segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
PROBLEMAS NATURAIS
Tempo virá em que uma pesquisa diligente e contínua esclarecerá aspectos
que agora permanecem escondidos. O espaço de tempo de uma vida, mesmo se
inteiramente devotada ao estudo do céu, não seria suficiente para investigar um
objetivo tão vasto... Este conhecimento será conseguido somente através de
gerações sucessivas. Tempo virá em que os nossos descendentes ficarão admirados
de que não soubéssemos particularidades tão óbvias a eles... Muitas descobertas
estão reservadas para os que virão, quando a lembrança de nós estará apagada. O
nosso universo será um assunto sem importância, a menos que haja alguma coisa
nele para ser investigada a cada geração... A natureza não revela seus
mistérios de uma só vez.
Sêneca, Problemas Naturais Livro 7, século I
ENCANTAMENTO CONTRA DOR DE DENTE
Na antiguidade, nos costumes e nas
conversas do dia-a-dia, os acontecimentos mais mundanos eram relacionados com
os principais eventos cósmicos. Um exemplo interessante é o encantamento contra
o verme que os assírios de 1.000 a.C. imaginavam que provocava a dor de dente.
Ele começa com a origem do universo e termina com a cura para a dor de dente:
Após Anu ter criado os céus,
E os céus terem criado a terra,
E a terra ter criado os rios,
E os rios terem criado os canais,
E os canais terem criado o pântano,
E o pântano ter criado o verme,
O verme procurou Shamash
chorando,
Suas lágrimas se derramando diante de
Ea: "O que me darás como comida, O que me darás para beber?"
"Eu te darei o figo seco E o
damasco."
"O que representam eles para mim?
O figo seco E o damasco! Eleve-me, e entre os dentes
E as gengivas deixe-me morar!...
"Por teres dito isto, ó verme,
Possa Ea destruir-te com a força da Sua mão!
(Encantamento contra dor de dente).
O tratamento: Cerveja de segunda classe... e óleo que tu deverás misturar; O encantamento, tu deverás recitá-lo três vezes seguidas e então colocar a poção sobre o dente.
(Encantamento contra dor de dente).
O tratamento: Cerveja de segunda classe... e óleo que tu deverás misturar; O encantamento, tu deverás recitá-lo três vezes seguidas e então colocar a poção sobre o dente.
Nossos ancestrais ansiavam compreender
o mundo, mas não conseguiram encontrar um método. Imaginaram um universo
pequeno, fantástico e arrumado, no qual as forças dominantes eram deuses como
Anu, Ea e Shamash. Neste universo os seres humanos desempenharam um papel
importante, senão central. Estamos intimamente entrosados com o resto da
natureza. O tratamento da dor de dente com cerveja de segunda classe estava
associado aos mais profundos mistérios cosmológicos.
Fragmento do livro COSMOS, de Carl
Sagan
E AÍ QUADRÚPEDE?
E aí Maduro? Acordou bem hoje? Já calçou suas ferraduras de prata, comeu alfafa e estercou?
MANADA
Uma grande manada de estúpidos, sujos, observe. São porcos nas praias e outros lugares públicos; bandidos nas estradas; desrespeitam seus vizinhos fazendo baderna a qualquer hora; estudam apenas o suficiente para conseguir uma boca estatal; votam com o bolso e se acham espertos. Não é por nada que estamos num barco sem rumo e atordoados.
NO PARAÍSO
No paraíso Lula é Adão e Dilma é Eva. Deus
pergunta:
-Quem comeu o fruto proibido?
-Eu não sei de nada- diz Lula.
-Eu não sei de nada- diz Dilma.
Deus irritado manda os dois para o inferno para
sempre.
*Em tempo, a serpente era o Zé Dirceu.
A VIDA É UM PESADO GRACEJO- SCHOPENHAUER
Se considerarmos a vida objetivamente, é duvidoso que ela seja preferível ao nada. Atrever-me-ia até a dizer que se a reflexão e a experiência pudessem fazer um acordo, elevariam a voz em favor do nada. Se batêssemos nas pedras dos sepulcros e perguntássemos aos mortos se querem ressuscitar, moveriam negativamente a cabeça. É esta a opinião de Sócrates na Apologia de Platão. O alegre e feliz Voltaire dizia: “Amamos a vida, porém o nada não deixa de ter o seu lado bom”. Em outra parte dizia: “Ignoro o que seja a vida eterna, mas esta é um pesado gracejo”.
BANANAS
Aconchegadas na fruteira
São elas irmãs verdes deitadas
Ouvindo as conversas da casa
Em absoluto silêncio
Enquanto esperam pelo amarelo doce do amadurecer.
DE CABO A RABO
Queria um país de dirigentes austeros
Severos
Mas o que temos?
Meros gastadores
Descomprometidos
Vivendo o faz de conta da responsabilidade
Num país pra lá de falido
Corrompido até o último fio de cabelo.
PREGUIÇA
Acordando hoje com dois quatis nas costas
Exaltando a siesta mexicana
Lembrei-me da história do sujeito
Que de preguiça morria de fome na cama
Foi então que alma boa
Ofereceu-lhe vida afora
Arroz com casca em qualquer demanda
Para aplacar sua fome a qualquer hora
Sabendo disso o sujeito
Do arroz com casca e não cozido
Agradeceu do vivente a nobre fidalguia
Mas que ante o trabalho da descasca
A boa morte preferia.
MUI CORDIAL
O grande animal corre pela estrada
Na curva difícil tomba
O motorista jaz
A carga se dilacera
O motorista agoniza
O povo cordial saqueia.
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