terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O capitalismo e o surf

Por João Cesar de Melo, publicado no Instituto Liberal
Até 30 anos atrás no Brasil e 50 anos atrás no resto do mundo, o surf era um esporte marginalizado, visto como coisa de vagabundo. O que acabou com esse preconceito? O que transformou o surf num esporte respeitado? Não… Não foram campanhas de conscientização promovidas por governos. Não foi nenhum movimento coletivista que cobrou cotas na mídia e incentivos financeiros ao esporte. Foi o capitalismo. Foram pessoas visando o lucro. Foi o conjunto de ambições individuais que transformou o surf num esporte admirável.
Desde o começo do surf moderno, quase um século atrás, seus praticantes o tinham como um estilo de vida quase transcendental, que os distinguia do restante da sociedade. Sentiam-se puristas. Paz, amor e surf. Eram pequenos grupos de amigos que surfavam praias desertas, livres das multidões e das pressões urbanas. Mas essa “transcendentalidade” era difícil de ser mantida. As pranchas que improvisavam para surfar eram péssimas. Sem roupas adequadas, passavam muito frio no inverno. A polícia os perseguia. Os motoristas dos ônibus os rejeitavam. Dias de boas ondas surgiam no meio da semana, coincidindo com o horário de trabalho. O simples ato de ir surfar exigia grandes sacrifícios.
As necessidades e os desejos eram comuns: Precisavam de equipamentos mais adequados; desejavam mais respeito da sociedade e uma forma de se sustentarem sem terem que se corromper aos rigores de expedientes formais.
Naturalmente, todas essas necessidades e desejos foram sendo realizados…
Alguns surfistas começaram a se destacar pela qualidade das pranchas e dos equipamentos que produziam para si mesmos, gerando encomendas de amigos. Assim, começaram a ser fabricadas as primeiras pranchas feitas especialmente para o surf; e também bermudas adequadas, roupas de neopreme para suportar a água fria e outros acessórios.
A melhoria das condições da prática do esporte não apenas atraiu mais adeptos, mas também melhorou as performances dentro d’água, fazendo os surfistas se tornarem cada vez mais competitivos uns com os outros, motivando a realização de pequenos campeonatos entre amigos e entre grupos de cidades diferentes.
Aqueles surfistas que começaram a fabricar os equipamentos, também começaram a competir entre si pela preferência de seus colegas-consumidores. Enxergando que a melhor forma de manterem seu estilo de vida no surf era desenvolverem-se como fabricantes de equipamentos do próprio esporte, estes surfistas-empresários passaram a divulgar suas marcas organizando campeonatos e patrocinando os colegas mais habilidosos, que passaram a ser tratados como atletas. O prestígio de cada atleta passou a ser medido pelo número de vitórias. O prestígio de cada campeonato passou a ser medido pela premiação que oferecia.
As marcas cresciam na proporção de aumento no número de praticantes, o que fez surgir também uma grande massa de pessoas que não apenas prestigiava os eventos e admirava o estilo de vida dos surfistas, mas também consumia os produtos relacionados a eles. As roupas dos surfistas começaram a produzidas também para quem não surfava. O sucesso das marcas era proporcional ao sucesso dos eventos que organizavam, dos atletas que patrocinavam e da qualidade dos produtos que ofereciam.
Pranchas e equipamentos melhores tornavam o esporte cada vez mais seguro e as performances cada vez mais arrojadas. Na disputa pelo mercado, as marcas profissionalizaram surfistas para que eles vivessem exclusivamente do surf, para se tornarem cada vez melhores, para ganharem cada vez mais campeonatos, para serem cada vez mais vistos pelos consumidores como símbolo da qualidade da própria marca. Em troca dos salários e das regalias, as marcas passaram a cobrar de seus atletas também uma conduta social exemplar, sem envolvimento em confusões ou com drogas, para que nada pudesse sujar a imagem da empresa − o capitalismo acabou com o estereótipo de surfista drogado e vagabundo.
Ídolos surgiram, assim como uma massa de moleques desejando ter a vida desses ídolos. Os salários e as premiações melhoravam ano após ano… O esporte passou a ser mais bem organizado com a criação de associações e categorias de competição. Diante de todo esse desenvolvimento, a mídia começou a enxergar um novo mercado de anunciantes. Empresas de outros segmentos também começaram a patrocinar os campeonatos para divulgar suas marcas.
O resultado desse conjunto de iniciativas e interações privadas é que hoje o surf é um esporte respeitado e admirado em todo o mundo, entre todas as camadas sociais. Sua indústria movimenta dezenas de bilhões de dólares, empregando centenas de milhares de pessoas. Seus ídolos ganham milhões. Muitos surfistas sequer precisam competir. Precisam, apenas, emprestar seu talento e sua imagem a campanhas de publicidade, na maioria das vezes em filmes e seções de fotos feitos em lugares paradisíacos, distantes do alvoroço das cidades.
Ou seja: os surfistas de hoje realizam os sonhos dos surfistas de décadas atrás. Tudo isso, vale salientar, graças às ambições de “meia-dúzia” de pessoas que, pensando em si mesmas, não apenas ofereceram melhores equipamentos aos colegas de praia, mas também transformaram um esporte numa referência de estilo de vida. Graças às ambições capitalistas daqueles que criaram as primeiras marcas de surf, hoje temos empresas gigantescas que patrocinam atletas e campeonatos e ainda viabilizam diversas ações sociais e ambientais em todo o mundo.
Para cada empresário do surf que enriqueceu, há dezenas de milhares de pessoas que podem adquirir pranchas, roupas e equipamentos a preços acessíveis, e o mais importante: têm o respeito da sociedade e apoio da família para surfar.
Para cada grande empresa do mercado do surf, há dezenas de pequenas marcas tentando abocanhar parte do mercado patrocinando surfistas amadores e eventos regionais.
Onde esteve o Estado nesse processo todo? Para a sorte do esporte, o Estado sempre esteve distante ou contra. Hoje, a polícia não mira os surfistas numa blitz como fazia antes. Hoje, a polícia sabe que no carro que leva um punhado de pranchas não estão vagabundos quase anônimos, mas sim cidadãos que sustentam um esporte que aparece tanto na campanha publicitária do lançamento de um novo automóvel, quanto na programação da Globo. Hoje, o Estado sabe que o surf é um esporte forte e independente. O surf não recebe dinheiro do Ministério dos Esportes. O surf não tem o menor interesse em fazer parte das Olimpíadas. O surf se sustenta. O surf continua marginal, porém, à margem apenas do Estado.
Graças às ambições individuais daqueles malucos de décadas atrás, o esporte cresceu tanto que hoje temos entre os surfistas juízes, artistas, celebridades e empresários dos mais diferentes setores; e engana-se quem diz que a popularização do surf tirou sua poesia, transformando um esporte numa mera cultura de massa.
Enquanto milhões de surfistas de fim de semana acotovelam-se nas praias urbanas, os surfistas de verdade, aqueles que têm o esporte como estilo de vida, usufruem de condições muito melhores para viajar para lugares distantes, livres das multidões. Contam com suporte para as viagens, com sites de previsão das condições do mar e ainda podem registrar com facilidade suas ondas em fotos e vídeos.
Daqui alguns dias Gabriel Medina, de 20 anos de idade, competirá na última etapa do circuito mundial com reais chances de se tornar o primeiro brasileiro campeão. Quem o fez? O Estado, por meio de programas, leis ou alguma coisa parecida? Não. Quem o fez foi seu pai, membro da primeira geração de surfistas profissionais e que há anos acompanha seu filho recebendo todo o suporte de uma empresa privada, que visa o lucro. Empresa criada por um surfista.
Graças às ambições de muitos empresários, daqui uns dias todos os surfistas e simpatizantes do esporte poderão assistir à final do circuito mundial, no Havaí, por meio de uma transmissão ao vivo, com diversas câmeras e entrevistas in loco, algumas com os atletas ainda dentro d’água. Desejando obter lucro, distribuirão não apenas prêmios aos competidores, mas também salários às centenas de pessoas que compõem a equipe técnica do circuito e ainda levarão alegria a dezenas de milhões de fãs do esporte espalhados pelo mundo.
Graças às ambições de outros empresários, um surfista pobre e sem talento – porém apaixonado – como eu, pode estar hoje na Califórnia surfando algumas das ondas que sempre sonhou e ainda compartilhar essas reflexões por meio de um computador que cabe na mochila e que se conecta a todo o mundo sem se utilizar sequer de um cabo.
O conjunto de iniciativas e interações privadas que tirou o surf da marginalidade é o mesmo que nos deu todas as facilidades e prazeres que desfrutamos hoje; e se ainda há muitos indivíduos que não desfrutam disso, é porque ainda há muito Estado entre as pessoas e a realização dos desejos dessas mesmas pessoas.
RC

EUTANÁSIA

EUTANÁSIA

A morte é algo que nos espera
Não há como fugir
Porém como ela chega para alguns
É que me faz chegar ao pranto
Toda dor e sofrimento possível
Sem esperança de alívio
Ninguém merece
Como a ideia do grande pai não me cativa
Estou nem aí para as mentiras repetidas
Por séculos e séculos aos mortais
Só espero partir desta sem angústia e dor
Sem gemer meses numa cama hospitalar
A vida é minha e dela faço o que bem entender
Então espero que mentes se abram e que liberta seja a eutanásia.

“Os corruptos sempre estiveram na política. O problema é que agora se tornou rotina e alguns crápulas são até ovacionados pela turma do sanduíche+ contra-cheque.” (Eriatlov)

“Muitos homens melhor servem ao seu país quando se tornam adubo.” (Mim)

“Os grandes ladrões gostam do poder. É no poder que eles se sentem protegidos.” (Mim)

LEMA PETISTA

“Tudo é válido quando usado para que eu vença, menos quando esse tudo é usado contra mim.” (Filosofeno)

“Os egípcios têm pirâmides e múmias. Nós estamos quase lá; as múmias já possuímos.” (Cubaninho)

“Algumas figuras públicas se lambuzam em vaidades e gabolices, se esquecendo de aprender a cada dia uma nova lição.” (Filosofeno)

“A história do mundo está repleta de cavalgaduras que foram populares. O Brasil contemporâneo está a contribuir com mais algumas.” (Limão)

“Não tenho tesouros, mas possuo opinião e sou dono do meu tempo.” (Mim)

Na espera da viuvez

“Pensava em ficar viúva logo. Mas acho que meu marido é imortal. É muito velho. Mas velho. Dançou em bailes com a Princesa Isabel.” (Eulália)

“Não sou o dono da verdade, mas tenho algumas ações.” (Mim)

“Você já percebeu que não existe aeromoça feia? A beleza delas serve para que medrosos como eu se distraiam.” (Climério)

“É difícil um avião cair. Mas quando cai...” (Limão)

“Minha fé não remove nem minhas dívidas, imagine então se vai remover montanhas.” (Mim, o filósofo dos quebrados

“O cárcere da mente é a ignorância”(Mim)

PODER

PODER



O poder se assenta sobre a mentira
Mentira dita
Mentira repetida
Mentira que se torna verdade
Propaganda é a alma
Faz o povo se sentir num virtual paraíso
Não é fácil aceitar tudo isso
Pois quando eles chegam lá
Pegam gosto pela coisa
E não querem mais tirar os beiços da teta
O poder causa grandes comichões
E fantásticas comissões.

MORTO O ESTADO DE DIREITO

MORTO O ESTADO DE DIREITO

Batem à sua porta
Quase finda a madrugada
O regime prende você
Por falar muito
Ou por não falar nada
O motivo não importa
É jogo de cartas marcadas
Marmelada marmelada.

CIRROSE

CIRROSE

No embalo de todo os dias
À embriaguez ele não renuncia
O corpo abre os olhos
Já pedindo glicose
Ou mesmo uma nova dose
Enquanto pacientemente espera pela cirrose.

MOTOARMA

MOTOARMA

Morteciclista
Arma na mão
O capacete esconde o rosto
Sua arma mostra o coração.

SOMOS OU NÃO SOMOS UMA BRASILZUELA?- Câmara aprova Vital do Rêgo, fiel aliado de Dilma, para o TCU

Agora vai: Dilma promulgou, hoje, Dia Nacional do Macarrão

Sem demonstrar emoção particular pelos desdobramentos do Petrolão, da Anistia Fiscal e da Prestação de Contas Eleitoral, a presidente Dilma Roussef editou hoje a seguinte lei:
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 13.050, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2014.

Institui o dia 25 de outubro como Dia Nacional do Macarrão.
     A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
      Art. 1o  Fica instituído o Dia Nacional do Macarrão, a ser celebrado em todo território nacional, anualmente, no dia 25 de outubro. 
      Art. 2o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
     Brasília, 8 de dezembro de 2014; 193o da Independência e 126o da República.  


DILMA ROUSSEFF
PB

“Enquanto alguns acordam para fazer o bem, outros já saem da cama de braços com a maldade.” (Filosofeno)

“Brasileiro é igual enteado de madrasta má. Leva pau por todos os lados!” (Mim)

Não tem outro jeito.Para aturar todos estes políticos que nos fazem de palhaços só mesmo com muito humor. Isso ou morrer de raiva.

O Sentido da Vida- Moritz Schlick

O Sentido da Vida - Moritz Schlick 
Nem todos se preocupam com a questão de saber se a vida tem sentido. Alguns — e esses não são os mais infelizes — têm a mente de uma criança, que ainda não questionou tais coisas; outros, tendo desaprendido a questão, já não as questionam. Entre ambos estamos nós próprios, aqueles que procuram. Não conseguimos projetar-nos de novo no nível do inocente, para quem a vida ainda não olhou com os seus olhos escuros e misteriosos, e não nos interessa juntarmo-nos aos saturados e fatigados que já não acreditam em qualquer sentido na existência por não terem conseguido encontrar qualquer sentido na sua própria vida. 

Aquele que não conseguiu atingir o objetivo que procurava na sua juventude, e que não encontrou nada que o substituísse, pode lamentar a falta de sentido da sua própria vida, mas pode ainda acreditar que a existência em geral tem sentido e pensar que tal sentido está presente nos casos em que uma pessoa atingiu os seus objetivos. 


Mas aquele que, depois de muito esforço, conseguiu atingir os seus propósitos, e que depois descobriu que o seu prêmio não é tão valioso como parecia, de alguma maneira sente-se enganado — confronta-se abertamente com a questão do valor da vida e diante dele, como um solo sombrio e devastado, permanece o pensamento de que, para além de todas as coisas serem transitórias, em última análise tudo é em vão… 



Qual é a razão para a estranha contradição que consiste no fato de o sucesso e a satisfação não se fundirem num sentido apropriado? Não parece prevalecer aqui uma lei inexorável da natureza? O ser humano estabelece objetivos para si próprio, e enquanto os persegue apoia-se na esperança, é verdade, mas ao mesmo tempo vive atormentado pela dor do desejo insatisfeito.


 Logo que atinge o objetivo, no entanto, depois da primeira sensação de triunfo segue-se inevitavelmente um sentimento de desolação. Permanece um vazio, que aparentemente só pode culminar com a emergência dolorosa de novas ambições, com o estabelecimento de novos objetivos. Assim recomeça o jogo, e a existência parece estar condenada a ser uma oscilação incansável entre dor e aborrecimento que termina com o nada que é a morte. 


Esta é a célebre linha de pensamento que está na base da visão pessimista da vida de Schopenhauer. Não haverá uma maneira de lhe poder escapar?… Na verdade, nunca encontraremos um sentido último na vida se a virmos apenas sob o aspecto do propósito. Não sei, no entanto, se o fardo dos propósitos pesou alguma vez mais sobre a humanidade do que no momento presente.


 O presente idolatra o trabalho. Mas trabalho significa atividade dirigida para objetivos, direção para um propósito. Supõe que estás no meio da multidão numa rua agitada de uma cidade e imagina-te a parar os transeuntes, um por um, para lhes perguntares: “Onde é que vais tão depressa? Que assunto importante tens de resolver?” E se, depois de conheceres o objetivo imediato, perguntasses depois pelo propósito desse objetivo, e depois pelo propósito desse propósito, acabarias sempre por chegar ao seguinte propósito depois de poucos passos na sequência: manter a vida, ganhar o próprio pão. E manter a vida porquê? Para esta questão dificilmente conseguirias extrair uma resposta inteligível a partir da informação obtida… 


O núcleo e valor último da vida só pode residir em estados que existem em função de si próprios e que contêm em si próprios a satisfação que proporcionam… Ora, a vida significa movimento e ação, e se desejamos descobrir um sentido nela devemos procurar atividades que contêm o seu valor e propósito em si próprias, independentemente de quaisquer objetivos exteriores; atividades, portanto, que não são trabalho, no sentido filosófico do termo… Existem realmente tais atividades. Para sermos consistentes, devemos chamar-lhes jogos, já que este é o nome para a ação livre e sem propósito, isto é, para a ação que na verdade contém em si o seu propósito… 


Jogar, como entendemos a noção, é qualquer atividade que decorre inteiramente em função de si própria, independentemente dos seus efeitos e consequências. Não há nada que impeça esses efeitos de serem de um tipo útil ou valioso. Se forem, tanto melhor; a ação continua a ser jogo, pois já contém o seu valor em si própria. Bens valiosos podem proceder dela, tal como da atividade intrinsecamente não aprazível em que se procura atingir um propósito. 


Por outras palavras, também o jogo pode ser criativo; o seu resultado pode coincidir com o do trabalho… Olhemos à nossa volta: onde encontramos jogo criativo? O exemplo mais brilhante (que ao mesmo tempo é mais do que um simples exemplo) encontra-se na criação do artista. A sua atividade, que consiste em dar forma ao seu trabalho através da inspiração, é ela própria um prazer, e em parte é por acidente que valores duradouros resultam dela. 


Enquanto trabalha, o artista pode não pensar no benefício desses valores, pode nem pensar na sua recompensa, já que de outro modo o ato de criação ficará corrompido. O prêmio que abundantemente recompensa não é a corrente de ouro, mas a canção que brota do coração! Assim se sente o poeta, e também o artista. E quem se sente assim naquilo que faz é um artista. Considere-se, por exemplo, o cientista. 


Conhecer, também, é um puro jogo do espírito, a procura da verdade científica é um fim em si mesmo para ele. O cientista adora medir os seus poderes contra os enigmas que a realidade lhe propõe, independentemente dos benefícios que possam de alguma maneira resultar da sua atividade… Toda a nossa cultura terá que se concentrar num rejuvenescimento do ser humano, rejuvenescimento no sentido filosófico, de tal maneira que todas as nossas atividades se libertem gradualmente do domínio dos propósitos, que até as ações necessárias para a vida se transformem em jogo… 


Toda a educação deverá encarregar-se de que nada da criança se perca no homem à medida que este amadurece, de que a separação entre a adolescência e a idade adulta vá desaparecendo gradualmente, de tal forma que o homem permaneça um rapaz até aos seus últimos anos, e a mulher uma rapariga, apesar de ser uma mãe. Se precisamos de uma regra de vida, que seja esta: “Preserva o espírito da juventude!” Pois este é o sentido da vida. 


Tradução: Pedro Galvão fonte: Revista Intelecto

Portal Libertarianismo- A Liberdade não se Define, se Exerce

O fim das ditaduras latino-americanas trouxe um processo duplo de transição. Por um lado, passamos para frágeis democracias que deverão se consolidar e produzir governabilidade; por outro, em matéria econômica, caminhamos do estatismo ao liberalismo. O que isso significa? Que avançamos até a democracia e o mercado como formas de atingir o progresso. A queda do Muro de Berlim confirmou esse caminho.
Nos anos 90, Mario Varga Llosa escreveu que ser liberal estava na moda. Era uma palavra que se escutava por todas as partes, aplicada aos políticos e as políticas mais distintas. Em sua opinião, ocorre com ela o que se deu – afirma – “nos anos 60 e 70, com as palavras socialista e social, as quais todos os políticos e intelectuais se agarraram a todo custo, pois, longe delas, se sentiam condenados a orfandade popular e a condição de dinossauros ideológicos”.
O que ocorreu então? As palavras se encheram de imprecisão conceitual e se tornaram esteriótipos emocionais que enfeitaram o oportunismo de pessoas e partidos que não queriam perder o “trem da história”.
Vinte e cinco anos depois a moda continua – embora existam aquele que querem mudá-la -, e ainda há a impressão de que “todos querem ser liberais”.
Continuo com Vargas Llosa. Para ele, os liberais são reformadores:
Renovadores dos hábitos estabelecidos e das ideias recebidas. Deveriam ser chamado até de revolucionários… Uma revolução que purifique dos vocábulos as conotações de sangue, morte, demagogia e dogmatismo que existe entre nós e os preencha de ideias, criação, racionalidade, liberdade política, pluralismo político e legalidade.
Outro latino-americano – famoso – como o poeta mexicano Octavio Paz também escreveu sobre o tema que tratamos, afirmando que ser livre é uma experiência que vivemos, sentimos e pensamos cada vez que dizemos sim ou não. São asas que devemos deixar voar. Assim, a liberdade, mais que uma ideia ou um conceito, é uma experiência que foge de definições.
Não há dúvida, dizia então o poeta, que os agentes do destino são os seres humanos que “conquistam a liberdade quando tem consciência de seu destino”. Daí sua noção de experiência, a qual, para se realizar “deve descer a terra e se incorporar entre os homens”. “Não lhe faz falta asas, mas raízes. É uma simples decisão – sim ou não -, mas esta decisão nunca é solitária: inclui sempre o próximo, os outros… Ao dizer sim ou não, descubro a mim mesmo e, ao me descobrir, descubro os outros… Exercício da imaginação ativa, a liberdade é uma invenção perpétua”.
“Como construir a casa universal da liberdade?”, se perguntou. Alguns nos dizem, “Não esqueceram vocês da justiça? Respondo: a liberdade, para se realizar plenamente, é inseparável da justiça. A liberdade sem justiça degenera em anomia e termina em despotismo. Mas também: sem liberdade não verdadeira justiça”.
Tom Palmer, em “Porque a Liberdade“, afirma que as ideias que levam a liberdade não são coativas, mas persuasivas, de viver e deixar viver, de rechaçar tanto a subjugação como a dominação. Ideias “seguno a qual vivem sua vida a maioria dos seres humanos dia após dia”. Normas simples que geram ordens complexas e que tem três pilares: direitos individuais, ordem espontânea e Estado limitado pela Constituição. Alguns diriam também cooperação voluntária e pacífica.
Friedrich Hayek afirmou que “o liberalismo não se opõem a evolução e o progresso. Mais: ali onde o desenvolvimento livre e espontâneo se encontra paralisado pelo intervencionismo, o que o liberal deseja é introduzir drásticas e revolucionárias inovações”. Portanto, o liberalismo é aberto e confiante, quer a mudança quando é livre, “ainda que constatando, as vezes, que se procede um pouco as cegas”. O erro: Quem nasce com manual de instruções ou tem uma bola de cristal?
Outro pensador contemporâneo, David Boaz, afirmou que: “O liberalismo começa com uma definição simples de direitos individuais, mas levanta perguntas nada fáceis de responder. A questão é se somos nós os que tomamos as decisões importantes de nossas vidas ou são outros os que desempenham esta função.
Para os liberais, “são os indivíduos os que tem o direito e a obrigação de tomar suas próprias decisões. Os que não comungam com o pensamento liberal, qualquer que seja sua inclinação política, designam ao governo a função de tomar muitas decisões relevantes na vida de cada um”.
A liberdade mais que “poder” é a “ausência de coação”, a qual possui uma dimensão ética que que visa o próximo com honestidade e respeito, e não como um mero meio para usá-lo. Implica a preocupação social pelo próximo.
O célebre Milton Friedman escreveu: “Nossa sociedade é tal como a fazemos. Podemos modelar nossas instituições. As características físicas e humanas limitam as alternativas de que dispomos. Mas nada nos impede, se assim queremos, de edificar uma sociedade que se baseie essencialmente na cooperação voluntária para organizar tanto a atividade econômica como as demais atividades; uma sociedade que preserve e estimule a liberdade humana, que mantenha o Estado em seu lugar, fazendo que seja nosso servo e não deixando que se converta em nosso dono”.
Prossegue em seu livro “Livre para Escolher“: “Uma sociedade que ponha em primeiro lugar a liberdade acabará tendo, como afortunada consequência, maior liberdade e maior igualdade… Uma sociedade livre desata as energias e capacidades das pessoas na busca dos seus próprios objetivos. Isto impede que algumas pessoas possam arbitrariamente esmagar as outras… liberdade significa diversidade, mas também mobilidade”.
Definitivamente, como disse Octavio Paz, a liberdade não se deixa definir em um tratado de muitas páginas, mas se expressa em uma simples monossílaba. A liberdade não se define, se exerce, cada vez que dizemos sim ou não.

Traduzido e revisado por Adriel Santana. | Artigo original.

Sobre o autor

Ángel Soto
Ángel Soto é doutor em História pela Universidad Complutense de Madrid, membro da The Mont Pelerin Society e professor titular na Universidad de los Andes (Chile).

MARRAVILHA!!!


Não aprenderam nada

Deu na Folha: o Planalto ofereceu ao deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) uma vice-presidência do Banco do Brasil.
Políticos em bancos públicos na era pós-petrolão?
Caramba.  Que ideia original…  E moderna!
Por Geraldo Samor

EVO NO INFERNO

EVO NO INFERNO
Evo Morales morre e vai para inferno. Um mês depois o telefone toca no inferno e a secretária atende.
-Aqui é São Pedro, preciso falar com o Diabo Presidente!
A secretária pergunta:
- Qual deles. O vermelho com chifres ou o índio?

PAÍS DO FUTURO- “E o diabo deste nosso futuro que nunca chega?” (Mim)

A canalha está estragando o pouco que era excelente. Se dermos mole logo o Evo Morales e o Maduro compram até a Petrobras. No beiço!

“Eles existem em carne e osso. Fui amigo de Satanás Ferreira e de Ilvania Ilvanete. Após conviver com eles só posso dizer que são dois trastes que se merecem.” (Mim)

“Sou mulher do Satanás Ferreira. Conto que nos corneamos mutuamente.” (Ilvania Ilvanete)

“Trair amigos está no meu DNA. Eles que o digam.” (Satanás Ferreira)

POR QUE A FAMÍLIA JABUTI NÃO ESTÁ NA CADEIA? COSA NOSTRA PERTO DELES É CORAL DE IGREJA.- PT pagou R$ 24 mi a empresa em que motorista é sócio

Entre as notas fiscais apontadas como irregulares pelos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pediram a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff nas prestações da campanha de 2014 estão as emitidas pela Focal Confecção e Comunicação Visual. Segunda maior fornecedora da campanha da presidente – recebeu 24 milhões de reais do PT –, a empresa tem como um dos sócios Elias Silva de Mattos, que até o ano passado declarava ser motorista e recebia salário de cerca de 2.000 reais mensais, informa reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S. Paulo.
Somente o marqueteiro João Santana recebeu mais dinheiro da campanha do que a Focal. Dos 350 milhões de reais em gastos declarados pela presidente em 2014, um recorde para qualquer pleito no país, 70 milhões de reais foram diretamente para a conta da empresa do marqueteiro, a Pólis Propaganda. Outros 8 milhões de reais foram repassados à empresa por meio do diretório nacional do partido.
De acordo com a reportagem, a empresa está localizada em São Bernardo do Campo e declarou ter prestado serviços na área de montagem de eventos. O motorista Mattos passou a integrar o quadro societário em 29 de novembro do ano passado, com participação de 3.000 reais. Já a outra sócia, Carla Regina Cortegoso, tem cota de 27.000 reais na empresa. Procurado pelo jornal para tratar do caso, Mattos afirmou: "Eu sabia que ia virar transtorno na minha vida". E prosseguiu: "Eu não posso dar entrevista, não estou preparado para falar". Sugeriu ainda à reportagem que fosse falar "com eles", referindo-se à empresa.
O pai de Carla, Carlos Cortegoso, embora não figure como sócio, falou em nome da Focal. E saiu-se com a seguinte explicação: "Todo mundo tem o direito de ascender na escala social mediante o trabalho e competência".
Este não é o primeiro caso em que a Focal e Cortegoso são citados em circunstâncias suspeitas. Em 2005, o operador do mensalão, Marcos Valério, afirmou que a empresa era uma das destinatárias de recursos do esquema – por ordem do PT. Em documento entregue à CPI dos Correios, Valério cita tanto a empresa quanto Cortegoso. Ouvida pelo jornal, a coordenação financeira do comitê eleitoral de Dilma afirma que é "impossível a campanha conhecer a firmação societária dos seus fornecedores".

O julgamento das contas está agendado para sessão do TSE de terça-feira, mas o tribunal tem até quarta-feira para analisar as contas de campanha. O ministro Gilmar Mendes, relator da prestação de contas, enxerga "fortes indícios" de que o PT se beneficiou de doações acima do teto legal. Mendes pediu à Receita Federal dados complementares sobre cinco companhias que contribuíram com a campanha de Dilma: a Saepar Serviços, a Solar BR, a Gerdau Aços Especiais, a Ponto Veículos e a Minerações Brasileiras Reunidas. O total doado pelas companhias ultrapassa os 10,6 milhões de reais. 

A Lei de Responsabilidade Orçamentária de Dilma: o fim da República

Por Flavio Morgenstern, publicado no Instituto Liberal
Dilma Rousseff não conseguiu atingir a meta de superávit primário e, para não ser punida, mandou uma ordem de cima através de seu partido para que a Lei de Responsabilidade Fiscal fosse modificada – não apenas isso, mas que a mudança retroagisse, transformando o seu crime de responsabilidade em algo normal.
A manobra jurídica é tão absolutamente absurda que nem mesmo os mais ferozes porta-vozes do PT para a sociedade e a militância, os relações públicas travestidos de jornalistas na grande mídia e na internet, ousaram defende-la. Preferiram um cúmplice silêncio. Dilma, reprovada em matemática, apenas abaixou a média para 2.
Contudo, há algo muito mais sério em discussão. Algo que exige um retorno à ciência política mais antiga.
O PT destruiu o restolho de república possível no Brasil. A coisa é infinitamente mais séria do que parece. A república, res publica, é o regime do cuidado com a coisa (res) pública. É disso que os romanos tanto se orgulhavam, ostentando orgulhosamente o emblema SPQR – Senatus Populusque Romanus, o Senado e o Povo de Roma – onde quer que fossem – e tal sigla pode ser vista ainda hoje até nos bueiros da cidade. O Senado é a reunião pública dos altos cidadãos, e o povo se sente protegido por ter um Senado que lhe garanta leis.
É fácil, então, supor que qualquer país com leis seja uma “República”. Leis existem em praticamente qualquer comunidade, mas uma República de fato possui leis para o cuidado com a coisa pública.
Em Roma, era impossível usar fundos públicos para causas pessoais como se dava no Império. A lei era voltada para o povo (e usualmente até a plebe se beneficiava das leis republicanas), e não para proteção dos senadores. Eles, que tinham de ter honra para serem ostentados no mote SPQR, protegiam a República – não era a República que tinha leis para protege-los do povo.
A República, uma tecnologia mais avançada do que formas anteriores de governo, não funcionava pela força maior. Era o governo do povo, mas não o governo da maioria: não importe quantas pessoas decidam por matar alguém sem julgamento, há uma lei pública que proíbe o assassinato, e esta lei é catedrática, imutável – não é modificada nem com maioria de votos no Senado.
Esta República é tradução do grego Politéia, algo como “direito dos cidadãos”. É uma forma de governo baseada em uma espécie de Constituição, mas não de leis apenas escritas – também de regras de conduta, tradições, usos e costumes para manter a sociedade em ordem.
Diferentemente da monarquia (governo de um) e da aristocracia (governo de poucos), a República é debatida por todos os que tenham direito à cidadania.
É oposta a uma forma denegrida de governo de multidões, a democratia (poder do povo comum). Apesar da acepção positiva que o termo “democracia” ganhou, sobretudo a partir do Iluminismo, por mais de 20 séculos seu sentido foi oposto ao da lei pública: trata-se apenas da ditadura da maioria, em que qualquer coisa proposta por uma maioria de 50% de votos mais 1, torna-se lei – mesmo que atente contra tradições, costumes, torre todo o Tesouro público, seja imoral ou que nem todos os que tivessem direito de voto de fato votassem.
A República é o terreno da lei, a Democracia o terreno da maioria. Na primeira vemos representados, modernamente, países como Suíça, América, Israel, Alemanha ou, de forma curiosa, mesmo uma monarquia parlamentar como a britânica. Na segunda, a mentalidade do bolivarianismo venezuelano se espalhando pela América Latina através do Foro de São Paulo, o Irã (que se autodenomina “República Islâmica”), a Rússia sob Putin, o califado islâmico com suas leis anti-semitas e contrárias à apostasia, a mobilização black bloc, do Occupy ou das revoluções de momento.
E, mais oficialmente do que nunca, o Brasil.
Sob o PT, agravando-se ainda mais com Dilma Rousseff, a democracia brasileira (que também se auto-denomina uma “República Democrática”, desconhecendo o sentido canônico de ambos os termos) avançou a passos largos rumo à ditadura da maioria.
A presidente Dilma não cumpriu uma das poucas leis republicanas, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e alterou ad hoc esta lei tão somente para que esta passe a encarar seu crime de responsabilidade como um não-crime, retroagindo ex tunc para antes mesmo de tal lei ter sido modificada – e considerando assim que o crime de Dilma, cometido antes da modificação da lei, já seja encarado sob a luz da lei alterada.
Isto é o poder da maioria – conseguindo maioria de votos no Parlamento, Dilma pode malgastar a coisa pública – o dinheiro do contribuinte, sua moral, sua liberdade e seu futuro – e considerar-se lícita e legitimada, tão somente por ter “conquistado a maioria”.
Despiciendo lembrar que tal maioria foi “conquistada” com um pacotão legislativo ainda mais agressivo à res publica: o Planalto condicionou a liberação de R$ 444,7 milhões do nosso dinheiro em emendas parlamentares individuais, garantindo um aumento de R$ 747,5 mil a mais para cada um dos 513 deputados e 81 senadores.
Tradução: para encobrir um crime com o nosso dinheiro, a presidente exigiu que cada parlamentar modificasse a lei, prometendo ainda mais do nosso dinheiro para que cada um obtenha mais poder político em seus redutos eleitorais.
Há poucas leis versando sobre a coisa pública no Brasil. É o oposto perfeito da maior República consolidada do mundo moderno, a América, que consegue tal feito com uma população com 100 milhões a mais de habitantes do que a nossa.
A Constituição americana, o documento protetor da liberdade mais forte já escrito na História, é bastante curta, e continua funcional há mais de 200 anos. Entre outros tantos, suas emendas versam:
O Congresso não pode fazer lei estabelecendo uma religião oficial, ou proibindo o livre exercício de alguma; nem cerceando a liberdade de expressão ou de imprensa; ou o direito de reunião pacífica, ou de petição ao Governo para reparação de injustiças.
O direito das pessoas de possuírem armas não pode ser infringido.
Nenhum soldado pode ser aquartelado em nenhuma casa em tempo de paz sem o consentimento do proprietário.
Etc etc. A Constituição da República americana, em resumo, proíbe o governo disso, impede o governo de restringir tal direito das pessoas, inibe o governo de tomar tal e qual medida que ferirá o ordenamento pacífico e a vida pública e privada das pessoas.
É o exato oposto do que Dilma faz. Tal diferença se vê no sentido de uma “prática republicana” e de uma mera “participação democrática”.
Ora, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, importada das Constituições francesa e alemã, já veio ao Brasil reduzida de sua função política, já que é arquitetada pelo Executivo central, e não pelo Legislativo (que, aqui, apenas a vota). Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, esta lei torna-se um instrumento estratégico para impedir que um governante malverse o dinheiro público a ponto de deixar o país na bancarrota. E até agora a imprensa não deu nome aos bois: Dilma quebrou o país.
É uma das poucas leis que, de uma forma ou de outra, aponta para uma responsabilidade pública perene, uma forma de agir que não deve ser discutida: quem promete uma meta com nosso dinheiro e não a cumpre deve ser punido. Mas, “democraticamente” (em sentido canônico, ou seja: através de uma maioria de votos), Dilma simplesmente transformou seu erro em lei.
Se o país sofre de uma forte crise de representatividade, tal se dá também porque os candidatos têm programa político antes mesmo de eleitos, e legalmente podem ser acionados por não cumprirem o que dizem. Todavia, o Brasil não é um país muito bem informado, e raríssimos são os que conhecem os programas de seus eleitos, ou de que tal mecanismo existe. Se as pessoas soubessem de fato o que é a mudança na LDO proposta por Dilma, o país inteiro estaria em guerra civil.
Urge notar, por fim, que qualquer lei também gera jurisprudência, ou seja, legitima atos futuros, inclusive de fazedores de leis. Apesar de nosso sistema jurídico não ser consuetudinário, ou baseado nos costumes, como o anglo-saxão, entre as fontes do Direito positivista brasileiro, além da lei, estão normas, costumes, doutrina e jurisprudência.
Isto quer dizer que se uma lei existe, mas um dia não foi cumprida e foi então simplesmente derrubada por maioria de votos no Congresso – mesmo que os votos tenham sido descaradamente comprados através de promessas de aumento de verbas eleitoreiras – qualquer outra lei, futuramente, poderá sofrer o mesmo.
Basta apenas apelar para o passado – se foi legítimo uma vez, será legítimo outras, a não ser com intervenção da oposição (que ainda não está tunada o suficiente) ou do Judiciário, que costuma precisar ser acionado para tal.
Se um crime fiscal pode se tornar não apenas legal, mas a própria lei através da compra de votos, qual será o próximo crime que se tornará não apenas norma implícita, mas norma legal no Brasil?
De corruptos e malversadores a assassinos e golpistas, o caminho está aberto para o Brasil viver sob o império da força bruta.
Rodrigo Constantino

E ainda brigam comigo quando digo que Papai Noel existe. Pois é. - Dirceu faturou 886.500 reais da Camargo Corrêa por consultoria