adelante, pese a las dificultades, la actualización de nuestro modelo económico para construir un socialismo próspero e sostenible". Raúl Castro, em discurso ao povo cubano no dia 17 de dezembro de 2014.

 Num dia de outubro do ano de 2012 - já contei isso antes por aqui - enquanto caminhava ao longo do Malecón habanero, eu ia observando o incessante bater das ondas contra os molhes que protegem a cidade. Retornara a Havana, passados 10 anos da minha visita anterior, para conhecer as mudanças que se dizia, então, estarem ocorrendo no país. Gastara os dias anteriores perguntando às pessoas sobre essas mudanças. "Câmbios? No hay cambios!", asseguravam-me aqueles com quem falava. De fato, tudo parecia apenas dez anos mais velho, dez anos mais deteriorado, exceto pela novidade dos telefones celulares. "Mas um dia o mar vencerá o muro", eu ia pensando enquanto contemplava a baía de Havana.
 Lendo os jornais de hoje, 18 de dezembro de 2014, me pergunto: será este o momento? Será agora que Cuba tomará a decisão certa, o caminho da democracia sonhado por tantos cubanos, exauridos de sua liberdade e criatividade por um governo comunista, de feitio leninista? A frase com que abro este comentário, feito em cima dos acontecimentos, deixa margem para muitas dúvidas. O ditador Raúl Castro pretende instalar-se sobre uma contradição - "socialismo próspero". Ora, isso não existe. O que pode existir é uma ditadura com capitalismo, tipo chinesa.
 Diante disso, vê-se que Obama acaba de prestar um desserviço ao povo cubano. Se era para fazer acordo, que o acordo previsse a abertura política. Ao isolar das negociações o povo da ilha, Obama reproduz a conduta brasileira, que socorre o ditador em suas necessidades materiais ajustando o estribo para que ele possa continuar cavalgando a nação cubana. Huber Matos, um dos principais comandantes da revolução, no livro "Cómo llegó la noche", relata uma conversa que teve com Fidel, indagando-o sobre quando iriam cumprir a promessa de permitir aos trabalhadores a participação no resultado das empresas. Na resposta, o Líder Máximo afirmou que isso seria impossível porque quando o trabalhador adquire independência econômica logo vai atrás da independência política.
Se tal entendimento os manteve no poder durante 54 anos, não vejo razão para que tenham mudado de opinião. A longa experiência certifica a correção da tese. Ademais, o modelo político cubano, segundo a própria definição de Fidel Castro, é marxista-leninista, ou seja, tem total desapreço à democracia e às liberdades que normalmente a acompanham. Se a questão política interna de Cuba não faz parte da pauta negociada entre Raúl e Obama com as bênçãos de Sua Santidade o Papa Francisco, então esqueceram o principal. Cuba não é um negócio da família Castro & Castro Cia. Ltda, com a qual Obama faz acertos, mas uma nação insular onde, há mais de meio século, 11 milhões de pessoas trabalham como escravas do Estado. Um dia, contudo, o mar vencerá o muro.

O MAL DE QUE NOS LIVRAMOS. LIVRAMOS? por Percival Puggina. Artigo publicado em 17.12.2014

Interessado na história do período que vai de 1964 a 1985, ouvi falar e busquei assistir o documentário Hércules 56. Trata-se de um longa, do diretor Sílvio Da-Rin, composto por entrevistas, gravações de época e uma espécie de coletiva desenrolada numa mesa de bar. Os participantes da coletiva são remanescentes dos sequestradores do embaixador norte-americano em 1969 e do grupo despachado para o México, por exigência deles, a bordo da aeronave que dá nome ao filme. Entre outros, depõem, com a perspectiva que lhes permitiu um afastamento que já chega a quatro décadas, Franklin Martins, Vladimir Palmeira, José Dirceu, Flávio Tavares, Daniel Aarão Reis Filho e Paulo de Tarso Venceslau.
 Eu assistira, antes, ao “O que é isso companheiro?”. Nele, Fernando Gabeira assume participação importante no sequestro. Em Hércules 56 Gabeira some. Por quê? O diretor, após a estreia, em 2006, explicou que Gabeira fora “soldado raso” na operação e jamais teria participado não houvessem os líderes escolhido para refúgio a casa onde ele morava. Praticamente mandou Gabeira procurar a própria turma e não inventar lorota. Só encontro uma explicação: o então deputado Fernando Gabeira se transferira do PT para o PV e perdera a simpatia dos companheiros.
Do conjunto da obra (Hércules 56 é um bom filme), concluí que, hoje, a maior parte dos protagonistas considera o seqüestro e a luta armada como equívocos que estimularam o endurecimento e a continuidade do regime. Escolheram esse caminho por descrerem do jogo democrático. Eram militantes, dispostos a morrer e a matar pela revolução que julgavam estar fazendo, e sobre cuja existência real, pelo que pude presumir, não têm mais tanta certeza.
 Foi exatamente aí que nasceu a observação registrada no título deste artigo: do que escapamos! Imagine, leitor, se, em vez de senhores de meia idade, reflexivos mas orgulhosos dos seus ímpetos juvenis como se apresentam no filme, eles tivessem sido vitoriosos, e chegassem ao poder, como desejavam, na esteira do que realizara Fidel partindo de Sierra Maestra. O que teriam implantado no Brasil? Totalitarismo marxista-leninista, expropriações, tribunais revolucionários e execução de conservadores, liberais, burgueses, latifundiários, empresários, direitistas. E mais, partido único e total absorção da comunicação social pelo Estado. Era o que na época se chamava “democracia popular”, regime adotado pelas referências mundiais do comunismo.
 Não estarei indo longe demais? Não. Assista ao filme e ouvirá Vladimir Palmeira elogiar o chefe do sequestro, Virgílio Gomes da Silva, por lhes ter dito: “Se houver algum problema que, por desobediência a uma ordem minha ou vacilação, coloque em risco a operação, não pensem que vou esperar um tribunal revolucionário. Eu executo na hora”. Quem trata assim os companheiros, como procederá com os adversários? Noutra passagem, os entrevistados respondem à seguinte questão: caso as exigências não fossem atendidas pelo governo, o embaixador seria executado? Foi unânime a confirmação. Palmeira ilustra que essa mesma pergunta lhe fora feita no interrogatório posterior à sua prisão. Resposta: “Teria executado, sim; eu cumpro ordens”. E os cavalheiros, ex-revolucionários, em volta da mesa do bar, riram com ele. Franklin Martins riu mais alto do que todos.
Hoje, personagens daqueles anos acantonaram-se no poder e estamos sob severo risco de andar na mesma direção, por outros meios e com outros modos.
* O filme "Hércules 56" está disponível em boas locadoras e, dividido em nove partes, pode ser assistido no YouTube, buscado pelo título.

O BRASIL AINDA É O BRASIL? por Percival Puggina. Artigo publicado em 15.12.2014

Por que as instituições nada fazem contra a matriz de corrupção instalada no coração do poder? Mistério. Por que Bolsonaro suscita maior comoção e interesse entre os formadores de opinião do que as denúncias da geóloga Venina Velosa da Fonseca? Mistério. Por que o relatório de uma Comissão Nacional da Verdade que sepulta verdades e ressuscita mentiras ganha espaço como se credibilidade tivesse, malgrado afronte a própria lei que a criou? Mistério. Por que, para tantas pessoas, o mal está na mera existência da revista Veja e não nos crimes que ela denuncia? Mistério. Por que é tão solenemente ignorada a existência do Foro de São Paulo, como bem sinaliza Olavo de Carvalho? Mistério. Por que não causou estranheza em parte alguma que a pessoa escolhida para ocupar a função de tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, seja, justamente, o ex-dirigente de uma cooperativa habitacional que lesou centenas de associados? Não está ele sendo processado por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica? Comanda as finanças do PT e só a Veja acha estranho? Mistério. Por que o partido que governa a República perdeu todo interesse em desvendar os enigmas em torno da morte de Celso Daniel? Mistério, mistério, mistério. Para onde quer que se olhe, lá está a densa bruma de onde quase se espera o surgimento de dragões, unicórnios e manticoras.
Pois eis que, de repente, fica-se sabendo que a presidente da República foi a Quito participar de uma reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e que nessa reunião foram tomadas diversas decisões envolvendo supostos interesses comuns aos países do bloco. E com que parcerias! Pois bem, as relações internacionais do Brasil, de uns tempos para cá, seguem estratégias incomuns e nos têm custado muito caro. Não seria preciso mais do que isso para despertar o interesse da mídia nacional. Mas não despertou. Por quê? Mistério. E não me consta que alguém tenha gasto meia hora, seja na mídia, seja no Congresso Nacional, para investigar o que significará, na vida prática, algo tão enigmático (mormente entre nações sob tais governos) quanto a Unidade Técnica de Coordenação Eleitoral que passará a funcionar na Unasul. Por quê? Mistério.
Tampouco suscitou interesse a decisão de criar uma Escola Sul-Americana de Defesa, que até sigla já tem: Esude. E para que servirá a Esude? Para constituir "un centro de altos estudios del Consejo de Defensa Suramericano de articulación de las iniciativas nacionales de los Estados Miembros, formación y capacitación de civiles y militares en materia de defensa y seguridad regional del nivel político-estratégico". Será que só eu fiquei preocupado com isso? Será que só eu fui buscar informações e me deparei com este vídeo? Terei sido o único a descobrir que, conforme ali se explica, a tal Esude tem por objetivo formar civis e militares afastados das "lições caducas com que se formavam nossos militares", as quais seriam "quase cópias dos manuais gringos, norte-americanos"? O que dizem sobre tudo isso nossos comandantes militares? Mistério.
Definitivamente, de duas uma: ou estou ficando incapaz de compreender o Brasil, suas instituições e seu povo, ou o Brasil está se tornando outra coisa qualquer.
_____________
* Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
 

“Minha mulher fala que tenho tudo para ser um verme. Respondo para ela que ainda há tempo.” (Climério)

“Ser popular? Qualquer merda pode ser popular. Hitler foi popular.” (Mim)

“Já acreditei em tudo e em todos. Contínuas decepções me transformaram num cético.” (Limão)

“Já estive em más companhias, mas jamais como estão meus amigos.” (Climério)

“Nunca fui chamado de bonitinho. O máximo que consegui foi ser chamado de ‘feinho’.” (Assombração)

“Meu primeiro dia na escola foi terrível: a professora pediu que eu tirasse a máscara.” (Assombração)

“Sempre fui um péssimo aluno nas exatas. Não gostava e não estudava. Sofria bullying de zeros.” (Mim)

“Num litígio religioso é bom ouvir o conselho do diabo, pois ele trabalha tanto para evangélicos quanto para católicos e protestantes.” (Limão)

“Sou um poço de virtudes. Também sou mentiroso.” (Mim)

“Deus criou só mundo em seis dias porque não era funcionário público comissionado.” (Climério)

“De tanto comer salada hoje sou uma lesma.” (Mim)

INFERNO OU CUBA?

Perguntaram para um cubano:
-Inferno ou Cuba?
-Inferno.
-Por quê?
-O capeta não discursa!

“A morte é transformadora. Transforma todo defunto em gente boa.” (Limão)

“Toda cidade pequena tem o seu rei. Quando sai do seu mundinho percebe que não é nada, que de iguais a si o mundo está repleto. Não passa de um comum.” (Pócrates)