sábado, 7 de novembro de 2015

“Se acreditasse em destino não me levantaria da cama pela manhã.” (Pócrates)

Menos uma auditoria



Falta um mês para as eleições parlamentares na Venezuela, mas o governo brasileiro ainda não conseguiu definir quem representará o Brasil na missão da Unasul.

A Folha noticia que o atraso já impossibilitou a participação brasileira na auditoria do sistema eletrônico de votação. O mesmo sistema eletrônico que, concluiu o PSDB, não pode ser auditado.

Uma farsa a menos para o Brasil participar.

O Antagonista

"Abortemos o projeto de Cunha". Por Maria Rita Kehl*

Reprodução de artigo integrando o movimento #AgoraÉQueSãoElas, publicado na coluna de Contardo Calligaris na Folha de S. Paulo edição de 5 de novembro de 2015


Não é exagero dizer que a vida das mulheres é ameaçada (por exemplo) pelo projeto de lei 5069/13, do deputado Eduardo Cunha, que dificulta o aborto legal. Hoje, em apoio ao movimento #AgoraÉQueSãoElas, cedo o espaço à psicanalista Maria Rita Kehl. 

"Meus argumentos em defesa, não do aborto, mas de sua descriminalização, são públicos há mais de cinco anos. Eu os defendi em uma das crônicas que escrevi, em 2010, no jornal 'O Estado de S. Paulo'. Suspeito que o artigo tenha contribuído para o cancelamento daquela coluna. 

Devo dizer que hoje não penso muito diferente do que pensava em 2010. 

Para começar, aborto não é política de controle de natalidade. É um recurso extremo e doloroso utilizado por mulheres sem condições materiais ou psicológicas de ter um (ou mais um) filho. A pauta dos direitos da mulher não começa pela defesa do aborto. Este só se justifica em último caso. Antes disso, é necessário promover e/ou ampliar informação e acesso generalizado a métodos contraceptivos - políticas preventivas modestas, baratas, discretas. Não renderiam grande coisa ao deputado que lutasse por elas. 

Vale lembrar que mulheres não engravidam sozinhas. Mas o ônus do aborto, assim como o de criar um filho não planejado, costuma cair sobre elas. A vergonha é delas (nossa), o crime é delas (nosso), o risco de morte por abortos clandestinos feitos em condições precárias é delas. É nosso. A acusação moral também recai sobre elas. Sobre nós. Mas o aborto não é um problema das mulheres. Esta é uma hipocrisia compartilhada por muitos homens (não todos!), que fingem não ser tão responsáveis quanto as moças pelos casos de gravidez indesejada. 

A expressão 'gravidez indesejada' é cruel: o que falta a grande parte das mulheres, sobretudo adolescentes, para manter a gravidez não é desejo. São condições: materiais, emocionais, familiares. E sobram condições de abandono: quantos homens, ou garotos, continuam ao lado das mulheres e meninas que engravidaram 'sem querer', como se o problema não fosse com eles? Só algumas, com muita sorte, conseguem dividir a responsabilidade pela decisão com o parceiro. São casos em que muitas decidem não abortar. 


... Vamos falar sério: o que subjaz a esta pauta retrógrada é a repulsa inconsciente à sexualidade feminina. A liberdade recém-conquistada do desejo feminino assusta os homens. Seis meses a dois anos de prisão para aquelas que abortarem os fetos que eles fizeram 'sem querer'. Eis a versão masculina da repulsa ao sexo...


Na situação de casa-grande-e-senzala que ainda caracteriza muitas famílias brasileiras, não causa escândalo que o filho da casa faça sua iniciação sexual com uma das empregadas. Se a moça engravidar, será demitida sem assistência. Por justa causa. E o que dirão as famílias se ela recorrer a um aborto clandestino? E se ela, como quer o novo projeto de lei, for à polícia dar queixa do estupro: quem lhe dará ouvidos? Todas nós sabemos o que estamos sujeitas a ouvir nas delegacias, ao denunciar assédio, estupro ou outras violências praticadas por parceiros: 'Foi você quem provocou'. Nas delegacias de periferia a falta de respeito é ainda pior. 

Até o uso da pílula do dia seguinte, que provoca a expulsão do óvulo recém fecundado, será proibida se os deputados decidirem. Já é uma vida humana, dizem os membros da bancada da repulsa ao sexo. Sim, é uma vida. Mas se fosse humana, a sociedade teria criado ritos para incluí-la na cultura - batizar e sepultar os óvulos fecundados, por exemplo, quando expulsos por abortos espontâneos. Parece um absurdo, não é? Parece uma ideia bizarra. Assim é: porque de fato não os consideramos ainda como seres humanos. Nomeação e sepultamento são práticas culturais que nos definem como humanos. Nenhuma delas se aplica a essa forma incipiente de vida. 

Vamos falar sério: o que subjaz a esta pauta retrógrada é a repulsa inconsciente à sexualidade feminina. A liberdade recém-conquistada do desejo feminino assusta os homens. Seis meses a dois anos de prisão para aquelas que abortarem os fetos que eles fizeram 'sem querer'. Eis a versão masculina da repulsa ao sexo. 

Mas não são todos os homens que pensam assim. Só os inseguros. Os machistas de carteirinha. Os violentos, que batem e justificam: 'Você provocou'. Os brucutus, que estupram e justificam: 'Você provocou'. Os indiferentes, que engravidam a namorada e acusam: 'Você provocou'. Os que se ressentem (ainda!) que as moças se considerem donas de seus desejo e destino. 

E os oportunistas, claro. Os que percebem, na revolta passiva dos ressentidos, a chance para suas ambições medíocres. Escrevo na esperança de que alguns deputados, mesmo afinados com a pauta conservadora que ameaça as conquistas de direitos civis em nosso país, não se alinhem automaticamente ao projeto pessoal de poder do presidente da Câmara. 

E agradeço ao Contardo por me ceder hoje o espaço da sua coluna." 

MARIA RITA KEHL - é psicanalista

"A incompetência de um Governo que nos desrespeita". Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa*

Artigo publicado originalmente no Blog de Ricardo Noblat, 6 de novembro de 2015


Contando, ninguém acredita. Mas é fato. O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que desde o fim do ano passado o que mais faz é viajar para lá e para cá, com aquele seu ar manso e pacato, está sendo capaz de uma maldade quase que do tamanho do buraco onde o Brasil se encontra.

Ele sugeriu à Imprensa que saia pelas ruas a indagar o que as pessoas comuns acham da CPMF. Não sua inacreditável opinião, a maioria não saberá do que se trata e, portanto, a CPMF é o imposto ideal, já que o infeliz irá pagá-lo sem nem ao menos saber do que se trata!

Está subentendido o que ele pensa de nós. Não é muito diferente do que eu penso dele, só que ele tem poder e eu não. Se eu tivesse a sua caneta em minhas mãos, um Ministro da Fazenda teria que responder com seus bens pessoais a cada vez que desse um passo que tornasse os brasileiros mais pobres.

Honni soit qui mal y pense, mas vou baixar o nível para dizer que creio que pensariam dez vezes antes de sugerir impostos, taxas e tributos a um povo tão mal fotu et mal payé.

Somos desrespeitados diariamente, essa é que é a verdade. O caso da emissão da guia para cumprir as obrigações em relação ao FGTS dos empregados domésticos é exemplar da arrogância e incompetência com que somos tratados.

De cara, quem se dispôs a cumprir as exigências do governo viu que o negócio não ia funcionar. Reclamações era o que mais se ouvia ou lia. Tão fortes e insistentes que chegaram aos ouvidos geralmente moucos das autoridades. O que fez a autoridade responsável pelo descalabro que, é bom que se diga, custou R$6,6 milhões ao nosso bolso? Mandou suspender o sistema até que fosse reparado ou ordenou que se ampliasse o prazo para o recolhimento da obrigação?


... Por falar nesse fiasco, onde está a lei que obriga os cidadãos a ter um computador e a estar conectados à Internet?...


Não, imagina! Isso seria dar uma de fraco. Ele o que fez foi dizer, do alto de seu trono: "'continuem tentando; tentem fora do horário de pico. O prazo não será dilatado, nem a multa perdoada..." (Mas o malfeito não vingou: o prazo foi adiado).

Por falar nesse fiasco, onde está a lei que obriga os cidadãos a ter um computador e a estar conectados à Internet?

São tantos os outros episódios que nos humilham que fico em dúvida quais citar. A escolha é difícil.

Tem o caso da juíza Célia Regina Ody Bernardes, que autorizou busca e apreensão na sede de três empresas de Luis Cláudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula, na semana passada. Ela estava à frente da 21ª Vara Cível e foi transferida para a 10ª Vara Federal em setembro, o que foi festejado por alguns procuradores e delegados que vinham pedindo um "padrão Sergio Moro" para as decisões judiciais em Brasília.

Numa tremenda coincidência, ontem o juiz que foi da 10ª Vara Federal, que estava no STJ, foi mandado de volta para seu antigo posto e a juíza Célia Regina foi transferida de volta para a 21ª Vara Cível. Durou pouco a alegria de quem queria um padrão mais alto na Justiça Federal da Capital...

Temos ainda muitos episódios no horizonte, não dá para comentar todos. Cito alguns: a brava comissão de ética (ou de ‘estica’, na genial charge de Chico Caruso publicada em O Globo) que vai julgar o presidente da Câmara, o homem que não mente; a regulamentação da lei sobre novas regras para direito de resposta na Imprensa, regras que seriam absurdas em qualquer país, mas que aqui, ao que parece, são pelo menos sonhadas; e afinal, o Governo vai ou não vai ter votos para aprovar o que quer e impedir o que não quer?

Daqui até 2018, são muitos dias. Dá para pedalar à beça. Pedalemos, pois.

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa* - Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa. 
https://www.facebook.com/mhrrs e @mariahrrdesousa

"Memórias da salvação". Por Fernando Gabeira*

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO ESTADÃO, "OPINIÃO", E NO SITE OFICIAL DE FERNANDO GABEIRA, WWW.GABEIRA.COM.BR, 6 de novembro de 2015


Outro dia, escrevendo sobre o comício das diretas em Caruaru, lembrei-me de que no palanque estavam Collor e Lula, entre outros. Naquele momento não poderia prever ainda a importância que ambos teriam no processo democrático. Collor, o caçador de marajás, preparava sua cruzada contra a corrupção. Lula, encarnando a esquerda, falava de ética na política. Ambos os projetos, destinados a combater a corrupção, foram tragados por ela, sem distinção ideológica.

Leio no New York Times que dois políticos do Estado de Albany serão julgados nos próximos dias: Dean Skelos e Sheldon Silver. As acusações soam familiares: enriquecimento ilícito, propinas mascaradas em doações legais, parentes envolvidos. A matéria diz que a cultura da corrupção em Albany será julgada com os dois políticos. Acredito que sim, mas acho difícil suprimir uma cultura apenas com um veredicto.

Albany ainda tem uma pressão corretiva nacional. No caso brasileiro, não se trata apenas da cultura de um Estado da Federação: é de todo um país.


... nenhuma conversa, por mais produtiva que seja, pode deixar de lado que a cultura da corrupção está sendo julgada no Brasil. O veredicto final não resolverá o problema, mas certamente será um passo decisivo, tão importante para completar a democracia brasileira como foi aquele momento na década de 1980, quando lutávamos por eleições presidenciais diretas...

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu administrar a corrupção em seu governo, no sentido de que não evitou os escândalos; mas realizou seus objetivos. Ele próprio, porém, admite um problema sistêmico, a julgar pela sugestão que fez a Dilma e Lula numa viagem à África do Sul. Argumentando com a rejeição popular ao processo político tradicional, propôs uma urgente mudança.

Hoje, confrontados com todo o material que a Operação Lava Jato e outras investigações revelaram, estamos diante de uma situação singular: corrupção alarmante e grave crise econômica.

Diante da inflação e do desemprego crescente, que afetam todos nós, os políticos responsáveis acham que é preciso conversar, buscar uma saída antes que tudo seja engolfado por uma crise social. No entanto, nenhuma conversa, por mais produtiva que seja, pode deixar de lado que a cultura da corrupção está sendo julgada no Brasil. O veredicto final não resolverá o problema, mas certamente será um passo decisivo, tão importante para completar a democracia brasileira como foi aquele momento na década de 1980, quando lutávamos por eleições presidenciais diretas.

Embora a corrupção fosse tema de Collor em 1988 e de Lula em 2002, a revolução nas comunicações, a presença da internet, o avanço dos órgãos investigativos, a cooperação internacional, tudo isso converge agora para fortalecer a transparência. E enfraquecer os salvadores.

Diante da experiência fracassada de Collor e do PT, talvez fosse oportuno refletir sobre a frase de Cioran: a certeza de que não existe salvação é uma forma de salvação, é mesmo a salvação. As pesquisas, todavia, indicam um ângulo favorável aos salvadores. O PT é naturalmente rejeitado pela maioria, mas os opositores também registram altos índices negativos. Uma terceira força, vinda de fora, teoricamente, poderia derrotar a todos.

Na minha opinião, os políticos estão sendo julgados por todos esses anos de democratização, mas também, e sobretudo, por como se comportam no momento em que escândalos e crise econômica se entrelaçam.

Um exemplo da luta contra a cultura da corrupção se dá em torno de um instrumento legal, a delação premiada. É apenas uma lei que reduz penas se a pessoa disser a verdade e reparar seu crime, no caso, devolvendo o dinheiro.

Dilma combateu a delação premiada com uma emoção de esquerda. Lembrou-se dos que delataram os militantes nos anos de chumbo. Suprimiu um pequeno detalhe: que foram torturados para dizer a verdade.

Lula chamou a delação premiada de mentira premiada. Responde com uma piada nervosa diante de tantas evidências de que os depoimentos são verdadeiros. Ignorou que a Lava Jato, com 33 delações premiadas e três acordos de leniência, devolveu R$ 2,4 bilhões ao País.

Existe nas ruas uma certa hesitação em colaborar com a polícia. As expressões alcaguete e dedo-duro têm uma conotação negativa. Tiradentes, com a figura parecida com a de Cristo, teve seu Judas em Joaquim Silvério dos Reis. Para quem vê a democracia apenas como uma etapa é fácil confundir a polícia com repressão política; afinal, todas as instituições visam a preservar o sistema.

Com um viés de esquerda, foi possível transitar de uma luta pela ética na política para defesa da cultura da corrupção. Os empresários querem business as usual, as figuras que sobraram do palanque das diretas ainda devem ter conversas necessárias e a própria crise econômica pode ser superada num par de anos. Mas a sociedade, além das aflições da crise econômica, sente-se lesada por um governo quadrilheiro, desapontada com uma oposição hesitante.

A fratura não se fechará enquanto o problema em torno do crime e castigo não for resolvido. Isso pode consolidar os laços da sociedade com as instituições e, quem sabe, capacitá-la a empurrar os políticos para a frente, apesar deles.

Das diretas para cá o clima se degradou. Hoje vemos Lula movimentando fortunas na conta bancária, casa de campo, tríplex, exigindo menu de travesseiro. Ninguém imagina que tudo aquilo daria tanto dinheiro aos salvadores: Collor com seus carros de luxo, Lula faturando milhões com suas aulas magnas e, no fundo, a sirene do camburão.

Collor e o PT são dois momentos do processo. Seu fracasso precisa ser levado em conta na tentativa de recomeçar. Mais do que discursos e promessas e uma certa ingenuidade diante da fraqueza humana, será importante a transparência, apoiada em novas leis e no fortalecimento das instituições que investigam o poder político.

O governo elegeu-se com verba de corrupção, descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, manteve um esquema de rapina na Petrobrás. Enquanto estiver no poder, o relógio do recomeço está desligado. Não adianta tocar para a frente, como se não tivesse acontecido. Nem mantê-lo desligado até 2018. Não se para o tempo. No máximo, é possível ganhar horas com o fuso horário, como o deputado do PT que virou dono de um apartamento em Miami.

*** *Fernando Gabeira*- é escritor, jornalista e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro. Atualmente na Globo News, onde produz semanalmente reportagens sobre temas especiais, por ele próprio filmadas (no ar aos domingos, 18h30, e em reprises na programação). Foi candidato ao Governo do Rio de Janeiro nas últimas eleições. Articulista para, entre outros veículos, O Estado de S. Paulo e O Globo, onde escreve aos domingos.
Seu blog é no www.gabeira.com.br

AUGUSTO NUNES- SANATÓRIO GERAL


Sucesso mortal

“É importante levar em conta que a presidenta Dilma, ela foi vítima do sucesso do seu mandato”.

Lula, na entrevista ao SBT, explicando que o PIB abaixo de zero, a inflação oficial acima de 10% e o índice de desaprovação na faixa dos 85% são apenas três provas do sucesso do primeiro mandato do poste que instalou no Planalto.
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O povo e o cinto

“Uma parte aperta o cinto e a outra parte vê o que é importante e tem de ser mantido. Qual a parte em que o povo está? Na que aperta o cinto? E o governo? Na parte que vê o que é importante e tem de ser mantido? O governo não pode apertar o cinto? Nem o povo ver o que é importante e deve ser mantido?”

Dilma Rousseff, numa discurseira no sertão de Alagoas, confessando em dilmês erudito que ainda não sabe direito se deve apertar o povo e manter o cinto ou manter o povo e tascar-lhe o cinto.

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Entrevista ilícita

“Não temo ser preso porque eu duvido que tenha alguém neste país, do pior inimigo meu ao melhor amigo meu, qualquer empresário pequeno ou grande, que diga que um dia teve conversa ilícita comigo”.

Lula, na entrevista concedida ao SBT nesta quinta-feira, revelando que não teve um único encontro reservado com José Dirceu, conhece Delúbio Soares e João Vaccari só de vista, nunca ouviu falar em Rosemary Noronha e conversa com os filhos apenas sobre a escalação do Corinthians.
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Criatividade é isso

“A CPMF é aquele imposto que todo mundo paga. É proporcional ao que se gasta; quem gasta mais, paga mais. É um imposto que não se discute: ninguém tem dúvida se é para pagar ou não. É automático, transparente. É tão transparente que se não tiver CPMF você sabe que terá R$ 32 bilhões de déficit. É o tamanho do Bolsa Família, quase o do Seguro Desemprego. Se não tiver esse recurso, você vai ter de descobrir o que vai ter de deixar de gastar”.

Joaquim Levy, ministro da Fazenda, nesta quinta-feira, em encontro com empresários, confirmando que a única ideia que conseguiu produzir nos últimos 10 meses foi ressuscitar a CPMF.

O psiquiatra Ednei Freitas analisa a cabeça de Lula: Esse tipo de psicopata é difícil de curar e o paciente não melhora na cadeia

Num comentário publicado no blog Tribuna da Internet, o psiquiatra Ednei Freitas fez um diagnóstico da personalidade de Lula. Os exames informam que o ex-presidente é portador de um tipo de transtorno dificilmente curável. Outra notícia pouco animadora para o Brasil decente: os afetados por essa disfunção não saem da cadeia melhor do que entraram. Confira o parecer do doutor. (AN)  
Embora não seja uma prática usual um psiquiatra apresentar uma prática diagnóstica de um sujeito que não examinou pessoalmente nem a ele pediu exame, vou apresentar aqui o que penso ser a personalidade de Lula por se tratar de figura pública e que tem afetado os brasileiros por suas vigarices.
A antiga denominação do que tem o ex-presidente era Personalidade Psicopática. A classificação diagnóstica mudou. Hoje, na ONU, a CID-10 é chamado de Transtorno da Personalidade Anti-Social. A Associação Psiquiátrica Americana qualifica a DSM-IV-TR de Transtorno da Personalidade Dissocial.
O quadro clínico para esse tipo de psicopata é assim descrito:
“Os pacientes podem mostrar-se altivos e dignos de credibilidade ao entrevistador. Entretanto, sob a aparência (máscara de sanidade) existe tensão, hostilidade, irritabilidade e cólera. Entrevistas provocadoras de estresse, nas quais os pacientes são vigorosamente confrontados com inconsistências em suas histórias, podem ser necessárias para a revelação da patologia. Até mesmo os profissionais mais experientes já foram enganados por tais pacientes”.
Uma investigação diagnóstica completa deve incluir um exame neurológico minucioso, uma vez que esses pacientes costumam exibir eletroencefalogramas anormais e leves sinais neurológicos sugestivos de um dano cerebral mínimo na infância.
Os portadores da disfunção frequentemente apresentam um exterior normal e até mesmo agradável e cativante. Suas histórias, entretanto, revelam muitas áreas de funcionamento vital desordenado. Mentiras, faltas à escola, fugas de casa, furtos, brigas, promiscuidade com amantes e atividades ilegais são experiências típicas que, conforme relatos dos pacientes, começaram durante a infância. As personalidades anti-sociais frequentemente impressionam o clínico do sexo oposto com suas características exuberantes e sedutoras, mas os clínicos do mesmo sexo podem considerá-las manipuladoras e exigentes.
Os indivíduos com personalidade anti-social demonstram uma ausência de ansiedade ou depressão, o que pode aparecer incongruente com suas situações, e suas próprias explicações do comportamento anti-social fazem-no parecer algo impensado. Ameaças de suicídio e preocupações somáticas podem ser comuns. Ainda assim, o conteúdo mental do paciente revela uma completa ausência de delírios e outros sinais de comportamento irracional. De fato, eles frequentemente demonstram um senso de teste de realidade aumentado e impressionam os observadores por terem uma boa inteligência verbal.
Os pacientes com personalidade anti-social são altamente representados pelos chamados “vigaristas”. São exímios manipuladores e frequentemente capazes de convencer outros indivíduos a participar de esquemas que envolvam modos fáceis de obter dinheiro ou de adquirir fama e notoriedade, o que eventualmente pode levar os incautos à ruína financeira, embaraço social ou ambos.
Não falam a verdade e não se pode confiar neles para levar adiante qualquer projeto, ou aderir a qualquer padrão convencional de moralidade. Promiscuidade, abuso do cônjuge, abuso infantil e condução de veículos sob os efeitos do álcool são eventos comuns. Há ausência de remorso por tais ações, ou seja, tais pacientes parecem desprovidos de consciência.
As perspectivas de tratamento são sombrias. Os portadores desse transtorno são praticamente intratáveis. E a ressocialização penitenciária, quando presos, é nula.
Do blog do Augusto Nunes

Oliver: Tempo de bola

VLADY OLIVER
Meu filho tem um amigo que foi apelidado de “fulano tempo de bola” pelos colegas. É aquele desentendido que leva bolada na cara por ignorar o tempo de reação necessário para dominar a redonda. Piada tem timing. Quando você perde esse timing, perde a graça, perde tempo e constrange a plateia inutilmente, tentando explicar o que já perdeu o sentido.
O Brasil está assim. Sem sentido. Seus políticos, jornalistas, empresários e administradores simplesmente “perderam o tempo de bola” e vão levando boladas na cara continuamente. Minhas piores suspeitas se confirmaram por pequenas resenhas que leio aqui e ali. Nelas, fica claro que as investigações, que “nunca chegaram tão perto do governo” nunca chegam no governo, propriamente dito.
Juízes são substituídos, operações são fatiadas, CPIs são ajustadas para não investigar nada e a vergonha vai avassalando o ambiente, como aquele mar de dejetos que soterrou um pedaço do Brasil que não via a ameaça em seu entorno. Estamos iguaizinhos. Um projeto bolivariano vagabundo foi “meio executado” por aqui com a cumplicidade de todos os ladrões instalados no Congresso e na coisa pública, indistintamente.
Como tudo que começa e não termina por aqui, acabou superfaturado. Sua verba foi desviada para alimentar os mantenedores da seita, que fizeram simplesmente “o que todo mundo faz por aqui”, para sobreviver olimpicamente no mar de esgoto em que sempre chafurdaram. É claro que o eufemismo com que nossas “oposições” tratam o desmoronamento do país só poderia estar relacionado ao modo como sobrevivem.
Não deve existir um só empresário neste rincão cheio de lama que não tenha sido achacado pelo “sistema” para colaborar com o modus operandi com que a política se desenvolve por aqui. É sintomático que um garoto apareça na revista Time como um dos mais influentes do mundo, sem aparecer no maior conglomerado de comunicação do país.
A tal “barreira de contenção” do oceano de dejetos políticos já começa a mostrar que não vai aguentar a pressão, com a desconfiança que a população já nutre por seus “representantes”. Esses caras só representam a si mesmos. Suas declarações cheias de “verdades absolutas” não passam de relatividades com a vigarice.
A única verdade professada pelo PT é que “eles fazem o que todos fizeram até aqui” para se manter na teta. E as investigações só vão revelar o que já dava para desconfiar. O Brasil não vai acabar quando tirarem o PT do poder. Ele vai acabar quando o PT resolver denunciar seus comparsas, inclusive oposicionistas e especialmente estes.
Aí saberemos que não só empreiteiros deveriam estar mofando na cadeia, mas também donos de grandes empresas que colaboraram ativamente para que o roubo e o compadrio chegassem ao nível indecoroso que hoje se vê. Por isso a coisa não anda. A barragem vai estourar, meus caros. Preparem-se para ver quem é que vai boiar nela.
Essa é a “mensagem” do ministro Teori Zavascki aos seus confidentes. A lama é uma só, imensa e turva. Entendem agora porque não há povo nas ruas? É o tempo de bola, meus caros. A piada da qual ninguém riu. A resposta que ninguém teve até o momento. A constatação de que são TODOS BANDIDOS e só trabalham um para acobertar os desvios do outro.
Já não está claro que é pra isso que trabalham  os “nossos podres poderes”? A bola da vez agora é o Goebbels em compota. Vamos ver se ele não mela a cueca e denuncia tudo o que sabe pra torcida. Mais um no banco dos réus e na mira das tornozeleiras eletrônicas. Uma fauna. Até quando?

“Não há como o PT fazer um bom governo. Onde buscar em seus quadros cérebros capazes para gerenciar? Ou se é petista ou se é capaz.” (Eriatlov)

“Boas companhias não te levam para um precipício.” (Filosofeno)

"Acordar pela manhã é a minha hora mais feia." (Eulália)

“Qualquer tentativa de substituir a consciência pessoal por uma ‘consciência coletiva’ é uma violência sobre o indivíduo, e o primeiro passo para o totalitarismo.” Hermann Hesse

“Sempre acreditei que o governo tem uma capacidade limitada para fazer bem e uma praticamente infinita capacidade de fazer o mal.” Neil Hamilton

POR QUE O ISLÃ ASSUSTA? por Percival Puggina. Artigo publicado em 06.11.2015

Imigrantes do mundo islâmico desembarcam na Europa em proporções demográficas dando causa a interpretações antagônicas. De um lado, a defesa dos deveres humanitários pondera, com razões, a terrível situação capaz de jogar ao mar multidões em fuga, para travessias que já causaram a morte de dezenas de milhares de pessoas. De outro, as contrariedades têm dois motivos principais: a) uma dúzia ou mais de grupos terroristas, jihadistas, sediados nos países islâmicos, infiltram-se no Ocidente movidos por obstinada determinação de o destruir e submeter seus "infiéis"; b) nenhum país tem condições de acolher grandes fluxos migratórios sem traumas à ordem interna.
Alegadamente, todos fogem de algum conflito. Ou de guerras internas do Islã, onde grupos combatem entre si, ou de ataques a comunidades cristãs por motivos políticos e religiosos. No entanto, a condição de refugiados sob perseguição ou tragédia nos países de origem não é verdadeira em todos os casos. Se assim fosse, seria maior o número de famílias completas e menor o número de jovens do sexo masculino adultos e solteiros. Em 16 de abril deste ano, o Estadão noticiou que imigrantes provenientes de Costa do Marfim, Senegal, Mali e Guiné Bissau haviam jogado ao mar 12 passageiros que seriam cristãos oriundos de Nigéria e Gana. Ao desembarcarem, remanescentes do grupo sacrificado denunciaram o crime e as autoridades de Palermo prenderam seus autores.
Fato isolado? Impossível. Impossível admitir que tenham sido presos em Palermo, nessa explosão migratória, os únicos representantes de um fundamentalismo que despreza o direito a vida dos "infiéis" e é tão ativo na região. Prospera em tais grupos um ódio ao Ocidente que os leva a atacá-lo por inúmeros modos. Dão continuidade a uma sequência de ações que atravessam os séculos de modo intermitente desde 711, quando Tarik derrotou o visigodo Roderico e invadiu a península Ibérica.
A imigração é um fenômeno corrente na história. O continente americano é inteiramente povoado por imigrantes. Em toda parte, os imigrantes das mais variadas origens buscam integrar-se às comunidades que os acolhem, submetem-se às suas leis e não intervêm nos seus costumes. Com a imigração muçulmana, por vezes, não é bem assim. De alguns anos para cá, de modo esparso, mas recorrente, valem-se da tolerância ocidental para impor sua intolerância. Exigem do Ocidente o que, nas respectivas regiões de origem, não é concedido aos ocidentais. Declaram-se insubmissos à autoridade política do país que os acolheu. Desfilam afirmando a prevalência da sharia. Por indiscerníveis razões, países igualmente islâmicos, abastados e pacíficos, aos quais poderiam chegar por terra firme, lhes recusam a acolhida incondicionalmente cobrada dos europeus.
Ademais, esse fluxo, irrestrito e em proporções demográficas, ocorre num momento em que o fundamentalismo islâmico se afirma pelo terror e formula assustadoras ameaças ao Ocidente e seu futuro. Derrubam aeronaves, explodem edifícios e estações, promovem execuções públicas e agem, no mundo, através de um número crescente de organizações terroristas. Generosidade é virtude; imprudência, não.
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A Folha informa que, a partir de dezembro, Gol e Azul passarão a oferecer passagens para Cuba, assim como já faz a TAM. Em futuros protestos, ficará mais fácil mandar Dilma para lá.

ALGUÉM AINDA ACREDITA NA MADAME MIM?- Cargos de confiança que deveriam ter sido cortados seguem intactos

JUSTIÇA PERTO DO MARQUETEIRO DA FRAUDE- João Santana, o marqueteiro do PT, está na mira da Lava Jato

"Já fui fulano, sicrano e beltrano. Hoje sou um rato." (Climério)

"Trabalho num chiqueirão. Meu perfume é o Porco Rabane." (Climério)

“Aos políticos não é permitido participar de concurso de mentiras. Seria covardia!” (Mim)

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DA SÉRIE É VOCÊ QUEM PAGA- COM SETE MINISTROS, TSE MANTÉM 122 SECRETÁRIAS

 Os sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral têm mais o que fazer, por isso só se reúnem duas vezes por semana, e à noite. Mas têm à disposição um fabuloso edifício-sede, de 112 mil metros quadrados, distribuídos em dez andares e um exército de servidores que inclui 122 secretárias ao custo anual, só elas, de mais de R$ 8,9 milhões. Isso sem contar auxiliares de microinformática, que custam R$ 2,8 milhões.

 TANTAS PARA QUÊ?

As despesas no TSE só aumentam. A renovação de três contratos para terceirizados de nível médio aumentou esses custos em R$ 3 milhões.

 HAJA TRABALHO

Com serviço de mensageiros, o TSE desembolsa cerca de R$ 2 milhões. Haja recado e encomenda para circular entre os gabinetes.

 PÁTRIA EDUCADORA

Constrangido com seu gabinete de 150 metros quadrados, ministro do TSE disse à coluna que preferia ver funcionando ali 4 salas de aula.

Cláudio Humberto