sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
THE NEW YORK PUTZ- PF prende quatro executivos de empreiteiras por desvios na transposição do São Francisco
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira quatro representantes das construtoras OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa, suspeitos de terem participado de um esquema que desviou 200 milhões de reais das obras de transposição do rio São Francisco. As prisões temporárias, que duram inicialmente cinco dias, ocorreram nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Distrito Federal.
Fachin e a reinvenção da roda
Dora Kramer, no Estadão, noticia a inquietação entre ministros do Supremo com a vontade de Luiz Edson Fachin, militante petista, ou mais precisamente dilmista, de estabelecer um novo rito para o impeachent:
"Assim que se conheceu a posição de Fachin, na quarta-feira, 9, houve inquietação entre ministros do STF que tomaram a iniciativa de se movimentar em sentido contrário, sob o argumento de que o colega estaria querendo reinventar a roda sem ter prerrogativa para isso.
O rito do impeachment está estabelecido em lei datada de 1950 e foi com base nela que o Supremo, nas manifestações dos ministros Rosa Weber e Teori Zavascki, recentemente determinou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deveria seguir rigorosamente o que está escrito naquela norma: a decisão é atribuição exclusiva do presidente da Casa."
Em resumo, para tentar salvar Dilma Rousseff, o ministro Fachin, além de contrariar a lei e o princípio da independência entre os Poderes, vai de encontro a decisões recentes de Rosa Weber e Teori Zavascki.
Outro absurdo, noticiado pelo Antagonista, é que a mudança no rito teria de passar pela sanção de Dilma, ré de um processo de impeachment já em andamento.
O Antagonista
Harvard esconde "Esteves Hall'
Lauro Jardim informa que a Harvard Business School tirou da internet a página do Esteves Hall. Como revelou O Antagonista, no dia 25 de novembro, o local foi batizado em homenagem a André Esteves após uma gorda doação de US$ 25 milhões para a instituição.
O Antagonista
O Antagonista
Jornal Valor lanceta tumor do crime fiscal (pedaladas) do governo Dilma
O documento publicado na nota a seguir, é prova de crime fiscal. Ele denuncia as pedaladas na CEF e BB: subsídios concedidos a setores, além de acobertamento dos crimes fiscais do governo para ajudar a campanha eleitoral.
“A preocupação de Arno Augustin era produzir números na área fiscal para não prejudicar o debate eleitoral.
‘Tudo no governo foi decidido considerando o calendário eleitoral’, diz um integrante do primeiro escalão à época.
‘O Arno não pagava a Caixa porque queria um resultado fiscal melhor. Achava que isso melhorava as expectativas às vésperas da eleição’, confirma um colega do ex-secretário.
"O resultado das contas públicas estava inflado em 290,5%”.
Políbio Braga
Stédile
“Stédile disse certa vez em Caracas que a ‘elite de mierda’ quer derrubar Dilma. Pois é, nós somos de merda, mas quem fede é ele.” (Eriatlov)
DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- domingo, agosto 31, 2008 POR QUE LEMOS?
Em artigo para El País, o escritor espanhol Luisgé Martín propõe uma questão curiosa: ler serve para algo bom? São menos corruptos, despóticos, coléricos ou violentos aqueles que leem? Segundo o autor, a leitura tem uma utilidade sensorial e uma utilidade prática, mas talvez não tenha nenhuma utilidade ética, que é a que mais se apregoa. “No setor editorial e no mundo literário – um castelo de homens cultos, de cultivadores desse grande bem espiritual que é a leitura – se encontraria a maior concentração de indivíduos biliosos, astuciosos, hipócritas, vaidosos, desequilibrados e tortuosos que conheço. Inclusive, é claro, eu mesmo”.
O escritor faz algumas perguntas: são menos corruptos os que leem? São menos despóticos em seus trabalhos ou em suas casas? Respeitam mais os sinais de tráfico? Sentem menos cólera, sabem dominá-la melhor? Têm maior clarividência política? São menos violentos? E conclui que ler nem sempre traz proveito.
Sou leitor compulsivo, daqueles que andam sempre munidos de um livro ou jornal. Sofro de uma enfermidade que certos criadores de palavras chamam de biblioagorafobia, ou seja, medo de estar em um espaço público sem um livro na mão. Certa vez, ao revisitar meus pagos, um pedritense que eu não via há décadas, comentou: “me lembro de ti. Quando guri, sempre andavas com um livro debaixo do braço”. Até hoje ando. Há quem pense que estou sozinho quando estou sozinho em um bar. Nada disso. Estou sempre bem acompanhado, seja com um autor, seja com vários. Assim, na condição de leitor compulsivo, me reservo o direito a algumas considerações.
Por que lemos? Meu estímulo inicial foi o fascínio de conseguir decifrar aqueles sinaisinhos. Eu devorava o que me caísse nas mãos, fosse jornal, revista em quadrinhos ou bula de remédio. Li muito a Reader’s Digest em meus dias de campo. A revista, se alguém dela lembra, tinha artigos em seis colunas. Bom, eu lia na reta, seguindo sempre a mesma linha de uma coluna a outra. Não era fácil entender o texto com este método. Enfim, ao final da página eu acabava pondo ordem no relato. Lia muito rápido e misturava sílabas. Durante muito tempo, contei histórias de fábulos. Só bem mais tarde, me dei conta que eram búfalos.
Até aí, o encantamento pela decifração. À medida que lia, o interesse passava a ter outro foco. A leitura, fosse ficção, fosse jornalismo, me trazia notícias de mundos distantes. Ou de épocas distantes. Aos quinze anos, já estava lendo Platão e o Quixote. Sem sair de casa, eu tinha noções da Grécia de antes de Cristo e da Espanha cervantina. Nunca me ocorreu ler tendo como objetivo o aprimoramento moral. Lia para conhecer o mundo e tentar entendê-lo. Foi graças à leitura que consegui libertar-me do jugo da religião, que me fora enfiada goela abaixo quando adolescente.
Lia muito Tarzan na época. Não apenas a revista em quadrinhos, mas também os livros de Edgar Rice Burroughs. Tarzan, em meio à selva, aprendera a ler sozinho. Descobrira livros em uma casa abandonada na floresta e tentou decifrar aqueles sinais. Dava a cada letra um valor fonético, criando assim um idioma próprio. God, para Tarzan, era Bulutumanu. Como chegou lá, não me lembro. Mas sempre me tocou este gesto, de alguém que consegue aprender a ler sem professor.
No ginásio, líamos muito, eu e um pequeno grupo de alunos. Para desconforto dos padres que eram nossos professores. Se hoje há professores que lamentam que os alunos não leem, naqueles dias nossos professores preferiam que não lêssemos tanto.
Hoje, sexagenário, continuo lendo, talvez com mais sofreguidão do que quando jovem. Durante muito tempo li ficções. Não só li, como traduzi. As ficções me traziam construções intelectuais que propunham mundos imaginários, mas factíveis. Um belo dia, concluí que as ficções não passavam de contos de fada para adultos. E deixei-as de lado. Claro que sempre vou revisitar o Quixote,Viagens de Gulliver ou 1984. Mas as ficções contemporâneas, nunca mais. Tenho me dedicado atualmente à leitura de ensaios, particularmente sobre história e religiões. São para mim muito mais envolventes que histórias inventadas.
E não estou conseguindo dar conta destas leituras. Deve ter uma boa meia centena de livros em minha cabeceira. Ainda não dei cabo de livros da antepenúltima viagem. Talvez nem os leia. Nas viagens seguintes, encontrei títulos que me atraíram mais. Um livro acaba relegando outro à estante dos não-lidos. Uma das coisas que certamente lamentarei em minha viagem rumo ao Grande Nada, será não ter lido o que me propus ler.
Volto à questão proposta por Luisgé Martín. O articulista não vê a leitura como algo que conduza necessariamente a um patamar mais nobre em nossa existência. Eu também não vejo, nem creio que uma pessoa leia para se tornar mais sublime. O mundo está cheio de canalhas esclarecidos, de pessoas que leem muito para melhor enganar seus semelhantes. Por exemplo, os padres. Ou os psicanalistas. Mesmo os marxistas. A seu modo, como os judeus, os marxistas eram também homens do Livro. A leitura pode libertar. Mas pode também ser um tóxico poderoso. É faca de dois legumes, como diria Lula.
Pelo menos no que a mim diz respeito, leio para entender o mundo e a mim mesmo. Leio também para curtir a beleza. Um poema de Pessoa ou Hernández, um libreto de Da Ponte, são vinhos que nos inebriam a alma.
Livros aproximam pessoas. Certa vez, em Paris, sentei em um café com Sobre Heroes y Tumbas em punho. Já o havia lido há muito, mas dava mais uma olhadela em Sábato para montar minha tese. A meu lado, sentou-se uma menina com El Túnel. O namoro começou ali mesmo. Martín Fierro é outro ponto de encontro. Fiz grandes amizades mundo afora em torno a José Hernández. Um leitor de Fierro sempre adora conversar com outro leitor de Fierro.
Ainda em Paris, ao sentar-me no Deux Magots, um garçom me abordou:
- C’est vrai, Monsieur. Qu’est ce que vous désirez?
Cerveja, é claro. Mas não entendi bem a abordagem. Só fui dar-me conta quando voltei ao livro. Eu estava lendo Les Hommes ont soif, de Arthur Koestler.
Há leituras e leituras, é claro. Nesta minha última viagem, navegando pela costa norueguesa, fiquei contente em ver pessoas munidas de livros, alguns com calhamaços com cerca de mil páginas. Povo culto, pensei. Ledo engano. Sempre que vejo alguém lendo algo, tento ver o título. Tentei e vi. Melhor não tivesse tentado. Profunda decepção com a Noruega. Não encontrei um título decente. Havia muita gente lendo Paulo Coelho - em norueguês -, outros tantos Harry Potter ou o Código da Vinci. Isso sem falar naqueles best-sellers ianques, de autores que vendem milhões mas de cujo nome nem lembro.
Ou seja: ler pode significar muita coisa. Ou coisa nenhuma.
O escritor faz algumas perguntas: são menos corruptos os que leem? São menos despóticos em seus trabalhos ou em suas casas? Respeitam mais os sinais de tráfico? Sentem menos cólera, sabem dominá-la melhor? Têm maior clarividência política? São menos violentos? E conclui que ler nem sempre traz proveito.
Sou leitor compulsivo, daqueles que andam sempre munidos de um livro ou jornal. Sofro de uma enfermidade que certos criadores de palavras chamam de biblioagorafobia, ou seja, medo de estar em um espaço público sem um livro na mão. Certa vez, ao revisitar meus pagos, um pedritense que eu não via há décadas, comentou: “me lembro de ti. Quando guri, sempre andavas com um livro debaixo do braço”. Até hoje ando. Há quem pense que estou sozinho quando estou sozinho em um bar. Nada disso. Estou sempre bem acompanhado, seja com um autor, seja com vários. Assim, na condição de leitor compulsivo, me reservo o direito a algumas considerações.
Por que lemos? Meu estímulo inicial foi o fascínio de conseguir decifrar aqueles sinaisinhos. Eu devorava o que me caísse nas mãos, fosse jornal, revista em quadrinhos ou bula de remédio. Li muito a Reader’s Digest em meus dias de campo. A revista, se alguém dela lembra, tinha artigos em seis colunas. Bom, eu lia na reta, seguindo sempre a mesma linha de uma coluna a outra. Não era fácil entender o texto com este método. Enfim, ao final da página eu acabava pondo ordem no relato. Lia muito rápido e misturava sílabas. Durante muito tempo, contei histórias de fábulos. Só bem mais tarde, me dei conta que eram búfalos.
Até aí, o encantamento pela decifração. À medida que lia, o interesse passava a ter outro foco. A leitura, fosse ficção, fosse jornalismo, me trazia notícias de mundos distantes. Ou de épocas distantes. Aos quinze anos, já estava lendo Platão e o Quixote. Sem sair de casa, eu tinha noções da Grécia de antes de Cristo e da Espanha cervantina. Nunca me ocorreu ler tendo como objetivo o aprimoramento moral. Lia para conhecer o mundo e tentar entendê-lo. Foi graças à leitura que consegui libertar-me do jugo da religião, que me fora enfiada goela abaixo quando adolescente.
Lia muito Tarzan na época. Não apenas a revista em quadrinhos, mas também os livros de Edgar Rice Burroughs. Tarzan, em meio à selva, aprendera a ler sozinho. Descobrira livros em uma casa abandonada na floresta e tentou decifrar aqueles sinais. Dava a cada letra um valor fonético, criando assim um idioma próprio. God, para Tarzan, era Bulutumanu. Como chegou lá, não me lembro. Mas sempre me tocou este gesto, de alguém que consegue aprender a ler sem professor.
No ginásio, líamos muito, eu e um pequeno grupo de alunos. Para desconforto dos padres que eram nossos professores. Se hoje há professores que lamentam que os alunos não leem, naqueles dias nossos professores preferiam que não lêssemos tanto.
Hoje, sexagenário, continuo lendo, talvez com mais sofreguidão do que quando jovem. Durante muito tempo li ficções. Não só li, como traduzi. As ficções me traziam construções intelectuais que propunham mundos imaginários, mas factíveis. Um belo dia, concluí que as ficções não passavam de contos de fada para adultos. E deixei-as de lado. Claro que sempre vou revisitar o Quixote,Viagens de Gulliver ou 1984. Mas as ficções contemporâneas, nunca mais. Tenho me dedicado atualmente à leitura de ensaios, particularmente sobre história e religiões. São para mim muito mais envolventes que histórias inventadas.
E não estou conseguindo dar conta destas leituras. Deve ter uma boa meia centena de livros em minha cabeceira. Ainda não dei cabo de livros da antepenúltima viagem. Talvez nem os leia. Nas viagens seguintes, encontrei títulos que me atraíram mais. Um livro acaba relegando outro à estante dos não-lidos. Uma das coisas que certamente lamentarei em minha viagem rumo ao Grande Nada, será não ter lido o que me propus ler.
Volto à questão proposta por Luisgé Martín. O articulista não vê a leitura como algo que conduza necessariamente a um patamar mais nobre em nossa existência. Eu também não vejo, nem creio que uma pessoa leia para se tornar mais sublime. O mundo está cheio de canalhas esclarecidos, de pessoas que leem muito para melhor enganar seus semelhantes. Por exemplo, os padres. Ou os psicanalistas. Mesmo os marxistas. A seu modo, como os judeus, os marxistas eram também homens do Livro. A leitura pode libertar. Mas pode também ser um tóxico poderoso. É faca de dois legumes, como diria Lula.
Pelo menos no que a mim diz respeito, leio para entender o mundo e a mim mesmo. Leio também para curtir a beleza. Um poema de Pessoa ou Hernández, um libreto de Da Ponte, são vinhos que nos inebriam a alma.
Livros aproximam pessoas. Certa vez, em Paris, sentei em um café com Sobre Heroes y Tumbas em punho. Já o havia lido há muito, mas dava mais uma olhadela em Sábato para montar minha tese. A meu lado, sentou-se uma menina com El Túnel. O namoro começou ali mesmo. Martín Fierro é outro ponto de encontro. Fiz grandes amizades mundo afora em torno a José Hernández. Um leitor de Fierro sempre adora conversar com outro leitor de Fierro.
Ainda em Paris, ao sentar-me no Deux Magots, um garçom me abordou:
- C’est vrai, Monsieur. Qu’est ce que vous désirez?
Cerveja, é claro. Mas não entendi bem a abordagem. Só fui dar-me conta quando voltei ao livro. Eu estava lendo Les Hommes ont soif, de Arthur Koestler.
Há leituras e leituras, é claro. Nesta minha última viagem, navegando pela costa norueguesa, fiquei contente em ver pessoas munidas de livros, alguns com calhamaços com cerca de mil páginas. Povo culto, pensei. Ledo engano. Sempre que vejo alguém lendo algo, tento ver o título. Tentei e vi. Melhor não tivesse tentado. Profunda decepção com a Noruega. Não encontrei um título decente. Havia muita gente lendo Paulo Coelho - em norueguês -, outros tantos Harry Potter ou o Código da Vinci. Isso sem falar naqueles best-sellers ianques, de autores que vendem milhões mas de cujo nome nem lembro.
Ou seja: ler pode significar muita coisa. Ou coisa nenhuma.
HISTORIADORA: OSSADAS NÃO IDENTIFICADAS SÃO UMA FARSA
A historiadora Myrian Luiz Alves, que desde 1996 participa de expedições à procura restos mortais de guerrilheiros no Araguaia, diz que integrantes da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), da Presidência da República, sabem o paradeiro de ossadas que sumiram do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “Isso é uma grande farsa”, diz ela, ex-militantes do PCdoB, partido que protagonizou a guerrilha do Araguaia.
PROPAGANDA
Myrian acha que a Comissão e a SDH não identificam ossadas porque “luta contra ditadura” é assunto útil para a imagem do governo petista.
VIL METAL
A suspeita é de roubo das ossadas de dois guerrilheiros, há dois anos, para forçar o aumento do valor da indenização a ser cobrada da União.
BOLADA LOTÉRICA
A Justiça fixou em 2003 multa diária para forçar o governo a achar as ossadas. Acumulada e corrigida, a multa soma hoje R$ 200 milhões.
Cláudio Humberto
PROPAGANDA
Myrian acha que a Comissão e a SDH não identificam ossadas porque “luta contra ditadura” é assunto útil para a imagem do governo petista.
VIL METAL
A suspeita é de roubo das ossadas de dois guerrilheiros, há dois anos, para forçar o aumento do valor da indenização a ser cobrada da União.
BOLADA LOTÉRICA
A Justiça fixou em 2003 multa diária para forçar o governo a achar as ossadas. Acumulada e corrigida, a multa soma hoje R$ 200 milhões.
Cláudio Humberto
DIÁRIO DO IDIOTA SEM PEJO- Coreia do Norte tem bomba de hidrogênio, diz Kim Jong-un
E o povo muita fome. E muitas prisões para dissidentes. E no mundo uma boa turma de imbecis que apoia essa barbaridade.
STJ derruba tese de advogados e estraga Natal de figurões da Lava Jato
VEJA
Nos últimos dias, os advogados mais importantes do país lotam o plenário das sessões da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na expectativa de que o recém-empossado ministro Ribeiro Dantas, que assumiu a relatoria dos processos da Operação Lava Jato, convencesse os demais ministros de que existem argumentos capazes de interromper os quase cinco meses de cadeia de figurões como o presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e de permitir que os executivos das maiores empreiteiras do país passem o Natal em casa. Na última semana, ouviram do próprio Dantas, ministro apadrinhado pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o diagnóstico de que as prisões no maior escândalo de corrupção do país representavam um "julgamento de exceção". Desde então, conforme revelou VEJA, cada ministro que julgaria os casos da Lava Jato passou a estar sob a maior pressão de suas carreiras, com ameaças de dossiês e promessas de boicotes em indicações.
O voto de Ribeiro Dantas, permeado por um rosário de críticas às decisões do juiz Sergio Moro, deu esperanças - ou a quase certeza - de que o STJ iria sucumbir e liberar em massa empreiteiros da Lava Jato presos desde junho. O entendimento do relator, contrário às evidências colhidas pela Força-tarefa da Lava Jato, era o de que personagens do escândalo do petrolão, como o próprio Odebrecht, poderiam ser colocados em liberdade por não haver risco de cometerem crimes e nem de continuarem a atuar no bilionário esquema de fraudes em licitações na Petrobras. Mas o esperado "saidão de Natal" dos empresários não se consolidou. E em boa medida por causa dos votos do ministro Félix Fischer.
Na sessão desta quinta, depois de Ribeiro Dantas ter votado pela liberdade do executivo Rogério Araújo, ligado à construtora Odebrecht, Fischer pediu vista e adiou a conclusão do processo que poderia levar à liberdade do empresário. A concessão do habeas corpus a Araújo era interpretada como a senha para que, na sequência, Marcelo Odebrecht também pudesse ir para casa. Os dois foram presos no mesmo dia, 19 de junho, por razões semelhantes: suspeitas de envolvimento no desembolso de propina a ex-dirigentes da Petrobras e fraude em contratos na estatal. O caso específico do presidente do Grupo Odebrecht não foi pautado hoje porque havia pedidos de vista feitos há mais tempo, como o relativo ao publicitário Ricardo Hoffmann, ligado ao deputado cassado e ex-petista André Vargas.
O destino de Marcelo Odebrecht pelas mãos do STJ deve ser analisado na próxima terça-feira, 15, mas agora com parcas chances de êxito. No caso de Rogério Araújo, apenas o relator Ribeiro Dantas votou por conceder a liberdade. Ainda que Dantas tenha afirmado com todas as letras que "inexiste elemento concreto a indicar a presença de risco de reprodução delitiva", a tendência é que os ministros da 5ª Turma atestem que Odebrecht deve continuar atrás das grades por ainda oferecer risco às investigações sobre o propinoduto que sangrou os cofres da Petrobras e pelo fato de o executivo, em liberdade, poder usar empresas da holding para camuflar indícios e provas do esquema de formação de cartel, fraude em licitações e corrupção de agentes públicos.
Nos últimos dias, os advogados mais importantes do país lotam o plenário das sessões da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na expectativa de que o recém-empossado ministro Ribeiro Dantas, que assumiu a relatoria dos processos da Operação Lava Jato, convencesse os demais ministros de que existem argumentos capazes de interromper os quase cinco meses de cadeia de figurões como o presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e de permitir que os executivos das maiores empreiteiras do país passem o Natal em casa. Na última semana, ouviram do próprio Dantas, ministro apadrinhado pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), o diagnóstico de que as prisões no maior escândalo de corrupção do país representavam um "julgamento de exceção". Desde então, conforme revelou VEJA, cada ministro que julgaria os casos da Lava Jato passou a estar sob a maior pressão de suas carreiras, com ameaças de dossiês e promessas de boicotes em indicações.
O voto de Ribeiro Dantas, permeado por um rosário de críticas às decisões do juiz Sergio Moro, deu esperanças - ou a quase certeza - de que o STJ iria sucumbir e liberar em massa empreiteiros da Lava Jato presos desde junho. O entendimento do relator, contrário às evidências colhidas pela Força-tarefa da Lava Jato, era o de que personagens do escândalo do petrolão, como o próprio Odebrecht, poderiam ser colocados em liberdade por não haver risco de cometerem crimes e nem de continuarem a atuar no bilionário esquema de fraudes em licitações na Petrobras. Mas o esperado "saidão de Natal" dos empresários não se consolidou. E em boa medida por causa dos votos do ministro Félix Fischer.
Na sessão desta quinta, depois de Ribeiro Dantas ter votado pela liberdade do executivo Rogério Araújo, ligado à construtora Odebrecht, Fischer pediu vista e adiou a conclusão do processo que poderia levar à liberdade do empresário. A concessão do habeas corpus a Araújo era interpretada como a senha para que, na sequência, Marcelo Odebrecht também pudesse ir para casa. Os dois foram presos no mesmo dia, 19 de junho, por razões semelhantes: suspeitas de envolvimento no desembolso de propina a ex-dirigentes da Petrobras e fraude em contratos na estatal. O caso específico do presidente do Grupo Odebrecht não foi pautado hoje porque havia pedidos de vista feitos há mais tempo, como o relativo ao publicitário Ricardo Hoffmann, ligado ao deputado cassado e ex-petista André Vargas.
O destino de Marcelo Odebrecht pelas mãos do STJ deve ser analisado na próxima terça-feira, 15, mas agora com parcas chances de êxito. No caso de Rogério Araújo, apenas o relator Ribeiro Dantas votou por conceder a liberdade. Ainda que Dantas tenha afirmado com todas as letras que "inexiste elemento concreto a indicar a presença de risco de reprodução delitiva", a tendência é que os ministros da 5ª Turma atestem que Odebrecht deve continuar atrás das grades por ainda oferecer risco às investigações sobre o propinoduto que sangrou os cofres da Petrobras e pelo fato de o executivo, em liberdade, poder usar empresas da holding para camuflar indícios e provas do esquema de formação de cartel, fraude em licitações e corrupção de agentes públicos.
Horário de Verão
Que sono!
Não duvido
Que a ideia desse horário de verão
Veio da mente do cão
Pois mexendo no relógio
Mexeu também com o meu biológico
Que meio biruta ficou.
Pois mexendo no relógio
Mexeu também com o meu biológico
Que meio biruta ficou.
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