domingo, 2 de agosto de 2015

IL- Os liberais e o casamento gay

Recentemente, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que é inconstitucional a proibição, por lei estadual, do casamento entre pessoas do mesmo sexo.  Tal decisão, como não poderia deixar de ser, causou grande celeuma na mídia e nas redes sociais, não raro colocando em lados opostos liberais e conservadores.
Preliminarmente, os liberais consideram que o Estado não deveria se intrometer na vida privada dos cidadãos.  O ideal seria que um contrato de casamento (união civil ou qualquer outro nome que se queira dar) fosse um instrumento estritamente privado, uma disposição de vontades entre as partes, como um contrato comercial.
O problema quando, independentemente da nossa vontade, o Estado se intromete onde não deveria, e o casamento, além de configurar um acordo entre as partes, passa a ser também uma outorga legal de certos direitos e benefícios pelo poder público (referentes, por exemplo, a sistemas de pensão, dependência fiscal, dependência contratual, direito de herança, entre outros).
A partir disso, o casamento tornou-se uma instituição pública que, certa ou erradamente, concede determinados benefícios e cobra obrigações dos outorgados (contratantes), tanto entre eles, quanto em relação à sociedade. Ora, tratando-se de uma instituição pública, para todos os efeitos deve prevalecer o princípio da isonomia, ou seja, não pode – e não deve – haver discriminação de raça, sexo, condição social ou qualquer outra para sua outorga.
Há apenas poucas dezenas de anos, homens brancos eram proibidos de casar com mulheres negras e vice-versa, num atentado flagrante à igualdade de direitos e ao princípio da isonomia.  O direito concedido hoje aos homossexuais, tanto nos EUA quanto aqui, é análogo àquele outorgado aos negros no passado recente.  Trata-se de uma vitória da civilização, e não apenas dos homossexuais.
A questão central aqui, portanto, é a aplicação do princípio da isonomia pelo Estado.  Assim como os liberais consideram absurdo que o Estado conceda certos benefícios (tipo cotas ou bolsas), fazendo distinção entre ricos e pobres (classe social), pretos e brancos (raça), não podem concordar que, na hora do casamento, ele faça distinção entre pessoas, pois isso seria absolutamente incoerente.
Os seres humanos são diferentes entre si em vários aspectos, mas em termos de personalidade civil não são – ou pelo menos não deveriam ser.  Enfim, isonomia, é o tratamento que o Estado dá aos indivíduos, seja na hora de elaborar as leis, seja ao aplicá-la. Em resumo: “todos são iguais perante a lei, independentemente de classe, sexo, cor, etc”.  Esse é um princípio fundamental para os liberais.
Além do princípio da isonomia, trata-se acima de tudo de uma questão de justiça.  A ciência hoje considera que a homossexualidade (pelo menos na imensa maioria dos casos) não é uma escolha racional, mas uma característica congênita, não volitiva. É justo então que privemos essas pessoas de usufruir dos mesmos direitos que nós, nascidos heterossexuais? Reparem: não é algo como dizer “você escolheu esse caminho, logo, arque com as consequências” da sua escolha.  É mais ou menos como dizer a um anão que ele não terá os mesmos direitos que os demais.
A natureza não é igualitária e criou os homens muito diferentes uns dos outros. Isso não quer dizer, porém, que as leis, criadas pela razão humana, não devam projetar o ideal de justiça.  Não há nenhuma lei que se possa fazer para que ande um paraplégico ou faça um homem parir, mas está ao nosso alcance tratar de forma isonômica com os demais aqueles que nasceram diferentes.
Alguns chegam a apelar para a tese tacanha de que o casamento seria uma instituição voltada para a procriação, ou preservação da espécie, e que, portanto, não faria sentido autorizar o casamento entre indivíduos do mesmo sexo.  Ora, além dos argumentos legais lançados acima, eu diria que esta é uma visão deveras estreita do que seja um casamento.
De fato, se existe uma diferença relevante entre homens e mulheres, ela é biológica.  Com efeito, nenhum casal homossexual jamais conseguirá praticar sexo do jeito que um homem e uma mulher fazem, bem como jamais poderão ter um filho em comum, embora não estejam impedidos de procriar.
Por outro lado, o sexo, embora seja importante, está longe de ser o ingrediente principal num casamento.  Muitos são os casais que ficam unidos por longo tempo, mesmo sem sexo (os casais idosos que o digam).  Portanto, parece inegável que há coisas tão ou mais importantes num casamento do que sexo.  Ninguém haverá de negar que há casais sem filhos que são muito felizes, o que significa dizer que a procriação não é condição sine-qua-non para o sucesso ou fracasso de um casamento.  Pelo contrário, filhos muitas vezes ajudam a separar os casais, quando não estão preparados para tê-los.
Finalmente, uma observação de suma importância: a coisa muda completamente de figura quando o assunto é casamento religioso. As Igrejas, como entidades privadas, têm todo o direito de não aceitar gays entre os seus, bem como de não conceder-lhes os sacramentos.  Se algum dia a chamada “causa gay” quiser forçar as igrejas, através do poder coercitivo do Estado, a conceder-lhes a benção do matrimônio, ou até mesmo aceitá-los entre seus membros, os liberais serão os primeiros a defendê-las.  Em resumo, “o buraco é mais embaixo” quando sai da esfera pública para a seara privada.

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

Dora Kramer tem razão sobre Eduardo Cunha



A colunista Dora Kramer escreveu o seguinte sobre o caso Eduardo Cunha/Beatriz Catta Preta:

"Os relatos são muitos e não podem ser ignorados. O mais recente feito pela advogada Beatriz Catta Preta, dizendo que resolveu abandonar a defesa de delatores da Lava Jato e a profissão por ter recebido ameaças, segundo ela, da parte de integrantes da CPI da Petrobrás. Isso logo depois de um de seus clientes ter dito que Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina.

Os advogado que assumiram a causa acusam o deputado de agir "pela lógica de gangue". Antes disso, dois réus do mesmo caso já haviam dito que tinham medo do deputado e que temiam pela segurança das respectivas famílias.

Isso não é normal, nunca aconteceu. Ainda que seja para que fique consagrado o desmentido, a Câmara tem o dever de esclarecer se o presidente tem, ou não, o hábito de ameaçar pessoas e constranger adversários.

Dora Kramer tem razão.

O Antagonista

Não é porque detestamos Dilma que temos que gostar do Eduardo Cunha. Não somos como nossos petistas que amavam o líbio Kadaffi porque ele odiava os EUA.

Deus tudo ouve

Joãozinho puxava sua carroça cheia de milho morro acima. Blasfemava. O padre ouviu-o e censurou-o dizendo:
- Deus tudo ouve. Está em todo lugar... na igreja, na calçada, no campo de futebol.
João perguntou:
- Na minha carroça também?
-Sim- respondeu o padre
- Então diga para ele descer e me ajudar a puxar essa maldita carroça pesada!

INSEGURANÇA

“Minha gente, continuar vivo está pela hora da morte.” (Limão)

CRISE

“Crise é crise. Estamos reciclando pó de café, sobremesa é casca de banana amassada, sem açúcar. E o feijão que usamos é o mais barato possível, foi produzido em 1972. Meio duro, mas vai.” (Climério)

Penso convicto que sou apenas uma partícula finita do universo. Acredito, não há Deus, prêmios ou castigos. A compreensão disso é a minha luz, e por essa luz é que me sinto iluminado todos os dias.

GAZETA DA NOBREZA-Jornal britânico diz que Príncipe Harry estaria saindo com uma brasileira

Quando ele começar a entrar irão contar pra gente?

EXÉRCITO DO SENHOR

EXÉRCITO DO SENHOR


Um amigo estava na minha frente saindo da igreja, quando o pastor que
estava de pé na porta puxou-o de lado.

O Pastor disse-lhe: "Você precisa se ​​
juntar ao Exército do Senhor!"

Meu amigo respondeu: "Eu já estou no exército do Senhor,Pastor."

Então o pastor perguntou: "Então como é que eu não vejo você, exceto no Natal e na Páscoa?"

Ele sussurrou de volta: "Eu estou no serviço secreto."

Christopher Hitchens sobre o Plano Divino (Legendado)

O Fim - Christopher Hitchens (LEGENDADO)

“Após adicionar barriga ao nosso corpinho, fazer sexo é uma busca constante por uma posição funcional.” (Climério)

“Não se fazem mais homens como antigamente e nem mulheres.” (Pócrates)

“Fui reprovado no ensino fundamental em Ensino Religioso. Fiz igual ao Woody Allen: tentei colar olhando para dentro da alma do meu colega.” (Mim)

“Na minha infância eu queria ser padre. Isso foi até eu aprender como manusear o biscoito.” (Climério)

“Meu marido tem oitenta anos e cem milhões. Ainda preciso justificar o meu casamento?” (Eulália, uma puta madame)

“Do asfalto ao Planalto” e outras cinco notas de Carlos Brickmann

Já estamos em agosto ─ o mês mais famoso das crises brasileiras, o mês em que Getúlio Vargas se matou, Jânio renunciou e Juscelino Kubitschek morreu.
Já neste início de semana se ouve o batucar dos tambores de guerra. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou que pretende em poucos dias recuperar um grande atraso: votar as contas da Presidência da República, de Collor a Lula. Fica assim aberto o caminho para a análise das contas de Dilma. É bem possível que o Tribunal de Contas recomende sua rejeição. E, caso a Câmara aceite a recomendação, o passo seguinte é o pedido de impeachment de Dilma.
Aliás, já há doze pedidos de impeachment aguardando votação, e Cunha promete colocá-los em pauta. O impeachment precisa ter embasamento jurídico, mas aplicá-lo é sempre uma decisão política. Os pedidos de impeachment, mais a decisão do TCU a respeito das contas, serão por isso examinados depois do dia 16 – data prevista para as manifestações Fora, Dilma. Também será levado em conta um ruído mais próximo: o bater de panelas nesta quinta, 6, dia em que Dilma, Lula e o comando do PT estarão na TV, em cadeia nacional. Cadeia? Vá lá, em rede nacional. E com muitos em risco de cair na rede da Justiça.

Há ainda CPIs espinhosas, como a do BNDES e a dos Fundos de Pensão, prontinhas para começar. Há novas delações premiadas, na área de energia. Há a possibilidade de que Eduardo Cunha seja acusado pelo Ministério Público, e reaja criando mais dificuldades para o governo. E agosto é mês longo, de 31 dias.

A história oficial

A advogada Beatriz Catta Preta conduziu nove delações premiadas, criando dificuldades para empresários e políticos que, claro, se irritaram. A advogada, experiente, por certo não se surpreendeu com essa hostilidade. Foi convocada pela CPI da Petrobras; mas a queda da convocação no Supremo, por ilegal, era quase certa (e caiu mesmo). Os advogados têm o direito de não falar sobre suas conversas com clientes. E dizer-se ameaçada, não diretamente, mas veladamente, e por isso abandonar a advocacia? Demitir o pessoal, esvaziar o escritório e chamar a Globo, dizendo que teme por sua família, mas não pretende deixar o Brasil ─ quando o jornalista Cláudio Humberto já informou que, há menos de um ano, montou uma empresa, a Catta Preta Consulting LLC, em Miami? 
Então, tá. 

A história analisada

Do sociólogo Rubens Figueiredo, sobre Beatriz Catta Preta: “Ela disse que é ‘ameaçada de forma velada através da imprensa’. Ora, ou é velada ou é através da imprensa. As duas coisas juntas são impossíveis. Também disse que desistiu dos processos da Lava Jato ‘para não causar exposição indevida dos seus clientes’. Ora, ora: o que será mais indevido do que estar preso por corrupção, com fotos e imagens em todos os meios de comunicação?”

A história de sempre 1

Diante da erosão de sua base política, Dilma reagiu como de costume: anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para honrar emendas parlamentares já aprovadas e acalmar deputados e senadores, irritados com promessas sempre reiteradas e jamais cumpridas. 

O resultado foi o de sempre: os parlamentares continuam dispostos a só confiar na presidente quando a verba for liberada de verdade.

A história de sempre 2

E, buscando o apoio dos estados, o governo agiu como de costume: inventando. Após a reunião de Dilma com governadores, o blog da Presidência divulgou, às 23h23 do dia 30, uma falsidade. “Os governadores (…) fizeram uma defesa clara (…) da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma e dos eleitos em 2014. (…) os representantes dos 27 Estados deixaram clara sua posição de unidade em favor da estabilidade política do país”. 

Só que o tema nem foi discutido. O que houve foi uma opinião do maranhense Flávio Dino, do PCdoB, em entrevista (“defendemos a manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff”). Geraldo Alckmin, PSDB, desmentiu Dino na hora: negou qualquer manifestação dos governadores sobre o tema e disse que é preciso cumprir a Constituição. Alckmin foi ignorado no blog da Presidência. Adiantou? 

Depende: se o caro leitor acha que o blog da Presidência tem muitos leitores, todos crédulos, e que influencia a opinião pública, então adiantou. Senão, não.

História puxa história

O senador Romário, PSB do Rio, presidente da CPI do Futebol, disse que não permitirá a convocação de José Maria Marin para depor no Brasil. Teme que, aqui, Marin se livre da extradição para os EUA. Quer ouvi-lo, mas na Suíça. 

Romário já foi mais amável com Marin. Em 22 de agosto de 2012, quando quis trocar o técnico da Seleção (foi atendido), postou nas redes sociais: “Presidente José Maria Marin, depois dessa bela ação de ter trocado o comando da comissão de arbitragem, que já era uma vergonha, continue com boas ações, faça seu papel, mande este sujeito para onde ele já deveria ter ido depois da Copa América. (…) Não faça da sua gestão uma gestão perdedora por causa de um treinador que não vai te dar nada, os interesses dele são maiores que os da Seleção. Ouça seu vice Marco Polo del Nero, que é um grande conhecedor do futebol.” 

DOR

Existe uma expressão russa que diz: se você acorda sem sentir nenhuma dor, sabe que está morto. Embora a vida não seja apenas dor, a experiência da dor, que é especial em sua intensidade, é um dos sinais mais seguros a força da vida. Schopenhauer disse: “Imagine essa corrida transportada para uma utopia onde tudo cresce sozinho e os perus voam de um lado para o outro já assados, onde os amantes se encontram sem qualquer demora e possuem um ao outro sem qualquer dificuldade; em tal lugar certos homens morreriam de tédio ou se enforcariam, outros lutariam e se matariam entre si, e assim criariam para si mesmos mais sofrimento do que a natureza inflige a eles. O pólo oposto do sofrimento é o tédio.” Acredito que a dor precisa ser transformada, mas não esquecida; contrariada, não obliterada. Andrew Solomon- O Demônio do Meio-Dia

DESARMAMENTO


Com o aumento da criminalidade, a Câmara vai movimentar o segundo semestre com a revisão da Lei do Desarmamento. A alegação é que a lei tirou as armas de cidadãos de bem e não desarmou a bandidagem.

Cláudio Humberto

Morales no inferno



Evo Morales morre e vai para inferno. Um mês depois o telefone toca no inferno e a secretária atende.


-Aqui é São Pedro, preciso falar com o Diabo Presidente!


A secretária pergunta:
- Qual deles. O vermelho com chifres ou o índio?

“Pinto duro não tem amigo.” (Popular)

“Quem namora galinha não pode se queixar do cheiro de penas.” (Filosofeno)

IMB-O poder leva à corrupção da moral

O que acontece quando se coloca pessoas normais para simular uma prisão, dividindo-os metade em prisioneiros, metade em guardas?
Em 1971, o psicólogo Philip Zimbardo tentou responder a essa questão realizando o que se tornaria um dos mais famosos experimentos de psicologia social do século passado: o experimento de aprisionamento de Stanford.
Sua equipe contratou 18 estudantes, dividiu-os aleatoriamente entre prisioneiros e guardas, e criou uma prisão simulada para encarcerá-los. Pretendia-se que o experimento durasse por 20 dias. No entanto, não levou mais do que cinco dias para que o experimento tivesse de ser abortado por sair totalmente de controle.
Rapidamente os guardas começaram a abusar da sua autoridade. Faziam contagens repetidas dos prisioneiros e obrigavam os que não cooperavam de acordo com o previsto a fazer flexões. Em resposta, os presos se rebelaram, mas foram logo dominados pelos guardas, que passaram a tratá-los ainda mais duramente, obrigando-os a evacuarem em baldes dentro de suas celas, a limparem vasos sanitários com as próprias mãos, e a ficarem nus enquanto tinham seus rostos cobertos.
De acordo com o verbete da Wikipedia:
O experimento ficou rapidamente fora de controle. Os prisioneiros sofriam — e aceitavam - tratamentos humilhantes e sádicos por parte dos guardas e, como resultado, começaram a apresentar severos distúrbios emocionais.
Após um primeiro dia relativamente sem incidentes, no segundo dia, eclodiu uma rebelião. Guardas voluntariaram-se para fazer horas extras e trabalhar em conjunto para resolver o problema, atacando os prisioneiros com extintores de incêndio e sem a supervisão do grupo de pesquisa. Seguidamente, os guardas tentaram dividir os prisioneiros e gerar inimizade entre eles, criando um bloco de celas para "bons" e um bloco de celas para"ruins".
Ao dividirem os prisioneiros desta forma, os guardas pretendiam que eles pensassem que havia "informantes" entre eles. Estas medidas foram altamente eficazes e motins em grande escala cessaram. De acordo com os consultores de Zimbardo, a tática é similar à utilizada, com sucesso, nas prisões americanas reais.
A "contagem" dos prisioneiros, que havia sido inicialmente instituída para os ajudar a se acostumarem com seus números de identificação, transformou-se em cenas de humilhação, que duravam horas. Os guardas maltratavam os prisioneiros e impunham-lhes castigos físicos como, por exemplo, exercícios que obrigavam a esforços pesados. Muito rapidamente, a prisão tornou-se um local insalubre e sem condições de higiene e com um ambiente hostil e sinistro.
O direito de utilizar o banheiro tornou-se um privilégio que poderia ser — e frequentemente era — negado. Alguns prisioneiros foram obrigados a limpar os banheiros sem qualquer proteção nas mãos. Os colchonetes foram removidos para o bloco de celas dos "bons" e os demais prisioneiros eram obrigados a dormir no concreto, sem roupa alguma. A comida era frequentemente negada, sendo usada como meio de punição. Alguns prisioneiros foram obrigados a despir-se e chegou a haver atos de humilhação sexual.
O experimento pretendia ver qual seria o comportamento de pessoas normais em um ambiente com rigorosa hierarquia de poder, como a prisão. Acabou servindo de laboratório para ilustrar aquilo que toda uma tradição intelectual já havia atestado a partir do mundo real, e que foi mais bem sumarizado na máxima de Lord Acton: "o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente".
Um milênio e meio antes de Acton, outro pensador já havia investigado como que a vontade de poder do homem corrompe a sociedade. Santo Agostinho entendia a natural falibilidade do homem e entendia haver uma predisposição natural para abusarmos do nosso poder, a libido dominandi: nossa ânsia de impor nossas preferências sobre o resto do mundo.
Agostinho acreditava na necessidade de haver um governo para restringir a libido dominandi. O que o experimento de Stanford mostra, entretanto, é que uma estrutura de poder monopolística e bem definida como uma prisão pode corromper ainda mais o homem, em vez de amenizar seu desejo de dominação.
A ideia de estado como sendo um "mal necessário" tem de ser confrontada com a ideia de um estado "necessitador do mal": essa corrupção hierárquica em uma estrutura rigorosa de poder depende da corrupção individual.
Daí a importância de estruturas de poder externas ao estado, como famílias, igrejas, empresas, imprensa e associações civis. Todas elas competem e limitam o poder do estado. Por isso, há a tendência de governos autoritários de destruí-las (comunismo) ou de absorvê-las (fascismo).
Apesar de não vivermos em uma sociedade de autoritarismo extremo, a tendência do estado de se aliar ou combater outras estruturas de poder continua real. Empresas aliadas do governo conseguem financiamento para seus projetos, veículos de mídia recebem patrocínio estatal, e a classe média é seduzida pelas ofertas de cargos públicos de forma mais organizada, mas não muito diferente das ofertas salariais que o ex-ditador egípcio Hosni Mubarak fez ao funcionalismo público antes da sua queda.
Próximo do final do experimento, os prisioneiros já não mais se rebelavam. Pelo contrário, tentavam dissuadir qualquer manifestação de descontentamento. Preferiam a tranquilidade da opressão previsível à incerteza da punição contra a rebeldia. A maioria da humanidade encara passivamente a violação dos seus direitos. Os momentos de exceção são aqueles em que, como vemos hoje, o poder político é desafiado e, com alguma sorte, derrotado.
Quando acreditamos que mudaremos essencialmente o governo com a eleição de pessoas boas estamos apenas nos enganando. O que precisa mudar é a estrutura de poder — ou, sendo mais preciso, os incentivos gerados por essa estrutura.
Em vão combatem os que se opõem à corrupção dos políticos por meio da indignação. Nunca verdadeiramente alteraremos o comportamento do topo da pirâmide política sem que haja modificações institucionais.
Para nossa sorte, não vivemos em penitenciárias. Nem nas pequenas comunidades agrárias que viriam a tomar conta da Europa depois da morte de Agostinho. A história do poder no Ocidente levou a uma maior inclusão da participação popular nas decisões políticas. É sim possível influenciar as políticas públicas, e realizar reformas políticas e econômicas dissipadoras de poder.

Diogo Costa é presidente do Instituto Ordem Livre e professor do curso de Relações Internacionais do Ibmec-MG. Trabalhou com pesquisa em políticas públicas para o Cato Institute e para a Atlas Economic Research Foundation em Washington DC. Seus artigos já apareceram em publicações diversas, como O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. Diogo é Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis e Mestre em Ciência Política pela Columbia University de Nova York.  Seu blog:http://www.capitalismoparaospobres.com


Um dos melhores momentos da comédia cinematográfica de todos os tempos. Trecho de A VIDA DE BRIAN

ANGELA MERKEL (UM EXEMPLO PARA O BRASIL) por Marcus Vinicius Motta. Artigo publicado em 01.08.2015

Outro dia eu li uma excelente reportagem da New Yorker sobre a chanceler alemã Angela Merkel, onde o jornalista buscava entender as razões para o seu sucesso - chega a ser chamada de "mutti" (mãe) pelos alemães - num país que tomou aversão por cultos à personalidade.
Desde a sua juventude até o atual período como comandante da nação, uma característica é sempre presente: a monotonia. Sim, Angela Merkel é uma mulher comum, uma pessoa "sem graça", no entanto é justamente isso que faz seu sucesso, porque as pessoas podem saber o que esperar dela e a enxergam como uma delas.
Em 1991 o fotógrafo Herlinde Koelbl começou uma série de fotografias chamada "Traços do Poder" onde retratava políticos alemães e observava como mudavam ao longo de uma década. O fotógrafo conta que homens como o ex-chanceler Gerhard Schröder ou o ex-ministro das relações exteriores Joschka Fischer pareciam cada vez mais tomados pela vaidade, enquanto Merkel, com seus modos desajeitados, não passava nenhuma idéia de vaidade, mas de um poder crescente que vinha de dentro.
A vaidade é subjetiva enquanto a ausência desta é objetiva, daí que Merkel é tão eficiente enquanto outros políticos parecem se perder nas liturgias e rapapés do poder.
Essa normalidade é vista em vários outros países - ainda que exista a vaidade, que é de cada pessoa - como no caso de deputados suecos que moram numa espécie de república tal qual a de estudantes e lavam e passam a própria roupa.
Certa vez vi uma reportagem de um jornal britânico analisando uma foto do primeiro-ministro David Cameron lavando a louça na cozinha. A reportagem não se espantava com o fato do primeiro-ministro lavar a própria louça, já que Tony Blair fazia o mesmo e Margaret Thatcher cozinhava para o marido, mas observava uma tábua de cortar carne com a expressão "calma, querida" num canto.
A própria Angela Merkel mora no mesmo apartamento de sempre com o marido e a única mudança que houve em relação ao seu tempo fora do poder é a presença de um guarda na porta do prédio. Eles compram entradas para assistir ópera com o próprio cartão de crédito e entram no teatro junto com todos, sem nenhum esquema especial.
Daí partimos para o Brasil, onde um simples governador de estado possui jatinhos, helicópteros, ajudantes de ordem e comitivas com batedores de moto que param o trânsito para que ele passe. Pessoas que vivem em palácios, como se ainda fosse alguma corte real. Empregadas, arrumadeiras, garçons, equipes de cozinheiros, serviço de quarto, motoristas, inúmeros seguranças, esquemas especiais para entrar ou sair de algum lugar.
Essa é a diferença: a normalidade do poder, a noção de que um servidor público é apenas um servidor público, seja um escriturário ou o presidente/primeiro-ministro da nação. Eles continuam sendo homens e mulheres, maridos e esposas, pagadores de impostos, trabalhadores e cidadãos.
Cidadania é isso.

DILMA CAI OU NÃO CAI? por Percival Puggina. Artigo publicado em 02.08.2015

Minha resposta, quase diária a quem me faz essa pergunta é: "A presidência da Sra. Dilma Rousseff já acabou, c'est fini". E isso corresponde aos fatos. Temos um governo no qual muitos mandam e onde a pessoa que deveria por ordem na casa só aparece para falas em que sujeitos, predicados e complementos trocam empurrões sem saber seu lugar na frase nem qual a ideia que deveriam expressar.
 Se tudo balança, é muito improvável que algo não caia. E a presidente é, nesse sentido, a possibilidade mais viável. O presidencialismo, mesmo em tempos de normalidade, precisa de liderança. E Sua Excelência está na situação do sujeito que abriu uma empresa registrando como ativo um patrimônio que não tinha. Foi anunciada ao povo como o braço direito de Lula, a mãe do PAC, a gerentona, a mestre em economia. Conseguiu esticar a validade desse suposto legado até a contagem dos votos no dia 26 de outubro do ano passado. Já no Dia de Todos os Santos, nem Franklin Martins e João Santana, juntos, conseguiam o milagre de ocultar à opinião pública o fato de que os sucessivos governos petistas haviam construído, com caprichosa irresponsabilidade, um caos perfeito.
Luiz Inácio Lula da Silva, hoje, é um conhecido corretor da praça. Outrora exerceu a presidência da República e desde então escolheu seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, para a função de gabarito com o qual periodicamente se mede. Sempre com vantagem, desde seu ponto de vista. Pois ao sugerir um encontro reservado com o antagonista preferido, o corretor Lula emite sinais muito claros de que a casa do PT, há bom tempo instalada no Palácio do Planalto, balança perigosamente. Se Lula quer negociar é porque percebeu a depreciação. Hora de vender.
Ele sabe que Dilma será a coveira de suas ambições se continuar no cargo até 2018. Em mais três anos ela acaba com suas pretensões, com o próprio partido e com o país. Portanto, vejo como muito possível que, em algum momento, o fim da presidência de fato levará ao fim da presidência de direito. Muitos já tratam desse tema. Ele está na pauta do Congresso e é falado nos corredores do TCU e do STF. Estará na pauta das mobilizações populares, a partir do dia 16 de agosto. E entrou na pauta do corretor Lula. Ele tem consciência de que uma parcela imensa da sociedade, do clube de bridge à rinha de galo, foi afetada pela barafunda ideológica e pelos aparelhamentos que o levaram ao poder. E não terá o menor escrúpulo, o corretor Lula, em usar a seu favor o que venha a acontecer até 2018. Nesse maldito presidencialismo de compra e venda, o perigo continuará rondando o Brasil.

“No princípio Deus criou o céu e a terra. Logo depois vieram os religiosos para cobrar a taxa de condomínio.” (Mim)

“Esse governo que aí está não me representa. Os jumentinhos que o carreguem.” (Mim)

“Em casa de pulga o que não pode faltar é cachorro.” (Climério)

O verdadeiro problema, segundo o TCU



Os ministros do TCU acham que os escândalos envolvendo os seus ministros, como Aroldo Cedraz, pai do indescritível Tiaguinho, têm um culpado: a assessoria de comunicação do tribunal. A equipe de quinze profissionais não estaria conseguindo evitar a propagação de más notícias. Não, não para por aí.

E o que os ministros do TCU decidiram fazer para "resolver o problema"? Contratar emergencialmente -- sem licitação, portanto -- uma empresa de assessoria de imprensa. Não, não para por aí.

O brilhante Aroldo Cedraz quer contratar a mesma empresa que presta serviços ao escritório do seu Tiaguinho.

O Antagonista presta assessoria de graça: se o TCU quiser mesmo melhorar a sua imagem, basta rejeitar as contas de Dilma Rousseff. Quem sabe até esquecemos os indescritíveis e brilhantes Cedraz..
O Antagonista

Esquerda sensacionalista acha que temos medo do “outro”, não da sua arma!


Esquerda sensacionalista acha que temos medo do “outro”, não da sua arma!

Para Brum, você tem medo do “garoto marrom” pois ele representa o “outro”, não porque ele tem essa arma apontada para sua cabeça!
Alguns leitores acham que sou masoquista, e talvez tenham um ponto. É que acompanho as baboseiras que o lado de lá escreve. Algumas, pois é impossível acompanhar todas. Não é bem masoquismo. São os ossos do ofício: é preciso saber que tipo de ladainha a esquerda sensacionalista anda inventando para rebatê-la, para expor o absurdo, a hipocrisia, o sensacionalismo. O que mais tem por aí é pseudo-intelectual que, em troca do estudo sério, repete chavões que conquistam pelas emoções, não pela razão.
Um caso claro pode ser encontrado nos textos de Eliane Brum. Queridinha dos pseudo-intelectuais, ela repete a mesma cantilena de sempre, culpando as elites pelos problemas, apontando para os ricos “insensíveis” como culpados pela miséria alheia, e vitimizando bandidos, o esporte preferido da esquerda brasileira na atualidade. Em um artigo de junho, em que ela usa a “tese” de Christian Dunker já rebatida por mim aqui, Brum apela ao emocional para fazer seus próprios leitores de elite se sentirem culpados por viverem em condomínios com muros, fugindo do “outro”.
Papo de “psicólogo sakamotiano”, bullshitagem pura, “lacanagem”, como diria Merquior. Esses adeptos de Zizek não aguentam dois segundos de debate sério com um liberal, pois é mais fácil desmascarar suas besteiras do que tirar doce de criança. Então Brum, repetindo Dunker, acha que o brasileiro se fecha em muros e não sai tranquilo na rua, no espaço público, por medo do confronto com o “outro”? “O outro é aquele com quem ela não pode conviver, tanto que não deve nem enxergá-la”, escreve a “pensadora”. Por isso o insufilm, o carro blindado, o condomínio murado. Sério?
E eu que jurava que o “outro” que assustava a “elite” brasileira fosse o bandido armado, o pivete com a faca, o marginal que deseja te ameaçar, te machucar, para tomar o que é seu por direito! Mas não. Descubro que não é nada disso. Que a “elite”, inclusive aquela que frequenta o BRT, tem medo não das balas e facas, mas do “outro”, desse encontro com a “alteridade”, do “menino de pele marrom” (nada como a cartada racial, bem ao gosto dos sensacionalistas). O negro e o mulato que são cidadãos ordeiros e também morrem de medo dos marginais simplesmente desaparecem na narrativa dicotômica da “socióloga de botequim”, que acrescenta doses fortes de perfídia:
Até mesmo contatos visuais devem ser evitados, encontros de olhares também são perigosos. Qualquer permeabilidade entre o dentro e o fora, entre a rua e o muro, seja na casa, na escola, no shopping ou no carro, ela já aprendeu a decodificar como intrusão. O outro é o intruso, aquele que, se entrar, vai tirar dela alguma coisa. Se a tocar, vai contaminá-la. Se a enxergar, vai ameaçá-la.
E eu aqui, achando que a visão de uma faca é que ameaça tanta gente séria nesse país! Mas não! É a visão do “outro”, da cor da pele diferente. E aí vem o absurdo, a completa inversão dos fatos, a canalhice sensacionalista elevada à enésima potência: “A rua, o espaço público, é onde ela não pode estar. E por quê? Porque lá está o outro, o diferente. E ela só pode estar segura entre seus iguais, no lado de dentro dos muros”.
Como muitos sabem, estou morando na Flórida, em Weston. As casas aqui não têm muros. A rua é tranquila. Todos param os carros no sinal vermelho sem medo, inclusive de noite. Passeiam pelo centrinho com os filhos pequenos. Ninguém aqui parece temer o “outro”. E só tem latino-americano por aqui, muitos venezuelanos, muitos brasileiros. O que acontece? Por que nós perdemos o medo do “outro” na Flórida, mas no Brasil nos cercamos de muros, seguranças, carros blindados ou insufilm?
Brum e Dunker acham que é porque a elite brasileira não quer o confronto com a “diferença”. Qualquer pessoa razoável, honesta e com bom senso sabe que é porque todos os brasileiros, da elite e do povo, morrem de medo do “outro” ser um bandido, um assassino, um marginal que vai tirar nossa vida por um par de tênis, protegido depois pela mesma esquerda pseudo-intelectual que irá tratá-lo como “vítima da sociedade” e dar um jeito de responsabilizar a vítima real pelo crime.
Claro, todo esse sensacionalismo foi para chegar no cerne da questão: demonizar a redução da maioridade penal. Aqui nos Estados Unidos, marginal de 16 anos vai em cana mesmo, como adulto, pois tem consciência de seus atos. Se praticar assalto a mão armada, está ferrado, vai pegar vários anos. Por isso é tão pouco comum ser abordado por um desses delinquentes armados, e o furto é a modalidade de crime mais frequente. Mas Brum e Dunker acham absurdo prender galalau de 16 anos que mata, sequestra, estupra. São vítimas! Merecem, quem sabe?, umas horas “gratuitas” (pagas pelo estado) no divã de algum praticante de lacanagem…
A vitimização do marginal é absoluta:
Mais preocupados devemos ficar quando a resposta da Câmara dos Deputados à violência se encaminha para a redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, nos crimes considerados mais graves. O que estão tentando fazer, estes que manipulam o medo? Querem garantir que esses outros, adolescentes que não tiveram educação nem saneamento nem saúde nem lazer nem acesso a nenhum de seus direitos garantidos pela Constituição, esses outros que tiveram as leis que os protegem violadas desde o nascimento, crianças dessas “pessoas marrons” que o menino não sabe para onde vão à noite nem quem cuida dos filhos delas, sejam encarcerados mais cedo porque já decretaram que, para elas, não há solução.
Há solução para um moleque de 16 anos que mata e estupra, “marrom” ou não? Se Brum acha que sim, então sugiro que ela leve para sua casa um desses delinquentes, e coloque para cuidar de seus filhos, como babá. Que tal? Dá “carinho” e “amor” para ele, um brinquedo da Lego, e veja se o monstro sairá um bom samaritano do outro lado. É muita cara de pau mesmo, muito sensacionalismo tosco no “país dos coitadinhos”.
Cena que trava o cérebro de um esquerdista: policiais negros prendendo bandidos brancos!
Cena que trava o cérebro de um esquerdista: policiais negros prendendo bandidos brancos!
Mas, não satisfeita, Brum compara o que quase 90% da população brasileira quer, que é punir os marginais, aplicar a Justiça e o império das leis, com o… nazismo! Isso mesmo: essa turma não tem limites: “A História já nos mostrou o que acontece quando o Estado determina que um tipo de outro encarna a ameaça e deve, portanto, ser separado e confinado. E depois, qual é o próximo passo ou qual é a solução final? Pena de morte, extermínio? Cuidado”. Cuidado com os socialistas, tanto os nacionalistas como os bolcheviques e bolivarianos, isso sim! Cuidado com a demagogia da esquerda!
Por fim, a inversão total da realidade:
Uma sociedade de muros sempre vai precisar forjar monstros para seguir justificando a desumanização e o sistema não oficial de castas. Aqueles que tentam se sentir seguros e criar seus filhos em segurança não estão inseguros porque há um outro ameaçador do lado de fora. Essa é só a aparência que mantém tudo como está. O que precisamos não é erguer muros cada vez mais altos, mas derrubá-los e nos misturarmos nas ruas da cidade.
Reparem no surrealismo do troço: para Brum, a sociedade primeiro ergue muros, do nada, para não ver o “outro”, e depois cria monstros inexistentes, para justificar a segregação “racial”. A insegurança não vem antes, para ela. Não nos sentimos inseguros nas ruas e em casa porque há muitos bandidos por aí, porque o Brasil é o país da impunidade, porque marginais matam por sadismo seguros de que não serão presos. Não! Ela acha que se derrubarmos os muros e nos misturarmos nas ruas da cidade, os “monstros” desaparecem!
Claro, ela escreve essa quantidade incrível de besteira provavelmente segura num condomínio, protegida pelos seguranças, e não no meio da favela, ao lado do traficante. A esquerda, sem a hipocrisia, não seria nada!
Até mesmo os “rolezinhos” ela defende, e acha que é por preconceito que os outros condenam os “arrastões” dentro dos shoppings, por aqueles que não respeitam o próximo. Mais inversão: quem quer frequentar um shopping em paz, pobre ou rico, é o preconceituoso que não suporta o “outro”, enquanto os bandos que invadem o local e levam o transtorno e o caos são apenas as vítimas de preconceito, não os que desrespeitam de fato os outros.
É tudo muito ridículo, patético, de embrulhar o estômago. Mas são dezenas de milhares de “curtidas”, por uma elite culpada, por pseudo-intelectuais que também adoram responsabilizar as elites por tudo, por gente covarde que se recusa a enxergar a realidade como ela é, preferindo o caminho fácil do sensacionalismo para se sentir “moralmente superior”. Esquerdismo é, definitivamente, questão de caráter. De falta dele!
Rodrigo Constantino

Crise é crise. Na Venezuela já tem papagaio se disfarçando de cachorro para não ir pra panela. Arre!

Tá tudo dominado: universidades federais oferecem cursos gratuitos para invasores do MST

Não é fácil acordar domingo com uma notícia dessas. Às vezes fico na dúvida se meus leitores gostam mesmo de mim ou se são sádicos. Uma leitora me mandou a seguinte notícia: UFPE vai oferecer cursos de graduação a jovens do campo. Aí você pensa que são cursos para agricultores, para os filhos dos pequenos produtores rurais que dão duro para tocar honestamente seus negócios. Mas não é nada disso! É molezinha com dinheiro público para invasores do MST mesmo:
A UFPE está construindo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) o projeto pedagógico de cursos de graduação a serem oferecidos pela Universidade a jovens do campo ligados ao MST, com recursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), nas áreas de Medicina e Pedagogia, no Centro Acadêmico do Agreste (CAA).
No último dia 23, o reitor Anísio Brasileiro esteve reunido com Jaime Amorim e outras lideranças do MST, na Fazenda Normandia, na Rodovia BR-104, em Caruaru, que hoje é considerada o símbolo da luta pela terra em Pernambuco. Na fazenda, funciona um núcleo de formação de professores para o campo. “Fizemos a visita para dar continuidade à construção do projeto pedagógico de turmas de graduação a serem oferecidas pela UFPE a jovens do campo e também fortalecer nossas relações com os movimentos sociais”, destacou o reitor, acrescentando que há interesse do MST também em turmas do curso do Direito.
Reitor da UFPE e líderes do MST: claro que a toalha tinha que ser vermelha!
“Nosso interesse é ajudar a fortalecer a identidade dos jovens que moram no campo”, disse Anísio Brasileiro, que participou também, no dia 23, em Caruaru, na sede da Fafica, do Seminário de Conclusão do Curso de Aperfeiçoamento em Educação do Campo para Professores (as) de escolas Multisseriadas do Campo, promovido pelo Núcleo de Pesquisa, Extensão e Formação em Educação do Campo (Nupefec), do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE. O seminário foi coordenado pela professora Iranete Lima.
O reitor destacou ainda que a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) vai realizar evento, que acontecerá até o final do ano, sobre a cultura e a juventude do campo, bem como projetos na área de agricultura familiar. Há interesse de que a Universidade e o Hospital das Clínicas possam adquirir produtos oriundos destes grupos sociais.
Identidade? Cultura? Repararam nos termos usados? Falar em conhecimento objetivo, em formar médicos de verdade, isso é coisa para quem ainda não viu a luz que foi acendida por Paulo Freire. E a pedagogia? Nada mais adequado: esses jovens invasores serão os professores de amanhã, para produzir invasores em massa, defensores da “reforma agrária” nos moldes do Zimbábue. Tudo pago com o nosso dinheiro!
Não basta a UFRJ, por exemplo, ter um reitor comunista que veste, literalmente, o boné do MST. Não basta o próprio MST ter um programa de “ensino” para os “sem-terrinha” que os deforma na mentalidade marxista desde cedo. É preciso fechar parcerias entre as universidades federais e os criminosos do MST, que levam o terror para o setor agrícola, que defendem um modelo ultrapassado de reforma agrária, que se julgam acima das leis para invadir e pilhar.
Essas pessoas vão ter privilégios em nossas universidades federais. Você nem sabia. Só tem que pagar a conta. E depois louvar Paulo Freire, o “patrono” da “educação” brasileira…
Rodrigo Constantino

DA SÉRIE DECEPÇÕES DECEPCIONANTES- Por onde anda o Demóstenes Torres? Eu achava esse sujeito um cara sério...

“Namorar meninota não é comigo. É sabido passar vergonha, pois nem da cama me levanto sozinho.” (Nono Ambrósio)

“A sociedade é podre, hipócrita. Recebe bem o lixo em seu meio desde que o lixo tenha poder e dinheiro.” (Mim)

“Dependendo de quem é corpo os vermes também vomitam.” (Mim)

“Povo burro elege ladrão e se acha esperto quando é convidado para o jantar dos gatunos. Na mesa pode ter frango, carne de gado e peixe. Mas o sabor preponderante é de pato.” (Mim)

Amar é... Andar com ela de mãos dadas, mesmo no clube das boazudas.

Só sei que é assim... “Sempre cabe mais um quando todos são esqueléticos.” (Mim)

Classificado- Procuro uma mulher que me faça feliz. Que tenha menos de oitenta anos. Pode ser fumante, não me importo. Mas é imprescindível que seja podre de rica.

Classificado- Troco um vizinho crente por um DVD do Monty Python. Qualquer um.

FHC já com um pé na cova se tornou advogado do diabo. Defender Lula e Dilma? Puta que lo parió! Não lembra mais do dossiê forjado contra do Ruth? Será que todo esquerdista é mesmo canalha, o que importa é a causa?