sexta-feira, 13 de março de 2015

Devemos temer Temer? Ou: Alguém acha mesmo que dá para ser pior do que Dilma?

O uso do trocadilho é irresistível, mas pergunto com seriedade: devemos temer Temer? Com a popularidade de Dilma caindo a um dígito apenas, e as manifestações de domingo ganhando cada vez mais peso nas redes sociais e também fora delas, o impeachment passa a ser cada vez mais uma possibilidade concreta. Já tem até partido o defendendo abertamente.
Com isso, surge automaticamente uma questão: e se Michel Temer for o presidente do Brasil? Petistas e simpatizantes, abertos ou disfarçados, espalham a ideia de que seria terrível para o país entregar o poder diretamente para o PMDB. O discurso vai mais ou menos na seguinte linha: você acha que as coisas estão ruins hoje? Então espere para ver como serão se Temer for o presidente!
Em sua coluna de hoje no GLOBO, Luiz Garcia foi por essa linha de raciocínio, defendendo que a estratégia dos tucanos, expressa pelo senador Aloysio Nunes, de deixar a presidente “sangrando” até 2018, faz todo o sentido. Disse ainda que o país viveria o risco de Temer no comando do governo:
Impeachment não traria qualquer vantagem para o PMDB e faria de Dilma uma vítima. É bem mais interessante para a oposição uma presidente enfraquecida, que teria grande dificuldade para fazer o seu sucessor.
Faz sentido. E mesmo que essa seja uma atitude que seja útil apenas para o PSDB, quem mais quer Temer tomando conta do país?
Esse tipo de demonização do PMDB tem um único problema: ignora que o PT é muito, muito pior! Ninguém precisa virar advogado do PMDB aqui, até porque seria tarefa inglória. O partido é fisiológico, tem muitos corruptos ali dentro, representa em parte o coronelismo nordestino. Todos sabem disso. Mas só interessa aos petistas essa tentativa de pintar o PMDB, parte da base aliada do governo, como o diabo.
O filósofo Marcos Nobre, que tem atacado o conceito de “peemedebismo” como a verdadeira força hegemônica na política brasileira, capturou bem esse clima contra o PMDB que esteve presente nas manifestações de junho de 2013. Mas a quem interessa destruir o PMDB hoje, senão ao próprio PT, que teria o poder todo para si?
Era essa a ideia por trás do mensalão: comprar o Congresso para não precisar negociar com ele. O PT tem um projeto autoritário de poder, e engolir o PMDB é algo que faz a contragosto. O partido tem muito poder, sem dúvida, e prova isso agora em sua rebeldia, dificultando a vida da presidente Dilma. Mas isso serve para o bem e para o mal. Se o PMDB pode dificultar reformas positivas para o país, pode também impedir mudanças terríveis.
É o que tem feito em relação a vários projetos petistas. O controle da imprensa, por exemplo. É inegável que o PMDB, com todos os seus defeitos, tem um histórico de firme defesa da liberdade de imprensa, um dos alvos preferidos do PT. Nada que atente contra a imprensa será aprovado enquanto o PMDB tiver poder. Ficasse o PT livre desse obstáculo, o Brasil já seria como a Argentina ou a Venezuela.
O tema de um editorial do GLOBO de hoje é justamente o avanço bolivariano sobre a liberdade de imprensa, usando como gancho o relatório da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) sobre a Venezuela. “Ao revelar detalhes do cerceamento à liberdade de imprensa nestes países, o relatório da SIP confirma, mais uma vez, que a guerra contra os meios de comunicação profissionais é uma das facetas do regime bolivariano, idealizado por Hugo Chávez, e aliados”, conclui.
Quando pensamos nisso, e lembramos que o PT é o representante do chavismo no Brasil, não o PMDB, como podemos achar ruim a troca de Dilma por Temer? Em outro editorial, o GLOBO reforça a necessidade de preservarmos nossas instituições democráticas, e conclui: “E quanto aos lulopetistas, precisam se convencer da inviabilidade do projeto de se eternizar no poder por vias que não sejam as da democracia representativa. Não há espaço mais no Brasil para surtos de autoritarismo, não importa de que lado venham”.
Alguém acha que o PMDB representa um risco maior a isso do que o PT? Alguém acha que Temer seria pior mesmo do que Dilma? Aliás: alguém consegue imaginar um líder pior do que Dilma? Parece difícil. Mentiras escancaradas, arrogância, pedantismo, ideologia equivocada, falta de articulação política, autoritarismo, incompetência: essas são as marcas da gestão de Dilma. Cientes disso, devemos temer Temer?
Pode-se ser contra o impeachment por vários motivos: receio do impacto disso nas instituições, clima de incerteza, volta do Lula, falta de provas concretas de responsabilidade da presidente, estratégia política para derrotar de vez o PT nas urnas, evitar a vitimização de Dilma ou desejar que o caos econômico e social por ela produzido recaia sobre seu próprio ombro. Mas ser contra o impeachment por achar que Temer – ou qualquer um! – seria um presidente pior do que Dilma, isso não faz o menor sentido.
Rodrigo Constantino

Dilma morreu é chegou ao inferno. O capeta a recebeu com demonstrações de sincera alegria: “Agora sim Dilma, com você no lugar certo vamos conseguir esculhambar de vez com este lugar.”

“Quem votou em Dilma esperando muito irá continuar esperando pela eternidade.” (Mim)

O ANTAGONISTA- O PT APODRECEU O BRASIL

Manifestação de rua em troca de dinheiro. Votos em troca de dinheiro. Apoio parlamentar em troca de dinheiro. Apoio sindical em troca de dinheiro. Obras públicas em troca de dinheiro. Jornalistas em troca de dinheiro. Estudantes em troca de dinheiro. Artistas em troca de dinheiro. Intelectuais em troca de dinheiro.
O PT não corrompeu o Brasil. O PT apodreceu o Brasil.

O ANTAGONISTA- Descobrimos quem são os 7%

Descobrimos quem são os 7% que aprovam o governo de Dilma Rousseff: PT, CUT, MST, MTST, Bradesco, UNE, OAB, CNBB, STF, UBES, PSOL, PC do B, PP, PCC e CV.

O direito de existir x o dever de inexistir

O direito de existir x o dever de inexistir

Liberdade-de-expressão
Há quem considere haver exagero nas críticas que articulistas liberais e conservadores fazem à esquerda, condenando-a como uma espécie de abominação agressiva. Certo vigor em nossas palavras causa espécie a leigos que são pegos no meio do tiroteio e, submetidos a uma propaganda muito bem engendrada durante anos, não têm a mesma sensação quando a dita “direita” é atacada. Isso se deve, principalmente, ao propositado mau-caratismo dos “intelectuais militantes” do lado de lá, que nos criminalizam a mera possibilidade de argumentar. É nisso que devemos nos concentrar para justificar nosso tom de urgência: no fato de que, no atual momento, clamamos apenas pelo nosso legítimo direito de existir, como corrente democrática, enquanto eles bradam que temos, ao contrário, o DEVER de INEXISTIR.
Um conhecido, eleitor do PT, cuja identidade manterei anônima, expressou recentemente sua grande preocupação com a situação política brasileira. Segundo ele, o PSDB é um partido de origem centro-esquerdista, na social democracia com inspirações europeias. Não poderia estar ele mais próximo da verdade! É isso mesmo. Mobilizando-se mais recentemente na direção da Terceira Via de Anthony Giddens, estando Fernando Henrique próximo ao grupo de Tony Blair, o PSDB não é, em origem, um partido liberal, tampouco conservador, e, em linhas gerais, continua não o sendo. De acordo com o nosso companheiro, eleitor do PT, “há uma tentativa da extrema direita de tomar o partido centro-esquerdista PSDB, o que é nocivo para o Brasil”.
Raciocinemos diante disso. Observando o cenário político-partidário nacional, temos uma oposição principal entre duas legendas originalmente à esquerda (PSDB e PT, sendo o primeiro mais moderado, como disse o nosso distinto personagem, enquanto o segundo está mancomunado com os mais grosseiros modos bolivarianos) e um grande partido fisiológico (o PMDB, que o sociólogo Demétrio Magnoli, no Fórum Rumos da Cidadania do Instituto Prometheus, em 2009, apontou como o maior indicativo das imperfeições do partidarismo tupiniquim). Aquele que teoricamente deveria representar visões liberais e/ou conservadoras, o DEM, apesar de alguns atos elogiáveis – especialmente agora, com o entusiasmo de lideranças como Ronaldo Caiado -, não se atreveu por muito tempo a romper certa timidez e dar voz a essas correntes em alto e bom som.
A situação mudou recentemente; com o aprofundamento dos equívocos e da incompetência do governo federal, o país conheceu a ascensão de um movimento social, ainda limitado, ainda de relativamente pouco peso, mas que já conseguiu exercer influência sobre o debate público. A articulação de “think tanks”, a interação de grupos virtuais, a publicação de bibliografia específica, tudo isso incentivou ações como as do Movimento Brasil Livre e do Vem pra Rua Brasil, em páginas virtuais que convocaram para manifestações populares – como a do próximo dia 15. O candidato tucano, Aécio Neves, recebeu expressiva votação. Com tudo isso, 2014 viu o acirramento de uma oposição, o que se comprova, por exemplo, pela luta intensa de parlamentares do DEM e do PSDB na polêmica da LDO, apesar de o resultado ter sido a derrota.
Nosso amigo petista considera que esse acirramento é, vejam só, uma infiltração da “extrema direita” na oposição, que deveria ser uma oposição de esquerda moderada a uma esquerda radical, e não uma oposição de “direita”. A realidade é que nem sequer podemos dizer que o grosso do PSDB abandonou a social democracia, ou que os homens do DEM estão, todos eles, abraçando de fato bandeiras liberais clássicas. A única certeza que temos é que a conjuntura os convenceu de que deveriam combater as irresponsabilidades e crimes do governo, e os impulsionou a fazer o barulho que fizeram no final do ano. O enfrentamento se deu em questões pontuais, em circunstâncias em que a soberania nacional ou a saúde econômica do país se viram em jogo. No entanto, e se, de fato, esses partidos se assumissem portadores de outra posição ideológica, esta realmente fora de qualquer vínculo à esquerda? Isto seria algum absurdo inaceitável?
Esquerdistas como o senhor a quem me refiro denunciam seu desapreço pela divergência, fundamental à democracia, quando dizem que a “extrema direita” não deve existir, que é nociva ao país. Mas o que é a “extrema direita”? É o liberal que defende a redução do tamanho do Estado, a economia livre, a livre iniciativa, a responsabilidade individual, a ordem democrática de Direito? Que defende o respeito às leis, que defende que o governo cumpra as metas fiscais estabelecidas e não deixe o país padecendo de um déficit por total irresponsabilidade nos gastos públicos? Esse, que proclama essas bandeiras tão razoáveis, é a “extrema direita”? É um “fascista”? O que seria, para essas pessoas, a “direita” aceitável?
Claro está, amigo leitor, que nenhuma. A matriz de pensamento desses esquerdistas, que se anunciam como “os defensores e baluartes da democracia”, é essencialmente totalitária, de forma profundamente mal disfarçada. O seu mundo ideal, que eles estão a todo instante buscando, em vez de trabalhar com a concretude dos fatos, é um mundo em que não haja lugar para nós. Aí está evidenciado, pois, o que dissemos: enquanto queremos existir e competir com o oponente num ritual democrático, eles querem destruir esse ritual e se substituir ao sistema, negando-nos o mero direito de existência.
Meu apelo é de que essa diferença precisa ser mantida, para que continuemos a ser, precisamente, o lado certo da questão, enquanto eles representam o lado abominável. Por que colocar isso em discussão? Porque alguns indivíduos e grupos, levados a posições extremadas a partir da mais justificada indignação, defendem que a esquerda deveria ser destruída, que nenhuma forma de esquerda deve ser tolerada. Se quisermos conquistar espaço e modificar o cenário, um dos pontos chave (e acreditamos não ser nunca desmedido bater nessa tecla, posto que crescemos cada vez mais atentando para nossos próprios erros e empecilhos internos) é nos diferenciarmos do oponente, não nos igualarmos a ele em suas artimanhas mais sórdidas. É entendermos que, no ritual da democracia representativa, correntes antagônicas devem existir e conviver, sem avançarem no sentido da anulação absoluta da existência umas da outras. Não constatar que há formas moderadas de social democracia nos mais diversos sistemas políticos estrangeiros, sem os nossos conhecidos ranços bolivarianos, e defender que nem isso subsista no Brasil é sustentar um avanço radical e totalitário sobre os processos espontâneos da sociedade – o que nunca, nunca pode dar em coisa boa. É sustentar uma imposição pela força que vai contra todas as nossas convicções e valores.
Desse quadro, porém, partidos como PSOL, PSTU, PT e quejandos não fazem parte. Àqueles que, nessas legendas, se esforçam por pregar a nossa destruição devem ser combatidos como inimigos, não apenas nossos, mas da estabilidade institucional brasileira. Esses partidos de ranço extremista e bolivariano, por meio não apenas de seus discursos espalhafatosos, mas do emprego de recursos ainda mais lamentáveis – estratégias de aparelhamento de estado, pressões de “movimentos sociais” ou patrulhas virtuais –, têm, por natureza, a intenção de negar ao outro (à direita, aos liberais e conservadores) o direito de existir. O que se deseja é que uma evolução do debate público e uma elevação da consciência dos cidadãos faça com que compreendam que essas ideias são perigosas e imaturas, o que deslegitimará naturalmente sua circulação. Diante de tal desenvolvimento, a defesa de ditaduras como a cubana, por exemplo, se tornará algo estúpido e rejeitado, a que não se dará mais atenção e que não mais terá lugar no ritual político – que essa gente adoraria destruir. A velha ordem espontânea, como já dizia o bom e velho Hayek, se encarregaria disso. Não estamos querendo que se aja como eles e se force um silêncio de cima a baixo. Estamos defendendo que se trave o bom combate, denunciando esses programas que não são presenças saudáveis, mas sim “doenças” em nossa democracia jovem e potencialmente vulnerável.
Tudo isso pautado, em todos os momentos, em equilíbrio e ponderação, não em radicalismos e destemperos suicidas. Saibamos fazer o que eles não sabem: mesclar assertividade e convicção com respeito e consciência de que é impossível acabar por mágica com todos os conflitos do mundo e fazer de todos criaturas idênticas, de acordo sob todos os aspectos. Este é o sonho da esquerda mais delirante, não o nosso.
Acadêmico de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na UFRJ, e colunista do Instituto Liberal. Estagiou por dois anos na assessoria de imprensa da AGETRANSP-RJ. Sambista, escreveu sobre o Carnaval carioca para uma revista de cultura e entretenimento. Participante convidado ocasional de programas na Rádio Rio de Janeiro.

IVAN DAUCHAS- Terrorismo e colonialismo europeu

Terrorismo e o colonialismo europeu

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Quando alguém diz uma bobagem, normalmente não dou muita importância. Mas quando duas, três, quatro, cinco, uma multidão repete a mesma asneira, acho que está na hora de dar uma resposta. A última quimera que está na boca de alguns esquerdistas psicóticos é que os ataques terroristas ocorridos recentemente na França são resultado do colonialismo europeu.
Muito bem. É verdade que, a partir do século XVI, vários países europeus estabeleceram colônias em praticamente todos os continentes. Com o colonialismo e o imperialismo (final do século XIX), houve guerras e muita exploração econômica. Mas as potências imperialistas também construíram portos, ferrovias, estradas, escolas, hospitais. E, por conta do imperialismo, várias pessoas puderam ter acesso a vacinas, antibióticos e outros medicamentos. Portanto, o colonialismo e o imperialismo foram muito menos danosos do que os professores de história costumam ensinar aos seus alunos.
Para entender melhor essa questão, vamos analisar um caso que eu acho bem interessante. O Brasil é um grande produtor (e consumidor) de petróleo. Apesar disso, nosso país produz poucas plataformas petrolíferas. A maior parte desse material vem do exterior, sobretudo de três países: China, Coréia do Sul e Cingapura.
Meu objetivo aqui é analisar essa terceira nação. Cingapura é uma cidade-Estado, com 5,4 milhões de habitantes e uma área cinco vezes menor que a do Distrito Federal. É um país pobre em recursos naturais, não tem petróleo e era uma colônia britânica até 1959. Atualmente, Cingapura, de acordo com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é o nono país mais desenvolvido do mundo, com um índice de 0,901. Deixando para trás países como Suécia, Dinamarca, Reino Unido e Japão. É isso mesmo, a ex-colônia britânica tem hoje um IDH superior a da sua antiga metrópole.
É interessante observar o seguinte. Cingapura não tem petróleo (diferente do Brasil), mas exporta plataformas de petróleo (diferente do Brasil que importa). A economia desse país asiático tem forte influência do governo. A estratégia deles é clara: produzir e vender produtos de alto valor agregado no mercado internacional. Na literatura econômica, isso ficou conhecido como modelo de desenvolvimento asiático. Parece que durante período Dilma I, o governo tentou seguir esse caminho, mas deu com os burros n’àgua.
Como explicar o sucesso de países como Cingapura? Essa não é uma tarefa fácil. Um componente fundamental tem a ver com a cultura. Estou me referindo aqui a cultura no sentido de visão de mundo. Nesses países de desenvolvimento acelerado, a população tem uma atitude muito pragmática em relação à vida e estão muito focadas no enriquecimento material. No Brasil e em boa parte da América Latina, a visão é outra. Muita gente insiste em culpar os países desenvolvidos (antigas potências coloniais) pelo nosso fracasso econômico. E, em algumas nações muçulmanas, a situação é muito pior. Fundamentalistas islâmicos entendem que o ocidente é responsável não apenas pela pobreza material, mas sim por todo mal que paira sobre a terra. A solução para eles é destruir o ocidente.
Particularmente, entendo que por trás de toda essa loucura está um sentimento bastante comum, mas altamente destrutivo: a inveja. Se meu vizinho compra um carro novo e isso me causa um certo pesar, posso agir de três formas: trabalhar mais, ganhar dinheiro e comprar um carro equivalente. Mas, em vez disso, posso sair por aí falando mal do meu vizinho, dizendo que ele é desonesto e que comprou o carro com dinheiro roubado. Ou, posso ser ainda mais radical: mato meu vizinho, ponho fogo no carro e digo que agi em nome de Deus.
O mais prudente parece ser trabalhar mais, ganhar dinheiro e comprar um carro novo. Mas não é isso que estamos assistindo. Algumas pessoas têm enorme dificuldade para admitir o próprio fracasso. Colocar a culpa no vizinho é algo bem mais cômodo. O número crescente de pessoas que está aderindo ao terceiro grupo parece nos mostrar que a loucura humana não tem limite.

“Gente que fala demais acaba não tendo ouvinte.” (Eriatlov)

“É a realidade. Com Dilma já estamos na metade do caminho para o nada.” (Mim)

A TROMBOSE BÚLGARA- JORNAL VALOR FLAGROU ATÉ HAITIANOS PEGANDO R$35,00 DA CUT PARA EMPUNHAR BANDEIRA PRÓ-DILMA EM SÃO PAULO

Mesmo pagando R$ 35 por cabeça, CUT fez ato fracassado em defesa do corrupto governo Dilma. Este é o início do melancólico fim do PT -

O jornal Valor desta tarde informou que as 14h, na capital de São Paulo, dezenas de manifestantes já se concentravam na Avenida Paulista, onde ocorreria à tarde um ato organizado por sindicatos e movimentos sociais como CUT e MST em defesa da democracia e da manutenção de Dilma Rousseff na presidência da República.

Próximo ao prédio da Fundação Cásper Líbero, pessoas com um balão gigante da CUT nas mãos afirmaram ter recebido R$ 35 para participar do ato. Entre os que se manifestam com balões, estão desempregados que viram a oportunidade de fazer um bico e imigrantes que sequer falam português.

Na outra ponta da Avenida Paulista, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) estavam concentrados militantes da Apeoesp (Sindicato de professores da rede estadual) que protestavam contra o governador do Estado, Geraldo Alkmin (PSDB), e pediam aumento salarial.
Ônibus do interior começam a chegar, e outros são esperados, trazendo militantes do MST e do 



O número de policiais foi reduzido, mas depois foi reforçado a pedido da CUT, que temia confrontos e atos violentos. 
POLÍBIO BRAGA

“Eduque o povo e deixe que ele mesmo escolha os seus jornais.” (Eriatlov)

“Algumas viúvas não choram, urinam nas calcinhas na hora do adeus. Vai ver que choram por onde mais sentirão saudades.” (Gentil Coveiro)

“Posso dizer que os meus clientes são do tipo que de maneira alguma incomodam.” (Gentil Coveiro)

“Não é do meu interesse dormir no emprego.” (Gentil Coveiro)

Casamento

Ela- Você não está usando seu anel de casamento no dedo errado?
Ele-  Sim estou, é que eu também  me casei com a mulher errada.

“Vender o voto é pior que vender a própria mãe. Vender a mãe é um problema que afeta apenas a sua consciência, vender o voto afeta uma nação.” (Mim)

“Enquanto você se preocupa com o pós-morte, os mais vivos mexem no seu bolso.” (Climério)

“Segundo o grande intelectual esportivo-político brasileiro, Juca Kfouri, na república democrática bolivariana do Brasil rico de barriga cheia não pode reclamar. Pode ser escorchado, roubado, vilipendiado, mas deve apanhar calado. Onde já se viu rico se indignar?” (Mim)

Alexandre Garcia-Realismo mágico

Estou em férias pela América do Sul, onde nasceu na segunda metade do século passado um gênero literário chamado realismo mágico - ou realismo fantástico. O colombiano Gabriel Garcia Marquez, prêmio Nobel de Literatura, os argentinos Julio Cortazar e Jorge Luis Borges, entre outros. O colunista brasiliense Ary Cunha identifica a inspiração dessas histórias fantásticas na realidade política da região. Caudilho morto que volta ao mundo dos vivos na forma de passarinho para fazer esquecer que no seu país falta até papel higiênico. 

Velho guerrilheiro que é eleito presidente e desfila com seu também velho fusquinha e fica célebre pelo seu desprendimento material. Um índio que governa seu país já por três mandatos consecutivos e que combate o imperialismo do norte com o pó retirado da folha de coca. Uma viúva eternamente de negro, cercada de assessores jovens e enrolada na morte do procurador que a acusava de proteger terroristas iranianos. Um antiquado ditador do Caribe, campeão mundial de ditadura, com 56 anos de poder absoluto. 

 No Brasil também tivemos esse realismo fantástico. Dias Gomes é seu mais conhecido representante, com O Bem-Amado - entre outras tantas peças que se inspiraram na realidade política do país de Macunaíma. Odorico Paraguaçu virou o protótipo satírico do político tupiniquim. O personagem de Paulo Gracindo tem em sua essência um pouco de tudo e além do retrato de muitos prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores e presidentes. Todos são mágicos, porque ganharam mandatos de milhões de eleitores. Depois de 15 anos de ditadura Vargas, elegemos presidente um ministro de Vargas e logo depois trouxemos de volta o ex-ditador, pelo voto. 

Todos fornecem ingredientes para um folhetim de realismo fantástico, cada um com sua característica: bebida, dinheiro, mulher, poder, mentira, ambição, traição, morte - às vezes tudo misturado como se fosse uma grande chanchada que debocha não apenas dos personagens, mas, na verdade, dos que os elegem. Mas apenas a eleição não explica tudo. No livro “Ponerologia - Psicopatas no Poder”, do polonês Andrew Lobaczewiski, o autor fala em patocracia(do grego patos, doença), um sistema de governo doente. Fala de como líderes, com máscara de sanidade, dominam milhões, pondo a funcionar as características do psicopata: envolvente, gentil, atraente, mitômano, com talentos teatrais e sempre uma desculpa pronta. 

Não sentem culpa quando flagrados nem compaixão pelos que prejudicam. Tipos com anomalias de caráter, encontram terreno fértil em tempos de histeria coletiva, imposta por modismos e supostos valores estéticos, esgotamento de valores morais e egoísmo alienante. Aí é possível compreender porque elegemos um ditador e outras figuras grotescas, e porque depois dos Anões do Orçamento tudo se repete no Mensalão e se repete de novo no Petrolão.

“É perigoso visitar a Venezuela de Maduro. Os bolivarianos infectados pela Bacteria asinis confiscam até bolachas de água e sal.” (Climério)

“O PT é o partido da sacanagem. Faz o contrário do que prega.” (Mim)

“Dilma não enxerga o óbvio e culpa a crise internacional de anos passados por nossos problemas. Precisa conversar com Lula. Afinal, a crise para o Brasil foi uma marolinha ou um tsunami?” (Mim)

“Nem mesmo andando sem calcinha eu animo meu marido. Só me resta dar a bichona para ele cheirar”. Afirmo que já ressuscitou alguns. (Eulália)

“Estava eu comendo em média três ovos por dia, pois o preço da carne está lá em cima. Parei. Observei no meu corpo o nascimento de penas e uma incrível vontade de cocoricar.” (Climério)

“Alguns seres passam pela vida jogando flores para seus semelhantes. Outros atirando merda.” (Mim)

“Ufólogos domingueiros e comunistas: seres que viajam na maionese.” (Eriatlov)

“O único coletivismo que aceito participar é de Suruba Comunitária.” (Climério)

“O Frei Leonardo Boffe continua mais red do que nunca. Defensor do PT e de toda merda política que cerceia a liberdade do indivíduo no mundo, causando miséria, dor e burrice extrema.” (Eriatlov)

Leandro Narloch- A elite brasileira é cheia de ódio?

Já foi devidamente denunciada a tentativa dos jornalistas alinhados ao governo de qualificar o panelaço de domingo como “manifestação de ódio da elite golpista”. Os marceneiros e faxineiras que vaiaram Dilma em São Paulo na terça-feira provaram que a insatisfação vai muito além das varandas gourmet. Mas se fosse verdade, se apenas os brasileiros mais ricos estivessem contra o governo, seria o suficiente para afirmarmos que a elite brasileira é cheia de “ódio de classe”?
Certamente há ricos odientos e odiosos por aí; mas em vez de evidências anedóticas é melhor confiar em pesquisas. E o que as pesquisas dizem sobre os brasileiros mais ricos e estudados é o contrário: são a parcela mais tolerante e ética da população brasileira.
A grande fonte desse assunto é o livro A Cabeça do Brasileiro, do sociólogo Alberto Carlos Almeida, de 2007. Almeida entrevistou 2 363 brasileiros e concluiu que, quanto maior a escolaridade (e a renda, já que os dois fatores são bem relacionados no Brasil), maior a tolerância entre classes e o respeito aos direitos humanos.
Quando perguntados, por exemplo, se um funcionário público deveria usar o cargo em benefício próprio, 60% dos analfabetos concordaram com a ideia, 31% entre os que têm até a quarta série e apenas 3% das pessoas com ensino superior.
Um político que rouba pouco, mas faz muito, teria o voto de 53% dos analfabetos, 46% dos que têm até a oitava série e 25% dos que terminaram a universidade.
E o ódio entre classes? Pessoas com curso superior são mais abertas ao convívio entre classes que os menos escolarizados. Para 76% dos analfabetos, porteiros e empregados devem usar o elevador de serviço, mesmo que os moradores autorizem o uso do elevador social. Entre quem tem diploma, 72% acreditam no contrário.
O respeito aos direitos humanos também é uma bandeira mais comum na elite. Não são os com ensino superior que pedem a morte de bandidos pela polícia – apenas 17% concordam com a ideia. São os analfabetos: 40% destes apoiam a execução após a prisão.
A tortura como método de investigação recebe apoio de 51% dos analfabetos e só de 14% dos brasileiros com diploma universitário.
Isso significa que todos os ricos do Brasil são do bem? Não: continua errado qualificar a personalidade das pessoas a partir do dinheiro que elas possuem. Mas as pesquisas contradizem os que, com fins partidários, fomentam o conflito entre classes.

“O Brasil é um país pra ontem.” (Mim)

“Sonhei que o país estava em festa. Dilma e todos os petistas tinham fugido para Cuba.” (Mim)

“A insônia ainda me mata. Conto carneirinhos, conto vacas e nada. Não gosto de tomar medicamentos para dormir. Já sou tonto, tomando remédio fico ainda mais.” (Climério)