Toda cidade pequena tem o seu rei. Quando sai do
seu mundinho o arrogante percebe que não é nada, que de iguais a si o mundo
está repleto. Não passa de um comum.(Pócrates)
sábado, 4 de agosto de 2018
O FORTE E VALENTE
Turíbio era forte e valente como nenhum outro. Na
verdade, não tinha mais adversários na sua região. Derrubou todos que estiveram
em seu caminho. Seus amigos o
convenceram de sair no braço com um leão, na porrada. Pois os tais após muito trabalho e dinheiro
conseguiram um leão e colocaram os dois frente a frente numa jaula enorme. O
valente foi todo pintado para a batalha, uma mistura de ninja, apache e soldado
em guerra na floresta. E o dito leão por
ser um bicho burro e desinformado não sabia quem era Turíbio, o forte e
valente. E assim sendo um animal totalmente por fora, comeu o valente ainda no
primeiro round.
UM HOMEM, UMA CADEIRA
Um homem, uma cadeira. Vinte anos se passaram. Um homem, uma cadeira, um cargo. Um homem,
uma cadeira, muitos conchavos, muitas mordomias e desvios. Uma cadeira, uma
bunda colada, um sindicalista. Pois foi necessária uma junta médica para
destronar o sacripanta. E houve choro e ranger de dentes, também presentes
algemas e um delegado. Restou uma cadeira vazia aguardada por nádegas ansiosas.
LÚCIO E SEU DONO
Tupi era um
cão muito fino que diariamente levava seu homem chamado Lúcio para passear.
Muito belo o homem, de roupinha colorida, coleira de prata e tudo mais. Porém
senhor Tupi nunca levava o kit cocô e o seu homem de estimação era pródigo em
defecar nos gramados e calçadas. Faz alguns meses seu Tupi andava só por uma
dessas calçadas de sua rua quando resvalou num cocô, bateu a cabeça e morreu.
Que lástima! Lúcio triste e com sentimento de culpa entrou em depressão. Deixou
de comer e até de mostrar a língua. No momento o pobre Lúcio mora num Homil
para homens loucos.
RESPEITO
"Não sou religioso. Respeito todas as crenças, mas os religiosos não têm nenhum respeito pelas pessoas sem fé."
Dráuzio Varella
CONFINS
CONFINS
Casinha de sapê nos confins.
-Toc!Toc!
-Quem bate?
-Ciro Gomes.
-Um momento. Irei fugir pelos fundos.
SEMILDA BEATA
Semilda, sempre vestida de preto, um urubu de
saias. O sangue irriga seu cérebro não sei por que, pois vive prostrada
maltratando os joelhos. Do alto espera
castigo e prêmios, o resultado não aparece, mas junta as mãos muito mais que
toma banho. É uma juíza, julga todos, porém se perguntada sobre algo coerente e
real é uma toupeira que não sabe nem quando é dia ou noite. Uma beata, inerte
no pensar como uma batata dentro de um saco na carroceria de um caminhão.
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