quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ceará, o mais violento

Fortaleza: capital do estado mais violento em 2014
Fortaleza: capital do estado mais violento em 2014
Dois estados do Nordeste, Ceará e Sergipe, encabeçam o ranking de homicídios dolosos registrados pelas autoridades policiais em 2014.
O Ceará foi o estado com a maior taxa de homicídios em 2014: 47,21 por 100 000 habitantes. Em números absolutos, foram registrados 4 144 assassinatos.
Em segundo lugar, vem Sergipe, com taxa de homicídios de 45,5 por 100 000 habitantes. O total absoluto no Sergipe é de 999 casos.
Em terceiro lugar, o Pará, com uma taxa de 40,48 por 100 000 habitantes. Foram 3 232 mortes ao longo do ano.
Santa Catarina foi o estado com a menor taxa de assassinatos em 2014: 8,95 a cada 100 000 pessoas, num total de 592 registros.
São Paulo vem em segundo lugar, com 4 294 assassinatos e uma taxa de 9,83 mortes a cada 100 000 pessoas.
Em terceiro lugar, vem Roraima, com taxa de 14,75 casos a cada 100 000 habitantes. No total, foram registradas 72 mortes.
Os dados foram repassados pelos estados ao Ministério da Justiça.
Por Lauro Jardim

Tchúkcha comprou um guarda-roupa



Tchúkcha comprou um guarda-roupa com um espelho na porta interna. Chegando em casa, abre o guarda-roupa e grita:

-- Veja, esposa, chegou meu irmão!

A esposa se aproxima, olha e acrescenta:

-- E trouxe consigo uma mulher...

Fonte: http://selin.tripod.com/AN-tchuk.htm

“Não é para tudo que existe explicação. Viva e deixe de ser chato.” (Mim)

Tchúkcha discursa num congresso: -- "Camaradas! Antes da Grande Revolução Socialista de Outubro, nós tchukchas, sentíamos duas coisas: fome e frio. Hoje em dia, sentimos três coisas: fome, frio e uma profunda satisfação!"

O que é uma constante em Cuba? -- São as dificuldades temporárias.

Na época stalinista, uma cantora, convencida antecipadamente do sucesso da sua apresentação, diz: -- Eles que ousem não aplaudir! Só vou cantar canções sobre o Stalin!

Verbete de enciclopédia do século XXI: "Hitler - pequeno ditador da época do Stalin".

É possível construir o comunismo em Israel? -- Pode. Mas o que um país tão pequeno vai fazer com uma felicidade tão grande?

É possível construir o comunismo? -- Construir até dá. Agora, sobreviver a ele -- dificilmente!

“Nada mais ridículo que um ignorante convencido.” (Filosofeno)

“Muitos são os sujeitos que não sabem pensar por conta própria, lavar uma cueca ou fritar um ovo, mas após assistirem o Jornal Nacional estão convictos de possuir a receita para salvar o mundo.” (Mim)

“Minha mãe conheceu meu pai depois de um porre. Depois disso nunca mais bebeu. Mas aí já era tarde.” (Climério)

“Meu pai era um homem que se acostumava facilmente com as boas coisas. Após suas primeiras férias nunca mais trabalhou.” (Climério)

“Lula tomou vacina contra gripe. Ainda não sabem se haverá rejeição por parte do vírus.”

“Já fui mulher de ficar agarrada a Santo Antonio. Hoje prefiro agarrar o seu Antonio, que é de carne e osso.” (Josefina Prestes)

“Gostaria que me recomendassem mais boa literatura e menos receitas para emagrecer.” (Fofucho)

“O PT é o partido da sacanagem. Faz o contrário do que prega.” (Mim)

“Algumas construtoras brasileiras não entenderam que era para adotar menores abandonados e não maiores corruptos.” (Eriatlov)

OS MELHORES DE CADA PAÍS


*Um cubano, um francês, um americano e um advogado americano estão viajando em um trem. O cubano começa elogiando uma de sua nação produtos mais famosos.

     "Em Cuba", diz ele, "nós fazemos melhores charutos do mundo. Além disso, os fabricamos em tal abundância que podemos desperdiçá-los  sem problemas". Dizendo isso, ele joga o charuto pela janela do trem em alta velocidade.

     O francês responde: "Sim, é bem verdade, e no meu país nós fazemos os melhores queijos". Ele exibe um pedaço de queijo para os outros e diz: "A França é famosa por seus queijos finos, e nós produzimos tanto que nós também podemos desperdiçá-los sem ter remorsos." Dizendo isso, ele lança o queijo para fora da janela do trem.

     O norte-americano se levanta e joga seu advogado para fora da janela.

São Pedro para Deus: “Sabe velho, acho que um bailão aqui no paraíso levantaria o astral dos residentes.”

“Tentei mudar o mundo e consegui quatro pontes de safena.” (Pócrates)

RESTOLHO DA KGB ADORA PILANTRAS- Por apoio a Blatter, Putin critica detenções de dirigentes da Fifa

Responde aí, peixe



A respeito do escândalo na Fifa, o senador Romário disse que lugar de ladrão é na cadeia.

Então por que ele retirou a sua assinatura do pedido de abertura da CPI dos Fundos de Pensão?
O Antagonista

“Favela não é lugar para ninguém”, diz Seu Jorge, que veio de uma delas em Belford Roxo


“Favela não é lugar para ninguém”, diz Seu Jorge, que veio de uma delas em Belford Roxo

A esquerda caviar adora glamourizar as favelas, ou melhor, as “comunidades”. São lugares vistos como de vanguarda, onde há uma simplicidade maior, uma camaradagem espontânea, algo que nos remete ao “bom selvagem” de Rousseau, pessoas mais “puras”, enfim, pois não totalmente contaminadas pela “ganância capitalista” e a impessoalidade das cidades. Basta assistir a um programa “Esquenta!”, de Regina Casé, ou ler umaentrevista de Miguel Falabella, enaltecendo o estilo de vida mais descolado e divertido de lá, para se ter quase vontade de vender tudo e ir morar numa favela.
Na prática, não é nada disso. O que temos é um cotidiano de surras e pobreza, os “gatos” da Net feitos por “esperteza” e excesso de “malandragem”, e um clima de total insegurança, em que os pais vivem constantemente apavorados com o risco de seus filhos serem atraídos pelo tráfico de drogas, que domina quase todas as favelas cariocas. O gerente de tráfico da favela da Maré chegou a afirmar que matava um por dia, se quisesse. É esse o ambiente insalubre dos moradores dessas “comunidades”, sem falar da falta de saneamento adequado e tudo mais.
Enquanto o beautiful people dos bairros chiques elogia essa condição de vida de longe, muitos favelados (termo jamais usado por essa gente) desejam aquilo que os outros têm: consumir mais produtos modernos, viver com mais segurança, oferecer uma condição de vida melhor para seus filhos. Na resenha que escrevi de Um país chamado favela, tentei encontrar um ponto de equilíbrio entre a glamourização feita pela elite da esquerda e o preconceito destilado por muitos, sem deixar de criticar o viés esquerdista dos autores.
Mas tudo isso foi para chegar à entrevista recente que Seu Jorge concedeu à revista Rolling Stone. Ele, que veio de Belford Roxo e sabe do que está falando, ao contrário dos artistas e “intelectuais” nascidos em berço de ouro, como Chico Buarque e companhia, foi enfático ao dizer:
Favela não é lugar para ninguém. Favela não é legal. Não tem segurança, não tem saneamento, não tem hospital, não tem porra nenhuma. Favela só sofre preconceito. Eu quis sair mesmo. Eu não quis ficar enterrado na favela. Nasci lá, mas não quis ficar enterrado lá. Favela não é meu mundo, meu tudo, porra nenhuma. A favela é o abandono que o governo deixou pra gente. E hoje eu não quero tocar na favela para não me envolver com tudo que está errado lá dentro.
Sinceridade, algo que tanto falta aos nossos artistas da esquerda caviar. Ao contrário daqueles que elogiam Cuba, Venezuela e o socialismo, mas escolhem passar férias ou viver em Nova York ou Paris, Seu Jorge elogia os Estados Unidos mesmo, um “país diferenciado”, não por acaso onde escolheu viver. Quando questionado por que foi para Los Angeles, respondeu: “Tranquilidade. Eu precisava ser pai. No Brasil o Seu Jorge estava dentro de casa. Eu não conseguia levar minhas filhas para passear, ir à escola delas sem ter a aclamação do público. Nos Estados Unidos não tem isso. Lá eu tenho uma vida normal de pai, que sai, dá uma volta com o cachorro”.
Não é apenas a fama que o mantinha em casa, naturalmente. Pode ter sido o fator principal em seu caso, mas não foi o único. É o que faz muita gente, cada vez mais, temer um simples passeio no parque, ou andar de bicicleta pela orla: a violência, o risco de assalto, de levar uma bala perdida, de ser abordado por um marginal que depois é tratado como “vítima da sociedade” pelos sociólogos e poetas. Não há isso nos Estados Unidos. Aqui em Weston vemos vários ciclistas pelas ruas, e se eu perguntar se temem algum assaltante, não vão compreender minha pergunta. Posso sair de um restaurante às 23h de vidros abertos e parar em qualquer sinal sem medo. Tranquilidade, é a palavra certa, usada por Seu Jorge, que lamenta a perda de identidade do brasileiro:
Acho que a política brasileira está passando por uma crise de identidade muito grande. Não reconhecemos mais quem nos representa. É um problema muito sério, porque atinge a percepção da capacidade de o Brasil ser um país colossal, como ele merece e tem condições para ser. O mundo todo torce para o Brasil e para o brasileiro, eu percebo isso [lá fora]. Os programas sociais não são um problema, mas causam um rombo muito grande e fazem com que as pessoas não se movam para alcançar outro plano. As contas do governo também não batem. Acho que uma série de ministérios deveria ser suprimida e que precisamos de gestores mais sérios. Está cada vez mais difícil representar o Brasil fora daqui, e essa é minha função. Não saí do Brasil para me tornar um gringo – eu saí para afirmar o Brasil. Mas está difícil, porque nossas mazelas e feridas estão expostas e as pessoas não acreditam na gente. Isso interfere diretamente no meu trabalho e carreira.
Sobre aqueles que atacam o cantor por ele ter se mudado para os Estados Unidos, a típica elite da esquerda caviar que vive numa bolha, Seu Jorge solta o verbo em desabafo:
O patrulheiro que fica me enchendo o saco, dizendo “Pô, o Jorge agora mora nos Estados Unidos”, tem que se lembrar do seguinte: eu era morador de rua, um fodido e meu dinheiro eu fiz centavo por centavo sem sacanear ninguém, sem roubar ninguém. O Brasil em que eu acredito é esse que está na Avenida Paulista ralando; é o Brasil do motoboy, das mães solteiras fazendo faxina como diaristas, dos garçons, dos seguranças. Esse é o meu Brasil, eu vim daí. Agora, vem essa galerinha de Facebook e de Twitter [falar de mim]. Pô, morre e nasce de novo para poder chegar perto de mim, morou?
Morei. Entendo perfeitamente o desabafo de Seu Jorge, mesmo jamais tendo passado pelo que ele passou na infância. Isso nunca me impediu de ter sensibilidade para tentar me colocar no lugar do outro, e por isso mesmo minha revolta com essa elite hipócrita, que glamouriza o que é, para o outro, um fardo concreto. Se Seu Jorge tivesse ficado na favela até hoje, tendo que fazer parceria ou com o tráfico ou com a milícia, a esquerda caviar ia adorar, ia repetir que ele não perdeu os laços com sua essência humilde, enquanto, na prática, ele estaria prejudicando sua família e agredindo sua ética.
Em Los Angeles ele não precisa de nada disso. Pode oferecer uma qualidade de vida bem melhor para as filhas, pode dormir em paz, sair com tranquilidade, e não tem que contemporizar com bandido para fazer seus shows. E isso é condenado por aqueles que vivem no Leblon ou no Jardins, gente que vai para Paris ou Nova York todo ano, mas adora odiar os Estados Unidos, e “ama” as favelas, de preferência bem de longe, vendo-as como uma simples abstração, enquanto os favelados são apenas mascotes para alimentar sua vaidade fruto da autoimagem de abnegados e altruístas. Para esses “psicólogos sakamotianos“, Seu Jorge quer apenas o gozo da inveja alheia. Não é mole não!
Rodrigo Constantino

Alerj quer proibir arma de brinquedo: que piada de mau gosto!

Eis um roteiro conhecido para os brasileiros: o estado fracassa em suas funções mais básicas, a esquerda ajuda a criar um ambiente propício ao fracasso com sua subversão de valores morais, e a solução proposta pela mesma esquerda é mais estado. Assim seus tentáculos vão avançando cada vez mais, tolhendo nossas liberdades, enquanto o resultado só piora e o estado continua fracassando ainda mais em suas funções básicas, como prover segurança à população. Soa familiar?
Somos o país do sofá, que só ataca sintomas, e nunca vamos nas raízes dos problemas. Um marginal “dimenor” assalta e mata um médico ciclista a facadas, e logo se discute se devemos aprovar o desarmamento de facas. Ou pior: o desarmamento infantil, com o estado recolhendo as armas de brinquedo como se fossem, elas, as grandes ameaças à paz! É sério:
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira, um projeto de lei que proíbe a fabricação, a venda e a distribuição de armas de brinquedo que disparam qualquer tipo de projétil, como espuma ou laser. A proposta, no entanto, não impede a venda de armas de ar comprimido, que são regulamentadas pelo Exército.
De autoria da deputada Martha Rocha (PSD), a proposta foi aprovada em primeira discussão. O projeto deve ser votado novamente pela Alerj na semana que vem. Em seguida, caso seja aprovado, seguirá para a sanção do governador Luiz Fernando Pezão.
O projeto determina que as armas de brinquedo sejam entregues pelos donos em postos de coleta, sob pena de multas que variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil, em caso de descumprimento.
Segundo a deputada, estudos mostram que a promoção da cultura de paz entre as crianças tem sido uma alternativa eficaz no combate à violência.
— Com esse projeto, vamos ajudar tanto a reduzir o número de roubos feitos com réplicas de armas, quanto estimular que as crianças brinquem na rua, joguem e não usem armas — afirmou a deputada.
O projeto também institui a Semana do Desarmamento Juvenil, prevista para coincidir sempre com o 12 de outubro, Dia da Criança, e estipula a realização de campanhas de prevenção à violência.
O Rio não é exceção. O Distrito Federal já tinha seguido receita igual, e comentei à época:
Semana do Desarmamento Infantil? O país perdeu o juízo? O grau de infantilidade chegou a esse patamar? Então bandidos usam armas de brinquedo, em 12% dos casos de armas apreendidas com criminosos? E se eles usarem facas? Vamos vetar as facas também? E se usarem canivetes? Ou cacos de vidro apontados para o pescoço das donzelas?
O governo é incapaz de cumprir com uma de suas funções mais básicas, que é a segurança, e sai atacando sintomas, tolhendo a liberdade dos outros, inclusive das crianças. Sou do tempo em que “polícia e ladrão” era uma ótima brincadeira, e sim, usávamos armas de brinquedo. Proibir isso com um discurso de que criminosos de verdade utilizam tais armas é simplesmente absurdo!
Sobre a tal Semana do Desarmamento Infantil, nem sei o que dizer. É patético demais! Coisa de sociólogo e psicólogo de esquerda que culpa jogos, brincadeiras, filmes e videogames pela criminalidade no mundo. Ou seja, coisa de gente desconectada da realidade, que ignora estatísticas e a própria natureza humana, ainda sonhando com um ser romantizado por Rousseau, bondoso, que é corrompido pela “sociedade”.
Crianças japonesas brincam com armas e há baixa criminalidade? Crianças canadenses brincam com armas e há reduzida taxa de homicídios? Não importa! Vamos culpar as armas pelos nossos crimes, inclusive as de plástico! Michael Moore vai adorar. É tudo culpa dos objetos inanimados!
E proíbe logo a trilogia do Bourne, feita pelo esquerda caviar Matt Damon, pois isso é um convite ao crime. Já pensou, alguém ir ao cinema ver esses filmes e ter acesso a uma pistola de plástico? É claro que só pode dar em assaltos e assassinatos! Que brincadeira mais sem graça essa…
Rodrigo Constantino

Firjan quer meta de redução de gastos públicos e privatizações



Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, da Firjan. Fonte: GLOBO
Em entrevista ao GLOBO, o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, defendeu uma meta proporcional ao PIB para a redução das despesas do governo, assim como a privatização de estatais. A entidade entrega proposta ao governo amanhã, contendo suas sugestões para o ajuste fiscal e o retorno do equilíbrio das contas públicas. O caminho indicado pela Firjan é correto, e seria bem mais eficaz do que o atual rumo, dependente demais de aumento de impostos. Diz Eugênio:
Se tivermos um pacto da nação para a construir bases sólidas para o futuro, poderia dizer que vamos ter um segundo trimestre medíocre e depois vamos adiante. Se continuar nessa sopa, não tenho a menor esperança. Depende apenas de nós, ninguém vai nos ajudar. Ou a sociedade brasileira dá um jeito através de seus representantes no Congresso e de seus representantes no governo, ou não temos jeito. Se não apoiarmos o ministro Levy, será a mesma coisa que jogá-lo no abismo.
[...]
É fundamental elogiar o trabalho gigantesco que o ministro Levy está fazendo. Ele está fazendo um esforço fenomenal para tentar ter uma base para o crescimento. Eu fico pasmo como um líder industrial pode falar sobre pescoço, forca etc. Sem o Levy, estaríamos quebrados. Estamos agregando a necessidade de cortar gastos correntes.
[...]
Temos que fazer rapidamente o reordenamento das nossas contas públicas. Se não tivermos o equilíbrio fiscal, não vamos voltar a crescer e não vamos destravar os investimentos. Isso é fundamental para a confiança. Precisamos ir adiante na confiança. Não podemos imaginar que o fiscal vem apenas pelo aumento de carga tributária. Uma coisa impressionante é que em 2008 os gastos correntes públicos estavam em torno de 3% do PIB e isso simplesmente dobrou. Propomos que o gastos correntes sejam reduzidos em 0,7% ao ano para se chegar em 2018 no mesmo nível de 2008. Isso é uma questão de sustentação política para que o Executivo possa fazer o que precisa que seja feito.
[...]
O governo precisa ter a coragem de vender ativos. Uma coisa que nós fazemos como pessoa física. As empresas estão constantemente vendendo ativos quando têm problemas. No caso do Banco do Brasil, o governo pode manter o controle financeiro, mas pra que a União precisa ter algo diferente de 50,1% de participação acionária? Nós chegamos ao limite de tentar enxugar gelo, de dar jeitinhos. Eu prefiro vender tudo. Se quiser vender todas as participações de empresas financeiras que pertencem à União, como toda a Europa fez, isso daria 14% do PIB. Por que a União precisa sustentar distribuidoras de energia elétrica e geradoras públicas se existem as privadas? O que o Estado brasileiro agrega de valor nesse domínio? Isso vai dar fôlego ao equilíbrio fiscal, vai dar credibilidade aos agentes econômicos brasileiros e estrangeiros, vai trazer eficiência às prestadoras de serviços.
[...]
Quem ganha algum favor não gosta de perdê-lo. Quando o empresário advoga a manutenção de alguma facilidade, isso vem para compensar algum custo adicional e ineficiências que o Estado impõe. Estamos advogando que passemos além dessas discussão e construamos um país competitivo não importando esses detalhes. Queremos que o Estado brasileiro reduza suas despesas, possa crescer e não precise arrecadar mais do setor produtivo.
Em linhas gerais, impossível discordar. Um estado gestor, empresário, não faz o menor sentido, pois além da ineficiência na gestão, há o constante risco de corrupção. É preciso privatizar todas as estatais! No mais, a meta de redução das despesas estatais em relação ao PIB é factível e desejável: o custeio da máquina aumentou muito, e ninguém notou diferença nos serviços, melhoria que justificasse tanto aumento. Pelo contrário!
O presidente da Firjan toca no nervo da questão quando diz que os empresários se acostumaram com facilidades estatais para compensar o fardo imposto pelo próprio estado, o “Custo Brasil”. É hora de um grande pacto em nome da competitividade, e isso pressupõe abrir mão desse modelo. O BNDES, por exemplo, tem sido um grande empecilho, ao concentrar privilégios com seus subsídios e levar os empresários a “investirem” em lobby em vez de produtividade.
O estado muito ajuda quando não atrapalha. Se ele mantiver suas finanças ajustadas contendo as despesas, simplificar as regras do jogo e não intervir tanto na economia, o resto funciona. A indústria precisa parar de olhar para o estado como a solução, pois ele tem sido o problema.
Aproveitando o falecimento recente de John Nash, podemos explicar isso pelo famoso dilema dos prisioneiros. Quando cada empresário busca compensações e vantagens no estado, o resultado final é ineficiente para todos. Se eles pudessem chegar a um acordo de ninguém mais tentar tirar vantagens dos outros, adotando uma regra igualmente válida para todos, então teríamos o ponto ótimo de Pareto.
O único problema na proposta da Firjan é que temos o PT e Dilma no poder. Ou seja, a chance dela ser seguida pelo governo é praticamente nula…
Rodrigo Constantino

Brasil atinge a pior colocação da história em competitividade global com o PT



Fonte: GLOBO
Nunca antes na história deste país! Agora sim, o ex-presidente pode usar seu bordão, mas para dar uma péssima notícia:atingimos o pior patamar da história no índice de competitividade global:
O Ranking de Competitividade Global 2015, divulgado nesta quarta-feira pelo International Institute For Management Development (IMD), traz mais uma má notícia para o Brasil. Pelo quinto ano seguindo o país perdeu posições no ranking, caindo da 54ª para a 56ª posição em um grupo de 61 países, a pior colocação desde que a pesquisa foi lançada, em 1989. O estudo, que no Brasil é realizado com a colaboração da Fundação Dom Cabral, analisa a capacidade dos países de criar e sustentar um ambiente sustentável para a competitividade das empresa.
Os Estados Unidos mantiveram-se no primeiro lugar, como a economia mais competitiva do mundo, seguidos por Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá. Entre os países latino-americanos, o Chile, no 35º lugar, é o mais bem colocado, à frente do México, que ficou em 39º.
À perda de posição na atual edição do estudo, ressalta o estudo, somam-se as perdas ocorridas nos últimos cinco anos, refletindo uma queda total de 16 posições desde 2010, último ano em que o país apresentou ganhos relativos de competitividade (alcançou a 38ª posição na lista), de acordo com a Metodologia do IMD. O resultado é que na edição de 2015 o padrão de competitividade do Brasil supera apenas os de Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela.
[...]
Dos quatro pilares analisados para medir a competitividade dos países — desempenho da economia, eficiência do governo, eficiência empresarial e infraestrutura, considerados —, o Brasil perdeu posições em todos na avaliação deste ano.
Quanto ao desempenho da economia, o Brasil experimentou a maior perda, caindo oito posições em relação a 2014. Pesaram nesse recuo o crescimento de 0,1% do PIB, contra uma expansão de 2,3% do PIB mundial, a deterioração das contas públicas e a alta da inflação. Os escândalos de corrupção, especialmente o desvendado pela Operação Lava Jato, envolvendo a Petrobras, tiveram contribuição direta na piora desse indicador.
O que comentar? O PT tem se esforçado com esmero para destruir o Brasil, e vai conseguir! Éramos uma economia fechada? Conseguiu piorar isso. Éramos corruptos? Atingiu o estado da arte e institucionalizou a corrupção, além de banalizá-la. Tínhamos excessiva burocracia? Piorou. Nossa infraestrutura era capenga? Tente exportar seu produto por nossos portos hoje! Nossa carga tributária era muito alta e complexa? Calma que vai aumentar! E por aí vai.
É tudo isso uma vergonha! Um país que necessita urgentemente de reformas LIBERAIS coloca por 16 anos no poder um partido esquerdista, estatizante, que acredita no papel do estado empresário como locomotiva do progresso. O que esperar disso? Está aí o resultado: ladeira abaixo no ranking de competitividade. Depois preferimos culpar a “exploração” dos bem-sucedidos por nossa miséria e por seu sucesso, enquanto demandamos mais estado ainda. Haja paciência!!!
Rodrigo Constantino

Caso Fifa: Marco Polo Del Nero sumiu de Zurique

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, deixou o Congresso da Fifa, em Zurique. Ele não participou das atividades da entidade realizadas pela manhã, deu saída à tarde do hotel Bau Al Lac, e deixou o país. Não se sabe se ele estaria voltando ao Brasil. A Fifa não deu informações sobre Del Nero e disse que "para assuntos sobre o senhor Del Nero, favor consultar a CBF". A assessoria da CBF disse desconhecer a viagem de Del Nero.
A Fifa manteve a eleição para presidente para a manhã desta sexta-feira, apesar do escândalo envolvendo seus dirigentes. Joseph Blatter, atual presidente, busca seu quinto mandato. (Com informações de Leslie Leitão, de Zurique)

IMB- Quando moradia deixou de ser mercadoria: o desastre soviético

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"Moradia não é mercadoria" é uma frase muito repetida entre ativistas em defesa da moradia popular.


Entendo aqui 'moradia' como unidades de habitação, principalmente casas e apartamentos. Já 'mercadoria' é algo produzido para ser vendido no mercado, destinado ao comércio, e que não é uso do produtor.


A vasta maioria das moradias hoje em dia pode ser considerada mercadoria, dado que é produzida e vendida por incorporadoras e imobiliárias que não moram nos edifícios que produziram. Assim, a proposta por trás dos ativistas que repetem essa frase é a de fazer com que a moradia deixe de ser produzida e vendida pelo mercado imobiliário, passando a ser planejada e distribuída pelo poder público. O objetivo seria torná-la mais acessível dado o atual déficit de moradias, que é uma das causas dos altos preços do mercado imobiliário.


Só que essa proposta não é nova. Moradia já deixou de ser mercadoria durante um momento muito peculiar da nossa história, e de forma bem documentada, na União Soviética (URSS), abrangendo várias cidades da Europa Central e Oriental durante a maior parte do século passado. Hoje, é possível entender quais foram as principais consequências dessa política.


Várias cidades da antiga URSS aboliram o sistema de preços e implementaram uma economia planejada durante um período que durou entre 45 e 75 anos. Nesse espírito, também foi abolido o mercado imobiliário. Consequentemente, o que determinava a alocação de densidades e de usos residenciais, comerciais e industriais não eram as demandas dos moradores na condição de consumidores imobiliários, mas sim decisões burocráticas feitas com o intuito de minimizar os recursos investidos em imóveis com o objetivo de prover "moradia universal".


É difícil entender este sistema, tão diferente ele era do que estamos acostumados atualmente. Deixando de ser mercadoria, imóveis e terrenos não tinham preços. O planejamento se iniciava com estudos técnicos que determinavam a quantidade de terra necessária para construir apartamentos e fábricas. Ato contínuo, uma vez que a terra fosse alocada para um determinado uso, ela não mais podia ser vendida ou alugada para um terceiro, apenas devolvida para o governo caso nada fosse construído.


Esse princípio teve um grande impacto em indústrias que sofriam mudanças tecnológicas: fábricas se expandiam, mas não podiam se realocar, pois teriam um custo de mudança de terreno que não podia ser compensado por uma venda da fábrica original. Afinal, fábricas também não podiam ser tratadas como mercadorias.


Mesmo quando problemas tecnológicos e operacionais obrigavam administradores a mudar de local, os terrenos deste anel industrial não eram reciclados, mas sim mantidos industriais, só que com menos empregos e atividade industrial. A política industrialista da União Soviética levou a uma extrema concentração de indústrias dentro da região urbanizada.


Por exemplo, em Moscou, 32,5% da cidade construída é usada para fins industriais (embora parte esteja abandonada atualmente, pois a cidade ainda não conseguiu se regenerar). Em Paris, Seoul e Hong Kong são apenas 5%.


O mesmo processo era feito na determinação do uso comercial. É importante lembrar que, na verdade, não deveríamos chamar tal atividade de "comércio", mas simplesmente de "serviços", pois o comércio (pelo menos nas vias formais, já que o chamado "mercado negro" funcionava de forma abrangente) não existe quando se abole o conceito de mercadoria. Assim, muitos serviços como bancos, corretoras de imóveis, seguradoras etc. simplesmente não existiam nessas cidades. Adicionalmente, muitos serviços de educação, saúde e distribuição de alimentos eram feitos dentro de instalações industriais e não necessitavam de uma alocação específica de uso do solo na cidade.


A alocação de moradia também seguia a mesma lógica, mas com um pequeno detalhe: a quantidade de terra alocada para uso residencial foi mudando ao longo do período soviético de acordo com o desenvolvimento de tecnologias que permitiam um melhor aproveitamento da terra: a verticalização. Sistemas pré-fabricados de construção, que se tornaram universais para a construção de moradia nos países da Europa Central e Oriental dos anos 1960 em diante, permitiram blocos de apartamentos mais altos, diminuindo a necessidade de terra do ponto de vista dos planejadores e gerando cada vez densidades mais altas.


Os planejadores soviéticos avaliavam apenas quantitativamente as necessidades de moradia da população, sem se importar com a localização das construções na cidade. Ao mesmo tempo, os grandes terrenos em que ainda não haviam sido feitas construções eram encontrados mais facilmente nas periferias. Isso fez com que as zonas residenciais mais recentes — e mais distantes do centro — normalmente tivessem densidades mais altas por causa das alturas mais altas de edifícios que foram possibilitados ao longo do tempo.


O resultado urbano final em cidades nas quais isso teve maior impacto é o caminho oposto ao da cidade europeia tradicional, que possui maior densidade próximo do centro histórico — de maior demanda por moradia e por serviços — e que vai gradualmente diminuindo à medida que dele se distancia.


Moscou, onde essa política teve maior impacto, apesar de ainda possuir um centro histórico que concentra empregos e serviços, é uma das únicas cidades do mundo que possui periferias mais densas que as áreas centrais.


Ineficiência urbana


Uma das consequências urbanísticas deste tipo de planejamento foi o aumento das distâncias de deslocamento, uma vez que os moradores das periferias são obrigados a se deslocarem à área central onde se concentram os serviços. Se a maioria dos moradores se concentra nas periferias, o resultado agregado será pouco eficiente.


Se compararmos Moscou a Paris, a qual teve uma alocação espontânea de moradia e de serviços durante a maior parte do seu desenvolvimento urbano, a primeira possui 75% da área da segunda, mas com uma distância de deslocamento dos moradores 5% maior. Brasília, que também teve um planejamento totalmente centralizado, tem um desempenho ainda pior neste indicador: a distância de deslocamento dos seus moradores é semelhante à de Nova York, mas a capital brasileira tem uma área construída 10 vezes menor.


O custo de oportunidade de se manter terrenos abandonados ou subutilizados em regiões centrais da cidade — principalmente industriais, no caso de Moscou — também é muito significativo, contribuindo para a escassez de terra para moradia. Citando a economista Emily Washington, "Não faz sentido o uso industrial em terrenos onde as pessoas estão dispostas a pagar um prêmio para ter moradias".


O trabalho do urbanista Alain Bertaud mostra que, em 1991, quando o mercado imobiliário foi gradualmente sendo reintroduzido na Rússia após o fim da União Soviética, os preços de moradias próximas ao centro foram aumentando, mostrando uma clara falta de oferta de moradia nestes locais.


Escassez, burocracia e mercado negro


A falta de um sistema de preços — que é crucial para transmitir informações sobre oferta e demanda — também levou a uma grande escassez de moradias, principalmente durante a primeira metade do período soviético.


Durante a era Stalin, entre 1927 e 1955, a URSS não aumentou os baixíssimos índices de área construída per capita que já existia em 1917, de 4m2. A coabitação era frequente e necessária, com cerca de 35% da população vivendo em apartamentos compartilhados até o final da URSS. As filas de espera para se conseguir moradia levavam em torno de 10 anos. Era tanta burocracia envolvida no processo, que o governo russo identificou 56 tipos diferentes de moradia que poderiam ser conseguidos por 120 procedimentos distintos.


Dado que a compra, venda e troca de moradias era proibida (pois, lembremos, deixaram de ser mercadoria), estabeleceu-se um mercado negro de sublocação, que alguns autores estimam ter abrangido 10% de todas as unidades da cidade.


Também era frequente a transferência ilegal de endereço, já que também era necessário esperar alguns anos nas filas de registro para formalizar a troca. Apesar de não existirem estatísticas oficiais a respeito de moradores de rua, relatórios secretos da URSS reportam cifras em torno de 500 mil pessoas.


Mesmo assim, as principais cidades, como Moscou, eram símbolos para o resto do país e para o resto do mundo, recebendo um investimento desproporcionalmente maior em moradia quando comparada às demais cidades soviéticas. A quantidade e a qualidade da moradia produzida, por exemplo, em zonas rurais e industriais na Sibéria eram muito inferiores às dos centros urbanos. No entanto, para piorar a situação, o controle quantitativo de moradia e a constante escassez nas cidades devido à rápida industrialização criaram a política da propiska, uma espécie de passaporte migratório interno, que proibia os moradores de zonas rurais de migrarem para os centros urbanos.


O fim da arquitetura


Uma das propostas da política de moradia da URSS era promover a habitação coletiva e a igualdade de moradia para todos. Nesse sentido, havia um modelo de bloco habitacional a ser seguido durante cada época, e que não levava em conta as preferências e particularidades dos cidadãos. Isso resultou na pasteurização modernista da cidade soviética, a repetição de projetos assépticos visando à redução numérica do déficit habitacional — o qual, mesmo assim, não foi resolvido.


No contexto soviético, pode-se dizer que isso decretou o fim da arquitetura residencial, dado que uma única solução era escolhida para resolver a necessidade de todos.


Muitos podem criticar as "selvas de concreto" de cidades como São Paulo ou Nova York, nas quais há uma variação radical no tamanho, forma e estilo de cada projeto arquitetônico. Mas o fato é que sua variabilidade de edifícios — mesmo que dentro das legislações estabelecidas — permite que cada cidadão possa escolher a arquitetura de sua preferência. O mercado imobiliário, neste cenário, visa a atender as diversas preferências de seus consumidores, as quais também mudam de forma dinâmica junto com os hábitos e com as tecnologias existentes a cada época.


Um forte indício disso é que, com o fim da vontade de se morar longe das regiões centrais — tendência essa que impulsionou o espraiamento urbano até os anos 1980 —, hoje existe uma tendência forte entre incorporadoras de produzir apartamentos menores, bem localizados e com um relacionamento mais conectado entre a edificação e a cidade. Tanto Nova York quanto São Paulo são protagonistas em seus respectivos países em liderar este movimento de transição.





Vista da parte sul de Manhattan, em Nova York, do 102o andar do Empire State. Foto: luvi @ Flickr


Moradia é mercadoria


O relato sobre moradias na União Soviética mostra empiricamente algumas das consequências negativas de se fazer com que a moradia deixe de ser tratada como mercadoria. É importante ressaltar que os problemas observados não foram resultado de falhas técnicas no planejamento ou de um conceito errôneo de moradia adotado, mas sim da eliminação do sistema descentralizado de preços, o qual, quando funciona livremente, gera feedbacks constantes de informação entre oferta e demanda.


Por meio do sistema de preços, cada cidadão, ao voluntariamente alugar, comprar, desenvolver (ou não) um determinado imóvel em uma determinada localização, e fazer dele o que mais lhe aprouver, está fornecendo ao mercado informações cruciais sobre sua preferência. E, ao fazer isso, ele envia aos outros indivíduos e empresas informações instantâneas sobre a situação deste mercado.


Tentar abolir novamente o mercado imobiliário com o intuito de planejar a cidade de uma forma diferente — e ao gosto de planejadores e burocratas — gerará problemas da mesma natureza do modelo imobiliário soviético, pois tal medida arbitrária não responde às demandas da população de forma dinâmica. Imóveis vazios ou subutilizados continuarão existindo, embora dispersos pela cidade em vez de estarem concentrados em uma região inteiramente zoneada.


O déficit habitacional e os altos valores das moradias, alvos da luta pela moradia popular, deveriam ser atacados em sua raiz, sem alterar a característica dinâmica de preços. O que, afinal, torna nossos imóveis tão caros? Um estudo realizado em 2005 pelos economistas Edward Glaeser e Joseph Gyourko intitulado "The Impact of Zoning on Housing Affordability" aponta forte correlação entre regulação do uso do solo e acessibilidade à moradia, podendo resultar em um aumento de até 50% no valor imobiliário de uma determinada região.


São inúmeros os motivos que contribuem para elevar os preços de moradia, desde restrições artificiais de oferta (limites de densidade; de altura de edificações; recuos de ajardinamento; leis de zoneamento) a alterações nos projetos (como número obrigatório de vagas de garagem e leis que incentivam a subutilização dos térreos), passando por custos na atividade de incorporação (custos legais de passar pela aprovação dos órgãos públicos; custo do risco legal de legislações que não deixam claro o que pode ou não ser feito em um determinado terreno; custo de oportunidade do tempo entre a compra do terreno e espera de um determinado projeto ser efetivamente aprovado na Prefeitura; impostos e encargos trabalhistas).


[Nota do editor: além de todos esses fatores, é crucial também ressaltar, para o Brasil, a política de crédito fácil do governo federal voltada para o setor imobiliário. Um financiamento de imóveis feito por bancos estatais — Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil — paga juros muito abaixo da SELIC. Atualmente, a SELIC está em 13,25%, mas o BB cobra juros de apenas 6,15% no financiamento da compra de imóveis. A Caixa cobra 7,34%. Trata-se de um banquete para os especuladores imobiliários, e uma tragédia para os mais pobres, que sofrem as consequências do aumento dos preços]


Tudo isso contribui para um aumento significativo no preço dos imóveis em centros urbanos altamente demandados.


O resultado do estudo de Glaeser conclui que as cidades norte-americanas que possuíam menos restrições do uso do solo tinham seus preços mais próximos dos seus custos de construção, dado o equilíbrio de mercado entre oferta e demanda por moradia. Em um centro urbano inserido em uma economia de mercado é contraditório lutar contra uma grande oferta imobiliária e, ao mesmo tempo, a favor de preços acessíveis.


Enfim, para termos uma cidade eficiente, diversa, dinâmica e, ao mesmo tempo, acessível, não devemos fazer com que a moradia deixe de ser mercadoria, mas sim que ela seja uma mercadoria acessível a todos.

Anthony Ling é formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFRGS,

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Quem delatou?

Marin: quem foi?
Marin: quem  mais?
Uma dúvida ronda quem acompanha de perto as investigações do FBI no caso Fifa: quem mais teria envolvido José Maria Marin no rolo?
Não foi apenas J. Hawilla. Nos depoimentos de Hawilla, ele é citado de passagem.
Por Lauro Jardim

“Eleitores de Dilma e Nicolás Maburro deveriam se penitenciar ficando por um mês de joelhos sobre o milho e comendo brócolis cru. E ainda é pouco!” (Mim)

“Regime comunista é pior que cólica renal.” (Mim)

“Estamos perdidos no mato e o cachorro está morto.” (Mim)

“O povo da Venezuela está esperando por Lula. Perguntam: Não foi ele que ajudou eleger este merda?” (Cubaninho)

“A solidão me fez dar razão aos meus inimigos. Não é fácil me aturar.” (Climério)

“Estou caindo pra segunda divisão. Até a vovó do Chapeuzinho Vermelho me esnoba.” (Climério)

“Ontem cortaram meu telefone. De raiva fiquei por horas falando sozinho só para mostrar o quanto eles perderam em impulsos.” (Climério)

“O comunismo é um regime que agrada pessoas menores que precisam de um estado controlador para nivelar as suas mediocridades.” (Eriatlov)

“Abertura em Cuba? Só de pernas.” (Cubaninho)

Liberdade

Liberdade, liberdade para sempre poder voar!
Liberdade, liberdade para sempre sonhar!
Fuja passarinho, fuja das gaiolas vermelhas! 

DE PIKETTY A POL POT, A LUTA CONTRA A DESIGUALDADE por Roberto Rachewsky. Artigo publicado em 27.05.2015

Piketty é um best seller, não porque as pessoas se interessam por economia, mas porque elas acreditam em algo metafisicamente impossível, que deveríamos ser todos iguais.
Ao criticar a desigualdade, o economista francês transformou seu livro em uma Bíblia para os ressentidos, uma espécie de manual para a superação do que seria o mal nesta era da pós modernidade, a de que somos todos absolutamente diferentes, o que para eles é sinônimo de injustiça.
Não é à toa que tiranos genocidas como Pol Pot se inspiraram nos pensadores e filósofos da França, onde o germe do igualitarismo, do coletivismo fraterno, vem sendo cultivado, ali, há séculos e especialmente no séc XX, como nunca antes havia sido.
Pol Pot foi o grande promotor da justiça segundo os ditames da escola de pensamento francesa, que quer que sejamos todos iguais, mesmo que para isso, tenhamos que ser aniquilados para que nossas diferenças sejam eliminadas.
Ninguém colocou em prática as teses comunistas com maior afinco, do que o líder do Khmer Vermelho, que baniu a propriedade privada, suprimiu a liberdade, expulsou as populações das cidades, matou os mais ricos, depois matou os mais sábios, depois matou os mais inteligentes, depois matou os mais espertos, depois matou os mais saudáveis, até que, finalmente foi tirado do poder.
Tivesse continuado, aniquilaria a população inteira, pois seu objetivo de fazer com que todos fossem iguais, ainda não havia sido alcançado e é certo que jamais seria, porque onde há um ser humano com vida, há um indivíduo, e onde há dois indivíduos, há dois seres humanos com propósitos e habilidades diferentes.
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http://robertorachewsky.blogspot.com.br/ 

Pessimildo e o impeachment



48% dos brasileiros estão pessimistas em relação ao futuro.

É o que mostra uma pesquisa inédita do Ibope, reproduzida por José Roberto de Toledo, no Estadão.

O mesmo grau de pessimismo foi atingido pela última vez em setembro de 1993, depois dos estragos produzidos por Fernando Collor.

O impeachment, naquela época, reergueu o Brasil. Só o impeachment pode reerguê-lo agora.

O Antagonista

“Estou aqui para o que der e vier e para correr também.” (Mim)

Na contramão do mercado

gas
Gás natural mais caro
Apesar das promessas do governo e de Joaquim Levy no comando da economia, a política de preços de energia no Brasil continua na contramão da lógica do mercado.
Nesta semana, a Petrobras subiu o preço do gás natural – logo o gás natural que, no mercado internacional, tem caído mais do que o do petróleo.
Por Lauro Jardim

Cunha vence, Câmara reverte decisão estúpida tomada na terça e vota a favor da constitucionalização das doações de empresas; esquerda sofre derrota fragorosa

A Câmara aprovou, por 330 votos a 141, a constitucionalização da contribuição de empresas privadas  a campanhas eleitorais. O resultado reverte a decisão absurda tomada nesta terça. Vamos lá.
Durou pouco a festa dos que estavam comemorando “a derrota” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. Eu mesmo apanhei bastante de alguns leitores porque, num post de ontem, afirmei que Cunha havia logrado também uma vitória: ter dado início à votação da reforma política. Nesta terça, como escrevi aqui, a Câmara havia tomado uma decisão estúpida, que empurrava o sistema político para a clandestinidade e o deixava à mercê de máfias. Por quê? Não se obtiveram os 308 votos necessários para constitucionalizar a doação de empresas privadas. Foram apenas 266. Maioria, sim, mas insuficiente. Ora, sem isso, ficaria valendo então a opinião da maioria do Supremo, contrária a esse tipo de doação. É mesmo? Então quem financiaria?
Chamei a decisão de absurda porque o “não” à contribuição das empresas implicava o financiamento público de campanha, automaticamente. Se o dinheiro não sai do setor privado, terá de sair do estado. Eventuais doações de pessoas físicas não dariam conta do custo. Pior de tudo: o caixa dois comeria solto.
De tal sorte a decisão de terça tinha sido cretina que, numa votação nesta quarta, a Câmara rejeitou também a constitucionalização do financiamento público. Nesse caso, não é que a proposta não tenha atingido os 308 votos necessários para mudar a Constituição; ela foi amplamente rejeitada: apenas 163 votos a favor, contra 240. Notaram a barbaridade? Nem financiamento público nem financiamento privado. É? E quem arrumaria o dinheiro? O Espírito Santo?
Alguém poderia objetar: “Ah, mas isso não é matéria para estar na Constituição; nem uma coisa nem outra!” É mesmo? E por que a questão está hoje sendo decidida num tribunal constitucional? Não foi a OAB quem patrocinou uma Ação Direita de Inconstitucionalidade no Supremo, alegando que o financiamento de empresas agredia a isonomia e tornava a eleição passível da influência do poder econômico? Então que se mude a Constituição, Ora, quando mais não seja para que o tribunal se sinta contemplado.
A verdade é que, de fato, isso tudo seria desnecessário se o Supremo reconhecesse que não lhe cabe legislar sobre eleições — e é o que ele está fazendo, sob o absurdo patrocínio da OAB. Afinal, o Congresso já expressou a sua vontade: está clara na Lei 9.504, que permite o financiamento de empresas. Fosse o caso de mudar, alguém já teria proposto e aprovado lei com outro conteúdo.
Muito bem! O texto que foi rejeitado na terça permitia o financiamento de empresas e de pessoas físicas a partidos e candidatos tomados individualmente. Nesta quarta, a emenda aglutinativa aprovada tem conteúdo diferente: constitucionaliza os financiamentos público (por intermédio do fundo partidário) e privado, com doações de pessoas físicas e jurídicas. Segundo o texto aprovado, no entanto, as contribuições poderão ser feitas apenas aos partidos, não aos candidatos.
Não vejo motivos para a especificação — até porque é muito fácil burlá-la. Não vejo por que instituir uma restrição que, na prática, não será observada. E que se note: Cunha não recorreu a manobra regimental nenhuma. Se querem chamar de manobra política, vá lá. O fato é que o texto aprovado nesta quarta não tinha sido ainda submetido ao plenário. Logo, é mentira que tenha votado de novo o que já tinha sido rejeitado.
O resultado foi muito eloquente, reitero: 330 optaram pela constitucionalização das doações de empresas. Os 141 que que votaram contra, quero crer, gostariam de cortar verbas dos investimentos, da saúde, da educação, da infraestrutura etc. para transferi-las para as campanhas. Ou é isso ou queriam, então, se entregar às máfias do caixa dois.
Se Cunha foi derrotado na terça, então ele saiu vitorioso na quarta. E, nesse caso, o país ganhou com ele.
E não posso encerrar sem esta nota: o partido mais entusiasmado com o financiamento público era o PT, justamente a legenda que caiu de boca no mensalão e no petrolão. E que, em 2013, ano não-eleitoral, arrecadou R$ 79 milhões junto a empresas privadas. Com quais argumentos? A evidência da anormalidade está no fato de que PSDB, PMDB e PSB arrecadaram, juntos, R$ 46,5 milhões. E é essa gente que vem falar contra doações privadas? Outros que também queriam, com muita energia, proibir a doação de empresas eram os representantes do PC do B, aquele partido que foi flagrado num conúbio incestuoso com ONGs que atuavam no Esporte.
Sempre que Jandira Feghali fala com tanta ênfase em defesa da moral e dos bons costumes, o meu alarme contra as transgressões à moral e aos bons costumes dispara.
Nota final – A PEC da reforma política tem de ser aprovada por três quintos de deputados (308) e senadores (49), em duas votações em cada Casa. O Senado pode, se quiser, mudar o texto da Câmara (desde que a questão volte a ser examinada por essa Casa) e restituir a contribuição também a candidatos.
Texto publicado originalmente às 23h04 desta quarta
Por Reinaldo Azevedo

“Desconfie da seriedade do lugar onde só trabalham mulherões. Salvo se for um bordel de luxo.” (Climério)

MENO MALE- Câmara aprova fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos

“Em casa de cozinheira ruim quem engorda é o cachorro.” (Mim)

“Na maioria das lojas, o preço das Muletas Psico são salgados: 15% do salário pela vida toda.” (Filosofeno)