segunda-feira, 4 de abril de 2016

CARTA ABERTA A WAGNER MOURA por Renata Barreto. Artigo publicado em 04.04.2016

Caro Wagner Moura,
No seu filme de maior sucesso, o Tropa de Elite, me lembro de quando há uma passagem em que Capitão Nascimento entrega uma granada ao “05” que havia dormido durante uma explicação:
– Senhor Zero Cinco!
– Sim, senhor!
– Tenha a bondade… (e lhe entrega a granada destravada). Senhor zero-cinco, se o senhor deixar essa granada cair, o senhor vai explodir o turno inteiro! O senhor vai explodir seus colegas, o senhor vai explodir meus auxiliares, o senhor vai me explodir! O senhor vai dormir seu zero-cinco?
– Não, senhor!
– Estamos todos confiando no senhor!
Essa passagem me faz lembrar da situação atual do Brasil, só que dessa vez, quem está dormindo é você, a granada é o Brasil e o Capitão Nascimento às avessas é o governo do PT. A granada está na sua mão, junto com a de vários outros artistas e defensores da “democracia”, ao dizer que manobra prevista em constituição é um golpe na tentativa revanchista de antecipar 2018.
Você ainda diz que tem feito inúmeras críticas públicas ao governo nos últimos 5 anos, ao mesmo tempo que diz que “se espanta com o ódio cego por um governo que tirou milhões de brasileiros da miséria e deu oportunidades nunca antes vistas para os pobres do país”. Você mesmo entende que em nome dessas conquistas, o PT montou um plano de poder. E é aí que você age como o 05 que dormiu numa aula importante e perdeu o fio da meada: Era tudo uma grande mentira.
O que o PT fez não foi tirar milhões de brasileiros da miséria ou ter avanços sociais porque implementaram coisas novas, foram responsáveis, atraíram investimentos com sua credibilidade ou qualquer coisa do tipo. Não. Eles aproveitaram uma onda positiva da economia brasileira para expandir os benefícios sociais sem pensar que esse ciclo poderia acabar, o dinheiro iria sumir e as irresponsabilidades nas áreas fiscal e monetária chegariam mais tarde penalizando justamente àqueles que diziam defender. Essa conta que chegou não é uma surpresa, embora a maioria da esquerda ainda acredite que existe almoço grátis. A recessão que nos assola e que ameaça todas essas conquistas ganhas à duras penas é culpa deste governo que, inclusive, negou até onde pode que havia uma crise e, até hoje, não fez NADA para mudar esse destino. Estão mais preocupados mesmo em não perder o poder.
Você fala que não há crime de responsabilidade provado contra Dilma, mas há tantos motivos quanto há desculpas esfarrapadas como a sua para defendê-la, mesmo que pague de isento na questão da corrupção. Não só Dilma cometeu fraudes com as pedaladas fiscais, como abertamente tenta obstruir a justiça ao indicar Lula como ministro. Além do processo de Impeachment já instaurado, há outros sendo protocolados e ainda quatro processos em curso correndo no TSE. Dilma é tão suja quanto o partido do qual faz parte, mesmo que não tenha aparecido na tal lista da Odebrecht. Conivência, manipulação e ajuda à bandidos é mais do que motivo para tirá-la de seu cargo.
Você fala que eu, por ser contra a corrupção, quero tirar Dilma e ter um país governado por Temer, mas quem votou nele foi você junto com os outros 54 milhões brasileiros que esquecem que vice faz parte da chapa. De uma hora para outra, a velha aliança com o PMDB se tornou um problema. Infelizmente, temos que trabalhar com a realidade e, Temer, mesmo sendo de um partido que dança conforme a música e gruda como um parasita em quem estiver mais propenso a ser vitorioso, é melhor que a incompetente Dilma que você defende e o partido tem um plano econômico que poderia mesmo ser benéfico ao país. É a melhor solução? Claro que não. Mas é o que tem pra hoje.
Também não quero Eduardo Cunha na presidência da Câmara, nem Renan Calheiros no Senado, não quero Dirceu sendo aclamado como herói do povo brasileiro, Genoíno com pena perdoada por Indulto de Natal (coisa de Dilma, por sinal), político sem vergonha que desvia dinheiro de merenda de criança carente, deputado com dólar na cueca, estatais dilapidadas e tantos outros escândalos de corrupção que fazem o nosso país ser motivo de chacota internacional. Mas para isso é preciso começar de algum lugar.
Sinto saudades da época que o admirava como artista e como pessoa, com filmes que nos faziam pensar justamente como o problema do Brasil é todo o sistema e como lidamos com ele. Deixar como está apenas porque é mais fácil ou menos doloroso, é ser conivente não só com os absurdos cometidos em nome deste plano de poder, quanto dar aval a destruição da economia do país, acreditando que unicórnios existem e as contas não vão chegar.
Em vez de dizer que o problema é o espetáculo midiático em torno da operação Lava Jato, mídia essa a qual você faz parte e ajuda a propagar direta ou indiretamente, mobilize-se para garantir que o pós-impeachment seja mais justo, cobrando devidamente de todos os políticos aquilo que se comprometeram, continuando a exigir a investigação dos políticos corruptos que ainda estiverem soltos, seja de qual partido for.
Esse é meu compromisso e, missão dada é missão cumprida. O senhor é um fanfarrão.
 
* Renata Barreto é economista

NÃO MATARÁS - CELSO DANIEL VOLTOU por Paulo Briguet. Artigo publicado em 02.04.2016

(Originalmente publicado em http://www.bonde.com.br)

A morte de Celso Daniel, em janeiro de 2002, é o marco zero da república petista. Cidades e países têm mitos fundadores; o era do PT possui um crime fundador. Os 13 tiros no prefeito de Santo André, que foi torturado antes de ser morto, e cujo corpo foi encontrado numa Estrada das Cachoeiras, na Grande São Paulo, marcaram o início da dominação e destruição do Brasil pelo Partido dos Trabalhadores. No final do ano de 2002, Lula se elegeu presidente da República, tendo como principais ministros José Dirceu e Antônio Palocci. Lembremos que Celso Daniel estava definido como coordenador da campanha presidencial do PT, função que acabou sendo desempenhada por Palocci. Naquele dia não morreu apenas uma liderança do PT; morreu um dos nomes mais importantes do partido em toda a sua história.
Meu saudoso pai, que sempre foi um homem de esquerda, nunca mais votou no PT depois da morte de Celso Daniel. Escandalizava-o a pressa dos dirigentes do PT em afirmar que a morte do prefeito havia sido um crime comum e não político. Escandalizava-o, também, o silêncio da oposição tucana, que jamais quis tocar no assunto nas campanhas presidenciais de 2002 e de 2006, nem que fosse para lançar alguma luz sobre um caso tão sombrio. Depois de Celso Daniel, morreram mais sete pessoas ligadas ao caso: dois sequestradores do prefeito (ainda em 2002); um investigador da Polícia Civil; o garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime; uma testemunha da morte do garçom; o agente funerário que reconheceu o corpo do prefeito; e o médico legista que atestou as marcas de tortura na vítima.
O inquérito da Polícia Civil sobre a morte foi concluído em 1º de abril de 2002 e apontou que o ex-prefeito Celso Daniel havia sido sequestrado por engano, confundido com um comerciante e morto a tiros por um menor de idade. Segundo a polícia, portanto, uma triste coincidência causou a morte de Celso Daniel. Deve ser por coincidência que exatamente hoje, 1º de abril de 2016, tenha sido deflagrada a 31ª fase da Operação Lava Jato, denominada Carbono 14, com a prisão do empresário Ronan Maria Pinto e o do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira.
Carbono 14, como se sabe, é um elemento químico radioativo capaz de elucidar fatos ocorridos há muito tempo. Quatorze são os anos que se passaram desde a morte de Celso Daniel. O fantasma de Celso Daniel, como o pai de Hamlet na tragédia shakespeariana, voltou para assombrar os antigos envolvidos com o crime.
Será a marco final da era petista? O Brasil quer saber a verdade sobre aquele caso que quiseram encerrar no Dia da Mentira.  

“Mandei plastificar uma foto da dupla Dilma/Lula só para passar o dia cuspindo neles, inclusive domingos e feriados.” (Mim)

“Você era belo quando criança? Sorte sua, pois eu já era feio. “ (Assombração)
“Sou muito emotivo. Quando uma mulher bonita me joga um beijo eu desmaio.” (Assombração)
“Logo após o meu nascimento minha tia Joana comprou até uma coleira anti pulga para mim. A verdade é que sempre fui feio, mas nunca lati.” (Assombração)

Na crise, Pedro Rafael pede debate sobre o funcionalismo público Autor: Pedro Rafael

Do país dos concurseiros ao país dos empreendedores
A crise econômica que assola o Brasil e, a reboque, vários estados de nossa federação, entre os quais o próprio Rio de Janeiro, revela a grave pressão que a inchada folha salarial do governo submete ao orçamento público. Em tempos de prosperidade, o equilíbrio orçamentário parecia navegar em mares tranquilos. Na falta de dinheiro (ou de planejamento), percebemos com clareza a grave situação dos cofres públicos. É preciso, então, tomar decisões e estabelecer prioridades.
Manter o funcionalismo público com os salários em dia é uma dessas prioridades – mas custa caro. O custo de um funcionário público, por vezes, faz com que o governo deixe de investir em projetos relevantes que a sociedade demanda, como educação, saúde, segurança e transporte. Por essas e outras, a crise tem que servir de oportunidade para os brasileiros refletirem sobre a velha cultura dos concursos públicos.
A opção dessa modalidade de trabalho parece atraente. A dita “estabilidade” que os concursos prometem se torna, para maus funcionários, incentivo de acomodação. A falta de cobrança, idem. Servir ao Estado é mais prestigioso do que servir a empreendedores privados? Enquanto sociedade, portanto, devemos fazer da crise momento para questionar se, efetivamente, a cultura da carreira pública é benéfica a todos, ou, sobretudo, aos que estão ou querem entrar na máquina.
Nesse meio tempo, porém, em sentido contrário, há aqueles que deixam suas estáveis colocações em concurso em busca do sonho de empreender. Pode até parecer mais arriscado – e talvez seja mesmo. Mas é disso que o país mais precisa nesses tempos: empreendedores que criam riqueza, trazem soluções e, sobretudo, aceitem ser remunerados de acordo com a própria competência em oferecer um bom serviço ou produto ao mercado em que atuam. Não há limites para a glória.
Evidentemente que a carreira pública pode se fazer necessária em alguns casos e, nesse cenário, é preciso respeitá-la. Por outro lado, no entanto, as condições de contratação pelo Estado podem e devem ser sempre condizentes com as práticas de mercado, de tal modo que ninguém se beneficie às custas do coletivo e tenhamos as contas públicas em boa vitalidade.
Agora, se você, leitor, estiver na dúvida entre ser um empreendedor ou investir para ser aprovado em um concurso público, sempre é tempo de frisar: o Brasil, o Rio, enfim, toda a sociedade, precisa mesmo é de mais empreendedores. De pessoas com fome de trabalho e com muita vontade de produzir. O empreendedor organizado cria seus horários, decide com o que quer trabalhar, inova ou muda de setor e pode voar muito mais longe. Sem falar, é claro, na possibilidade de, algum dia, criar vagas de emprego, gerando renda para outras famílias. E o emprego é o melhor programa social que existe, disse certa vez o ex-presidente americano Ronald Reagan.
Não fique desestimulado pelas crises e dificuldades que passamos em nosso país. Não creia que empreender é um sonho distante: planejamento, coragem e foco já são um bom começo. Enquanto alguns choram, brinca o publicitário Nizan Guanaes, já há empreendedores vendendo lenços. Quem sabe não seja você amanhã?
Fonte: Utilitá, 24/03/2016.

HUMOR ATEU- O que Jesus não faria

O Rui Falcão tem a tal moral carniça.

Dilma discursa. Lula discursa. Haja Plasil!

Marina Silva é a Dilma requentada. Muda-se a louça,mas a comida é a mesma.

Por que eles nos chamam de golpistas Por João Cesar de Melo

Dilma LeninOs petistas insistem em nos chamar de golpistas para tirar de nós o uso da palavra que identifica o que eles próprios estão fazendo.
Todos os que dizem que o processo de impeachment remete ao golpe de 1964 apoiam partidos que apoiam ditaduras que ocorrem hoje, agora. A Deputada Federal Jandira Feghali, que lidera o coro que nos acusa de ser antidemocráticos, é filiada ao PCdoB, partido que apoia publicamente a ditadura mais assassina do nosso tempo, a da Coréia do Norte. Todos os artistas e intelectuais que estão em campanha a favor de Dilma enxergam grande beleza na ditadura cubana. São essas pessoas que ousam nos acusam de ser golpistas.
O único golpe que está em curso no Brasil é o da extrema-esquerda contra a sociedade brasileira. Um golpe que começou a ser desenhado em 1922, ano de fundação do PCB, que passou por diversas reformulações até sua subdivisão logo após o regime militar; e esse golpe baseia-se na infiltração das ideias comunistas na educação, na cultura, na imprensa e na política sem que a sociedade perceba.
Quem apoia movimentos nazistas é… NAZISTA.
Quem apoia movimentos racistas é… RACISTA.
Quem apoia movimentos homofóbicos é… HOMOFÓBICO.
Quem apoia movimentos comunistas é… COMUNISTA! A sociedade precisa aprender a dar nomes as coisas, ter coragem de chamar as pessoas pelo que elas são.
Todos os partidos e movimentos que ostentam bandeiras vermelhas são partidos comunistas. Todos eles apoiam regimes que desrespeitam a propriedade privada e a liberdade individual. Todos eles pregam o controle do mercado. Todos eles têm como referência os autores e líderes que moldaram todas as ditaduras comunistas.
A partir do que deveríamos crer que partidos como PT, PSOL, PSTU, PCdoB, PCB, PCO não fariam aqui, caso tivessem poder para tanto, o que os Castros fazem em Cuba? A partir do que eles falam na televisão? Não é o momento da sociedade enxergar os procedimentos que esses partidos apoiam noutros países?
Os treze golpes que estão sendo dados por aqueles que nos chamam de golpistas:
1 – Aparelhamento do estado brasileiro. Dezenas de milhares de militantes ocupando todas as áreas da administração pública, transformando órgãos e instituições do governo em células do PT.
2 – Aparelhamento das empresas controladas direta ou indiretamente pelo estado, para delas se retirar os recursos necessários para comprar apoio político e para financiar a militância nos meios estudantis, culturais, sociais e de imprensa.
3 – Conivência com a corrupção do PSDB para mantê-lo sempre em suspeição, tornando boatos e indícios mais úteis do que investigações e condenações; o PSDB sendo visto como o partido protegido e o PT como o partido perseguido pelas elites. O acordo: Tucanos não reagem as acusações diante da imprensa em troca do PT não lhes perseguir nos tribunais. Por qual razão o PT, em seus 13 anos de governo, nunca quis investigar o governo que eles tanto acusam de ter sido corrupto?
4 – Aumento irresponsável dos gastos do governo e maquiagem fiscal para manipular a opinião pública visando a reeleição de Dilma.
5 – A insistência nas mais diversas e cretinas retóricas para obrigar a oposição a gastar o tempo de mídia tentando desfazer cada uma delas.
6 – Nos bastidores, instruir a militância à provocação e ao confronto; diante da imprensa, se dizer vítima de intolerância política.
7 – A manutenção de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara. Sim, quem mais lucra com ele no cargo é o PT. Com ele, Dilma é apresentada como vítima de um chantagista corrupto. Sem ele, Dilma seria vítima de seus próprios crimes. O PT administra a permanência de Cunha, apostando que conseguirá comprar os demais parlamentares na votação final do processo de impeachment.
8 – A sistemática tentativa de desqualificar as manifestações contra o governo, taxando-as de elitistas, lançando sobre os mais pobres a versão de que o movimento pelo impeachment quer, na verdade, acabar com os programas sociais.
9 – A nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, a mais imoral tentativa de livrá-lo da cadeia, contando com a conivência do STF.
10 – Sistemática e massiva campanha de desqualificação da Operação Lava Jato e de todas as ações da justiça que investigam os líderes do PT.
11 – A depravada compra de apoio parlamentar que está acontecendo agora, nesse exato momento. Ministérios e centenas de cargos no 2° e 3° escalões sendo negociados em troca de apoio no processo de impeachment.
12 – A pseudoneutralidade da REDE para absorver petistas desiludidos. Marina Silva fará o que Lula fez um dia: Construirá um partido de extrema-esquerda sem que a sociedade o perceba como tal. Conquistará o coração dos artistas, dos intelectuais, da imprensa, de parte da classe média e até das igrejas católica e evangélicas a partir de um discurso moderado, de “bem-estar social’ tolerante ao mercado.
13 – PSDB, PSOL, PSTU, PCdoB, PCB e PCO encenando o ambiente de multipartidarismo, fazendo a maior parte da sociedade crer que tem opções.
O Brasil está a poucas semanas de se abrir para a possibilidade de um futuro diferente ou de ser alvejado pelo mais humilhante dos golpes. Um ano atrás, escrevi que o processo de impeachment estava sendo administrado para que Dilma fosse absolvida, o que desmoralizaria a oposição e daria a Lula todas as condições de reconstruir alianças, a imagem do PT e de pavimentar seu caminho de volta a presidência. Ainda creio que isso seja possível. Também já escrevi que é muito difícil prever os passos dos canalhas quando não somos um deles. A verdade é que não sabemos o que acontecerá. Infelizmente, o Brasil ainda é o país onde tudo pode acontecer. Dilma também pode jogar fora seu discurso de durona e renunciar, livrando-se, assim, da humilhação de um impeachment e transformando o PT e a si mesma em vítimas das elites. Caberá a Lula escolher com qual golpe tentará se manter no poder.
Instituto Liberal
Quando Dilma irá para o buraco eu não sei, mas nós brasileiros já fomos.
“São novos tempos, novas tecnologias, mas continuo recebendo cartas. Cartas de cobrança, mas cartas.” (Climério)
“Sou muito azarado. Desconfio de que fui batizado com mijo.” (Limão)
“Em ano eleitoral os de sempre roubam menos ou roubam mais?” (Limão)

Os números de Cuba, divulgados pelo seu próprio governo, comprovam: socialismo é pobreza por Juan Ramón Rallo


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Que Cuba se tornou um país paupérrimo após 57 anos de socialismo é algo que qualquer pessoa pode intuir ao simplesmente analisar os fluxos migratórios: durante os últimos 50 anos, mais de um milhão de pessoas (cerca de 10% da população da ilha) se lançaram desesperadamente ao mar, utilizando qualquer coisa que flutue, correndo o risco de ser devoradas por tubarões, apenas para escapar deste macro-presídio político e econômico. Isso, e apenas isso, já bastaria para se ter uma noção das condições de vida na ilha-presídio.


No entanto, certamente esses exilados não comovem os defensores do regime, os quais sempre rápidos em rotulá-los como "ratos traidores", "burgueses", "elite privilegiada" e "inimigos do povo", seguindo ordens de seu admirado gerontocrata multimilionário.




Sendo assim, convém analisar as reais condições de vida (após quase 60 anos de revolução) em Cuba utilizando os números divulgados pelo próprio regime. Isto é, analisemos como se vive em Cuba segundo as próprias estatísticas da ditadura castrista.


De acordo com o Anuario Estadístico de Cuba 2014, o salário médio mensal no país, que era 455 pesos cubanos em 2011, subiu para 584 pesos cubanos em 2014.


Porém, qual o valor de um peso cubano? Para os turistas, e exclusivamente para os turistas, um peso cubano conversível vale um dólar. Isso significa que o turista que chega com um dólar é obrigado a trocá-lo por um peso cubano. Mas, para os habitantes da ilha, que não têm acesso a esse mercado controlado pelo governo, o câmbio é outro: atualmente, 26,5 pesos cubanos equivalem a um dólar.


Ou seja, o salário médio em Cuba equivale a 22 dólares mensais — ou R$ 81 mensais; enquanto isso, no Brasil, osalário médio nominal está em R$ 2.231.


Os salários médios mais baixos estão na indústria hoteleira (377 pesos cubanos, ou R$ 52) e os mais elevados estão na indústria açucareira (963 pesos cubanos, ou R$ 162). Os salários do setor educacional são inferiores à média (527 pesos cubanos, ou R$ 74) e os do setor de saúdes, superiores (712 pesos cubanos, ou R$ 100).


Logo, quem trabalha na indústria hoteleira recebe US$ 14,20 mensais e quem trabalha no setor educativo, menos de US$ 20 mensais.


E vale ressaltar que estes são os salários médios de cada setor: ou seja, há muitos cubanos recebendo valores consideravelmente menores do que esses.


Isoladamente — dirão os defensores do regime — tais dados talvez não sejam demasiadamente informativos. Talvez — dirão eles — os preços em Cuba sejam tão baixos, que um cubano médio pode viver estupendamente bem com pouco mais de 20 dólares por mês.


No entanto, é óbvio que isso não procede. E, por sorte, não é nem necessário especularmos sobre como são os preços dos bens na ilha; o próprio governo castrista já faz esse serviço para nós. Dado que a imensa maioria dos preços é completamente controlada pelo governo, podemos saber em primeira mão quanto custam determinados produtos básicos recorrendo às resoluções do Ministerio de Finanzas y Precios, que é o órgão que estipula os preços dos bens de consumo em Cuba.


Sendo assim, de acordo com a resolução 95/2014, um pedaço de pão de 130 gramas custa 3,25 pesos cubanos. Já uma dúzia de ovos custa, segundo a resolução 61/2011, 13,2 pesos cubanos. Um quilograma de leite em pó, segundo a resolução 165/2014, custa 175 pesos. Uma lata de extrato de 440g de tomate custa 8,1 pesos (resolução 38/2013). Um quilo de peito de frango custa 119,25 pesos. E um litro de iogurte natural, 29,15 pesos (resolução 214/2012).


Ou seja, o salário médio da população cubana — atenção, estamos falando do salário médio de toda a população(que no Brasil é de R$ 2.231) e não apenas de um salário mínimo — permite que ela adquira, mensalmente, 20 pedaços de pão, três dúzias de ovos, um quilograma de leite em pó, dez latas de extrato de tomate, um quilo de frango e um litro de iogurte natural.


Prosperidade em estado puro.


No entanto, é claro que nem só de alimentos básicos vive o homem. Sendo assim, convém conhecer os preços de outros bens que, no Ocidente, já são considerados essenciais: uma caixa de fósforos custa 1 peso (resolução 51/2013); uma mensagem de texto de celular (o SMS) chega a 2,3 pesos, e uma hora de internet custa 53 pesos (preços oficiais da empresa estatal ETECSA cotados em "peso cubano conversível", o qual vale um dólar).


Já uma saboneteira custa 75 pesos (resolução 80/2011). Um creme dental, 4 pesos (resolução 78/2014). Um tambor de detergente de 2,5 quilogramas, 119 pesos. Um aparelho de rádio, 321 pesos.


E uma televisão de 29 polegadas, 9.275 pesos (resolução 214/2012).


Vale enfatizar: uma televisão equivale a nada menos que 16 meses de trabalho.


Em suma, as condições de vida em Cuba são totalmente miseráveis. E não, não são miseráveis por causa doembargo americano, mas sim porque o socialismo gera pobreza. O embargo nunca impediu Cuba de transacionar com nenhuma empresa de outro país. Com efeito, as importações cubanas chegaram, em 2013, 6,72 bilhões de dólares (8,7% de seu PIB).


Se Cuba não importa mais é simplesmente porque não exporta mais (para importar é necessário ou exportar ou atrair investimentos estrangeiros). E não exporta mais porque sua capacidade produtiva sob o socialismo é totalmente deficiente e porque seu governo não é receptível ao capital privado estrangeiro. Com exceções, as mercadorias produzidas em Cuba são incapazes de concorrer em qualidade e preço nos mercados ocidentais.


Cuba é pobre porque é socialista. E socialismo é pobreza.

Juan Ramón Rallo é diretor do Instituto Juan de Mariana e professor associado de economia aplicada na Universidad Rey Juan Carlos, em Madri. É o autor do livro Los Errores de la Vieja Economía.
“O inconformismo com a morte fez surgir os exploradores do medo.” (Filosofeno)
“O mundo está muito barulhento. Não se pensa bem quando há muito barulho.” (Filosofeno)
“A tutela do estado só serve para seres menores. Passarinho sabido gosta mesmo é de voar.” (Filosofeno)
“Não fosse pelos velórios muita gente iria embora deste mundo e ninguém notaria.” (Filosofeno)
“A nossa vida é repleta de contratempos. Só quem está morto não tem incômodos.” (Filosofeno)

“Reduzir meta fiscal destrói a economia”. Leia artigo de Bernardo Santoro

O Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje, em audiência pública no Senado, ser essencial para a recuperação da economia que o Governo tenha uma atuação ativa e pujante através de gastos públicos. De acordo com o orçamento proposto pelo Governo na modificação da LDO de 2016, o Governo poderia rodar com déficit primário de 97 bilhões de reais.
Agora vamos recapitular a atuação do Governo Dilma nos últimos anos.
Em 2014, tivemos uma revisão de meta para um déficit primário de 34 bilhões de reais, com resultado de déficit nominal de 120 bilhões de reais.
Em 2015, tivemos uma revisão de meta para um déficit primário de 119 bilhões de reais, gerando um prejuízo final de 497 bilhões de reais.
Agora, em 2016, o Governo projeta, em março, um défict primário de 97 bilhões de reais, para um provável resultado final de prejuízo de 420 bilhões de reais.
Se considerarmos que as metas pioraram ao longo dos anos anteriores, não poderemos estranhar se o Governo revise essa meta, em dezembro, para um déficit primário de mais de 200 bilhões de reais. Estaria o Governo buscando um resultado final com que nível de prejuízo? 700 bilhões? Um trilhão?
Agora vamos ver os resultados dessa política de gastos. Em 2014, estagnação de 0,1% de “crescimento” do PIB. Em 2015, encolhimento de 3,6%. Para 2016, projeção de 4% negativos. Parece que essa política, pelos próprios números, não é boa.
E isso ocorre porque não é gasto público que aumenta riqueza. O que cria riqueza é um ambiente seguro de negócios, com instituições sólidas, governo estável e responsável, poupança nacional robusta que suporte aumento dos investimentos e abertura comercial.
É exatamente o contrário de tudo o que esse Governo produz. O aumento de gastos públicos arrebenta com todos os quesitos citados para pujança econômica, fazendo do país uma terra inóspita para investimento.
A crença keynesiana no efeito multiplicador do gasto público multiplica consumo insustentável no curto prazo, falta de investimento no médio prazo e colapso econômico no longo prazo.
E aí é como o próprio Lord Keynes diz: “no longo prazo, todos estaremos mortos”. Com esse tipo de pensamento, fica claro quem foi o genocida que matou a todos.
Fonte: Instituto Liberal, 29 de março de 2016.

“O que salva o socialismo do desaparecimento é a multidão de imbecis que caminha pelo planeta.” (Eriatlov)

“Um esquerdista sempre procura culpar alguém pela sua incompetência. Não escapa nem a própria mãe.”(Eriatlov)