sexta-feira, 30 de setembro de 2016

“O Brasil está dividido entre os que recebem e os que pagam. E o navio dos que recebem está tão cheio que corre o risco e afundar. Os que pagam já estão na água.” (Eriatlov)

Jornalista estraçalha Lula após ataques a Sérgio Moro

O mundo é um circo dividido entre os de cima e os de baixo. E os do meio? Bem, os do meio é que cobram os ingressos.

O Senhor é o meu pastor e pouco me sobrará. E lá se vai do salário 10%. Sou ovelha das boas.

NATURALMENTE

NATURALMENTE

Era noite e o relógio sobre o armário fazia tic-tac ,tic-tac e tic-tac...
O ratinho entrou na casa e ficou na despensa roendo, roendo, roendo...
O homem que dormia acordou-se e ficou ouvindo, ouvindo, ouvindo...
O gatinho viu o rato e lambeu os beiços uma vez, duas vezes, três vezes...
Quando deu meia-noite o relógio sobre o armário explodiu, pois era uma relógio-bomba.
Não sobrou nada do homem, do rato, do gato, e do relógio, naturalmente.

DITO PELO NÃO DITO- Onde come um, come dois. E às vezes nenhum.

MORTOS E VIVOS

MORTOS E VIVOS

Os mortos vão para lugar nenhum
Que fica onde ninguém sabe
Já os vivos tratam de fazer política
Ou participam das tais igrejas de negócios
Afinal são vivos
E o que menos desejam fazer é trabalhar com afinco.

Eu e minha mulher tivemos bons anos de amor e ternura. Quando ela me conheceu bem, pediu o divórcio.

Os gordos como eu são péssimos amantes. Não pulamos janelas e nem conseguimos nos esconder em guarda-roupas.

Se um sujeito é ranzinza quando jovem não espere ele ficar velho. Desça pancada!

Ainda não sei se todo velho é chato ou se todo chato é velho.

A gula é pecado? Se for pecado, é dos bons.

Um milhão de amigos? Vai sonhar assim no inferno!

Na vida nada me surpreende. Conheço até cornos felizes.

Imagem e semelhança

São Pedro mostra uma foto de Lula  e Dilma para Deus e galhofa:

-Tua imagem e semelhança, né véio?

“Não dá para ser criativo nesse país. Fiz vinte cheques de mil reais com saldo de mil e tomei cadeia.” (Chico Melancia)

“Só Jesus salva. Salva os urubus de pegar no pesado.” (Mim)

“Um semblante sério pode não dizer nada. Por detrás dele talvez se esconda um falsário ou coisa pior.” (Filosofeno)

“Tive uma infância bem miserável. Enquanto os amiguinhos chupavam picolé eu chupava o palito.” (Climério)

“É com os feriados que os de pouca vontade se satisfazem.” (Filosofeno)

Aposentado

-E aí seu Ambrósio, aposentado?
 -Em parte. 
-Como em parte? 
-Aposentado do umbigo para baixo.

O ar de Brasília não é bom. Não pode. Há demasiada carniça moral por lá.

Homem maduro

-E aí Maria? Solteira ainda?
-Solteira.
-Não deu certo com o Hugo?
-Pois é, não deu. Busco agora um homem maduro.
-Bem, seu Nicanor do açougue é viúvo. Está dando sopa. Que tal?
-É maduro?
-Tão maduro que tem até bicho.

Hóstia

“Certa vez engoli uma hóstia com gosto estranho. Se era é mesmo o corpo de Cristo acho que naquele domingo me deram um pedaço da bunda.” (Toninho Extrema-Unção)

Dominadores

“Antigamente os dominadores de mentes ingênuas eram poucos. A Católica e mais uma meia dúzia. Hoje são centenas de entidades. O dízimo é perseguido por bocas grandes.” (Toninho Extrema-Unção)

Do Baú do Janer- quarta-feira, agosto 23, 2006 BAIXO ASTRAL PARA ASTRÓLOGOS

A União Astronômica Internacional (IAU) decide amanhã se os planetas do sistema solar são oito ou doze. Conforme a definição de planeta a ser adotada, ou Plutão perde o status de planeta, ou o sistema solar ganha mais três: Cedres, Caronte e Xena. Em verdade, o sistema solar está correndo o risco de virar uma bagunça como a União Européia. Conforme a generosidade das definições, poderá ter trinta ou mais planetas.

Para o mundo científico, onde redefinir conceitos faz parte da rotina, nada de novo. A cada nova definição que surge, geralmente morre uma antiga. Curioso será ver como reagirão esses gigolôs das angústias humanas, os astrólogos.

Se os signos eram regidos por nove planetas, como é que ficamos agora? Se Plutão for cassado, quem regerá Escorpião? Se Cedres, Caronte e Xena entrarem no baile planetário, regerão a quem? A clientela dos novos planetas será roubada de quais entre os antigos? Se os três novos planetas forem reconhecidos, serão revisados todos os mapas astrais até hoje desenhados? Ou seja: então os mapas até hoje feitos não valiam nada? Isso sem falar nas co-regências.

Claro que os astrólogos encontrarão alguma saída ante as novas definições. Vigarice sempre rendeu bom dinheiro e não pode ser assim abandonada, sem mais nem menos. Ao perturbar um próspero mercado de trabalho, os senhores cientistas estão se revelando verdadeiros estraga-prazeres. Abaixo a ciência! Longa vida ao mercado!

Armas Matam! E Spray de Pimenta… é Fascista! Por Instituto Liberal

terrorismo-feminismo



Ricardo Bordin*

Vamos ver se entendi bem: em diversos países do continente europeu, vem sendo registrados casos de abusos perpetrados por imigrantes contra mulheres; a regra vigente nestas nações é o desarmamento, isto é, afora algumas exceções como a Suíça, os cidadãos comuns tem grande dificuldade em adquirirem armas de fogo para sua proteção; e, ainda assim, quando algumas das vítimas em potencial resolvem fazer uso de dispositivos de menor capacidade lesiva, para uso em casos de legítima defesa, são acusadas de serem xenófobas, até mesmo pelos conterrâneos? Ao menos é o que divulga o jornal Extra hoje. Então eu acredito. Mas que é complicado compreender o politicamente correto – e o nó que ele dá na lógica – isso é.

Senão vejamos: há uma grita mundial, protagonizada por movimentos feministas, de que existe uma suposta “cultura do estupro” em voga, segundo a qual todos os homens são estupradores em potencial, e por meio da qual a sociedade enxerga como natural que eles subjuguem mulheres para seu regozijo carnal – com direito a pesquisa do Datafolha “comprovando” tal barbaridade. Aqui não cabe nem ressaltar a imprecisão dessa argumentação (deixo minha amiga Paula Marisa fazer isso por mim), mas sim destacar sua incongruência com a reação histérica em relação aos pobres sprays de pimenta: ora, se a intenção é que as mulheres não fiquem a mercê de tarados, a melhor coisa a fazer é permitir que elas possam estar “empoderadas” quando cruzarem a proa de algum. Fazer textão no Facebook enquanto o maníaco lhe manda despir-se não vai resolver a situação, pode acreditar.

Nem tampouco tachar as vítimas de racistas após o ato consumado produz efeito significativo. A não ser, claro, que do outro lado esteja outra “minoria” étnica (cerca de 1,2 bilhão de terráqueos adeptos do Islamismo), cuja religião (atenção: ninguém está falando de terroristas!) apregoa o apedrejamento de mulheres casadas que tenham sido estupradas – a menos que apresentem quatro testemunhas masculinas que declarem que o sexo não foi consensual (ainda que o seu marido já tenha falecido). Então estaremos diante de um caso de islamofobia, claro.

Aí fica difícil não dar razão à jornalista dinamarquesa que desabafou e disse, para repulsa dos “progressistas”, que os europeus estão afeminados e as mulheres em perigo. Com essa atitude pusilânime diante de tamanha falta de respeito pelos valores ocidentais (ou, em português claro, com as respectivas esposas, mães, filhas, irmãs sendo desrespeitadas diante de suas barbas), não dá para ter muita esperança em dias melhores – ou, ao menos, sem mulheres traumatizadas e submetidas à burca.

A sensação de ser a “elite culpada” do mundo, aliada ao sentimento de culpa pelo período colonial, ainda vai manter as portas da Europa abertas de forma indiscriminada por muito tempo. Esse preconceito dos europeus contra si próprios é caso de psiquiatria.

E o que chama a atenção no rodapé da reportagem: o partido que teria distribuído os sprays de pimenta é denominado Movimento Socialista Nacional da Dinamarca (DNSB). E adivinhem? Claro, trata-se de uma sigla de extrema-direita neonazista, conforme o periódico. Impressiona (mas nem tanto) a desfaçatez dos jornalistas e historiadores que buscam dissociar Hitler e sua trupe dos movimentos coletivistas, desconsiderando todas as características em comum entre Nazismo, Comunismo e Fascismo – praticamente trigêmeos que brigaram.

“Ah, mas os conservadores são pessoas com forte sentimento nacionalista também”. Segundo Roger Scruton, “para as pessoas comuns, que vivem em livre associação com seus semelhantes, “nação” significa simplesmente a identidade histórica e a lealdade que as une no corpo político; trata-se da primeira pessoa do plural da comunidade”. Vale dizer: se alguém quer fazer parte de nossa comunidade, precisa identificar-se com ela, adaptar-se, moldar-se aos seus costumes. Se for pedir demais, pelo menos não arranque a roupa das mulheres na rua em pleno réveillon. Ou então prepare os olhos, porque eles vão arder. Tudo isso é muito diferente de ser preconceituoso, fascista, nazista, xenófobo, e demais insultos da cartilha do pessoal que protesta de minissaia.
Não é só o Brasil que cansa, viu…

Sobre o autor: Atua como Auditor-Fiscal do Trabalho, e no exercício da profissão constatou que, ao contrário do que poderia imaginar o senso comum, os verdadeiros exploradores da população humilde NÃO são os empreendedores. Também publica artigos em seu site: https://bordinburke.wordpress.com/

Ives Gandra: Todo criminoso deve cumprir sua pena, mas nos estritos limites da condenação” Autor: Ives Gandra

O Estado delinquente
Todo criminoso deve ser punido. Cabe ao Poder Judiciário condená-lo, após o devido processo legal e respeitada a ampla defesa. É o que determina a lei suprema (artigo 5º, incisos LIV e LV).
Nas democracias, o processo penal objetiva defender o acusado, e não a sociedade, que, do contrário, faria a justiça com as próprias mãos.
O condenado deve cumprir a sua pena nos estabelecimentos penais instituídos pelo Estado, em que o respeito à dignidade humana necessita ser assegurado.
Quando isso não ocorre, o Estado nivela-se ao criminoso. Age como tal, equiparando-se ao delinquente, da mesma forma que este agiu contra sua vítima.
A função dos estabelecimentos penais é a reeducação do condenado, para que, tendo pago sua pena perante a comunidade, retorne à sociedade preparado para ser-lhe útil.
O Estado deve indenizar por danos morais todo criminoso que não tiver direito a cumprir sua pena nos estritos limites da condenação
Os cárceres privados constituem crime. Quem encarcera pessoas, tirando-lhes a liberdade, deve ser punido e sofrer pena que o levará a experimentar o mesmo mal que impôs a outrem.
E o cárcere público? Quando um criminoso já cumpriu o prazo de sua pena e tem direito à liberdade, mas o Estado o mantém encarcerado, torna-se o ente estatal um delinquente como qualquer facínora.
Todo condenado deve cumprir sua pena, mas nunca além daquela para a qual foi condenado. Se o Estado o mantém no cárcere além do prazo, torna-se responsável e deve ser punido por seu ato. Como não se pode encarcerar o Estado, deve-se pelo menos pagar indenizações à vítima pelos danos morais causados.
A tese vale também para aqueles que forem condenados a regimes abertos ou semiabertos e acabarem por cumprir a pena em regimes fechados, por falta de estrutura estatal, pois estarão pagando à sociedade algo que lhes não foi exigido, com violência a seu direito de não permanecerem atrás das grades. Nesses casos, devem também receber indenização por danos morais.
A tese de que todos são iguais e não deve haver privilégio seria correta se o Estado mantivesse estabelecimentos que permitissem um tratamento pelo menos com um mínimo de respeito à dignidade humana. Como isso não ocorre, a tese de que todos devem ser iguais e, portanto, devem “gozar” das péssimas condições que o Estado oferece é simplesmente aética, para não dizer algo pior. Em vez de o Estado dar exemplo de reeducação dos detentos, a tese da igualdade passa a ser garantir a todos tratamento com “igual indignidade”.
Enquanto a Anistia Internacional esteve no Brasil, pertenci à entidade. Lutávamos, então, não só contra a tortura, mas contra todo o tratamento indigno aos encarcerados, pois não cabe à sociedade nivelar-se a eles, mas dar-lhes o exemplo e tentar recuperá-los.
Por isso, ocorreu-me uma ideia que sugiro aos advogados penalistas e civilistas –não atuo em nenhuma das duas áreas–, qual seja, a criação de uma associação, semelhante àquela que Marilena Lazzarini criou em defesa dos consumidores, para apresentar ações de indenização por danos morais em nome das pessoas que: a) cumpram penas superiores àquelas para as quais foram condenadas; b) cumpram penas em regimes fechados, quando deveriam cumpri-las em regime aberto ou semiaberto; c) cumpram penas em condições inadequadas.
Talvez assim o Estado aprendesse a não nivelar-se aos delinquentes. Sofrendo o impacto de tais ações, quem sabe poderia esforçar-se por melhorar as condições dos estabelecimentos penais, respeitar prazos e ofertar dignidade no cumprimento das penas.
Todo criminoso deve cumprir sua pena, mas nos estritos limites da condenação e em condições que não se assemelhem às dos campos de concentração do nacional-socialismo.

“Governos são perdulários, o dinheiro não deles, o desperdício arde no povo. Governo austero é exceção.” (Eriatlov)

Houve "endeusamento" do pré-sal, diz presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta sexta-feira que, no passado, houve uma "ideologização" da área do pré-sal, mas que a companhia possui outros campos de boa qualidade em outras regiões. "Houve um endeusamento do pré-sal", disse Parente, durante participação em evento promovido pela revista Exame, em São Paulo. "Vamos gerir de forma integrada, fazendo a avaliação de risco e retorno de cada campo."

Parente também afirmou que a companhia irá promover políticas de preço de mercado, visando a maximização das margens na cadeia de valor, e que a Petrobras irá se focar na celebração de parcerias e desinvestimentos e otimizará seu portfólio de negócios, saindo gradualmente de áreas non-core. "Nos próximos cinco anos, estaremos concentrados em óleo e gás. Mas, passado isso, poderemos nos voltar para outras fontes de energia mais alinhadas com as questões da sociedade", disse.

O presidente da Petrobras afirmou que o atendimento das funções sociais não pode ser feito às custas da sobrevivência financeira da empresa. "A disciplina financeira é fundamental", comentou. "Por isso, uma de nossas visões de longo prazo é a que vamos cumprir nossa função social, mas sempre dando retorno."

PB

PERNAMBUCO- OAB pede prisão de presidente do sindicato dos bancários

Diante de uma greve com quase um mês de duração, a Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) entrou com uma ação judicial solicitando a prisão da presidente do Sindicato dos Bancários do Estado, Suzineide Rodrigues. A medida vem com intuito de forçar a categoria a cumprir uma determinação judicial que exige uma quantidade mínima de funcionários em atendimento nos caixas durante a greve.

Segundo determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), as agências deverão abrir por duas horas diárias e manter 30% dos funcionários trabalhando.

A OAB também pediu o aumento da multa estabelecida pelo descumprimento da ordem judicial, passando de R$ 10 mil para R$ 100 mil por dia, e a abertura de um inquérito policial contra a representante do sindicato para investigar irregularidades na greve.

PB

PARAÍSO

PARAÍSO 

Com a trouxa nas costas a devota formiguinha Laura saiu da sua comunidade para conhecer o mundo de fora apesar dos protestos dos pais. Depois de perambular pelo jardim entrou numa bela casa e andando pela cozinha encontrou um enorme açucareiro. Resolveu conhece-lo por dentro. Deliciou-se com tanta doçura. Tomou seu primeiro banho de açúcar. Radiante imediatamente voltou para seus familiares e amigos, contando que o Pastor Euclides está muito certo quando diz que o paraíso existe, e que está dentro daquela casa enorme e linda não muito distante dali.

DIÁRIO DA PERNA PELUDA- Brasil já tem 12 milhões de desempregados.

Saíram os novos números sobre desemprego no Brasil. Agora são 12 milhões de desempregados, o que corresponde a 11,8% da população economicamente ativa.

O número corresponde a três vezes à população do Uruguai.

É a herança maldita deixada pelo desgoverno da presidente cassada Dilma Roussef.

PB

SÃO PAULO- Paraná Pesquisas aponta vitória folgada de João Dória em SP

Resultados desta manhã, conforme dados que o editor acaba de receber do Instituto Paraná Pesquisas:

João Dória, PSDB - 33,5%
Celso Russomano, PRB - 19,7%
Marta Suplicy, PMDB - 14,7%
Fernando Haddad, PT - 12,1%
Luiza Erundina, Psol - 4,3%

Os demais candidatos registraram pontuação de 1,1% ou abaixo disto.

Segundo turno
João Dória, 47,7%
Celso Russomano, 32,9%

PORTO ALEGRE- Dilma na TV derrubou intenções de votos para Raul Pont

Depois que resolveu emplacar Dilma Roussef na sua propaganda de TV, o candidato Raul Pont, PT, despencou nas pesquisas de intenções de votos. E isto que ele não veiculou as mensagens de apoio disparadas por Lula.

Políbio Braga

SPONHOLZ


Chifres e choques

Levar chifres serve muitas vezes para fazer o ingênuo abrir os olhos à realidade. Mas nem sempre. Tem muita gente boa que navega na escuridão, enroscando as guampas em fios de alta tensão e tentando se convencer que recebeu apenas um “choquinho”.

ENTRE PONTOS E VÍRGULAS

 Havia um escritor que tinha uma bela história para contar. Estavam lá letras, pontos e vírgulas, cada um deles prontos para ocupar o seu devido lugar. Mas aconteceu uma briga entre pontos e vírgulas, e assim antes da história começar eles colocaram um ponto final em tudo.

A CABEÇA



Há gente esquisita transitando por todos os lados. Estava no lotação quando entrou um sujeito bem apessoado, cabelo aparado e barba feita. Sentou-se ao meu lado, ajeitou o nó da gravata, pigarreou e tirou a própria cabeça colocando-a de lado. Não é normal algo assim, porém somente alguns passageiros prestaram apenas atenção momentânea ao fato e depois trataram de cuidar das suas vidas. Antes do meu ponto ele desceu, porém deixando a cabeça no ônibus. Gritei para ele:

- Ei amigo, sua cabeça!

Desceu sem dar à mínima, vai ver que sem cabeça ficava surdo, algo lógico. A cabeça, ouvindo o barulho, abriu seus olhos sonolentos.

-Não ligue, é sempre assim, disse-me ela. Depois ele fica se perguntando onde estava com a cabeça. Toda segunda-feira me procura nos Perdidos e Achados. Já estou acostumada.

Bem, sendo assim, fiquei tranqüilo.

EM BREVE CHOVERÁ LIVROS

EM BREVE CHOVERÁ LIVROS


Um agricultor caminhava pelo campo quando viu escrito na grama: “Em breve choverá livros.” Não deu bola e seguiu seu caminho. No outro dia nos céus de todas as cidades do país estava escrito: “Em breve choverá livros.” No terceiro dia quando se ligava a televisão aparecia na tela os dizeres: “Em breve choverá livros.” O povo começou a ficar preocupado. No quarto dia ouve pânico, pois todas as emissoras de rádio sofreram interferência de uma comunicação que dizia: “Em breve choverá livros.” No quinto dia novamente nos céus do país um recado um pouco maior: “Em breve choverá livros e todos terão que lê-los!” Mais pânico. No sexto dia não ouve comunicação alguma e a tal chuva de livros teve início. Neste dia começou o grande êxodo brasileiro, mais de 55 milhões de pessoas fugiram do Brasil invadindo a Venezuela, Bolívia e Argentina. 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O MAL DO MAU

O MAL DO MAU


Fazia-se carnaval na cidade de Jaboticabal. O homem mau não se cansava de fazer o mal, pois achava tal atitude fenomenal. Morava ele na rua do canal, no prédio Imperial e pagava aluguel para um casal. Na mesma rua havia uma árvore monumental, na qual vivia um pardal sensacional. Numa noite de temporal, recebeu o mau a visita de um homem bravo que o trançou a pau para se vingar de todo o mal feito com sua família antes do carnaval.  Todo quebrado, inclusive o osso femoral, foi levado para o Hospital Municipal e atendido pelo doutor Aderbal.  Teve também dentes quebrados e acabou precisando de tratamento de canal. Esse homem mau se chamava Percival, sendo filho de tal Juvenal, que morreu na cadeia por matado um animal protegido por lei ambiental. E a historieta vai terminal porque o leitor já deve estar passando mal de tanto ler essa história sem sal. Ponto final. Que tal?

TÉDIO

TÉDIO

Na rotina cansativa
A grande ameaça é assumir o tédio
Impondo ao ser o desalento
O não sonhar
A terrível amargura da desesperança.

“Vamos tentar sobreviver sorrindo, porque chorando sempre é mais caro.” (Mim)

“Os dirigentes petistas sempre lutaram por uma boa causa própria.” (Mim)

QUADRINHA DO EMPREENDEDOR


O empreendedor arrisca o seu patrimônio
Emprega muitos e paga impostos sobre a labuta
Isso para sustentar chupins vermelhos
E outros filhos da puta.


Os mais rejeitados do país- Do blog do Políbio Braga

NA SAVANA

NA SAVANA

 Marcio estava caçando leões na savana africana. Separou-se do grupo de caça e foi em frente sem temer o pior. Depois de caminhar por meia hora deu de cara com um leão de juba enorme, não mais que vinte metros distante dele. Preparou a arma e disparou ‘clack’ falhou. O leão quieto olhando para ele. Disparou de novo ‘clack’, nada. O peludo não se conteve, ficou de barriga para cima rindo debochadamente do caçador. Quando Marcio estava se preparando para correr o leão disse: Alto lá! Não vá embora antes de fazermos uma foto com sua cabeça dentro da minha boca! Marcio voltou ao Brasil antes dos companheiros. Segundo se soube veio a nado.

Na Venezuela, pesquisa mostra que 67,8% desejam saída de Maduro da presidência

Uma pesquisa divulgada pelo instituto Verebarómetro mostrou que 67,8% dos venezuelanos votariam contra o presidente Nicolás Maduro em um eventual referendo revogatório. O estudo, difundido na quarta-feira, tem margem de erro de 2,37 pontos porcentuais e é realizado em um momento de aguda crise econômica no país.


A pesquisa mostrou que apenas 23,5% dos eleitores consultados votaria pela permanência do presidente. A oposição da Venezuela deseja realizar um referendo revogatório contra Maduro ainda neste ano, já que caso a votação ocorra depois de 10 de janeiro e Maduro perca o mandato será concluído pelo vice-presidente. Se o presidente perdesse a votação antes dessa data, seriam convocadas novas eleições.

Políbio Braga

"Tropeço foi fatiar votação do impeachment", diz Gilmar em reposta a Lewandowski


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse nesta quinta-feira, que o único tropeço no processo de impeachment de Dilma Rousseff foi a realização de uma votação fatiada. O comentário de Gilmar foi uma resposta ao comentário do ministro Ricardo Lewandowski, que lamentou o impeachment de Dilma Rousseff, classificando o episódio como "um tropeço na democracia".


"Acho que o único tropeço que houve foi aquele do fatiamento, o DVS (destaque para votação em separado) da própria Constituição, no qual teve contribuição decisiva o presidente do Supremo", disse Gilmar, ao analisar a conduta do então presidente do STF, Ricardo Lewandowski, na condução do processo de impeachment.


Durante o julgamento, Lewandowski decidiu aceitar o destaque apresentado pela bancada do PT, que pediu que a votação do impeachment fosse dividida em duas partes, e não de maneira conjunta. Dessa forma, Dilma manteve os direitos políticos - embora tenha tido o seu mandato cassado.

Políbio Braga

Pensar cansa

“Pensar cansa. Talvez por isso tantos declinem disso para serem vistos usando cabrestos.” (Eriatlov)

Alexandre garcia- O país de todos

Quando o governo do PT decidiu aceitar a sugestão do marqueteiro de criar a palavra-de-ordem O País de Todos, a Velhinha de Taubaté acreditou, e pensou que o Brasil fosse de cada um dos mais de 200 milhões de brasileiros. Ledo engano. De fato, o governo apenas ironizava, enquanto se apropriava do botim, concedido por seus milhões de eleitores. Afinal, estava consagrado nas urnas, alforriado, legitimado pelos votos. Poderia fazer o que quisesse com a posse do país-continente. E fez. Ninguém entendia por que, pagando tanto imposto, não tivesse saúde, educação e segurança, no mínimo. Agora, pelo menos, graças à Lava-Jato, a gente fica sabendo onde foi o dinheiro do suor destinado aos impostos. Foi desviado por gente que aproveitou a ignorância, a ingenuidade e os pobres do bolsa-família para encher as burras. Quanto dinheiro, meus deus! Bilhões! Quantos hospitais, quantas escolas - quantas prisões poderíamos ter para trancafiar a corja. Fizeram por ato-de-fé, convictos da infalibilidade de sua seita que mistura Marx com Trotsky e Gramsci, mais Fidel e Chavez e o tropical Lula. Seria comédia se não tivesse resultado numa tragédia. Não poderia ter sido outro o resultado. O sociólogo marxista FHC não foi o que mais privatizou? No país tropical não cabem fórmulas ou padrões. Aqui tudo é bagunçado. Veja se deu certo o princípio positivista de Ordem e Progresso posto na bandeira. Agora virou slogan de algum marqueteiro de Temer. E a gente fica sem condições de usar a bandeira, porque fica parecendo propaganda para o governo. Voltar ao País de Todos? Aí não dá, porque virou afronta, já que a realidade foi O país é nosso, para pegar a grana e nos locupletarmos. É a Lava-Jato que demonstra; não sou eu. Fico me perguntando como conseguiram. O quanto somos incompetentes para perceber que por mais de uma década, foram metendo a mão no País que é nosso, como se fosse deles. Boca livre, justificada pelo voto que receberam para tomar conta do País que é nosso. Dinheiro, muito dinheiro rolou de nosso suor de contribuintes, para o bolso deles, inclusive para nos enganar e se manterem no poder para continuar a usufruir do País que deveria ser nosso. Hoje flagrados, descobertos, desnudados, protestam com arrogância, com se tivessem o direito adquirido de continuar o botim. São como traficantes do morro, que adquiriram o direito à soberania da área. Resta uma esperança. Não virão os marcianos, nem os chineses, nem a ONU nos libertar. Ficamos dependentes do juiz Sérgio Moro, dos jovens delegados e juízes federais. Mas ainda não ganhamos vergonha na cara. Porque continuamos dependendo da proteção dos outros. Esperamos que nos salvem, como cidadãos passivos e sem-vergonhas. A culpa é nossa, não fiquemos como bebês acovardados à espera de salvadores e só sendo corajosos nas redes sociais. Se assim somos, nem merecemos o Sérgio Moro. Que sejamos condenados a sermos assaltados, nossos filhos mal ensinados na escola, na nossa velhice mal atendidos nos hospitais e na previdência. Ou paremos de só viver novelas e futebol e passemos a tratar do Brasil real.

“Fantasmas? Só no serviço público.” (Gentil Coveiro)

“As armadilhas da vida são colocadas nas trilhas sem espinhos.” (Filosofeno)

Criminosos "em situação de prisão" querem que o governo estabeleça limites para a violência no RS

Criminosos querem que Sartori imponha limites à violência no RS.

O jornalista Jocimar Farina informou esta tarde na Rádio Gaúcha, RBS, que um grupo de apenados sentem-se “incomodados” com práticas extremas, como esquartejamentos de vítimas ou mortes de crianças e mulheres. Esses atos, conforme um suposto código dos criminosos, ultrapassam o que seria considerado como aceitável.

Leia a reportagem:

O grupo lançou um manifesto escrito, no qual não faz menção ao crescimento no número de homicídios resultante desses enfrentamentos, apenas insinua que se opõe aos excessos da violência.
 “A partir da data de hoje está formada uma facção com respeito a todos, que tem como um de seus objetivos sempre buscar espaço no cumprimento da pena com segurança de todos seus membros, que estão espalhados em várias prisões desse Estado”, está escrito na carta que começou a circular na segunda-feira (26) entre as cadeias e na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

O texto termina com a seguinte afirmação: “Portanto, o surgimento deste grupo é para o bem de todos, para o bem da sociedade, pois é para a sociedade que devemos o nosso maior respeito.”

O documento é assinado por três presos, de cadeias diferentes do Rio Grande do Sul: Penitenciária Modulada de Charqueadas, Penitenciária Estadual do Jacuí e Presídio Central.

Políbio Braga

MOVIMENTO NÃO FOI ACIDENTE- Nosso Partido é a VIDA! Carta de uma mãe aos candidatos da cidade de São Paulo – SP




Carta Aberta aos srs. candidatos à Prefeitura de São Paulo
Gladys Ajzenberg*
Não sei se já tiveram algum dia contato com alguma mãe, pai ou familiar de alguma vítima de trânsito. Se não, cá estou eu me apresentando pra vocês.



Meu nome é Gladys Ajzenberg e meu filho foi assassinado há 5 anos por uma motorista embriagada e 3 vezes acima da velocidade permitida na mesma rua onde meu filho voltava a pé pra casa andando pela calçada. Ah!!! Vale lembrar que ele voltava a pé justamente porque tinha acabado de sair de uma festa de aniversário de uma amiga e tinham tomado vinho para comemorar, por isso não voltou dirigindo. Naquele dia ele brindou diversas vezes à vida, assim me contaram depois!!!

Vocês têm noção do que é perder um filho? Vocês têm idéia que é ficar sequelado para o resto da vida? Morre junto com essas vítimas boa parte de todos nós que ficamos. E ficamos sequelados junto a todos que assim ficaram.

O que foi feito na cidade de São Paulo com relação à educação e controle de velocidade está longe de resolver totalmente o problema, faltam ainda mudanças nas leis, maior rigor de fiscalização, etc, etc, etc. Mas as promessas que eu tenho escutado de alguns de vocês de jogar tudo isso pro alto e voltar à estaca zero é inacreditável!!!!!!!!!

Será que precisa viver na pele uma tragédia como essa para colocar a mão na consciência e ver que isso seria um absurdo???
Por favor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! São centenas de mortos na violência viária todos os anos só na cidade de São Paulo. As medidas adotadas na última gestão conseguiram reduzir consideravelmente (algumas pesquisas apontam 40%) o numero de vítimas. Aliás, se uma única vida tivesse sido poupada, ainda assim teria valido à pena!!! E agora querem voltar aos caos inicial????

Vocês acham que isso rende votos?? Pode até render alguns, mas garanto estarão decretando a morte de centenas de pessoas que poderiam ser poupadas, além milhares de sequelados que necessitarão de ajuda pro resto da vida, e boa parte deles do serviço público.

Querem conversar um pouco? Querem conhecer algumas famílias que já viveram e viverão pra sempre este drama? Nós, do Movimento Não foi Acidente/ VivaVitão infelizmente conhecemos muitas e muitas, e aumenta a cada dia o numero de famílias destruídas que nos procuram, desamparadas que somos pelo poder público. Estamos à disposição de vocês para que tentem nos explicar à quem essas propostas servem.

Eu estou indignada!! Assim como todos nós que lutamos na Justiça que nos desampara e empurra com a barriga as punições que deveriam servir de exemplo para todos.

Eu imploro como mãe e peço como cidadã que revejam suas posições! Não vale qualquer coisa pelo voto. Não estamos num momento de rever nossos valores políticos e éticos? Vocês têm certeza de que são esses mesmos os valores de vocês?

Vale dizer que não tenho ainda nenhum candidato, nem sou de partido algum e que nosso movimento é apartidário.

Nossa plataforma de luta é a defesa da vida!!!

Não queremos uma cidade mais perigosa do que ela já é.

Queremos paz, queremos segurança para caminhar na calçada sem sermos atropelados, queremos esperar a condução sem corrermos riscos, queremos sair e poder voltar pra casa, queremos que nossos filhos e familiares possam sair e voltarem bem.

Esperamos que façam propostas de vida e não de morte!!

Gladys Ajzenberg
Movimento Não Foi Acidente e Viva Vitão


*Gladys Ajzenberg é mãe de Vitor Gurman, morto em 28/7/2011, em consequência do atropelamento causado pela motorista Gabriela Guerrero Pereira que bebeu, correu e matou um jovem que caminhava pela calçada! Gladys faz parte da Equipe Não Foi Acidente.

SABENDO USAR


SABENDO USAR

Nivaldo. Passando o dia sob trinta e cinco graus ele chegando a sua casa queria um banho gostoso para relaxar, porém estava faltando água no bairro. Esbravejou por alguns minutos. As torneiras todas estavam caladas.  E agora? Ficar assim? Suado e sentindo-se mal? Nunca esteve numa situação dessas.   Pegou o automóvel e foi para o outro lado da cidade, parou num hote,l confirmou se havia água para banho e tomou um apartamento.  Acomodou-se, banhou-se e dormiu feliz.  Na manhã seguinte foi até uma loja de adesivos e comprou uma enormidade deles dizendo:
“ÁGUA, SABENDO USAR NÃO VAI FALTAR”

Agora verdes

Espero que o eleitor não se esqueça que o 13 agora verde é o mesmo 13 vermelho que dizimou o Brasil econômico a e tentou jogar os brasileiros uns contra os outros. Esses malditos são agora verdes, mas não são papagaios.

“Precisamos reformar o ensino sim, e não somente o médio. Tem aluno saindo da faculdade ainda analfabeto funcional.” (Mim)

“Vocês se lembram da fotografia de Stálin e Ribbentropp assinando o pacto nazi-comunista. Ninguém pode esquecer o riso recíproco e obsceno. Se faltou alguém em Nuremberg — foi Stálin.” (Nelson Rodrigues)
“Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica: — ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina.” (Nelson Rodrigues)

ABUTRES

ABUTRES
 Dois abutres armados rondam por horas as casas no Belvedere. Estacionam o automóvel e observam como agem os proprietários de belas residências. Quem entra e quem sai, descuidado, não descuidado. Então naquela tarde uma mulher deixa o portão aberto. Os abutres entram de armas nas mãos. Observam todos as salas, não encontram vivalma. Acham estranho, mas vão em frente. Procuram pelo cofre, vasculham até encontrá-lo. Um dos gatunos é especialista, em poucos minutos consegue abri-lo. No cofre não encontram joias e nem dinheiro, tampouco documentos importantes. Dentro do cofre há apenas uma foto da progenitora dos meliantes dando de mamar para dois marmanjos no corredor de um bordel.

PÓ 

 Noite. Uma rua solitária na periferia. Um gato malhado salta entre os telhados enquanto cães ladram ao vento. O excesso de lixo saltou para fora das latas e escorreu pelo chão de terra. Baratas passeiam fugindo dos pés dos meninos que brincam de bola na via. Mães e irmãs mais velhas chamam para dentro os garotos de pés encardidos. É hora do banho e do jantar. Crianças recolhidas, já é tarde, agora chegam automóveis com ocupantes que procuram nas esquinas pelos empresários do pó. A lua e as estrelas observam o movimento. Dinheiro para cá, pó para lá. Negócio feito lá se vão os loucos em busca de alucinações, enquanto os empresários da farinha perigosa contam as notas. O inferno para ambos os lados é logo ali.

NICE

NICE 

 Esta é a curta história de Nice, uma doce bombinha, faceira e formosa que apressadamente marcou um encontro com um pombo galã após conhecê-lo pelo facebook. Embora avisada pelos familiares dos perigos de encontros assim, não deu bola e foi. Usou seu melhor perfume e carregou na maquiagem. O local combinado para o encontro foi um casarão abandonado na Vila Dores. Chegaram ao local e foram para o sobrado. Já nas primeiras carícias o tal pombo mostrou a sua verdadeira face. Ela ficou apavorada quando o dito mostrou suas garras. Na verdade não era um pombo, mas sim um gavião disfarçado. Azar da pobre pombinha que foi literalmente comida no primeiro encontro. Restaram da Nice somente penas e sua nécessaire.

COM ELE OU SEM ELE

COM ELE OU SEM ELE

 A mesa estava posta. Ela soube pela vizinha que o marido ficara no boteco jogando baralho e bebendo pinga. Debruçada na janela esperava por ele; já passava das oito e nem sinal do dito. Estava toda maquiada e perfumada, bem disposta para uns amassos. E o maridão lá no boteco pegando bafo, esquecido de casa. Esperou mais meia hora e como o especial não apareceu, abriu a porta do guarda-roupa e disse para o Ricardo sair: estava na hora do show.

Tributar os capazes

  “Tributar pesadamente, tirando do mais capaz e do mais motivado para dar ao menos capaz ou menos disposto, em geral redunda em punir aqueles, sem corrigir estes.”

Roberto Campos


Idólatras do fracasso

  “Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado.”

Roberto Campos

Quem quer um estado grande e inchado que vá inflar a bunda da mãe do badanha. Basta de sustentar chupins de todos os matizes!

Meu sonho é um governo federal pequeno. Tão pequeno que a gente precise fazer força para enxergar.

Blog sujo

“Querem calar a nossa voz”, diz líder de ‘Blog sujo”

setembro 29, 2016
phaedir


Desde que assumiu a Presidência do Brasil, o novo Governo cumpriu a promessa de não mais repassar recursos, milionários, aos afamados “blogs sujos”, responsáveis pela propaganda, disfarçada de jornalismo, das peripécias do PT.

Em 2015, por exemplo, sem contar CAIXA e PETROBRAS (que não revelaram, ainda, quanto pagaram), mais de R$ 5 milhões saíram dos cofres público para esta finalidade.

O que se espera, daqui por diante, é que a conduta seja abolida, e não apenas, por razões políticas, retiradas “dum lado” para serem desviadas “a outros”, possivelmente simpáticos à atual gestão.

“Querem calar a nossa voz”, declarou Paulo Henrique Amorim, jornalista de blog inserido no contexto dos ditos “sujos” (recebeu R$ 333 mil).

Há milhares de sites na internet que nunca receberam qualquer tipo de ajuda do Governo e nem por isso “se calaram”.

O que se quer evitar é que todos sigam o exemplo do próprio Amorim, que antes tratava Lula como semi-analfabeto e Edir Macedo como o Diabo, e, depois de receber dinheiro de ambos os citados, passou a elogiar a “inteligência” do ex-presidente, além de beijar as mãos do “bispo” da IURD.

Do blog do Paulinho

“Pelo seu passado o ministrinho não tem a isenção necessária para julgar qualquer esquerdopata. Mas continua lá irritando pensantes e arrotando bergamota.” (Eriatlov)

“O ministrinho medíocre do STF não se cala. Só falta andar com uma tatuagem da Dilma na testa.” (Eriatlov)

“O PT é um rio. Um rio de barro.” (Eriatlov)

Mal

“Muito mal. Estou pegando senha até para beijar mulher feia.” (Climério)

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

“Estive doente, mas estou melhorando, pois já resmungo sozinho.” (Limão)

“Fiz minhas escolhas. Portanto não posso pedir para outros que chorem por mim.” (Pócrates)

“Foram anos no convento. Hoje carrego comigo todo o assanhamento do mundo.” (Josefina Prestes)

“O amanhã? O amanhã ainda não é nada, ele não existe.” (Filosofeno)

Não espere morrer para sorrir. Depois de empacotar, para rir, só sendo caveira de trem fantasma.

“Não é porque os fornos estão estragados que o inferno é um bom lugar para se morar.” (Eriatlov)

“Não tenho dor nas costas. Tenho é costas com dor.” (Nono Ambrósio)

A VIAGEM

A VIAGEM

Viajar de avião. O medo assombrava José Gomes, 45, supervisor de grande indústria calçadista, de maneira anormal; diarreia, vômitos, febre e insônia. O voo a trabalho estava marcado para novembro e o mês de outubro já era um inferno. Dona Marli não sabia o que fazer com o marido, pois já tinha dado de tudo para acalmá-lo. Devastou plantações de erva-cidreira, gastou uma fortuna em calmantes e José continuava apavorado. Como ele não melhorava acabou José embarcando bem antes do previsto, de navio. O destino da viagem era Miami, saindo de Santos. Feliz da vida embarcou o viajante, tanto que logo ficou solto e avançou sobre canapés e doses cavalares de uísque. Conheceu uma loura dengosa que o fez esquecer por momentos de dona Marli. Conheceu também o doutor Negro, que lhe ensinou alguns truques para curar ressaca. Curtia à tarde à beira da piscina, dando uvas na boquinha da loura dengosa. Já estava nos olhares maliciosos, mão boba nas coxas, beijo nas mãos e sussurros no pé do ouvido. A bebida foi deixando solto o medroso José que logo pôs a gata no colo. Já sonhava com a noite que teria. Foi quando apareceram no deck Dona Marli e a mãe. João não hesitou em se jogar ao mar.

"Meu fígado finalmente se revoltou."(Climério)

Coçando

“O patrão da minha mulher deu para ela um automóvel de presente. Eu ainda não descobri o que ela deu para ele.” (Climério)

Ficas ou vais?

Imagine você morrer e acordar no paraíso todo feliz. Logo depois descobre que os seus colegas de quarto são um padre da Teologia da Libertação, uma velha comunista e o Chávez. Você suporta ou pede uma vaga no inferno?

Milo Yiannopoulos denuncia mais um delírio mental da extrema-esquerda

Como o assistencialismo promove o fracasso - Thomas Sowell

A Dilma com grife

O DIVINO IMPERADOR

O DIVINO IMPERADOR 

 O Divino Imperador, cheio de pompa e cercado por duas centenas de guardas caminhava pela Avenida Imperial próximo do povo. Nas esquinas e praças, estátuas e fotos do ungido celestial. Sorria e acenava para seus súditos, adornado de diamantes e ouro; era adorado como um deus, todos se curvavam diante da sua presença. Naquele dia quando pisou nos primeiros degraus que o levariam ao palácio real o inusitado aconteceu: o Divino Imperador soltou gases e não foi só isso: cagou-se todo! No meio da multidão um republicano não se conteve e gritou: “Divino que nada! Cagou-se! Humano, demasiado humano!” Foi enforcado.

BRINCADEIRA ANTIGA

BRINCADEIRA ANTIGA 

 Há sombras rondando a minha nova morada. Elas vêm todos os dias, sem hora determinada. São sombras silenciosas e rápidas, num piscar de olhos elas somem. Não tenho por elas nenhum sentimento, nem medo, nem amor. Saio do meu caixão, subo e me sento sobre um grande mármore escuro. O céu está limpo, consigo ver o sol, mas não o sinto. Vejo as sombras escondidas detrás de um jazigo. Grito para elas: -Basta! Vocês já não me assustam mais! Agora sou apenas um fantasma como vocês! Elas chegam até mim, se apresentam sorridentes e me contam como é a antiga brincadeira de assustar novos mortos. Digo, "estou dentro".

Contra-regra de necrotério

Um dia meu pai disse: “Filho meu não entra mais em casa sem ter a Carteira Profissional assinada.”

-Pois assinei e carimbei com salário de dois mil por mês. Função: contra-regra de necrotério. O pai gostou.

Meu pai quis então saber o que fazia um contra-regra de necrotério. Disse para ele que minha função era fazer barulho para deixar os mortos bem acordados antes do sepultamento. 
(Chico Melancia)

Templo

TEMPLO

Certo dia entrei num templo
Tendo a mente aberta
E o coração leve
Mas fiquei pouco
Pois a minha razão
Foi intoxicada pela mentira.

Inveja

“Diante de um tolo se faça de mais tolo ainda, para que ele guarde para si as flechas da inveja.” (Filosofeno)

Não é a caneta

“Se o meu estilo de escrever é ruim não pode ser culpa da caneta.” (Mim)

Nono Ambrósio

"Acordei hoje com nenhuma inspiração e pouca respiração. Acho que sem demora o Nono vai." (Nono Ambrósio)

Jardim de imbecis

“Somente educação de qualidade e muita leitura extracurricular poderá salvar o Brasil de se tornar um imenso jardim de imbecis.” (Filosofeno)

DILMA, POR NÃO TE CALAS?

DILMA, POR NÃO TE CALAS?

Dilma, tu ainda falas?
Por que não te calas?
Teu reino caiu de podre
Tu és incompetente e medíocre
Um zero enorme que assombra onze milhões de desempregados.

BOA EDUCAÇÃO E SIMPATIA

BOA EDUCAÇÃO E SIMPATIA

Tal é a carantonha
Que assusta quem por perto está
Não sei por que não tentam
Um cumprimentar alegre
Saber dizer com licença
Por favor
Muito obrigado
Que não são chaves
Mas que abrem muitas portas.


CPI PODE LEVAR ATOR JOSÉ DE ABREU PARA DEPOR

Metro Jornal

 O ator e ativista do PT José de Abreu pode encarar a Polícia Federal em sua porta, para conduzi-lo sob vara para depor na CPI da Lei Rouanet. A informação é do colunista do Metro Jornal Cláudio Humberto. Crítico feroz do atual governo, José de Abreu já disse que não precisaria de convocação, pois “só um convite e o envio da passagem Paris-Brasília” bastaria a ele. Ele passa uma temporada na França. “Se for necessário, mandaremos buscá-lo de jatinho da PF”, respondeu o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que o convocou, entre outras coisas, para interrogá-lo sobre os R$ 299 mil que arrecadou, via Lei Rouanet, e não cumpriu o dever de prestar contas, segundo o parlamentar. Sóstenes também provocou José de Abreu ao dizer que vai à CPI de guarda-chuva: “Ele gosta de cuspir nos outros”, afirmou sobre o ator, que cuspiu em casal num restaurante, em 2013. Na ocasião, o ator foi insultado pela dupla por conta da sua posição política. O clima para Zé de Abreu, aliás, não é bom na CPI, e não só por causa de Sóstenes Cavalcante. Quem preside os trabalhos, Alberto Fraga (DEM-DF), já lembrou que a comissão “tem poder de polícia”.

OS SÓCIOS DO ESTADO E SEUS DIVIDENDOS por Percival Puggina. Artigo publicado em 27.09.2016

 Minutos após as tenebrosas revelações da força-tarefa da Lava Jato sobre as atividades do companheiro Antônio Palocci, o PT descobriu que escandaloso, mesmo, é o ministro Alexandre de Moraes que mostrara, na véspera, saber que havia uma operação prevista para a semana que iniciava.
 Literalmente, o país ficou mais abandalhado ante as provas de que o ex-prefeito de Ribeirão Preto tinha conta corrente no setor de propinas da Odebrecht. Os números são de deixar Donald Trump de cabelo em pé. O "italiano" titular da conta movimentou R$ 216 milhões no caixa subterrâneo da empresa! Note-se que Palocci não era sócio da Odebrecht recebendo dividendos. Por sua autoridade, até prova em contrário, operava como representante do PT, recebendo dividendos societários auferidos pela sigla na condição de sócia do governo. Ou propina, como afirmaram, de modo mais tosco, os policiais federais e os procuradores da república atuantes na operação.
 Mário Sabino, do blog O Antagonista, em texto de ontem (26/09), lembrou que o COAF, em 2015, havia localizado operações financeiras extraordinárias nas contas de algumas lideranças do então partido governista, a saber:
Lula movimentara 52,3 milhões de reais; Antonio Palocci, 216 milhões de reais; Fernando Pimentel, 3,1 milhões de reais; Erenice Guerra; 26,3 milhões de reais. Ou seja, um total de quase 300 milhões de reais.
 Qual a atitude dos líderes petistas, no ano passado ou agora, face a tais revelações? Deram alguma explicação? Escandalizaram-se? Solicitaram investigação interna para esclarecer os fatos e o destino dos milionários créditos? Eximiram o partido de qualquer responsabilidade? Emitiram sinal de constrangimento? Não. Arregaçaram as mangas, gargarejaram mel com limão e foram aos microfones atacar o boquirroto e infeliz ministro da Justiça.
Os deputados federais petistas Paulo Teixeira e Paulo Pimenta não precisaram contar até dez antes de proporem à CCJ da Câmara a convocação do ministro fanfarrão para as necessárias explicações. Vanessa Grazziotin fez o mesmo no Senado. Dilma Rousseff, desde a constelação Alfa Centauro, usou as redes sociais para diagnosticar que o país vive uma "situação grave" e que "estamos caminhando para o Estado de Exceção" (ZH de 27/09). 
Passaram-se as horas, virou o dia, e até este momento, o único a dar explicações foi o ministro Alexandre de Moraes, já com o pé na soleira da porta de saída. Não sei por que razão me vieram à mente estas palavras de Josué Montello ao descrever a decadência de uma cidade em Noite sobre Alcântara: 
"De repente, já longe, teve a sensação nítida de que ia andando pela alameda de um cemitério. As casas fechadas eram sepulcros e ali jaziam condes, barões, viscondes, senadores do Império, deputados, comendadores, sinhás-donas, sinhás-moças, soldados, mucamas, juízes, vereadores, sacerdotes. Somente ele, assim desperto dentro da noite, estaria vivo na cidade de mortos. E uma impressão instantânea de frio gelou-lhe as mãos e os pés, com a ideia de que, também ele, ia permanecer em Alcântara para sempre, encerrado no mausoléu de seu sobrado."

THE ROMELÂNDIA POST- STF decide julgar senadora Gleisi Hofman e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, ambos do PT

Já estou achando que do PT sobrará apenas os militontos. Os graúdos corruptos no SPA da Dona Justa.

Artigo, Tito Guarnieri - "Ditabranda" e golpe

Artigo, Tito Guarnieri - "Ditabranda" e golpe

O jornal Folha de São Paulo tem se referido ao presidente Michel Temer, em editoriais, como “Temer Golpista”. É um desrespeito aos fatos e aos leitores. Cai bem no figurino de um estudante secundarista, desses que queimam pneus e invadem escolas, mas não de um grande jornal. Talvez o jornalão queira compensar, nas esquerdas, a gafe histórica de cinco ou seis anos atrás, quando afirmou que o regime militar de 1964 não foi uma ditadura, mas uma “ditabranda”.

Que um ou mais dos muitos colunistas do jornalão paulista chame Temer de golpista, vá lá. Mas o editorial reflete a posição do jornal, vale dizer, para a FSP o impeachment foi  golpe. Sorte da Folha e de toda a imprensa que o “golpe” foi tão brando – este sim -  que vigoram no País as mais amplas liberdades civis e políticas, o Congresso está aberto, a Justiça funciona e os jornais dizem o que bem entendem, até mesmo chamando o presidente de “Temer Golpista” em editorial.

Se todos fizessem o raciocínio cretinoide do jornalão paulista, quem pensa diferente deveria se referir ao ex-presidente Lula como Lula Réu da Lava Jato, ao PT como PT - o Partido Mais Corrupto da História, e à Dilma, como Dilma - a Pior Governante do Brasil de Todos os Tempos.

A estrela cai

O Partido dos Trabalhadores derreteu nas eleições municipais deste ano. Nas eleições de 2012 o PT apresentou, em todo o Brasil, 41.756 candidatos a vereador, prefeito e vice-prefeito. Agora, em 2016, o número de candidatos do partido desabou para 24.269.

Em 2012, ficava atrás só do PMDB em número de candidatos. Em 2016, está atrás do PMDB, PSDB, PSB, PDT e PP. O PT, nesse critério, está agora mais ou menos do tamanho do DEM e do PTB.

Ao mesmo tempo, nas pesquisas eleitorais deste final de semana, só tem um candidato do partido que lidera nas capitais,  em Rio Branco, no Acre. Os candidatos escondem a estrela e a sigla. É pesada a conta das lambanças.

Retórica e ação

O governo Temer, de surpresa, apresentou um projeto de mudanças no ensino médio do País. Antes mesmo de ler com atenção, as forças retrógradas de sempre caíram de pau na proposição.

É o mantra ordinário:  o projeto não foi discutido com a sociedade. Ora, se existe algo que não falta na reforma do ensino,  nestes 13 últimos anos, é a discussão, o debate. E no entanto, o ensino médio – e não só ele – ou fica na condição sofrível em que está ou ainda decai em qualidade.

Era de esperar de um governo “popular” que a educação fosse uma prioridade real, e não dessas urgências que só existem nos discursos de candidato. Mas não há instância da educação brasileira, nestes anos de lulopetismo, que não se tenha degradado. Uma das razões está bem à vista:  o debate sobre a matéria, entre especialistas e na sociedade, é um meio que, nunca concluído, acaba por se transformar num fim em si. Dizendo de outro modo, muita retórica e  pouca ação.

A grita em curso é porque a proposta não é “deles”,  não vem “das bases”. Não sendo deles, é imprestável. E apresentada assim, em tempo recorde, lhes rouba a prática execrável de enxugar o gelo em consultas intermináveis, de modo a que – no final – tudo permaneça como está.

titoguarniere@terra.com.br

terça-feira, 27 de setembro de 2016

"Quando criança não ouvi os conselhos dos meus pais. Eu tinha cera nos ouvidos." (Climério)

A CRENÇA DOS ONANISTAS DE BOM GOSTO

A CRENÇA DOS ONANISTAS DE BOM GOSTO

Não é segredo
Porém a grande maioria não sabe
Que os anjos são as coelhinhas da Playboy
E que deus é Hugh Hefner.

Espelhos

ESPELHOS- "Evito espelhos pela manhã. Já não tenho mais idade para levar sustos sem consequências." (Eulália)

Escolhas

 ESCOLHAS

Sopra um vento manso na imensidão do campo
Ao longe o verde da grama e o branco das ovelhas
Desenham formas estranhas aos olhos não próximos
No azul do céu o trovão de uma aeronave assusta os pássaros tranquilos
Enquanto  dois burros encostados numa cerca de pedra se embriagam até cair.

Do Bau do Janer Cristaldo- quarta-feira, agosto 30, 2006 REMEMBER KRAVCHENKO



Há personagens poucos conhecidos entre nós, e no entanto fundamentais para a compreensão do século passado. Um deles é Victor Andreïevitch Kravchenko. Pergunte a um universitário de nossos dias quem é Kravchenko. Só por milagre ele saberá de quem se trata.

Há uns quatro ou cinco anos, escrevi sobre o homem. Alto funcionário soviético que havia trocado a URSS pelos Estados Unidos, relatou esta opção em Eu escolhi a liberdade, livro em que denunciava a miséria generalizada e os gulags do regime stalinista. O livro foi traduzido ao francês em 1947 e teve um sucesso fulminante. A revista Les Lettres Françaises publicou três artigos difamando Kravchenko, apresentando-o como um pequeno funcionário russo recrutado pelos serviços secretos americanos. Kravchenko processou a revista, no que foi considerado, na época, o julgamento do século. No banco dos réus estava nada menos que a Revolução Comunista. Em seu testemunho, Kravchenko trouxe ao tribunal Margaret Buber-Neumann, esposa do dirigente comunistas alemão Heinz Neumann, como também o ex-guerrilheiro antifranquista El Campesino, ambos aprisionados por Stalin em campos de concentração. Kravchenko, que perdeu toda sua fortuna produzindo provas no processo, teve ganho de causa. Recebeu da revista francesa, como indenização por danos e perdas ... um franco simbólico.

A história de Kravchenko é fascinante, envolve diversos países, desde a finada União Soviética até Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, e até hoje não houve cineasta que ousasse transpor sua odisséia para as telas. Seu livro rendeu-lhe boa fortuna. Levado à falência com os custos do processo, foi morar no Peru, onde investiu em minas de ouro e de novo enriqueceu. Acabou suicidando-se em um hotel em Nova York. A partir de seu processo ninguém mais podia negar o universo concentracionário soviético. 1949 é a data limite para um homem que se pretenda honesto abandonar o marxismo.

Estou lendo um belo regalo de um bom amigo, o Diogo Chiuso, L'Affaire Kravchenko, de Nina Berberova, escritora russa que estava em Paris durante o processo. É uma cobertura, dia a dia, dos depoimentos de Kravchenko, de seus opositores e de suas testemunhas. As mentiras dos comunistas franceses de então só encontram paralelo nas mentiras dos petistas de hoje. Edição Actes Sud, 1990. Outro relato excelente tem o mesmo título - L'Affaire Kravchenko - e é assinado por Guillaume Malaurie (Robert Laffont,1982). Quanto ao livro mesmo de Kravchenko, em sua edição francesa - J'ai choisi la liberté - só nalgum sebo parisiense, Éditions Self, 1947. Ouvi falar de uma edição brasileira, mas não tenho certeza de que exista.

Se você lê inglês, pode comprar a versão original - I chose freedom - em http://www.antiqbook.com/boox/srd/21584.shtml. Com paciência, encontra até uma versão para download grátis.

Pó apaixonado por fantasmas, tal é o homem. — Emil M. Cioran

Não tenha inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso. — Bertrand Russell

O fato de um crente ser mais feliz que um cético não é mais pertinente que o fato de um homem bêbado ser mais feliz que um sóbrio. — George B. Shaw

“Em nenhum outro lugar do mundo as pessoas se aposentam tão cedo”, diz Mansueto de Almeida Junior



Mansueto de Almeida Junior, defendeu nesta sexta-feira, dia 23, a uniformização das regras de aposentadoria e afirmou que em nenhum outro lugar do mundo as pessoas se aposentam tão cedo.

— Em nenhum outro lugar do mundo as pessoas se aposentam tão jovens quanto no Brasil, onde algumas pessoas se aposentam com regimes especiais muito novas. Temos de mostrar que isso, ao longo do tempo, não é sustentável. Mas tanto aqui quanto lá fora existem períodos de transição.

A principal crítica do secretário às regras atuais de aposentadoria diz respeito aos regimes especiais, que permitem que as pessoas se aposentem muito antes de se tornarem idosos, com menos de 60 anos. Ele defende que as regras sejam o mais uniformes possível, como nos outros países.

Mansueto não confirmou se a reforma também abrangerá militares e parlamentares, que têm regras diferenciadas de aposentadoria, mas disse que não se pode temer o debate:

— Vamos colocar a proposta no papel e vamos debater, ver o que é possível. Muita coisa no Brasil não muda porque as pessoas não têm noção do problema, Vamos fazer essas mudanças de forma gradual, com período de transição.
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“Excluir os militares da reforma da Previdência é um equívoco”, diz Paulo Tafner

Confiança na aprovação

Apesar de garantir desconhecer o texto final da reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, Manuseto diz confiar que o texto será aprovado pelo Congresso e, portanto, não vê riscos ao ajuste fiscal, cuja implementação depende da aprovação da reforma da Previdência e da PEC que estabelece teto para gastos públicos.

— Sem dúvida, ela será aprovada. É difícil falar hoje qual será essa reforma, mas o governo encaminhará a proposta, vai ter uma longa discussão nas duas casas, esclarecimentos à população. Se você explicar exatamente como funciona nos outros lugares no mundo e no

Brasil, você consegue aprovação — disse, no intervalo de evento fechado promovido pela PUC-Rio.

Ele ressaltou, ainda, que o grande objetivo da reforma é garantir segurança de renda à população na velhice. E lembrou que números do IBGE apontam que em 30 anos a proporção de idosos vai triplicar no Brasil, exigindo que hoje as regras mudem para que haja dinheiro suficiente para se pagar o benefício a todos os idosos do futuro.

Fonte: Extra, 23/09/2016.

“Por uma universidade relevante”. Leia análise de Claudia Costin



Há poucos dias, a “Folha” divulgou seu ranking de universidades do país, o RUF, baseado em dados do Censo do Ensino Superior do Inep e de entrevistas com acadêmicos e empregadores. Usou cinco indicadores: pesquisa, ensino, mercado, inovação e internacionalização. Com base neles, assim como é feito por outras instituições no mundo, como o Times Higher Education ou o Shangai Jiao Tong University, a qualidade de cada universidade é comparada com as demais.

Ao ler o resultado, pareceu-me oportuno refletir sobre a contribuição da universidade para o desenvolvimento do Brasil. Afinal, para que um país cresça de forma integrada, a universidade surge como um caminho para formar cidadãos autônomos, tornar a nação mais independente no governo dos seus destinos, pronta para uma inserção competitiva no cenário internacional.

A função da universidade se torna particularmente importante num contexto de crescente automação de processos de trabalho, com empregos sendo eliminados e as competências demandadas pelo mercado de trabalho passando a ser as não rotineiras, cognitivas e interpessoais, muitas desenvolvidas pela educação superior.

A universidade no Brasil apresentou, nos últimos anos, importante avanço em acesso: o número de matrículas dobrou, por meio da expansão de vagas nas federais e de mecanismos como o Prouni e o Fies. Este avanço, ao contrário do que por vezes se imagina, é necessário, já que a proporção da população de 25 a 34 anos com nível universitário no país é de apenas 13%, pouco, se comparado com a OCDE, que conta com 39% em média. Além disso, parte das instituições participa de pesquisas relevantes em diferentes setores e mecanismos de controle de qualidade, como o Enade, agora censitário, foram fortalecidos em período recente.

Mas, infelizmente, ainda temos uma longa jornada a trilhar. Começam os problemas com a limitada competência acadêmica dos ingressantes no ensino superior e a falta de apetite das escolas em compensar a má formação vinda do ensino médio. Prosseguem com o isolamento de parte da universidade, que ainda se coloca numa torre de marfim, com um projeto próprio (e inatingível) de sociedade, recusando-se a contribuir com a atual. A reduzida permeabilidade de escolas a futuros empregadores de seus egressos ou a demandas da sociedade tem levado a sua captura por interesses pessoais ou corporativos ou a currículos irrelevantes e fragmentados. A não solução destes problemas nos leva a reproduzir um modelo de educação e de desenvolvimento científico elitista e divorciado das reais necessidades do país. É possível e preciso mudar este quadro. O Brasil certamente merece!

Fonte: Folha de S. Paulo, 23.09.2016.

Murillo de Aragão: “Ainda engatinhamos na educação voltada para direitos e deveres”



Faces perversas do autoritarismo no Brasil
Apesar dos mais de 30 anos de redemocratização, ainda vivemos sob o império do autoritarismo. O chocante é que muitos dos que o praticam não se consideram autoritários. Essa é uma questão complexa que envolve interpretação e comportamento, além das regras existentes. Envolve também a precária educação cívica dos brasileiros, que não têm ideia de seus direitos e deveres.

Nosso autoritarismo tem raízes profundas no Brasil colônia, onde o caráter subalterno de nossa gente era transversal às classes – desde a senzala, passando pela casa-grande, até os paços do reino. Cada um esmagando o menor com o abuso de poder e de autoridade.

Mesmo com as lutas, revoluções e reconstruções das instituições políticas visando ao estabelecimento de regime democrático concreto, o autoritarismo resiste em nossa sociedade de forma bastante pronunciada e se expressa de diversas formas e em vários lugares: no dia a dia das cidades; nas repartições públicas; nas escolas; nas redes sociais; nas relações de consumo; na Justiça e na política; no “neopeleguismo” dos sindicatos de trabalhadores e de patrões, dominados pelo clientelismo.

Nosso autoritarismo está expresso no ônibus que não para no ponto. Na recepção grosseira ao paciente humilde que chega ao hospital público. No comportamento do Estado, que manipula, empreende, financia, regula, coopta, suborna, faz vista grossa para o corporativismo e elege campeões que ganham medalhas no sistema financeiro estatal.

No campo da Justiça, o autoritarismo revela-se no ativismo judicial, que é ir além do que prega o mandamento constitucional, e se expressa, por exemplo, ao se desconsiderarem as novas determinações do Código de Processo Civil de estimular o entendimento entre as partes. A condução coercitiva independente de prévia intimação e mesmo negativa injustificada a comparecer para depor também o são. Para dizer o mínimo.

Existe ainda o ativismo burocrático, que cobra atitudes da cidadania a partir de interpretações largas e ilegais do que seriam as regras e se expressa por meio decisões sem o devido amparo legal. A mesma burocracia que é resistente aos programas de desburocratização e impõe uma cerca de proteção aos seus interesses, senta-se em cima das licenças ambientais por conta de seus interesses políticos ou ideológicos.

O corporativismo que submete o povo a greves intermináveis ou a operações tartaruga no serviço público, sem que haja uma intervenção decisiva da autoridade judicial, também se mostra egoísta e autoritário. A omissão da Justiça nesses casos é imperdoável. Também o é o paternalismo da legislação trabalhista, que impede acordos entre patrões e empregados e impõe uma tutela que nem sempre é adequada aos interesses de quem trabalha.

Mas o autoritarismo não reside apenas no sistema judiciário, um dos mais caros do mundo e um dos menos eficientes, e na burocracia, cuja produtividade é risível quando voltada para o cidadão e admirável quando dedicada à cobrança de tributos. O autoritarismo também propõe e incentiva o patrulhamento ideológico. Quem está fora da curva do pensamento politicamente correto pode ser trucidado.

O império do autoritarismo tem ainda sua face na superficialidade das análises e das opiniões. Não sabemos de nada e por isso sabemos de tudo. Muitos têm apenas palavras vazias para todas as opiniões, que devem ser dadas num mar de mediocridade. Achar que todo político é ladrão e que todas as opiniões que nos aborrecem são vendidas também é autoritário. Assim como parar em fila dupla e avançar o sinal de trânsito.

É autoritário concordar com a injustiça quando o réu nos desagrada. Da mesma forma, é autoritário condenar a justiça quando o réu nos é simpático. O autoritarismo está presente ainda nas interpretações de que tudo o que o Poder Executivo propõe deve ser aceito sem questionamento no Legislativo, como se o “hiperpresidencialismo” que nos escraviza devesse ser a regra. No mínimo, revelamos ignorância do papel dos Poderes da República e de suas autonomias.

Nosso autoritarismo está cristalizado na relação subalterna entre a sociedade e o Estado. Antes, essa relação decorria de um arranjo de oligarquias que controlavam o País. Mais recentemente, decorre do paternalismo de esquerda, que, ao tempo em que aparelha a máquina pública, trata a cidadania como dependente, e não como os devidos patrões da Nação.

Também é lamentável ver a burocracia, sob a complacência da Justiça, ganhar salários acima do teto constitucional, em prova cabal da omissão e do desrespeito aos interesses da cidadania. Assim como usar a corrupção para financiar partidos e campanhas ou usar as verbas do Fundo Partidário para pagar mordomias.

No sistema político, o sistema partidário caótico e sua absurda fragmentação não são uma expressão saudável da democracia. São um produto da submissão do debate de ideias e programas ao interesse rasteiro de muitos caciques e chefes políticos que fazem qualquer negócio pelo poder. Como disse o político britânico Benjamin Disraeli, “danem-se os princípios, o que interessa é o partido”. Prática de muitos que governaram o País nas últimas décadas.

Estamos em lenta evolução, mas ainda na infância da democracia. E engatinhando numa creche de baixíssima qualidade quando se trata de educação cívica voltada para os direitos e os deveres da cidadania. Ainda levará tempo para nos livrarmos desse carma. Em longo prazo, com melhor educação e o trabalho consciente de formadores de opinião talvez possamos vencer esta etapa da nossa construção social cidadã e democrática, derrotando o autoritarismo que nos contamina.

Fonte: O Estado de S.Paulo, 29/08/2016.