terça-feira, 14 de janeiro de 2020

MINICONTO- MOSCA NA SOPA


Um homem taciturno entrou no restaurante e pediu sopa de cebolas. Logo que a sopa foi servida uma mosca pousou na sopa ainda quente. O taciturno então chamou o atendente e mandou levar a sopa embora. Disse que iria comer apenas a mosca, mas que pagaria pelo prato pedido. E mais não disse. No dia seguinte ele voltou e procedeu igualmente, aguardando pela mosca. O que se sabe depois disso é que todas as moscas que moravam no estabelecimento se mudaram no mesmo dia


MINICONTO- A CIRURGIA


Depois da cirurgia cerebral ele se encontra deitado na cama de ferro, imóvel sobre alvos lençóis. De hora em hora uma enfermeira vem para ver como ele se encontra. Observa sua pressão e sai. Na parede um quadro solitário da Santa Ceia faz companhia ao homem que dorme sedado. Sobre o criado mudo não há nada, nem mesmo um copo ou uma revista qualquer. O soro desce em lentas gotas e o rosto do enfermo aos poucos ganha cor. Lá fora, entre nuvens, aparecem pedaços do azul do céu. No canto esquerdo do quatro está largado um pequeno sofá marrom que aguarda para acolher uma visita qualquer. Já faz quatro horas que a operação foi realizada. O homem abre os olhos e se mexe um pouco. A enfermeira chega, ele pede: “Onde estou?” Ela fazendo um olhar de mãe diz que ele está no Hospital Samaritano, sofreu uma cirurgia para extirpar um pequeno tumor no cérebro e que correu tudo bem. “Tudo bem nada!” - diz ele. Sou o encanador, vim até aqui apenas para consertar um vazamento e acabei caindo no banheiro. E agora me acontece isso?”

CASCUDO

“A vida não é feita só de merengue. Às vezes é preciso limpar um cascudo.” 

CAIA A MÁSCARA


“O PT é igual àquele namorado canalha que só após o casamento mostra quem realmente é.” 

MARCIANOS

“Os comunistas no Brasil são de Marte. Possuem propriedades e aplicações em bancos. Não deveriam dividir tudo para não pregar moral de cueca em plena missa?” 

ABUTRES

“Eu também quero o bem do meu semelhante. Mas não à minha custa. Que labute o abutre!” 

NO VELÓRIO DE LUIZ INÁCIO


NO VELÓRIO DE LUIZ INÁCIO
Luiz Inácio morreu. No velório apareceu uma velhinha com uma sacola de comida e começa a colocar no caixão cenoura, tomate, alface, frango...
Um segurança disse:
-Senhora, por favor, pare com isso!
 A velha enquanto continua a colocar comida, responde:
-O que você quer? Que os vermes só comam este lixo?
(Mim)

22/01/2015

MINICONTO- A CABEÇA

Há gente esquisita transitando por todos os lados. Estava no lotação quando entrou um sujeito bem apessoado, cabelo aparado e barba feita. Sentou-se ao meu lado, ajeitou o nó da gravata, pigarreou e tirou a própria cabeça colocando-a de lado. Não é normal algo assim, porém somente alguns passageiros prestaram apenas atenção momentânea ao fato e depois trataram de cuidar das suas vidas. Antes do meu ponto ele desceu, porém deixando a cabeça no ônibus. Gritei para ele:

- Ei amigo, sua cabeça!

Desceu sem dar à mínima, vai ver que sem cabeça ficava surdo, algo lógico. A cabeça, ouvindo o barulho, abriu seus olhos sonolentos.

-Não ligue, é sempre assim, disse-me ela. Depois ele fica se perguntando onde estava com a cabeça. Toda segunda-feira me procura nos Perdidos e Achados. Já estou acostumada.

Bom, sendo assim, fiquei tranqüilo.