domingo, 11 de março de 2018


“Dos amores passados é sempre mais saudável se lembrar dos beijos que das guampas.” (Climério)

“Na quarta-série primária fui considerado o melhor aluno da classe. Então imagine que raça.” (Climério)

"Explicações místicas são consideradas profundas. Mas a verdade é que elas não são sequer superficiais". ( Nietzsche

“Para um casal que se ama um pouco de sem-vergonhice entre quatro paredes é recomendável.” (Climério)

A prece ‘não nos deixes cair em tentação’ significa: ‘não nos deixes ver quem somos’.
Arthur Schopenhauer

“Quando o sujeito já sabe tudo ele dedica um pouco do seu tempo para ver BBB.” (Climério)

Alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias.
— Carl Sagan

RATOS


Os ratos atacam a família. Os ratos atacam o bolso dos cidadãos. Os ratos atacam o ensino de qualidade. Os ratos bloqueiam a porta que leva ao futuro e à modernidade. Os ratos roem as bases das instituições democráticas. Os ratos urinam e defecam sobra a Constituição. Os ratos têm muito espaço na mídia, não deveriam ter, pois já sabemos e estamos cansados de tanto rói e rói. Ou destruímos os ratos ou eles destruirão o pouco que nos resta.

CONFINS


Casinha de sapê nos confins.
-Toc!Toc!
-Quem bate?
-Dias Toffoli.
-Valha-me Deus! Antes fosse a morte!

O CONSELHO DOS SÁBIOS


2.099. Os homens mais sábios do planeta se reuniram em Genebra na Suíça para decidir qual deles era o mais sábio para presidir o conselho que governaria o planeta terra dali por diante. Todos se apresentaram como candidatos e fizeram suas explanações dando mostras de suas ideias. Após um mês de árduos debates ainda não haviam encontrado um nome de consenso e quando a palavra “burros” foi dita no plenário. Acendeu-se uma chama de ira e todos se engalfinharam com sangue nos olhos usando facas e estiletes, já que armas de fogo eram proibidas. Não sobrou um só dos sábios vivo. Dona Cleusa que cuidava do cafezinho tomou posse da cadeira presidencial vazia dizendo: É cum eu!

MARIA


Maria não queria João, queria Paulo. O pai de Maria não queria Paulo, queria João.  Maria mulher objeto desejava ter amor, voz, vida, luz, liberdade. A mão pesada dos costumes desceu sobre Maria que soluçava pelas noites geladas na solidão da cama, desenhando no chão de areia pássaros livres, tentando resignar-se com seu destino e aceitar o determinado pelo pai. Porém algo dentro dela era mais forte, pois corria por suas veias o sangue da insubmissão e do desejo de todos os mortais de ser feliz. Os dias de Maria eram de tristeza, sabendo que o futuro lhe reservava a mesma vida inglória de diversas outras Marias de sua aldeia. Então quando teve certeza que nada mudaria o contrato acertado da troca de uma mulher por cabras e algum dinheiro, foi ao rio. Lá calmamente se deixou levar pelas águas, entrando num transe de paz, conquistando a liberdade tão almejada.