terça-feira, 15 de maio de 2018

MALFEITORES


Há malfeitores de toda ordem que transitam no mundo para prejudicar outros e tentar viver na boa vida, embora às vezes percam anos da existência nos Spas dos governos. O caso é que na Rua das Américas mora a família dos Ribas Salustianos, larápios desde o ventre da santa mãe, onde irmãos gêmeos se roubavam entre si; dito então que ladrões do qual nada escapa, pavor de vizinhos e mesmo de alguns parentes.  Pois conto que o vagalume Teodoro foi passear no quintal dos tais na tarefa de embelezar mais o mundo das noites junto da lua e das estrelas, porém teve o desprazer de sair de lá sem a sua lanterna na bunda. Os Ribas Salustianos são elementos da ralé e não perdoam nem mesmo bunda de vagalume. Barbaridade!

O PINTINHO DOUGLAS


O pintinho Douglas saiu do ovo e foi direto ao PROCON. Segundo ele os pais haviam prometido para ele uma existência como cisne, não como um reles pinto cercado de galinhas chocas. Douglas não desejava viver como um comum, pois queria ser admirado como cisne. Cisne!!! Porém na instituição não teve como provar tal promessa, faltaram testemunhas etc. Foi então obrigado o pequeno penoso a viver como pinto. Pinto murcho, por sinal.


DENTUÇOS


Não há mar na capital
Não há navios com seus porões imundos
Mesmo assim é constrangedor observar
Como proliferam nesta Brasília os ratos engomados
Que à luz do dia devoram instituições
E como se isso não bastasse
Também se alimentam com ansiedade do dinheiro dos impostos.


TITE

Sejamos sinceros:  a conversa mole do Tite é uma xaropada das fortes. É de apavorar até criança que toma sem medo Leite de Magnésia e Emulsão Scott.

CÃO BRAVO


Naquela casa havia uma placa
Dizendo para ter cuidado com o cão bravo
Mas depois algumas desavenças entre vizinhos
Descobriu-se que o cão não era de nada
E que quem mordia mesmo era o seu dono.

CERTEZA


A vida corre
A morte nos espera
Somos ínfimas partículas
Filhas longínquas da grande explosão
Então mesmo sabendo
O que nos aguarda no fim
Vivemos com pressa
Como se a morte
Fedorenta e fria
Não fosse nos esperar.



COMUNISMO


Vislumbra-se no horizonte
O juntar das correntes vermelhas
Prontas para encarcerar corpos e ideias
Dentro da maligna utopia socialista
Diante da incerteza da liberdade
E de um porvir de esperança
Açoita-nos o medo
De um futuro que é passado
De horror e miséria.

SINISTRA PRÁXIS COMUNISTA por Ipojuca Pontes. Artigo publicado em 14.05.2018



Os comunistas, para avançar sobre o poder e mantê-lo a ferro e fogo, tornaram-se especialistas em criar mártires e heróis paradigmáticos com o objetivo confesso de lograr as massas. Trata-se, é claro, de uma prática de rotina no universo do agit-prop revolucionário.

Vejamos, por exemplo, o caso de Lenin, o “pai” do socialismo soviético. Foi um assassino impiedoso, assaltante de banco que entregou a Rússia aos alemães, notadamente a Ucrânia, o Báltico e boa parte de Brest-Litóvsk. Lenin não tinha limites nem escrúpulos. Sempre afirmando que “não sabia de nada”, ordenou o massacre dos sete membros de família imperial russa, entre eles, Nicolau, Alexandra e os cinco filhos menores do casal (Os serviçais foram mortos a baionetadas).

Pois bem, o dito Lenin, que morreu sifilítico segregado pelo “camarada” Stalin; Lenin, o fanático seguidor do “Catecismo Revolucionário” do terrorista Sergei Netchaeiv; o Lenin inventor do ditatorial “centralismo democrático” foi transformado em “herói da humanidade”. Até hoje o seu corpo, embalsamado e exposto num alarmante Mausoléu da Praça Vermelha, em Moscou, vegeta canonizado como se santo fosse, para o êxtase do fanatismo comunista.

No Brasil há o caso de Luiz Carlos Prestes, o mentor das intentonas comunistas (1935 e 1964). Tido como herói no entender da entourage vermelha, LCP passou a perna em Getúlio Vargas e se “apropriou” de uma fortuna para pagar o seu ingresso no Partido Comunista – quantia entregue em Moscou à camarilha do Komintern de Stalin, “cash”.

O fato inquestionável é que o obcecado Prestes, por escrito, mandou trucidar Elza Fernandes, a “Garota”, adolescente tida como “provocadora” pelo fato de ser mulher de “Miranda”, secretário geral do PC à época (1936). Num sítio do subúrbio de Deodoro-RJ, um assecla do Comitê Central, Natividade Gomes, o “Cabeção”, estrangulou a garota com uma corda de varal, quebrou-a pelo meio, enterrando-a, em seguida, à sombra de uma mangueira.

Outro caso de martirização planejada se deu com o camponês João Pedro Teixeira, militante remunerado pelo Partido Comunista com a grana enviada da KGB, via Praga e Havana, para financiar a revolução no Nordeste, da qual as Ligas Camponesas de Sapé, na Paraíba, despontava com o apoio pessoal do então presidente Jango (ver “1964 – Elo Perdido”, de Vladimir Pedrilák, escrito a partir de acesso aos arquivos do serviço secreto comunista).

A especialidade de Pedro Teixeira, enquanto “líder camponês”, era invadir terras e colocar canga nos camponeses que não aderiam ao movimento. Nas mãos da cúpula do PC, João Pedro foi feito fundador da Ligas de Sapé e transformado, para desespero dos proprietários rurais, em ativo “quadro” na ocupação de terras produtivas. Em 1962, foi encontrado morto, segundo se divulga, a mando de latifundiário local. Rendeu até filme.

Sua militância também gerou frutos e boa parte da imprensa tratou de canonizá-lo como mártir da reforma agrária (“na marra”). No início de 1964, os integrantes das Ligas, sempre conduzidos pela cúpula do PC, invadiram, em Mari-PB, uma fazenda da Usina S. João e expulsaram o seu administrador. Ato contínuo, um contador da Usina, Fernando Gouveia, acompanhado de oito homens, foi confrontar os 300 invasores armados de foice e facão. Não deu outra: eclodiu um conflito armado e em pouco tempo o contador e seus homens foram trucidados a golpes de foice. O campo pegou fogo, virou zona de guerra, atraindo até mesmo a gang do New York Times e afins.

Morto, o “quadro” das Ligas de Sapé se fez mito. Recentemente, o nome de João Pedro Teixeira foi inscrito no “Livro de Heróis e Heroínas da Pátria” a partir de projeto do deputado do corrupto PT, Valmir Assunção. (Ali, no entanto, não se diz que JPT era um dos “quadros” do PC no Nordeste remunerado por Moscou para atiçar a revolução no campo).

Nesta segunda década do século XXI se processa no Brasil espantoso caso de canonização de um criminoso contumaz. Seu nome: Luiz Inácio Lula da Silva. Não se trata aqui do fenômeno de beatificação nem de “culto à personalidade”, perversão da propaganda política vermelha para exaltação de líderes totalitários. O seu caso é de culto irrestrito só concebível quando da veneração dos que estão inscritos no catálogo dos santos.

Mas a realidade do politiqueiro Lula é bem outra. Como já foi dito, se o leitor abrir o código penal não encontrará dificuldade em enquadrá-lo: encampa zoofilia, adultério, tentativa de estupro, perjúrio, blasfêmia, prevaricação, crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, obstrução da justiça, tráfico de influência, nepotismo – e por aí segue o rol de pecados, transgressões e crimes que associam o santo do PT à própria figura do Demo. Se condenado em parte deles (já o foi em dois) ultrapassará a casa dos 100 anos de cadeia.

Os devotos de Lula não querem saber disso. Para eles, o petista é vítima dos neoliberais que querem o povo na miséria e temem vê-lo, de novo, no Palácio do Planalto para, mais uma vez, num passe de mágica, “salvar o povo brasileiro”. Em resumo, os opositores não passam de canalhas, entreguistas, conspiradores financiados pelos ianques, gente hipócrita que defende a lei da ficha limpa e outras baboseiras.

Enquanto isso, no SPA da Polícia Federal, em Curitiba, São Lula curte tudo numa boa. Não limpa privada, não varre nem troca roupa de cama. Tem aparelho de televisão, esteira rolante, frutas e comida extra, quem sabe água ardente e sala de reunião com mesa e cadeiras, onde recebe diariamente advogados, familiares e amigos, repassando palavras de ordem para desestabilizar a nação que ele próprio jogou no buraco.

(Nem Adolfo Hitler, engaiolado numa prisão de Landsberg depois do fracassado “putsch” da cervejaria (em München) teve tanta mordomia. De seu, só conseguiu lápis e papel para escrever “Mein Kampf” – tarefa impossível para analfabetos).

*Publicado originalmente no Diário do Poder.

NO VALE DO SILÍCIO DA CORRUPÇÃO por Percival Puggina. Artigo publicado em 15.05.2018



Quando a bancada do ainda minúsculo PT da Assembleia Nacional Constituinte eleita em 1986 se recusou a assinar a Constituição, não estava antevendo os problemas que forçosamente dela adviriam. Era por motivos errados que o partido rejeitava a Carta. Reprovava-a por não ser suficientemente socialista, estatista, coletivista, corporativista e sindicalista, nem suficientemente avessa à propriedade privada, ao cristianismo e à civilização ocidental. Tudo que ela tinha de ruim, o PT queria ainda pior. Para quase todas as teses derrotadas ou não tão vitoriosas quanto desejava, o partido tinha apoio da ala esquerda do PMDB, que nos últimos meses do processo constituinte rompeu com o governo Sarney e fundou o PSDB. É bom não esquecer: o PSDB nasceu mais próximo do PT que do PMDB e muito distante do DEM (então PFL), com o qual viria a andar por bom tempo.

A plataforma e as posições políticas que o PT sustentara na constituinte serviram para atazanar todos os governos subsequentes. O partido foi contra o Plano Real, o pagamento da dívida externa, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o superávit fiscal, as privatizações, a abertura ao mercado externo, o agronegócio, bem como a toda e qualquer proposta que significasse redução do tamanho e do peso do Estado. Na oposição, o PT fez muito mal ao Brasil. O partido pode ser representado por uma figura de costas para o século XXI, empacada com um pé na primeira metade do século XX, outro na segunda metade do século XIX. Não apenas impediu, ou dificultou, de modo sistemático, a aprovação de medidas modernizantes, mas emperrou, na mesma sintonia, a mentalidade de parcela significativa da população brasileira, seduzida pelo discurso partidário. O único, por sinal, que fez e faz política em tempo integral, tendo, por isso, elevado poder de convencimento.

O tempo veio mostrar o quanto era hipócrita o duro combate à corrupção que embalava a oratória do PT oposicionista. Esse vício moral não surgiu com o PT. Não nasceu em 2003. Bem antes, já engatinhava pelos corredores do poder, preparando-se para os “malfeitos” do porvir. Na longa continuidade do governo petista, ganhou tempo para alcançar maturidade e se profissionalizar. Brasília se tornou uma espécie de Vale do Silício da corrupção, terra dos negócios bilionários, das “sacadas” geniais, pluripartidárias, conferindo notáveis fortunas a indivíduos dos quais ninguém, antes, sequer ouvira falar.

Os treze anos de governos petistas criaram o caos. Derrubaram a economia, reintroduziram a inflação, exponencializaram o déficit público, jogaram milhões de brasileiros no desemprego, não promoveram quaisquer das reformas estruturais e institucionais que a realidade nacional exigia e naufragaram em irresponsabilidade fiscal e corrupção. O país afundou.

Com o impeachment de Dilma, o partido voltou à oposição e ao mesmo padrão de conduta que o levara ao poder. Passou a opor-se às mais indispensáveis e inadiáveis reformas, que por não terem sido feitas no tempo devido, tornaram-se urgentíssimas. Em vão. O PT e seus anexos cuidam apenas de impedir que o governo governe. A irresponsabilidade, na política brasileira, é uma coisa doentia, que o PT também não inventou, mas à qual conferiu estatura épica. Passou da hora de os partidos políticos brasileiros assumirem suas responsabilidades e colocarem o bem do país em primeiro lugar. Parafraseando Temer pelo avesso: não dá para manter isso aí, viu?



* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

ALEXANDRE GARCIA- UMA CAIXA DE FÓSFOROS

Meu amigo Sérgio é um pensador, agora que se aposentou de tantos encargos importantes que teve neste país. Mandou-me um e.mail que daria uma boa peça teatral que poderia ser chamada de Pindorama. Foi uma resposta a palpites na rede sobre a preferência a candidato mais duro contra a corrupção e o crime comum. Vou tentar passar para vocês alguns trechos dessa História real do país, vista por Sérgio. Para ele, o Brasil continua pendular “depois da esculhambação do governo Jango, vieram os militares”. E depois, “veio a Nova República, a moratória de Funaro, 83% de inflação ao mês na despedida do governo Sarney. Isso dá 2,77%!”. Sergio guarda a nota do almoço de sábado na Churrascaria Plataforma I, naquela época: duas pessoas, sem bebida, custou Cz$1.876.289,00. Um milhão, oitocentos e setenta e seis mil cruzados. Logo ali, no fim do governo Sarney.

Aí veio - lembra Sérgio - a constituição cidadã, de 1988, que estabeleceu o juro máximo de 12% ao ano... e com ela o “pluralismo sócio-cultural” e passou a valer tudo, como na música do Tim Maia. Quando Sarney saiu, veio Collor disposto a “matar a inflação com um tiro só”. E acrescenta que, no dia da posse, um brasileiro qualquer e o Antônio Ermírio de Morais tinham exatamente 50 cruzados novos cada um. O presidente do Banco Central não falava português direito e a ministra da Economia, segundo sua biografia, havia se formado pegando carona de camioneiro. Sérgio afirma, com ironia, que “depois dos 13 anos de tragédia do PT, veio um Judiciário de Catão e jacobinos, para refundar o país.”

Sérgio está na idade em que a experiência alimenta o ceticismo. Diz ele já não acreditar em ninguém que “tenha nascido depois do suicídio do Dr. Getúlio, porque não tem idéia de como funciona Pindorama. Ouço, leio e passo batido. Primeiro, porque está cheirando a leite, segundo porque não foi testado pelo princípio da sobrevivência do mais apto e terceiro porque ignora que Pindorama não age - reage.” Para Sérgio, quem bota tudo no lugar é “o pêndulo do destino”. Ele termina a mensagem com um P.S.: “Pegue o preço de uma caixa de fósforos em 1960; reponha os 12 zeros que tiraram e ainda divida por 2.750 - o número mágico do plano real. Vai dar para comprar todos os prédios da Vieira Souto e da Delfim Moreira.” E termina: “Nós sobrevivemos a tudo isso. E vamos sobreviver outra vez.”

Publicado em Só Notícias-Sinop-MT

SOBRE CARL SAGAN NO LEITO DA MORTE

 “Não houve conversão no leito de morte”, disse Druyan, “Nenhum apelo a Deus, nenhuma esperança sobre uma vida pós-morte, nenhuma pretensão que ele e eu, que fomos inseparáveis por vinte anos, não estávamos dizendo adeus para sempre”.
“Ele não queria acreditar?”, ela perguntou.
 “Carl nunca quis acreditar”, ela respondeu ferozmente, “ele quis saber.”

 — Ann Druyan, esposa de Carl Sagan

ENTIDADES TEÓRICAS


Devo enfatizar isso, para manter os bem-intencionados porém equivocados multiculturalistas à distância: as entidades teóricas em que estes povos tribais honestamente acreditam — os deuses e outros espíritos — não existem. Estas pessoas estão enganadas, e vocês sabem disso tão bem quanto eu. É possível que pessoas altamente inteligentes tenham uma teoria muito útil, mas equivocada, e não temos de fingir que concordamos, a fim de mostrar respeito por essas pessoas e suas escolhas.

Daniel Dennett

“Ore sóbrio irmão, pois dizem nas alturas que Deus não escuta bêbado.” (Climério)


NO PORTÃO DO PARAÍSO


Cidadão  chega ao portão do PARAÍSO. Fica horas esperando e ninguém aparece, nem São Pedro.  Nisso passa um anjo, então pergunta:
-Onde estão todos? Estou há horas aqui esperando ser atendido.
Responde o anjo:
- Meu amigo, está todo mundo no Programa  Bolsa-Família Celestial. Reza aí para ver se aparece alguém.

FILHO DE BOLIVARIANO É FOGO


-Papá, Comandante Maduro é um guerreiro?
-Sim, um santo guerreiro, como São Jorge.
-Mas papá, se ele é como São Jorge, por que o dragão da inflação venezuelana continua vivo?


“O cume da tolerância é mais rapidamente alcançado por aqueles que não andam carregados de convicções.” — Alexander Chase

RIO DE JANEIRO


Rio de Janeiro

Romário

Freixo e de tantos outros vermelhos

O Rio está moribundo

E não quer remédio duro

Apenas aleivosias

E populismo barato.