domingo, 25 de outubro de 2015

“Quando nasci a minha mãe se encheu de esperança. Ainda bem que a esperança é a última que morre.” (Climério)

MESTRE YOKI,O BREVE- -Mestre, Jesus volta? -Volta domingo próximo, no Fantástico. Ora, vá dormir bode!

PEGANDO CARONA -O senhor é um corrupto? - Não sei. Melhor é perguntar lá no Posto Ipiranga.

FRASES RELATIVAS

FRASES  RELATIVAS

“O dinheiro não traz felicidade.”
“A velhice é a melhor idade.”
“Quem ama não mata.”
“Antes só que mal acompanhado.”
“Mãe só tem uma.”

QUADRINHA TRIBUTÁRIA

Todos os dias brotam novos tributos
Das cacholas dos chupins
Tributos que esfolam
Tanto a você quanto a mim.

“O jeito da Dilma é não ter jeito algum.” (Mim)

“É bem mais fácil enumerar os males dos quais não sofro que fazer uma listagem daqueles que me afligem.” (Nono Ambrósio)

UMA FAMÍLIA DE NEGÓCIOS

-Mãe, roupas novas? Anéis, pulseiras,dinheiro na carteira? O pai tomando cerveja importada? O mano com o carro de tanque cheio? Voltamos à Petrobras?
- Nada filha, arrumei um  amante rico.
-Mas, e o pai?
- Teu pai diz que tudo bem, que para quem já é corrupto não incomoda nem um pouco ser um corno de bolso cheio.

“A ausência de regulação pelo governo nem remotamente significa ausência de regulação efetiva. A capacidade de consumidores e fornecedores (incluindo trabalhadores) de dizer ‘não’ é uma importante e eficaz forma de regulação.” Don Boudreaux

O que é isso? - Gravidíssima, Dira Paes já tem data para voltar às telinha (O Fuxico)

Gravidíssima, acredito eu, deve ser quando a mulher está grávida aguardando nascer um time de futebol.

Festa infantil

Duas amigas preparando festa infantil.
“Você pelo jeito não entende nada de sexo.”
“Por que você fala isso?”
“Isso aí que você está enchendo não é um balão.”

No boteco

 “Estou abismado com a sabedoria da nossa presidente.”
 “Venha cá: você bebeu ou está tomando faixa-preta?”

“A morte é o fim do egoísmo. Vai embora o animal homem para deixar lugar na terra para um novo animalzinho que nasce.” (Pócrates)

A GAZETA DO AVESSO- Luta sofre um ataque de humildade e confessa que não é Deus.

Sem a "septicemia moral que prostra a economia brasileira"



Celso Ming, do Estadão, faz um bom resumo da herança maldita que Cristina Kirchner deixará para o próximo presidente argentino:

"Entre as bombas a desarmar estão a menor capacidade produtiva, como o PIB fraco vai mostrando; a inflação real, que corre a quase 30% ao ano, embora os números oficiais não apontem mais do que 14%; o desemprego, que persiste em torno dos 7% da força de trabalho; a forte queda das reservas externas, que começaram 2011 nos US$ 45 bilhões e que agora são de apenas US$ 28,8 bilhões; a redução do saldo comercial para os níveis mais baixos desde 1955; e a secura do crédito externo, iniciada com o calote de 2001, que se aprofundou com a falta de acordo com os fundos de hedge (que o governo prefere chamar de fundos abutres), aqueles que não aceitaram os termos da renegociação unilateral da dívida."

Celso Ming também discorre sobre a baixa no preço mundial das commodities, igualmente danosa para a Argentina, mas diz que, apesar do kirchnerismo ser o que é, o país vizinho não sofre da "septicemia moral que prostra a economia brasileira".

O Antagonista

“Política é a arte de poder gastar mal o dinheiro dos contribuintes e ainda ser condecorado.” (Mim)

POEMA MORTO



Repleto de plágios centenários
O longo poema estava pronto
E o poeta copião
Foi festejado pelos bajuladores

Porém surtou o revisor
Não conformado com tamanha afronta à arte
E deu fim à festança da mentira
Matando o falso poema com cinco certeiros erros gramaticais.

Morte

“Penso que ás vezes as pessoas maduras devem pensar na morte, não como uma coisa trágica e sobrenatural, mas tendo em vista uma preparação tanto documental quanto psicológica para este fim natural de todos os seres vivos.” (Filosofeno)

PERDIDA NA NOITE




 Num canto escuro de uma esquina mal-cheirosa, agarrada nos tijolos de um prédio sujo, ela vomitava. Suas pernas manchadas de bexigas roxas demonstravam a falta de cuidado que tinha para consigo. Um homem bêbado passou perto e disse alguns gracejos enquanto ela jogava fora sua existência, encharcada de álcool nas noites da vida. Após o pior passar ela levantou os olhos para o céu e viu a lua olhando para sua carcaça desalinhada. Por um breve momento pensou nos sonhos de menina que o diabólico tempo tratou de pulverizar. Tinha perdido o juízo; a juventude tão gostosa de ser vivida; os amigos verdadeiros; a família que ela mesma deixara para trás. Caminhou alguns quarteirões até seu quartinho acanhado no hotelzinho de quinta categoria. Abriu a porta e sentiu no rosto o cheiro de mofo que dominava o cubículo. Sentou-se na cama e acendeu mais um cigarro, talvez o trigésimo da noite. Tudo à sua volta rodava, os olhos de peixe morto, pálpebras caídas. Após fumar, apagou o venenoso e se deitou sobre o cobertor que ansiava por limpeza. Apagou... Mais uma noite de trabalho encerrada, mais um dia vivido sem ter alegria no coração.

O CORNO MANSO E A ELITE DO SETOR PRODUTIVO por Edésio Reichert. Artigo publicado em 25.10.2015

O cara pega sua mulher na cama com outro, esbraveja uma reação, fecha os olhos (prá fazer de conta que não viu), vira as costas e sai; vai para o bar ou vai trabalhar. Mais calmo, volta e tenta negociar alguma “vantagem” com o “ricardão”.
***
A elite do setor produtivo brasileiro – agrícola, agropecuária, comércio, serviços e indústria - está agindo semelhante a um corno manso, frente a dois temas:
1- A escancarada, obscena, nefasta doutrinação ideológica marxista praticada no sistema de ensino, público e privado, onde o capitalismo e seus empreendedores, são o que de pior existe no mundo, pois só exploram, só pensam no lucro e que devem ser combatido.
2- A destruição total dos pilares que fundamentam uma democracia, um país desenvolvido, praticadas pelo desgoverno petista/marxista/comunista do Foro de São Paulo, de Lula e Dilma.
Em relação ao primeiro tema, nossa elite do setor produtivo, não faz absolutamente nada, há mais de 30 anos, para enfrentar essa questão. A doutrinação ideológica mais parece um “estupro intelectual” praticado contra nossas crianças, adolescentes e jovens.
Em relação ao segundo, “esbraveja” uma reação, mandando cartinha, fazendo reuniões, colocando tratores nas ruas; colocando um pato lá em Brasília (Fiesp, prá dizer que não vai pagar o pato da CPMF), mas como recebe uns “presentinhos”, algumas “vantagens” em forma de isenção tributária, em forma de patrocínio para eventos (via estatais) e outros motivos, vai aceitando passivamente a completa destruição do estado de direito, do respeito às leis e contratos, dos valores da democracia.

Elite do setor produtivo brasileiro, não consegue levantar o olhar para o horizonte e ver as nuvens negras que estão chegando, trazendo a desgraça para quase todos que habitam essa nação? Acaso a Venezuela não é exemplo suficiente para demonstrar, que o Brasil vai pelo mesmo caminho, pois é isso que pensa o Lula, PT e o Foro de São Paulo?
Senhores podem liderar a grande massa para reagir, para se opor aos males que já estão se abatendo sobre todos e que só irão piorar.
Reajam energicamente antes que seja tarde demais. Ou vão continuar agindo semelhante a um corno manso?
* Pequeno empresário no Paraná
 

Ele irrita a Lava Jato

Menos de um mês antes da deflagração da Lava Jato, Paulo Roberto Costa esteve no gabinete do então ministro de Minas e Energia Edison Lobão. Mas os procuradores souberam disso através de registros oficiais, e não pelos mais cem depoimentos dados por Costa. A coluna Expresso, da Época, conta que foram três os encontros. E que essa omissões por parte do delator estão irritando os investigadores. Paulo Roberto Costa também nos irrita.

O Antagonista

Lula, se fazendo de morto

"Sou muito pragmático em Brasília, sinceramente gostaria que não fosse eu o candidato outra vez. Gostaria que nós tivéssemos uma pessoa mais nova, mais competente. O Brasil precisa de novas lideranças", Lula, fingindo que não quer se candidatar em 2018.

Mais uma pede arrego



Lauro Jardim informa que "Na esteira da Camargo Corrêa, a Queiroz Galvão está negociando um acordo de leniência com o Ministério Público Federal"...

Acordos de leniência com o MPF não são espúrios como aqueles que Luís Inácio Adams queria emplacar no começo do ano.

O Antagonista

“O problema de Nicolas Maduro é que com somente um neurônio ele não consegue trocar ideias.” (Mim)

“Para que possamos ouvir nossa voz interior é preciso tirar toda cera acumulada em nossos cérebros.” (Filosofeno)

“Antes do advento da ração a hora do almoço tinha graça.” (Bilu Cão)

Um enredo para o Brasil? Postado por: Roberto DaMatta 22/10/2015 em Artigos

Um enredo para o Brasil?

Na semana passada, falei da possibilidade de ler o Brasil. Pertencer é ser: é uma leitura da “terra” onde nascemos por obra do acaso. Toda autorreflexão coletiva tem seu enredo, seus fracassos, sua cosmologia e muitos investimentos.
Qual seria o enredo do Brasil?
Se a resposta é a de que nada presta mesmo com a “esquerda” no poder, então há algo de podre no reino do pré-sal. Faltam boa-fé e honestidade.
Quantas éticas inscrevemos nas leis que governam o nosso país? Um Estado nacional que, conforme disse um esquecido brasilianista, virtualmente experimentou todos os regimes políticos conhecidos?
Nosso enredo passa por esse sistema movido por múltiplas éticas mas que é sempre pensado em termos puramente políticos, ideológicos e partidários
Fomos abandonados por quase cem anos e, em seguida, marcados por um sistema ultracentralizado. Em 1808, passamos a ser o centro do reino lusitano. Um rei aliado a contragosto às forças da reação europeia fugiu do seu reino e transformou uma periferia feita de índios e papagaios numa corte com mais papagaios do que índios. A eles se juntaram os mais ou menos 15 mil aristocratas e criados. A cidade marginal passou a ser o centro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Tais passagens não se fazem impunemente.
O rei dos contos de Trancoso vira gente. O reino, carnavalizado, é num evento único da história das colonizações. O Rio comanda uma Lisboa ressentida e as figuras sagradas pela aristocrática foram humanizadas.
Foi de dentro desse passado que o Brasil libertou gradualmente os seus escravos, fez a sua República e iniciou o seu enredo de país moderno e igualitário. Mas como realizar tal passagem num sistema tocado a escravidão e baronatos que se transformaram em senadores, juízes, governadores e presidentes sem um povo livre capaz de elegê-los? Viramos República no papel, mas continuamos sendo o país do carnaval e das restrições hierárquicas do “Você sabe com quem está falando?” e de um clientelismo cósmico.
Como realizar a igualdade se existem categorias sociais que só podem ser julgadas por seus pares? Se os crimes prescrevem e, pelo menos os financeiros, compensam? Como adotar uma ética de igualdade num país onde os administradores públicos estão literalmente isentos de julgamento de modo que o mentir se tornou parte do oficio de governar?
Escrevemos um sistema político igualitário sem uma ética de igualdade. Como disse um pouco lido Gilberto Freyre, em “Ordem e Progresso”: “O que se fez com a Marinha desde os primeiros dias da civilização da República de 89 foi o que se fez com o Exército, com o Rio de Janeiro, com os portos, com as indústrias: cuidou-se da modernização das coisas e das técnicas sem se cuidar ao mesmo tempo da adaptação dos homens ou das pessoas a novas situações criadas pela ampliação ou pela modernização tecnológica da vida brasileira”.
Ou seja, mudamos iludidos pela dimensão político-institucional mas pouco mudamos os costumes e os ritos pessoais das velhas reciprocidades. Não conseguimos passar para a sociedade a ética republicana que revolucionava tudo, menos os revolucionários que continuaram a conceber a dimensão política como um campo separado da sociedade, supondo que os costumes iriam se transformar por decreto.
Daí as regalias extraordinárias com as quais traduzimos no nosso republicanismo os poderes que o dinamizam. Entrar no poder no Brasil, é garantir-se de ser servido pela sociedade. Mais: é estar protegido por uma rede legal que até hoje esquece os crimes, centrando-se muito mais no processo legal. A legislação é mais usada como um complicado código do que como aberto guia de comportamento.
A crise revela um enredo reprimido. Como conjugar éticas do privilégio de certos papéis e poderes (o Judiciário é o melhor exemplo) mas que atuam num campo onde predomina a tal “ética capitalista”? Esse conflito, hoje ampliado por uma tecnologia de transparência globalizada, traz à tona as contradições, mas impede a sua resolução porque o sistema legal é um emaranhado construído para manter os privilégios de quem está no poder.
Aliás, a igualdade republicana acabou por dar mais força aos elos pessoais simbolizada no inextinguível “Você sabe com quem está falando?”. Em vez de domesticar o lado privilegiado do sistema, nós o atrelamos aos recursos coletivos que são sistematicamente roubados pelos governantes em nome do povo e com legitimidade moderna da ideologia e do rito eleitoral.
Penso que o nosso enredo passa por esse sistema movido por múltiplas éticas mas que é sempre pensado em termos puramente políticos, ideológicos e partidários. Pouco falamos das demandas éticas de cada um desses sistema, de tal como hoje a televisão, com seus defuntos programas eleitorais, banalizou a disputa democrática.
Não por acaso que, nas ruas, exige-se confiabilidade, empoderamento dos marginalizados, competência administrativa e muita honestidade.
Enfim, tudo indica que chegou a hora de virar de fato uma democracia igualitária, ou de deformar-se como uma enorme República onde o Estado engana ideologicamente a sociedade, roubando-lhe o autorrespeito e a dignidade.
Fonte: O Globo, 21/10/2015.

UNE não me representa Postado por: Pedro Rafael 23/10/2015 em Artigos

UNE não me representa

Recentemente foi sancionada pela Presidente Dilma Rouseff a nova lei que versa sobre
a venda de carteirinha de estudante, aos universitários de todo o Brasil.
São prejudicados os CAs e DAs, emissores da carteirinha
A lei 12.933/13 é um atentado a todos os movimentos estudantis independentes, como
os centros e diretórios acadêmicos.
Fica decidido que o único órgão permitido a emitir a carteirinha é a União Nacional dos
Estudantes (UNE). Mas para quem servirá esta decisão? Aos alunos? Ou para aqueles
que se beneficiam da UNE, que acaba sendo, na prática, um braço da UJS, ala jovem do
PC do B?
Como disse Carlos Lacerda em seu “Depoimento Perante a Juventude”, “é um escândalo
que saiam de uma Universidade Católica moços que os comunistas usam para dominar a
UNE. Se tais moços não são comunistas como alegam, então é pior, pois não têm nem a
desculpa de que servem a uma causa. Então é simples oportunismo, é o cartaz de
pseudo-líder, é a corrupção da política universitária que os seduz”.
Com essas palavras de Lacerda, observamos que a UNE passa hoje por um momento
idêntico, em que são prejudicados os CAs e DAs, emissores da carteirinha, e que, com
essa verba financiavam eventos de interesse de seus alunos, algo que a UNE jamais fez.
Como naquela época, a atual presidente também é de universidade católica (PUC/SP) e
líder da UJS local.
Qual o grande interesse do governo em promulgar esta lei? Por que a UNE lutou por
isso, se eles não fazem nada pelos universitários?
E para piorar a situação, com a obrigatoriedade de comprarmos da UNE, fica proibido
do aluno fazer uso de um comprovante da sua faculdade para ter direito aos seus
benefícios.
A UNE não me representa e tenho certeza que não representa uma boa parte dos
universitários brasileiros, por isso, universitários, uni-vos!

Instituto Millenium

LEANDRO NARLOCH- Mito: “o brasileiro ingere 5 litros de agrotóxicos por ano”



ONGs de combate ao agronegócio, como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, têm divulgado que “o brasileiro consome 5,2 litros de agrotóxicos por ano”. Jornais, revistas, sites e canais de TV engoliram e publicaram essa informação espantosa. Duas revistas disseram até que o brasileiro “bebe” essa quantidade toda de pesticidas, sem perceber que a estatística é um típico exagero criado por ativistas.

O número de 5,2 litros é resultado da divisão entre o consumo de pesticidas no país e a população. É um cálculo grosseiro, que não leva em conta que:

– Lavouras de exportação, como soja, algodão e milho, utilizam mais da metade dos agrotóxicos do país. Como o Brasil é o maior exportador agrícola depois dos Estados Unidos e da União Europeia, é natural que esteja entre os maiores consumidores de agrotóxicos. Mas daí há um bom caminho até sugerir que todos os produtos são ingeridos pelos brasileiros, pois os alimentos não são consumidos no Brasil.

– Boa parte dos agrotóxicos se destina a proteger plantações que não são de alimentos. Algodão (que exige uso intenso de pesticidas) e cana-de-açúcar são matéria-prima de tecidos e do etanol. Não vão parar na boca dos cidadãos.

– Mesmo no caso de alimentos cultivados com agrotóxicos e consumidos por aqui, é falso afirmar que o brasileiro ingere ou bebe as substâncias. Herbicidas, por exemplo, são aplicados no começo do plantio, bem distante da época de colheita e da parte comestível das plantas. Além disso, um prazo de carência (o tempo entre a última aplicação do produto e a data da colheita) evita que substâncias perigosas terminem no prato dos consumidores. Como diz o engenheiro agrônomo Alfredo José Barreto Luiz, da Embrapa Meio Ambiente:

Esse prazo é calculado para que as substâncias químicas ativas dos agrotóxicos já tenham se transformado em outras (pela ação da temperatura, luz, umidade etc.), restando em quantidade tão reduzida e diluída que não oferece mais perigo.

– A melhor unidade para medir o consumo de agrotóxicos é quilos por hectare, e não litros por habitante. Ao contrário da Europa ou dos Estados Unidos, o Brasil não pode contar com o inverno para exterminar pragas. Sem longos períodos de neve para conter insetos e ervas daninhas, os agricultores brasileiros (e de outros países tropicais) se valem de agrotóxicos. Além disso, podem aproveitar a terra por mais tempo que os países com inverno rigoroso. Isso explicaria porque consumimos tanto desses produtos por aqui. Mas a média brasileira não está tão longe dos países europeus. Segundo o IBGE, cada hectare cultivado do Brasil recebe 6,9 quilos de agrotóxicos. A França gasta 4,6 quilos por hectare; a Holanda, 9,4.

Pode almoçar tranquilo: o brasileiro não ingere 5 litros de agrotóxico por ano.

“Dilma custa o dobro que a rainha Elizabeth. A notícia boa é que não irá ficar tanto tempo.” (Eriatlov)

J. R. Guzzo: Pinga da mesma pipa

Publicado na versão impressa de VEJA
J. R. GUZZO
O deputado Eduardo Cunha, pelo que estabelecem as leis da balística, foi a pique. O casco continua acima da água, mesmo porque navios da classe “Cunha” custam a afundar, mas acertaram o homem a meia-nau com um míssil de última geração, desses com ogiva capaz de socar 1 000 quilos de TNT no lombo do alvo, e tiros assim causam naufrágio ─ imediato ou em câmera lenta. Essas coisas têm de ser ditas com cuidado, claro, porque estamos no Brasil, e no bioma político brasileiro já foi observada diversas vezes a existência de uma espécie de indivíduo que não obedece às determinações da ciência: trata-se, como todo mundo sabe, de gente que deveria estar morta para a vida pública, mas continua viva.
Fernando Collor foi deposto da Presidência da República em 1992, nada menos que isso, e hoje é um dos marechais de campo das forças a serviço do governo e do PT no Congresso Nacional. Renan Calheiros teve de renunciar à presidência do Senado em 2007, quando se descobriu que uma empreiteira de obras públicas pagava o sustento de uma filha que teve fora do casamento; no momento, de volta ao lugar em que estava, é considerado o campeão da presidente Dilma Rousseff na campanha contra o impeachment.
O deputado Paulo Maluf vive praticamente desde o início de sua carreira política numa situação equivalente à de Eduardo Cunha; nos últimos cinco anos, por sinal, tem contra si um mandado de captura da Interpol e poderá ser preso em 180 países se pisar fora do Brasil. Aqui dentro continua em plena forma: ainda em 2012 o ex-presidente Lula foi à sua casa em São Paulo para homenageá-lo com um beija-mão público. Jader Barbalho também precisou renunciar ao mandato de senador, em 2001, para não ser cassado por corrupção; hoje está de novo no Senado, e tem direito a ser pai de ministro no governo Dilma.
O presidente da Câmara dos Deputados seria feito do mesmo material? O que se tem de certo, hoje, é o encerramento de um dos períodos mais esquisitos da vida política deste país: os oito meses em que Cunha, desde sua eleição para o cargo, foi o líder real da oposição brasileira, apesar de pertencer ao maior partido da aliança pró-governo. A conversa, agora, é até onde irão as desventuras de Eduardo Cunha ─ ou, mais exatamente, que efeito concreto elas podem ter no impeachment da presidente Dilma Rousseff, cuja sorte depende diretamente do Congresso e de quem, ali dentro, comanda blocos de voto no plenário.
O presidente da Câmara, que até outro dia era a principal ameaça à sobrevivência de Dilma, sabe que nada deve ser resolvido amanhã ou depois; juntar votos suficientes para derrubá-lo é tão difícil quanto reunir votos para depor Dilma. “Vão ter de me aturar mais um pouquinho”, já avisou o deputado. Na verdade, o cidadão brasileiro vai ter de aturar os dois ao mesmo tempo, e enquanto isso os que mandam no país tentarão montar uma gambiarra qualquer para atender a ambos. Da parte de Cunha, todo mundo pode estar certo de que a decisão essencial já está tomada: ele vai fazer exatamente o que achar que mais lhe interessa. “Não estamos em trégua nem em guerra”, anunciou o deputado.
Ou seja, aqui não há nenhuma questão de princípio a ser decidida, a começar pelo interesse público; a única coisa que conta é definir o preço que cada um terá de pagar para que todos se arranjem. Tudo pode dar errado para Cunha, para o governo ou para os dois, claro, pois essas coisas não funcionam como uma combinação de seno, cosseno e hipotenusa; são apenas vida real, e a vida real, como se sabe, tem a mania de deixar no sereno autores de artigos sobre política, ou uma infinidade de outros assuntos. Mas o que chama imensamente a atenção, neste caso, é como Cunha e o seu sistema, de um lado, e a trindade Lula-Dilma-PT, de outro, são iguais ─ feitos um para o outro, na verdade, e portanto em perfeitas condições de se entenderem.
São pinga da mesma pipa, como se vê pela lista de personagens citados acima, todos promovidos de Belzebu a Arcanjo Gabriel um minuto depois de fecharem negócio com o PT. Em relação a Cunha, especialmente, é uma piada a recusa do PT em dizer a palavra “corrupção” ─ o partido e o seu líder supremo se consideram proibidos de tocar no tema, pois sabem quanto as denúncias contra o deputado são idênticas, há anos, às que não conseguem responder. E a Petrobras, enfim? Nada os une tanto quanto a vontade de manter a empresa como propriedade estatal. É claro: se não for a sagrada Petrobras, quem vai pagar as aulas de tênis da sra. Cunha ─ e as contas de toda a companheirada?

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- FORO DE SÃO PAULO

Janer Cristaldo: analisando algo que não conhece 
MSM: enviada em 27/12/2006


Por acaso li um trecho de uma entrevista de Janer Cristaldo, no Orkut, em 12/13 de dezembro de 2006. Nessa entrevista ele disse que "O Foro de São Paulo foi uma tentativa de mobilização tipo a OLAS, a Tricontinental, Rodrigo. Não é algo operante hoje". Primeira pergunta: Como, "foi", uma vez que ele irá realizar o XIII Encontro agora, em meados de janeiro de 2007, em El Salvador, sendo que o presidente de El Salvador espera a presença de Raul Castro, que ora substitui seu irmão, o grande Timoneiro. Segunda pergunta: Como não é operante? Será que o kamarada Janer já leu o que existe sobre o Foro neste site que ele escreve. Será que alguma vez já abriu o site do Foro de São Paulo para dar uma olhadinha? Estou decepcionado com tantos palpites!


Carlos Ilich Santos Azambuja


Tovaritch Ilich: 

O Foro de São Paulo vai realizar seu XIII encontro em El Salvador? E daí? Não é normal que as esquerdas internacionais se reúnam? Não houve a Primeira Internacional, a Segunda, a Terceira, a Quarta? O Fórum Social não repete suas reuniões? 

Operante hoje é o MST, a guerrilha católico-comunista que não fica em reuniões e blá-blá-blás, mas que age, invadindo prédios públicos e propriedades privadas em todo o país, que interrompe rodovias e destrói laboratórios científicos, que tem escolas formando futuros guerrilheiros, que prega abertamente o comunismo, que cultiva o pensamento de Mao, o mais operoso assassino do século passado, que nunca escondeu sua intenção de transformar o país em uma republiqueta socialista. Não bastasse isto, recebe grossas verbas do governo federal e generosas doações de organizações católicas internacionais, como a Misereor e a Caritas. Não bastasse sua ação criminosa, o MST ainda goza da simpatia de boa parte da imprensa nacional. Estou decepcionado com seu palpite.

Janer Cristaldo

“Penso, logo fico só.” (Filosofeno)

“A vida não poupa ninguém. Homens bons também são cornos.” (Chico Melancia)

“Caso cortem minha língua perco minhas forças. Sou o Sansão da língua.” (Climério)

“Quando só existe um caminho é preciso arriscar.” (Filosofeno)

O MUAR- Pesquisa diz que brasileiro é o povo que mais sorri no mundo. Os pesquisadores ainda não descobriram por que os brasileiros estão sorrindo.

“O que vem de cima é o que me preocupa.” (Condenado olhando pra guilhotina)

“Sim, eu sou azedo. Também pudera, fui batizado com vinagre.” (Limão)

A FALSIDADE COMO MEIO DE VIDA por José Nêumanne - Estadão. Artigo publicado em 24.10.2015

Em 2009, já escolhida pelo então chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, para lhe suceder na Presidência da República, Dilma Rousseff teve registrada no currículo oficial, divulgado no site da Casa Civil, que chefiava, sua condição de mestre (master of science) e doutora (Ph.D.) em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas (Unicamp). Pilhada em flagrante delito pela revista Piauí, ela reconheceu que não era nada disso. E mandou corrigir seu Curriculum Lattes (padrão nacional no registro do percurso acadêmico de estudantes e pesquisadores, adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do País), que informava ter ela cursado Ciências Sociais.
Falsificar Curriculum Lattes equivale, na Academia, a usar um falso diploma de médico. Cobrada, Dilma justificou-se: “Aquela ficha do Lattes era de 2000. Eu era secretária de Minas, Energia e Telecomunicações no Rio Grande do Sul. Eu não tinha mais nenhuma vida acadêmica. Eu era doutoranda porque eu não tinha sido jubilada, era doutoranda. Ao que parece eu fui jubilada em 2004, mas não fui comunicada”.
Do episódio se conclui que, pelo menos desde então, Dilma tem mantido hábitos que se mostraram recorrentes nas duas eleições presidenciais que disputou (em 2010 e 2014) e nos mandatos que nelas obteve. Um deles é conjugar verbos repetitivamente na primeira pessoa do singular. Outro, recusar-se a assumir a responsabilidade pelos próprios erros. Para ela, a culpa era do Lattes, não dela. Já no dilmês tatibitate, ao qual o País se acostumaria nestes tempos, ela se eximiu da falsificação do documento. Quem falsificou seu currículo? Ela mesma nunca se interessou em saber e denunciar. Nem explicou como pagou créditos de doutorado sem ter apresentado dissertação de mestrado, como é praxe. Esta, contudo, é uma mentira desprezível se comparada com outro acréscimo que fez a sua biografia: o da condição de heroína da democracia, falsificando o conceito básico que definiria o objetivo de sua luta.
Ela combateu, sim, a ditadura, ao se engajar num grupo armado de extrema esquerda de inspiração marxista-leninista, o VAR-Palmares. Sua atuação está confirmada em autos de processos na Justiça Militar, em que foi acusada de subversão e prática de atentados terroristas. E foi narrada em detalhes por Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto, que a delatou em depoimento mantido no arquivo digital de O Globo (oglobo.globo.com/politica/confira-integra-do-depoimento-de-beto-dado-em-1971-2789754). Dilma mente porque, como atestam ex-guerrilheiros mais honestos, eles não lutavam por uma democracia burguesa, mas, sim, pela “ditadura do proletariado” de Marx, Lenin, Stalin, Pol Pot, Mao e dos Castros.
Na campanha pela reeleição, que ela empreendeu em 2014, Dilma parecia padecer de uma compulsão doentia à mentira. No palanque, ela prometeu o Paraíso de Milton e já nos primeiros dias do segundo governo, este ano, começou a entregar a prestações o Inferno de Dante. No debate na Globo com Aécio Neves, do PSDB, que derrotaria nas urnas, ela sugeriu à cearense Elizabeth Maria, de 55 anos, que disse estar desempregada, apesar de seu diploma (não falsificado) de economista, que procurasse o Pronatec. Em 2015, esse carro-chefe da propaganda engendrada pelo bruxo marqueteiro João Santana, o Patinhas, terá 1 milhão de vagas, um terço das do ano passado. E, em sua Pátria Enganadora (que “Educadora”?), foram cortados R$ 2,9 bilhões das escolas públicas.
Este é apenas um dos exemplos da terrível crise econômica, política e moral, com riscos de virar institucional, causada pela desastrada gestão das contas públicas em seu primeiro mandato, em especial no último ano, o da eleição, Em 2014 viu-se forçada a violar a Lei da Responsabilidade Fiscal, cobrindo rombos nos bancos públicos para pagar programas sociais, como seria reconhecido até por seu padimLula.
Tudo isso põe no chinelo os lucros do falsário Clifford Irving, causador de imensos prejuízos no mercado das artes plásticas e que terminou virando protagonista de Orson Welles no filme Verdades e Mentiras. Não dá para comparar milhares de dólares perdidos na compra de obras de arte falsas com a perda de emprego por mais de 1 milhão de brasileiros em 12 meses nem a empresários fechando suas empresas.
Os dois só se comparam porque neles falsificar é meio de vida – jeito de obter um emprego e se manter nele. Na Suécia, onde começou a semana, Dilma fez seu habitual sermão da permanência doa a quem doer (e como dói!). Questionada se havia risco de os contratos que assinou serem anulados por um sucessor que capitalize a crise criada por seu desgoverno, afirmou: “O Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional”. A imprecisão semântica serve à falsificação da realidade – não como método, mas como ofício. Se se busca estabilidade, estabilidade não há. Não é necessária ruptura institucional para ela cair.
E ontem ela atingiu o auge do desprezo à inteligência alheia ao repetir a madrasta da Branca de Neve em frente ao espelho, num delírio de falsidade e má-fé: “O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção”.
Os jardineiros de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, pintavam de vermelho rosas brancas que plantaram, em vez de vermelhas, que a Rainha de Copas os mandara plantar. Quem apoia a alucinação obsessiva de nossa Rainha de Copas falsária 150 anos após a publicação da obra – “depô-la é golpe” – não tem memória. Pois ignora que o que ela tenta é alterar a cor da História: o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura, Fernando Collor, hoje investigado por corrupção, foi deposto por impeachment e substituído pelo vice, Itamar Franco, por quem ninguém dava nada, mas que nos libertou da servidão da inflação. O resto é a falsidade de ofício dela.

*  Jornalista, poeta e escritor

PIPOCA

PIPOCA

Panela no fogo
Banha se derretendo
Milho pipoca tomando banho
Esquenta
Pula daqui
Pula dali
Desabrocham as branquinhas
Para conhecer um novo mundo
Pipoca seca
Pipoca boa
Com sal
Ou no melado
A branca pipoca
É delícia que some em poucos bocados.


VENEZUELA

“E a eleição na Venezuela?”
“Limpa como um chiqueiro na China.”

SILÊNCIO DE MARINA FAZ DO REDE PUXADINHO DO PT

O silêncio da ex-senadora Marina Silva, dona do recém-criado Rede, avaliza as barbeiragens da presidente Dilma. Com uma bancada de deputados formada por integrantes da base de apoio ao governo, incluindo quatro ex-petistas, o Rede acionou o Conselho de Ética contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mas só se posicionará sobre “pedaladas” e impeachment após “análise rigorosa dos fatos”.

INFILTRAÇÃO

Políticos experientes suspeitam que a adesão de vários parlamentares governistas ao Rede foi produto de articulação do Palácio do Planalto.

 DNA

Agora estão no Rede o ex-petista e dilmista Alessandro Molon (RJ) e Eliziane Gama (MA), ex-PT e ex-PPS.

Cláudio Humberto

VENEZUELA: GOVERNO AGORA ‘ARMA’ CONTRA TOFFOLI

Subserviente à diplomacia paralela do aspone Marco Aurélio Top-Top Garcia, a cúpula do Itamaraty deu instruções à embaixada do Brasil em Caracas para fazer gestões junto ao governo local, a fim de ajudar a produzir uma mentira: negar que o regime de Nicolás Maduro tenha vetado o ministro aposentado Nelson Jobim para presidir a missão de observadores das eleições parlamentares naquele país, em dezembro.

 NOVO ADVERSÁRIO

O objetivo do Planalto é desmentir Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que desistiu de indicar observador brasileiro.

 MISSÃO CONTROLADA

Toffoli não acha confiável a missão de observadores de uma “Unale”, entidade simpática ao chavismo, e decidiu não enviar observador.

 MISSÃO INDEPENDENTE

Para Toffoli, a missão de observadores da eleição venezuelana seria confiável se chefiada por Nelson Jobim, imune às pressões de Maduro.

 TUDO DOMINADO

Ligado à semi-ditadura da Venezuela, o presidente da Unasul, Ernesto Samper, substituiu Jobim pelo ex-terrorista montonero Jorge Taiana.

Cláudio Humberto