sexta-feira, 24 de março de 2017

COMPRIMIDINHOS

“ Ontem meu velho quis tomar um daqueles comprimidinhos. No lugar do orgasmo teve uma visita do SAMU.” (Eulália)

TRABALHADORA

“A minha família é toda feita de vadios imprestáveis. A única que trabalhou fui eu. Deitada, é certo, mas trabalhei.” (Eulália)

Rabinovitch foi expulso do Partido por 3 motivos:

Rabinovitch foi expulso do Partido por 3 motivos:

a) O secretário do Partido entrou no escritório do Rabinovitch, viu na parede os retratos de Khruschev e Brezhnev e perguntou:

-- Por que você ainda não se livrou do retrato deste imbecil?

E o Rabinovitch respondeu: -- De qual deles?

ASSANHAMENTOS

“Sempre fui uma mulher de poucas virtudes e de muitos assanhamentos.” (Eulália)
“A esquerda ama a liberdade de imprensa, mas só a favor.” (Eriatlov)


O NOSSO MAL

“O mal do Brasil é ter homens públicos com sobrecarga de interesses particulares. “ (Eriatlov)


MÁSCARAS

“Não há baile de máscaras em Brasília, pois máscara faz parte do uniforme oficial da politicalha nacional.” (Eriatlov)

TV ABERTA

“Para mim TV aberta é uma tortura. Na TV fechada muito porcaria, mas há algumas boas opções. Infelizmente muitos não podem escolher ou preferem mesmo a mediocridade.” (Eriatlov)

Meditação de Sábado - H. L. Mencken

Às vezes chego a suspeitar de que meu principal problema é o fato de ser desprovido do que se costuma chamar de dons espirituais. Ou seja, sou incapaz de experiência religiosa, em qualquer sentido. Algumas cerimônias religiosas me interessam esteticamente e, com alguma frequência, até me divertem, mas não extraio delas nenhum estímulo, nenhuma sensação de exaltação, nenhuma katharsis mística. Neste departamento, sou tão palerma quanto o organista da igreja, o coroinha do altar ou o próprio arcebispo. Quando me sinto deprimido e cheio de miséria, não tenho o menor impulso de pedir ajuda, ou mesmo consolo, nos poderes sobrenaturais. Assim, a generalidade das pessoas religiosas continua misteriosa para mim, além de vagamente insultuosa, assim como sou inquestionavelmente insultuoso a elas. Para mim, um homem rezando e outro portando um pé de coelho para lhe dar sorte são igualmente incompreensíveis. Esta falta de compreensão tem-me causado inimizades, acredito que duradouras. Tenho ojeriza a qualquer homem religioso, e todos os homens religiosos que conheço têm ojeriza a mim.
Sou apenas um ateu militante e não tenho a menor objeção a que se vá a igrejas, desde que honestamente. Eu próprio já entrei em igrejas mais de uma vez, procurando sinceramente sentir o estalo de que tanto falam as pessoas religiosas. Mas nem mesmo na Catedral de São Pedro, em Roma, senti o mínimo sintoma do estalo. O máximo que já senti no mais solene momento da mais pretensiosa cerimônia religiosa foi um deleite sensual por sua beleza — um deleite exatamente igual ao que me invade quando ouço, por exemplo, Tristão e Isolda ou a Quarta Sinfonia de Brahms. O efeito da tal música é, na realidade, mais agudo que o da liturgia, mas só porque Brahms me comove mais poderosamente que os santos.
Como se vê, esta deficiência é uma desvantagem num mundo populado, em esmagadora maioria, por homens inerentemente religiosos. Isto me afasta de meus semelhantes e torna difícil para mim compreender muitas de suas ideias e não poucos de seus atos. Vejo-os responder, de maneira firme e constante, a impulsos que a mim parecem inexplicáveis. Pior ainda, faz com eles me compreendam, a ponto de me infligirem sérias injustiças. Não conseguem se livrar da ideia de que, por ser apático aos conceitos que os comovem profundamente, só posso ser um homem de tal aberração moral que devo ser mantido a distância. Nunca cruzei com um homem religioso que não revelasse essa suspeita. Não importa a sua sinceridade em tentar entender o meu ponto de vista, sempre termina por bater em alarmada retirada. Todas as religiões ensinam que o não-conformismo é pecado; muitas delas fazem disto o mais negro dos pecados, e o punem severamente, se tiverem poder suficiente. É impossível para este homem tão religioso duvidar da justiça desse julgamento. Ele simplesmente não consegue imaginar uma regra de conduta que não se baseia no temor a Deus.
Devo acrescentar que minha deficiência reside no impulso fundamental, não na mera credulidade teológica. Não me mantenho longe a igreja por não ser capaz de acreditar em seus dogmas atuais. Para dizer a verdade, alguns me parecem bastante razoáveis e, provavelmente, discordo deles com menos veemência do que muitos que lhes são assíduos devotados. Entre minhas experiências curiosas, há alguns anos, houve a de tentar convencer um ardente católico que não acreditava na infalibilidade papal. Tratava-se de um fiel filho da igreja, e sua incapacidade para aceitar o dogma o angustiava. Provei-lhe, e ele pareceu satisfeito, que não havia nada de intrinsecamente absurdo na tal infalibilidade papal — já que, se os dogmas que ele já tinha adotado fossem verdadeiros, este provavelmente também o seria. Algum tempo depois, quando este homem estava nas últimas, fui visitá-lo e ele me agradeceu com aparente sinceridade por ter resolvido sua velha dúvida. Suas últimas palavras para mim foram as de esperança de que eu abandonasse minha teimosia em relação a Deus e levasse uma vida mais pia. Morreu firmemente convencido de que eu estava condenado ao Inferno — e, o que é pior, tendo feito por merecê-lo.

PERERECAS DESFALECIDAS

“Estive por anos num convento e afirmo: Por debaixo do hábito tínhamos pererecas desfalecidas e outras em chamas.” (Josefina Prestes)

BALAS DE MENTA

“A vida no convento  foi para mim pura desilusão. Não tinha nem mesmo um padre para me oferecer balas de menta.”(Josefina Prestes)

UMA FAMÍLIA DE NEGÓCIOS

-Pai, vi no jornal. O seu amigo Dirceu pegou mais 23 anos.
 - Você não nenhuma notícia boa para me dar?
 - Tenho. O seu nome ainda não está na lista dos procurados.

ANSIEDADE

Não há um bom lugar,
a inquietação é uma constante,
a mente é um turbilhão.
Todos os assentos estão repletos de pregos,
todos os lençóis têm insetos,
nenhum colchão se molda ao corpo,
todas as coisas são fúteis.
Qualquer transtorno causa ira,
a paz não se alcança
Nem com o sol da manhã.
Só digo que vida que não é vida,
é esse casamento sem divórcio

do meu eu com a ansiedade.

DUVIDAR É PRECISO

Quem não duvida
engole o pronto.
Gosto é gosto dizem,
não se discute.
Absorvido o pronto,
o pensar não repercute,
morre no ser que o recebeu
como verdade absoluta.

Sobre o Suicídio H. L. Mencken- 2

Houve tempo em que imaginei que os homens trabalhavam em resposta a uma vaga necessidade interior de se exprimir. Mas aquela era provavelmente uma teoria capenga, porque muitos dos homens que mais trabalhavam não têm nada a dizer. Uma hipótese mais plausível começa a brotar agora: os homens trabalham apenas para escapar à deprimente agonia de contemplar a vida — e seu trabalho, assim como o seu ócio, é uma comédia-pastelão, que só lhes serve para que eles escapem da realidade. Tanto o trabalho como o ócio, normalmente, são ilusões. Nenhum deles serve a qualquer propósito sólido e permanente. Mas a vida, despida dessas ilusões, torna-se logo insuportável. O homem não consegue ficar de mãos abanando, contemplando o seu destino neste mundo, sem ficar desvairado. Por isto inventa formas de tirar sua mente deste horror. Trabalha, diverte-se. Acumula aquele grotesco nada, chamado propriedade. Persegue aquela piscadela esquiva da fama. Constitui uma família e dissemina a sua maldição sobre ela. E, todo o tempo, a coisa que o move é o desejo de se perder de si mesmo, de se esquecer de si mesmo e de escapar à tragicomédia que é ele próprio. Fundamentalmente, a vida não vale a pena ser vivida. Assim, ele cria artificialidades para fazê-la parecer que vale. E também por isto erige uma espalhafatosa estrutura para esconder o fato de que ela não vale.
Talvez esta conversa de agonias e tragicomédias possa desviar a atenção do leitor. O fato básico sobre a existência humana não é o de que seja uma tragédia, mas o de que é uma chatice. Não é tanto uma guerra, mas uma permanente posição de sentido. A objeção a ela não é a de que seja predominantemente penosa, mas a de que lhe falta sentido. O que a espécie terá pela frente? Os próprios teólogos não conseguem ver nada, exceto um vazio cinzento com alguns fogos de artifício irracionais no fim. Mas existe uma coisa chamada progresso humano. É verdade. É o progresso que permite a um homicida sair da casa de detenção para a cadeia, e da cadeia para a cela da morte. Toda geração experimenta o mesmo intolerável fastio.
Falo como um daqueles de quem se poderia dizer, estatisticamente, que levou uma vida feliz. Trabalho até dizer chega, mas o trabalho é mais agradável para mim do que qualquer coisa que eu possa imaginar. Não tenho consciência de quaisquer desejos arrebatadores e inatingíveis. Não quero ter nada que não possa ter. Mas fico firme em minha conclusão, às portas da senilidade, que tudo não passa de uma grandiosa futilidade e nem ao menos é divertida. O fim é sempre a vanglória, geralmente sórdida e sem o mínimo toque de nobreza do patético. Os medíocres continuam. Neles repousa o segredo do que se chama contentamento, i.e., a capacidade de deixar o suicídio para o dia seguinte. Eles próprios não têm significado, mas, pelo menos, oferecem uma saída para escapar da paralisante realidade. O objetivo central da vida é simular a extinção. Berramos demais contra a grandiloquência errada.

Sobre o Suicídio H. L. Mencken - 1

O número de suicídios está aumentando, disse-me outro dia um inteligente papa-defuntos. Sem dúvida, uma boa notícia para a sua profissão, combalida ultimamente pelos progressos da medicina e quase tanto pela feroz competição em suas próprias fileiras. É também uma boa notícia para aqueles românticos otimistas que gostam de acreditar que a espécie humana é capaz de atos racionais. O que poderia ser mais lógico do que o suicídio? O que poderia ser mais despropositado do que continuar vivo? No entanto, todos nos agarramos à vida com desesperada devoção, mesmo quando o que resta dela é palpavelmente frágil e cheio de agonia. Metade do tempo dos médicos é desperdiçado bombeando vida em cacos humanos, que não têm nenhuma razão inteligível para continuar vivendo, assim como uma vaca tem para continuar dando leite.
Em parte, este frenesi absurdo tem suas origens na imaginação humana ou, como poderia ser chamada mais poeticamente, na razão humana. O homem, tendo adquirido a alta capacidade de visualizar a morte, visualiza-a como algo doloroso e horrível. Claro que ela é raramente assim. Os estágios anteriores a ela podem até ser dolorosos (embora nem sempre), mas a morte em si parece desprovida de sensação, seja física ou psíquica. O candidato, finalmente defrontando-a, simplesmente perde suas faculdades. Não lhe dói mais do que doeria num micróbio. O horrível, assim como o doloroso, não fazem parte dela. É até mais provável que ela revele elementos do grotesco. Falo, é claro, da morte natural. Já o suicídio é nitidamente mais desagradável, até porque há alguma incerteza a seu respeito. O candidato hesita em se matar com um tiro porque teme, com alguma razão, errar o tiro e apenas se ferir. O tiro, além disso, juntamente com outras formas de produzir o êxodo artificial, envolve uma espécie de afronta à sua dignidade: certamente vai provocar uma lambança. Mas parece-me que aquela objeção tende a desaparecer com o progresso da ciência. Métodos mais fáceis, seguros e higiênicos para se partir desta vida serão inventados. Alguns, na verdade, já são conhecidos e isto talvez explique o aumento no número de suicídios, tão satisfatórios para meu amigo papa-defuntos.
Passo por cima das objeções teológicas à autodestruição por serem muito sofísticas para merecerem resposta séria. Desde o começo, o cristianismo pintou a vida na terra como algo tão triste e vazio que seu valor tornou-se indistinguível do de uma merdinha. Então, para que aferrar-se a ela? Simplesmente porque sua inutilidade e dissabores são partes da vontade do Criador, cujo amor por Suas criaturas consiste curiosamente em torturá-las. Se elas se revoltam neste mundo, serão torturadas um milhão de vezes mais no próximo. Apresento este argumento como um típico espécime de raciocínio teológico e passo a outros temas mais importantes. Especificamente, à minha tese original: a de que é difícil, senão impossível, descobrir qualquer razão lógica ou probatória, que não se desmascare instantaneamente como cheia de falácias, para se continuar vivo. A sabedoria universal do mundo já concluiu há muito tempo que a vida é uma maldição. Consulte um filósofo proverbial de qualquer raça e você o verá falando da futilidade da batalha mundana. A antecipação é melhor do que a realização. O desapontamento é o quinhão da humanidade. Nascemos na dor e morremos no sofrimento. O homem feliz morreu quarta-feira. Fulano finalmente descansou. Etc., etc. Eu poderia estender esta lista por páginas e páginas. Se você despreza a sabedoria popular, dê uma espiada no seu Shakespeare: suas peças escorrem um pessimismo de ponta a ponta. Se há uma ideia geral nelas, é a de que a existência humana é uma penosa futilidade, apagável como uma vela.
No entanto, nos atrelamos a ela de uma maneira atabalhoadamente fisiológica — ou, para ser mais preciso, patológica — e até tentamos recheá-la com pomposas cantilenas. Todos os homens verdadeiramente sensíveis lutam poderosamente pela distinção e pelo poder, i.e., pelo respeito e inveja de seus semelhantes, i.e., pela admiração de uma interminável série de carcaças portando aminoácidos em rápida desintegração. E para quê? Se eu soubesse, certamente não estaria escrevendo livros neste infernal verão americano; estaria exposto numa sala de cristal e ouro, e as pessoas pagariam 10 dólares para me contemplar através de buraquinhos. Mas, embora o mistério central permaneça, talvez seja possível investigar os sintomas mais superficiais de algum lucro. Ofereço-me, por exemplo, como um animal de laboratório. Para que trabalhei tanto, durante anos e anos, buscando desesperadamente chegar a alguma coisa que continua impenetrável para mim até hoje? Será por que desejo dinheiro? Asneira! Não me lembro de tê-lo desejado por um único instante: sempre achei fácil ganhar o quanto quisesse. Será então porque estou à cata de notoriedade? Mais uma vez, a resposta é não. Não gosto que estranhos me deem atenção e evito-os o mais que posso. Então, será uma vontade irresistível de fazer o bem? Ah, ah! Se estou convencido de alguma coisa é a de que fazer o bem é de mau gosto.
“Um bom pai deve incutir em suas filhas o desejo de ser independente para que não sejam objetos de uso para brutos e covardes.” (Mim)
“A CNBB fez a sua opção. A opção pelos podres.” (Mim)

“A CNBB é um bando de comunistas de batina. Lavadores de mentes ingênuas.” (Mim)
“Dormir em má-companhia a gente nem percebe. Duro é ficar acordado.” (Mim)




“Nada é o que se parece. Nem o nada.” (Mim)
“Até mesmo um olhar perdido encontra alguém de seu interesse.” (Mim)


“Se o paraíso é contemplação duro será espantar o tédio.” (Mim)
“Deus é solteiro, caso contrário jamais estaria em todos os lugares.” (Mim)


“Ave César e o Brutus de estilingue.” (Mim)
“Jamais me encontro. Penso que sou um perdido crônico.” (Mim) 
“Fossem trigais os esquerdistas imbecis o Brasil não precisaria importar farinha.” (Mim)

Marca Chapecoense estará nas pistas

A Chapecoense terá seu nome representado nas pistas de corrida em 2017. O piloto Raijan Mascarello irá disputar o Mercedes-Benz Challenge com o carro da Chapecoense. A parceria entre o piloto e o clube começou em 2016 ainda sob o comando do ex- presidente Sandro Pallaoro. O carro, Mercedes Benz CLA45AMG foi apresentado em Chapecó nesta quarta-feira (22), em evento para convidados na cidade de Chapecó. A parceria vai muito além das pistas, a equipe PGG Chape Racing Team vai destinar parte do valor recebido de seus patrocinadores para a reconstrução da equipe após a tragédia aérea em Medellín em novembro do ano passado.

CARLOS CESAR

ATRACAÇÃO SEM RESPONSABILIDADE

Embalados pelo álcool e pelo fumo o casal se atraca. Excitação, esfrega, esfrega, mão aqui e ali, cabeça na lua, semente posta. A barriga cresce, a futura está nem aí, o bebê nasce e o reprodutor não se sabe por onde anda. Então vai a criança crescer sem pai nas mãos de uma mãe transloucada para engordar a conta do cidadão contribuinte que nada tem a ver com isso. E por aí vem mais.

NA PAZ

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ATEU DISPOR

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HUMOR ATEU

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HUMOR ATEU- Não vejo nenhum deus aqui em cima

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DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, julho 29, 2004 PORQUE CÁ ESTOU

Leitor me pergunta porque, tendo corrido tanto mundo, sempre acabei voltando para cá e aqui estou. A resposta é simples. Voltei para a mulher que adorava. Ela era funcionária pública. Se saísse, teria de largar uma carreira na qual já estava inserida. Eu não queria viver longe dela, de forma alguma. Não há país que valha uma mulher que adoramos. Havia a chance malandra, da qual muito estrangeiro se aproveita, a de casar com - ou simplesmente engravidar - uma cidadã do país. Essa chance eu a tive. Mas desonestidade não rima comigo. Além disso, não trocaria minha Baixinha nem por dez Gretas Garbos em plena adolescência. Foi feliz o dia em que aterrissei pela primeira vez em Arlanda, sob um céu plúmbeo de dezembro. Às três ou quatro da tarde já era noite cerrada e um lençol imenso de neve a iluminava. Me parecia ter descido em Plutão e isto me fazia bem. Mas feliz mesmo foi o dia em desembarquei do Eugenio C, sob o sol escaldante do Rio. Lá estava ela, chorando grudada às grades do portão do cais. Mal o portão se abriu, nos jogamos nos braços um do outro e o Brasil - de onde partira com asco - se tornou subitamente cheio de significado. 

A resposta seria simples demais se se resumisse a isso. Lá pelas tantas, na primeira viagem, chegou o momento de lavar pratos. Ora, se eu não lavava pratos nem em casa, não seria para suecos que eu iria lavá-los. Nunca tive vocação para imigrante de segunda categoria. Em Estocolmo, sempre me perguntavam em que diska eu trabalhava. (Att diska é lavar pratos). Ora, eu não lavava prato nenhum. Estava lá para conhecer o país e a língua. Buscava cultura, paisagens novas, sexo, queria conhecer o que era então tido como uma utopia realizável. Não buscava as coroas que eram pagas à mão-de-obra imigrante. 

No Exterior, por melhor que você esteja situado, mesmo tendo adquirido passaporte do país, sempre será um cidadão de segunda categoria. Se você critica o país em que vive, lá vem a pergunta: e por que não voltas para o teu? Viesse eu do Congo ou de Burkina-Fasso, a resposta seria simples: porque meu país é um fim de mundo. Não é o caso do Brasil. Até os exilados pós-69 sentiram isto. Juravam que só voltariam de metralhadora em punho e para tomar o poder. Mal Figueiredo decretou a anistia, desembarcaram chorando no Galeão ou Cumbica. 

Ultimamente, quando minha mulher estava prestes a se aposentar, voltamos a pensar na idéia de morar por lá. Chegamos a ver apartamentos em Paris e Madri. Mas o preço do metro quadrado terminou com qualquer veleidade. Em Paris, por exemplo, o espaço que tenho aqui seria reduzido a um terço, talvez um quarto. Não daria nem pra instalar a biblioteca. Mesmo a Espanha está muito cara para residir. Portugal, depois que virou Europa, também. Nórdicos e alemães, fascinados com as pechinchas imobiliárias de Portugal (pechincha para quem recebe em moeda forte), elevaram excessivamente o preço do metro quadrado. Recebesse eu em moeda forte, tudo bem. Mas não é o caso. Melhor então ficar por aqui. Volto lá como turista e não tenho os dissabores do cidadão que lá habita. Os dilemas do turista consistem em escolher o bar ou restaurante em que jantar, o filme ou espetáculo que vai curtir, a cidade onde vai flanar. Já quem lá vive tem preocupações mais chãs, tipo renovação de visto, impostos, taxas, enfim, essas coisas que nos chateiam em qualquer lugar do mundo. 

Mudar-se para o Exterior dependendo de moeda instável de Terceiro Mundo é um risco muito grande. Pode ocorrer que, do dia para a noite, você se veja sem um vintém. Em meus dias de correspondente em Paris, o cruzeiro teve duas desvalorizações de 30%. Em poucos meses, meu salário se reduziu em 60 %. Não fosse a bolsa do Ministério da Cultura francês, estaria de novo ameaçado de lavar pratos. O apedeuta que nos governa tem falado muito em auto-estima nos últimos dias. Auto-estima seria ter uma moeda nacional sólida e aceita em qualquer quadrante. O dia em que o Brasil chegar lá, até pensaria em residir naquelas cidades que adoro. Mas isto não será para meus dias. Suponho que nem mesmo para os de meus netos, se netos houver. Os patrioteiros que me desculpem, mas não pertenço à estirpe dos que imaginam que o Brasil um dia será melhor. 

Fosse milionário, há muito estaria lá. Não entendo estes senhores que compram apartamentos aqui em São Paulo por cinco milhões de dólares. Com esse patrimônio, eu estaria em Paris ou Madri e ainda comprava um chalezinho nas Ilhas Canárias e outro nas gregas para receber os amigos. Para os curtos de grana, enviaria passagens para visitar-me. Com direito a todos os vinhos, queijos e patês. Uma das vantagens de ser rico é a possibilidade de ser generoso. Infelizmente, para meus amigos, não sou rico. 

NA VELHA URSS- FUNERAL

Ao ver o luxuosíssimo funeral de um membro do Partido, Rabinovitch comentou:

-- Mas que desperdício! Com este dinheiro eu faria o funeral de todo o Partido!

NA VELHA URSS- QUESTÃO AGRÁRIA

A minha única divergência com os "bolchevistas" é na questão agrária, -- diz o Rabinovitch. - Eles querem que eu seja enterrado e eu quero que eles sejam enterrados.

TRIBUNA DO ORELHA SECA DE NOVA MUTUM- Alexandrino delata: "Odebrecht pagou R$ 27 milhões para PCdoB, Pros, PRB, PDT e PP por mais tempo de TV para Dilma"

CORREIO DO BUNDA PELUDA DE ARAPIRACA- MO avisou Dilma sobre a presença de dinheiro sujo pago no exterior para sua campanha

Marcelo Odebrecht repetiu para o ministro Herman Benjamin, TSE, aquilo que delatou na PGR, material em poder do STF:
 - Dilma também sabia da dimensão da doação da empresa;

GAZETA DO PERNA MANCHADA DE URUSSANGA- Ao TSE, Marcelo Odebrecht diz que Dilma cobrou R$ 50 milhões pelo Refis da Crise

Marcelo explicou no TSE, conforme revelações de ontem, que a empresa tinha "relação intensa" com o governo Dilma, que essa relação intensa gerava a expectativa de que a Odebrecht fosse um grande doador. Dos R$ 150 milhões, R$ 50 milhões vieram a partir de um pedido, uma contrapartida específica, a edição da Medida Provisória 470, um "refis" na crise de 2009, que beneficiou a Odebrecht.

A CANETA

Havia uma bela caneta que só gostava de escrever coisas relacionadas ao amor. Porém por essas coisas da vida foi parar nas mãos de um bruto cheio de ódio na Síria. Certo dia cansada ver cabeças cortadas, bombas dilacerando inocentes e de escrever discursos abomináveis contra a vida, transformou-se num pequeno lagarto e enterrou-se na areia do deserto para sempre. 

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, é possível uma mulher bela ser feliz ao lado de um homem feio?”
“É possível. Difícil é ser feliz ao lado de um bruto ignorante.”

MESTRE YOKI, O BREVE

“Mestre, para que serve o Título de Eleitor?”
“Quase sempre para fazer merda.”


“O tempo é um grande apagador. Um dia seremos todos esquecidos.” (Filosofeno) 
“A amizade é um amor que nunca morre. Isso se os amigos não fizerem uma sociedade comercial.” (Filosofeno)
“A ira causa azia e mal-estar. Tente não fazer uso dela.” (Filosofeno)
“Há países únicos em determinada singularidade. Nos brasileiros temos a infeliz propensão de piorar a cada quatro anos os nossos dirigentes.” (Filosofeno)
 “Gordas contas bancárias, grandes falsos amores.” (Filosofeno)
“A maldade sempre encontra seguidores; às vezes por conveniência, às vezes por gosto próprio.” (Filosofeno)
“Há caminhos para todos os lugares, e também  caminhos que levam a nenhum lugar.” (Filosofeno)
“Um semblante sério pode não dizer nada. Por detrás dele talvez se esconda um falsário ou coisa pior.” (Filosofeno)