quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

RODRIGO CONSTANTINO


O monopólio da virtude

Sowell condena a “tirania da visão”, típica dos que tentam monopolizar as virtudes.
“A primeira coisa que um homem fará pelos seus ideais é mentir.” (Joseph Schumpeter)
Uma característica bastante comum de se observar em certas pessoas é a tentativa de monopolizar a virtude. Normalmente são pessoas que sofrem do que Thomas Sowell chamou de “tirania da visão”, quando um ideal particular de justiça cósmica anula qualquer capacidade de reflexão honesta. Tal indivíduo não terá interesse algum em debater seriamente os meios adequados para seus objetivos, testando suas teses através da experiência e aplicando a lógica nelas. Tudo que importa são as finalidades nobres, e qualquer alternativa oferecida com meios distintos será tratada com intenso desdém, como se a própria finalidade em si do outro fosse pérfida.
Existem inúmeros exemplos para ilustrar esta tentativa que alguns fazem de se arrogar a propriedade única da boa intenção. Um ótimo caso inicial está nos ditos “pacifistas”. As pessoas que automaticamente confiscam para si o monopólio da “luta pela paz”, como se o restante fosse adepto da violência, não pretendem nunca debater a fundo os métodos. A estratégia é desqualificar os fins dos oponentes, não seus meios pregados. Assim, qualquer um que não adere ao modelo pacifista é ou um lacaio da indústria bélica ou um potencial guerreiro empedernido, sedento por sangue. Não importa que essas pessoas mostrem a lógica de que certos inimigos precisam ser combatidos com firmeza, ou que algumas guerras são úteis e necessárias para a própria manutenção da paz. Tampouco importa mostrar inúmeros casos empíricos onde a complacência com o inimigo foi o caminho da desgraça. Os “pacifistas” já encerraram a questão antes mesmo do debate começar. Somente eles querem de verdade a paz.
É a busca pela paz, não quais métodos de fato garantem-na, que exalta moralmente esses visionários. No fundo, essas pessoas buscam uma exaltação pessoal perante os outros, estão atrás da imagem de nobres almas. Não ligam para os resultados concretos do que defendem, posto que um mínimo de avaliação honesta, muitas vezes, mostraria que há um abismo entre o defendido e o obtido. Foi dessa maneira que, faltando menos de um ano para que a guerra mais catastrófica do mundo fosse iniciada por Hitler, o Primeiro Ministro inglês, Chamberlain, enalteceu o “desejo do povo alemão pela paz”.
Vários intelectuais “pacifistas” condenavam os governos que investiam em armamento, antecipando a real ameaça nazista. O enfraquecimento militar do Ocidente foi, sem dúvida, um dos fatores que estimularam os agressores. Não obstante, a dura realidade nunca impediu que tais “pacifistas” se considerassem moralmente superiores. Os outros são apenas bárbaros belicosos, ainda que a própria sobrevivência desses “pacifistas” dependa dos “belicosos”. O padrão se repete atualmente na questão do Islã, onde os relativistas morais colocam-se acima dos demais em termos morais, atuando de forma complacente com um grupo de fanáticos que pretende, abertamente, destruir o Ocidente. Uma vez mais, esses “pacifistas” só irão sobreviver para repetir novas hipocrisias se os “belicosos” os defenderem do inimigo.
O campo militar é fértil nessa questão do monopólio da virtude, mas está longe de ser o único. Na economia os monopolistas de fins nobres abundam também. Peguemos como exemplo a questão da miséria. Os “defensores dos pobres” são aqueles que defendem o uso do aparato estatal no combate à miséria, sem entretanto aprofundar o debate a respeito do melhor método para reduzir a pobreza de fato. Se um liberal mostrar com vastos casos empíricos que a pobreza foi melhor combatida onde o Estado menos interveio nos assuntos econômicos, ele será ignorado na melhor das hipóteses, ou tachado de insensível na pior delas. Não são os meios o foco desses “defensores dos pobres”, e sim a finalidade em si, como se alguém normal realmente desejasse o aumento da miséria.
Se um liberal tentar explicar que a melhor forma de atacar o problema da miséria é através do livre mercado, poderá ser rotulado até mesmo de “darwinista social”, como se quisesse, na verdade, entregar o pobre ao “deus dará”. A repetição de chavões vazios que objetivam apenas desqualificar a pessoa é indiretamente proporcional à capacidade de argumentação. Os monopolistas da virtude jamais focam nos argumentos. Para que eles sintam-se moralmente superiores, basta repetir muitas vezes e em coro que os outros não ligam para os pobres. Assim eles seguem adiante com o ar de superioridade alimentado mutuamente por cada um do grupo, ainda que os pobres sofram na pele as tristes conseqüências da falta de respeito com a realidade.
Temos vários outros casos para ilustrar o ponto central do artigo, mas creio ser desnecessário me alongar. Em todos esses casos, o padrão se repete, e humanos reais acabam sacrificados pela tirania da visão pois aqueles sacrificados não são os mesmos que exploram moralmente a nobre visão. As teorias dessas pessoas não são testadas seriamente, e o esforço delas está infinitamente mais direcionado na propaganda ou na demonização dos que carregam pontos de vista alternativos. Qualquer fim nobre tem um dono, na cabeça deles, e são os próprios. Quem ousa discordar ou questionar os meios desses nobres fins simplesmente não são virtuosos. Não podem ser! Caso contrário, os que aparentam nobreza ficarão nus, sem o manto da virtude, e restará ao mundo a visão de sua essência: a hipocrisia.
Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

INGLÓRIA LUTA

INGLÓRIA LUTA

Inglória luta de um velho rico
De buscar uma jovem musa dona de todos os encantos
Que faça babar os companheiros
E não cause nenhum transtorno
Que transfira ao idoso a juventude e energia
Sem o transformar na cidade
No mais renomado dos cornos.

“O Muro não foi uma gafe histórica. Cada socialismo requer seu próprio muro, seu próprio cárcere.” (Juan Ramón Rallo)

“Trair amigos está no meu DNA. Eles que o digam.” (Satanás Ferreira)

“Sou mulher do Satanás Ferreira. Somos pródigos em nos chifrar mutuamente.” (Ilvania Ilvanete)

COLA NO BEIÇO

“Se todos os terneiros do rebanho quiserem mamar na mesma vaca ela morrerá de fraqueza. E assim acontecerá com o Brasil se não passarem cola no beiço dessa terneirada comunista que se apossou do nosso país.” (Mim)

MAO, O SUÍNO

“Vi numa livraria um livro de citações de Mao. O que teria de inteligente para dizer este porco vermelho, que transmitia doenças venéreas para suas parceiras, que matou com suas ideias de jerico milhões de chineses de fome, que perseguiu, trancafiou e matou seus adversários políticos?” (Eriatlov)

QUANDO O ESTADO FRACASSA...

Quando o estado fracassa abjetamente em cumprir com a mais mínima qualidade aceitável algum serviço que ele se propôs a fazer — como a segurança —, as pessoas veem isso como algo rotineiro. Se pessoas morrem em decorrência da falta de segurança — inclusive na área de infraestrutura — gerada pelo estado, são apenas coisas da vida. Mas quando uma empresa privada oferece um serviço que deixa a desejar, todos os tipos de impropérios e ameaças judiciais são proferidos por seus desapontados clientes. (Lew Rockwell)

“Se uma empresa privada fracassa, ela vai à falência. Se o estado fracassa, ele pede (e ganha) mais dinheiro.” (Lew Rockwell)

Corte italiana autoriza extradição de Pizzolato e determina sua prisão imediata; petistas estão em pânico; ministro da Justiça da Itália vai decidir se ele fica ou vem

As más notícias para o PT não cessam. A Corte de Cassação da Itália decidiu extraditar o petista Henrique Pizzolato, ex-gerente de marketing do Banco do Brasil, anulando decisão da primeira instância. Os juízes determinaram ainda a sua prisão. Atenção! A decisão da Corte não implica que ele será necessariamente extraditado. A última palavra será dada pelo ministro da Justiça. No Brasil, ele está condenado a 12 anos 7 meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Os petistas já estão em pânico. A volta de Pizzolato seria como a saída de um zumbi do armário. Ele desmoraliza as versões fantasiosas que os petistas tentam consolidar sobre o mensalão. Se mensaleiros como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino fizeram suas vaquinhas indecentes para supostamente pagar multa, Pizzolato — que, na prática, era chefiado pelo trio — deixa claro que não tinha problemas financeiros. Viveu vida de rico na Europa. Comprou nada menos de três apartamentos só no litoral da Espanha — dois deles avaliados em R$ 3 milhões. Por que será que seus chefes posam de coitadinhos?
A virtude que os petistas mais apreciam em Delúbio é a sua capacidade de aguentar tudo calado, de não denunciar ninguém, de ser um homem do partido — é, em suma, a encarnação cara de pau. Já deu para perceber que Pizzolato é de outra natureza: não aguenta o tranco. Tem queixo de vidro.
Por Reinaldo Azevedo

MEU NOME É BOB.BOB ESPONJA! E O SEU?- No petrolão, Dirceu era 'Bob'. E recebeu dinheiro sujo

VEJA
O ex-ministro José Dirceu, que cumpre pena por arquitetar o esquema do mensalão, teve muitos codinomes em sua vida, quando agia na clandestinidade em grupos de esquerda durante a ditadura militar. Chegou a esconder sua real identidade por quatro anos da ex-mulher. Agora, as investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal revelam um novo apelido do ex-chefe do Partido dos Trabalhadores e homem forte do governo Lula para identificar sua parte na contabilidade do propinoduto que sangrou a Petrobras. Nas planilhas dos operadores do maior esquema de desvios de recursos públicos que se tem notícia, Dirceu era associado à sigla "Bob". (veja o documento abaixo)
As revelações foram feitas pelo doleiro Alberto Youssef, que durante uma década atuou como uma espécie de "banco" para lavar o dinheiro roubado da petroleira. Em uma série de depoimentos à Polícia Federal, prestados entre os dias 9 e 13 de outubro do ano passado, Youssef afirmou que Dirceu mantinha relação muito próxima – "eram amigos", nas palavras do doleiro –, com o empresário Julio Camargo, da Toyo Setal. “Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci”, disse.
Segundo Youssef, Dirceu e o também ex-ministro Antonio Palocci Filho, este homem forte tanto na gestão Lula quanto no início do primeiro governo Dilma Rousseff, utilizavam um jato Citation Excel, de propriedade de Camargo, que ficava no hangar número 1 da companhia aérea TAM, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Mas o uso do jato não é o único elo entre o petista e o operador do petrolão. O doleiro descreve o esquema montado por Julio Camargo: segundo ele, o empresário tinha um testa de ferro, chamado Franco, a quem Youssef reconheceu em fotografia exibida pelos policiais. Trata-se de Franco Clemente Pinto, uma espécie de contador do dinheiro roubado da estatal, que utilizava um escritório no sexto andar de um edifício comercial ao lado do Shopping Cidade Jardim, na Zona Sul da capital paulista. Franco detalhava a "contabilidade ilícita" – Youssef não informou os valores – em planilhas arquivadas em um pen drive protegido por senha. Nessas tabelas, assim como Dirceu era "Bob", Youssef era conhecido como "Primo". Diz ainda que o empresário também instrumentalizou propina da empreiteira Camargo Corrêa para agentes públicos e bancar caixa dois de partidos.

Reinaldo Azevedo: Bob é o nome de um amigo de Dirceu
Acervo Digital: Aonde Dirceu vai... Bob vai atrás
Radar on-line: 400.000 para Vaccarezza

Vaccari – Youssef voltou a implicar o PT como beneficiário direto da propina movimentada no escândalo do petrolão: disse que o partido recebeu propina em uma obra da empresa Toshiba, a licitação da casa de força do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo ele, foram entregues 400.000 reais à cunhada do tesoureiro petista, João Vaccari Neto, chamada Marice. “O valor do PT foi negociado com João Vaccari”, disse Youssef. Uma outra parcela de 400.000 reais chegou a Vaccari pelas mãos de Rafael Ângulo Lopez, que trabalhava para o doleiro.​

Para que a Toshiba, que integrava o cartel das empreiteiras na Petrobras, pudesse participar das obras do Comperj, Alberto Yousseff disse que a empresa procurou “emissários do Partido dos Trabalhadores” e próprio João Vaccari, já que a propina deveria ser acertada também com a diretoria de Serviços da Petrobras, comandada na época por Renato Duque., indicado por José Dirceu para o cargo na estatal​
PMDB – A exemplo de Youssef, Julio Camargo também concordou em colaborar com as investigações em troca de possíveis benefícios judiciais. À PF, o doleiro disse que Camargo possui grande quantia de dólares em contas no exterior, enviados sob o disfarce de lucro de suas empresas. Em um de seus depoimentos, Camargo revelou, por exemplo, que a empresa Toyo Setal pagou propina de 30 milhões de dólares ao lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como o operador do PMDB no petrolão. A propina a Baiano serviria para que a empresa sul-coreana Samsung Heavy Industries celebrasse com a Petrobras contratos para a fabricação de duas sondas de perfuração em águas profundas. O pagamento precisou de intermediação de Alberto Youssef, que providenciou contratos simulados com empresas de fachada para viabilizar parte dos recursos.

Reprodução/VEJATrecho da delação premiada de Paulo Roberto Costa
Trecho da delação premiada de Paulo Roberto Costa



IMB- Quatro aspectos que devem ser abordados em uma discussão inteligente sobre desigualdade econômica

Como sempre ocorre todos os anos às vésperas do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, a entidade Oxfam publica um relatório denunciando a "injusta" distribuição de riqueza mundial.
relatório deste ano foi especialmente barulhento, pois a entidade afirmou, com um estrondo já costumeiro, que 1% da população detém 48% da riqueza mundial, e que, "caso nada seja feito", já em 2016, esse 1% deterá mais de 50% da riqueza mundial. 
E concluiu, obviamente, que os governos devem tomar medidas em conjunto — leia-se: tributar ainda mais e redistribuir esse dinheiro entre seus grupos favoritos — para reverter esse cenário.
Muitos alegam que todos nós deveríamos ficar alarmados pela desigualdade econômica porque ela impede que haja uma ascensão social dos mais pobres.  Já outros afirmam que, dado que a riqueza está distribuída tão desigualmente, seria uma questão de justiça e de bom senso criar um esquema de redistribuição de renda.
Ausente em todas estas agitações está o debate sobre o que realmente é riqueza, como ela surge, como seria uma distribuição "justa" e se há realmente uma "injustiça" nesse processo de criação e distribuição de riqueza.
Comecemos pela mais básica das abordagens, que é a questão da proporção da distribuição da riqueza.
A lei de Pareto
Esse é um argumento que certamente não terá grande apelo perante aqueles que utilizam a emoção em vez da razão, mas que ainda assim nunca foi refutado: a lei de Pareto.
A lei de Pareto foi descoberta pelo economista-sociólogo Vilfredo Pareto no final do século XIX.  Ele estudou a distribuição de riqueza em várias nações europeias.  Já àquela época, ele descobriu que aproximadamente 20% da população detinha 80% do valor do capital de uma nação.  Após essa descoberta, ele decidiu aplicar o raciocínio até o topo da pirâmide.

Se 20% da população detém 80% do valor do capital de uma nação, então 4% (20% de 20%) detém 64% (80% de 80%) do valor do capital.  Isso de fato se mostrou verdadeiro.
E prosseguiu.  Se 4% detém 64%, então aproximadamente 1% (20% de 4%) deverá deter aproximadamente 50% (80% de 64%).  E isso também se comprovou verdadeiro. 
Portanto, 1% deter aproximadamente 50% da riqueza mundial é um fenômeno que já havia sido previsto por Pareto ainda no século XIX.
Um grande número de estudos subsequentes indica que essa mesma distribuição se aplica para todas as sociedades estudadas. Não importa se os países eram nações pré-social-democratas (antes de 1900), nem a localização geográfica ou quão socialistas eles são. A mesma distribuição existe.

Aliás, o que é realmente perturbador é que a regra 20-80 de Pareto se aplica a todos os tipos de estatística institucional que pouco têm a ver com distribuição de riqueza.

Aproximadamente 20% do efetivo de uma força policial fazem 80% das prisões. Aproximadamente 20% de uma determinada classe social consomem 80% dos produtos destinados àquela classe.  Aproximadamente 20% de um grupo fazem 80% do trabalho. Aproximadamente 20% da população são responsáveis por 80% de toda a produção econômica. Aproximadamente 20% daqueles que assinaram uma revista renovam a assinatura ao final do primeiro ano. Aproximadamente 20% dos que recebem uma e-letter gratuita de fato a lêem.  E por aí vai.

Ou seja, quem se assusta com a "descoberta" da Oxfam está na realidade protestando contra algo que, longe de ser uma novidade, é uma proporção há muito já estabelecida pela natureza.
Mas vamos adiante.
O que é justiça?
Em que realmente consiste uma distribuição justa e sensata de riqueza?  Isso é algo que vem sendo debatido há séculos.  Na melhor das hipóteses, as concordâncias ocorridas neste quesito são evasivas.  No entanto, qualquer discussão inteligente sobre justiça e igualdade econômica tem de reconhecer que os resultados conhecidos de um processo não servem para determinar se houve ou não justiça e sensatez.
Peguemos um exemplo extremamente simples.  Suponha que Paulo, Pedro e João se reúnam semanalmente para jogar pôquer.  E, em 75% das vezes, Paulo vence.  Pedro e João vencem, respectivamente, 15% e 10% das vezes.
Simplesmente conhecer estes resultados dos jogos não nos permite dizer absolutamente nada sobre se houve ou não justiça e sensatez nos jogos.  As desproporcionais vitórias de Paulo podem ser o resultado de ele ser um jogador astuto ou de ser um vigarista esperto.
Para determinar se houve justiça nos jogos é necessário perguntar sobre o processo do jogo.  Houve desobediência às regras neutras do jogo?  Havia cartas marcadas?  Houve trapaça no embaralhamento das cartas?  Houve algum jogador que foi coagido a jogar?  Se as respostas forem negativas, então houve justiça nos resultados, independentemente de qual tenha sido os resultados.  O fato de Paulo ter vencido 75% das vezes é um fato que tem de ser aceito.  
Da mesma maneira, a renda de uma pessoa é o resultado de algo.  Saber que a renda anual de uma pessoa é de $ 500.000 e que a renda de outra pessoa é de $ 12.000 é algo que não nos diz absolutamente nada sobre justiça econômica e social.  Para determinar se realmente houve injustiça econômica e social é necessário fazer perguntas sobre o processo de enriquecimento.
A maioria das pessoas que faz pontificações sobre desigualdade econômica — inclusive economistas, para vergonha geral — simplesmente não reconhece, ou não deixa explícito, que a renda é resultado de algo.
Sendo assim, um determinado resultado não pode ser utilizado para determinar se houve justiça, isonomia e sensatez.  Para determinar se houve justiça, isonomia e sensatez é necessário ir além dos resultados e examinar o processo econômico como um todo.
Onde entram a criatividade, a engenhosidade e a inteligência?
Em primeiro lugar, é necessário entender o que cria a riqueza.
Por que, durante a Revolução Americana, George Washington não utilizou mísseis teleguiados para combater o exército britânico?  Por que ele não utilizou um telefone celular para se comunicar com suas tropas?  Todos os recursos físicos necessários para fazer mísseis e celulares já existiam naquela época.  Aliás, esses recursos físicos já existiam desde a época do homem das cavernas.  Por que o homem das cavernas não tinha um computador portátil para interagir com seus semelhantes via Facebook? 
A resposta é que, embora os recursos físicos já existissem, a mente humana ainda não era engenhosa e criativa o bastante para saber como transformá-los em celulares, mísseis, computadores e internet.
Uma concepção errônea, mas extremamente popular, é a de que o estudo da ciência econômica serve para capacitar alguém a prever os rumos da bolsa de valores ou a fazer investimentos rentáveis.  Errado.  A economia é um estudo sistemático sobre causa e efeito, e serve para você entender as relações de causa e efeito.  O estudo da economia ajuda a entender o que acontece quando você faz coisas específicas de maneiras específicas. 
O caminho para entender resultados econômicos é examinar as consequências das decisões tomadas e quais foram os incentivos que levaram a essas decisões.
E isso nos permite entender como a riqueza é criada.
O que é riqueza?
Comecemos pelo básico: riqueza é tudo aquilo que gera uma fonte de renda futura.
Não é a riqueza que dá valor à renda, mas sim a renda que dá valor à riqueza.  O valor de um terreno não depende do terreno em si mesmo, mas sim do valor de todos os serviços que ele permite.  Um pedaço de terra em uma cidade inglesa tem mais valor que um pedaço de terra no Zimbábue porque suas possíveis utilizações na Inglaterra (residenciais, industriais, comerciais etc.) são mais úteis para o conjunto da sociedade do que no Zimbábue. 
Por outro lado, se a Inglaterra for devastada por uma guerra e Zimbábue se tornar um centro internacional de negócios, as terras do Zimbábue passarão a ser muito mais valiosas do que as da Inglaterra, ainda que, fisicamente, não tenha havido alteração nenhuma na composição destas terras. 
É por isso que o preço do metro quadrado hoje em Hong Kong ou Cingapura é infinitamente superior ao valor de 50 anos atrás.  As terras são as mesmas, mas a utilidade da terra melhorou (aliás, a qualidade da terra em si pode até ter se degradado), pois o valor que subjetivamente se atribui às utilizações que o terreno proporciona se multiplicou.
Em uma sociedade formada por bilhões de pessoas, onde os recursos físicos possuem variados usos alternativos, a imensa maioria das rendas não advém automaticamente dos recursos materiais, mas sim douso que se faz destes recursos materiais.  Isso significa que a capacidade de geração de renda depende muito mais da organização inteligente destes recursos do que da disponibilidade dos mesmos.
É exatamente por isso que a Google (e tantas outras empresas) conseguiram crescer e enriquecer mesmo tendo sido criada em uma garagem e utilizando apenas recursos próprios; e também é exatamente por isso que os governos, mesmo tendo à sua disposição muitos mais recursos (confiscados) do que qualquer empresa, não conseguem gerar nada de proveitoso.
Um poço de petróleo hoje é o mesmo poço que já existia há 100 anos.  No entanto, seu dono hoje será incomparavelmente mais rico do que o dono de 100 anos atrás, pois o petróleo hoje é utilizado em processos produtivos que geram muito mais renda do que gerava há 100 anos.
O que se pode dizer com certeza é que, em ordens sociais livres e complexas, a maior parte da riqueza de uma sociedade estará na forma de sistemas organizacionais geradores de bens e serviços (renda), isto é, de empresas que produzam bens e serviços valiosos para os consumidores; e continuará nesta forma apenas enquanto estes sistemas empresariais seguirem gerando valor para o consumidor.  São famosos os casos de megaempresas que se tornaram totalmente descapitalizadas em decorrência do simples fato de que seus bens e serviços deixaram de ter valor para o consumidor (o recente ocaso da Kodak é o mais famoso de todos).
Conclusão
Não é a intenção deste artigo abordar algumas das causas atuais da desigualdade econômica.  É fato que há várias pessoas que enriqueceram em decorrência de fartos subsídios governamentais, e de tarifas protecionistas e onerosas regulamentações que impediram o surgimento de concorrência e garantiram uma renda exclusiva para esses plutocratas.
É também fato que a maneira como funciona o atual sistema monetário e bancário é propícia a umadistribuição desigual de riqueza.
E também é fato que a desigualdade começou a crescer na década de 1970, justamente quando os governos aboliram o que restava do padrão-ouro e, consequentemente, deram liberdade total aos seus Bancos Centrais para inflacionarem sem qualquer restrição.  (A inflação gerada a partir da década de 1970, e a consequente redistribuição de riqueza — mecânica essa explicada em detalhes aqui — afetou severamente a distribuição de riqueza).

No entanto, um debate que desconsidere coisas simples como o que realmente é riqueza, como ela é gerada, como ela é distribuída, e o que define uma distribuição injusta é um debate meramente emotivo, e não racional.
O mais irônico de tudo é que, quando a distribuição de renda é realmente injusta, isso ocorre por causa das interferências, das regulamentações e dos gastos governamentais.  E o que entidades como a Oxfam sugerem para corrigir essa injustiça gerada pelas intervenções do governo é justamente mais interferências, mais gastos e mais regulamentações governamentais.
Conclui-se que essas pessoas simplesmente não entendem nem como a riqueza é criada, nem como ela é justa e injustamente distribuída, e nem como ela é destruída.
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Leia também:

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Autores:
Walter Williams, professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros.  Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.
Juan Ramón Rallo, diretor do Instituto Juan de Mariana e professor associado de economia aplicada na Universidad Rey Juan Carlos, em Madri.  É o autor do livro Los Errores de la Vieja Economía.
Gary North, ex-membro adjunto do Mises Institute, é o autor de vários livros sobre economia, ética e história. Visite seu website.
Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

“A mediocridade reinante adora fazer filhos para o estado sustentar. Com o passar do tempo a preguiça tende a aumentar e quem sabe pedirão para o estado também fazer a cópula.” (Mim)

“Pobre povo que tem um ogro como governante.” (Mim)

“Os comunistas deveriam deixar de lado o ódio aos bem sucedidos. Mais Groucho Marx e menos Karl Marx.” (Eriatlov)

“Se nós cães pudéssemos votar com certeza não votaríamos em socialistas. Nós prezamos a liberdade.” (Bilu Cão)

“Para Dilma nada é fácil. Pensar então!” (Eriatlov)

“Eu durmo para descansar, não para ter pesadelos com o capeta. Pois não estava eu de mordomo da Madame Mim em Brasília?” (Eriatlov)

HUMANO

HUMANO

Erro e acerto
Humano apenas
Porém faço enorme esforço
Para não ser mais um tonto
A caminhar sobre o planeta.

“Na Venezuela faltam até papel e caneta para anotar o que está em falta. Socialismo, bah!” (Cubaninho)

“É sabido que o chinês Mao não gostava de banhos. Água, sabonete e ele eram incompatíveis. Fedia mais que urubu velho.” (Eriatlov)

“Da morte nem o maior crápula escapa. Isto sim é justo.” (Mim)

MANTEGA DINAH

mercado

FRALDAS EM CHAMAS- Chefe do clube do bilhão NEGOCIA assinar acordo de delação premiada

Às vésperas do Carnaval, mais precisamente ontem, Ricardo Pessoa, controlador da UTC, assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
A julgar pelas testemunhas de defesa que Pessoa queria que participassem da ação penal da qual é réu, vem coisa forte aí.
Entre as testemunhas, Pessoa elencou, entre outros, Jaques Wagner, o ex-ministro Paulo Bernardo, Arlindo Chinaglia , Paulinho da Força, Jutahy Júnior, Arnaldo Jardim, Jorge Tadeu Mudalem e José de Filippi Júnior, ex-tesoureiro da campanha de reeleição de Lula, em 2006, e da primeira campanha de Dilma Rousseff, em 2010.
(Atualização, às 23h23:  o Radar errou e pede desculpas aos leitores pelo erro. A delação está sendo negociada, mas não foi assinada ainda. )
Por Lauro Jardim

AQUI, FICARÁ NA CHAVE?- Justiça italiana autoriza extradição de Henrique Pizzolato