sábado, 28 de fevereiro de 2015

“Pedro, essa nem eu consigo salvar. Venda minhas ações na Petrobras.” (Deus)

“Quando ninguém mais desejar se favorecer do estado talvez tenhamos uma nação.” (Filosofeno)

“O patrão da minha mulher deu para ela um automóvel de presente. Eu ainda não descobri o que ela deu para ele.” (Climério)

“Eu não me importo de limpar banheiro, desde que não seja com a língua.” (Mim)

"Meu fígado finalmente se revoltou."(Climério)

“O catolicismo quase me matou com esse negócio de pecado. Teve uma época que até para lavar eu tinha receio de pegar no pinto com medo de ir para o inferno. Arre!” (Climério)

“Sempre fui um péssimo aluno em matemática. Quando conseguia tirar nota 1 a família realizava uma passeata comemorativa.” (Mim)

“Infinitos são os números naturais e minha burrice matemática.” (Mim)

“Gostaria de ver o mundo com outros olhos. Mas ninguém quer me emprestar os seus.” (Mim)

“Se não fosse um verme gostaria de ter nascido ruga.” (Will Verme)

“Quando do meu primeiro orgasmo pensei estar tendo um AVC.” (Climério)

“Meu pai fui músico de zona. Eu tentei ser inquilino.” (Climério)

"Deus escreve certo por linhas tortas porque é um borracho." (Pócrates)

“Nos meus tempos de escola só tive um amor: a merenda.” (Fofucho)

“Mesmo sendo mortais somos extremamente arrogantes.Fossemos imortais quem no universo nos suportaria?” (Eriatlov)

“Algumas mulheres passaram pela minha vida e deixaram flores de recordação. Outras galhos e dívidas. ” (Climério)

“É preciso conhecer psicologia para entender os meus patrões. Eles precisam primeiro brigar para depois praticar sexo. Serão doentes?” (Bilu Cão)

“Não pense o contrário. Nós também somos nojentos. Não é qualquer porcaria de cadáver que comemos.” (Will Verme)

“Uma namorada me levou para conhecer seus pais. O velho dela quase morreu engasgado com sopa. A velha pegou num rosário e não largou mais.” (Assombração)

“Em bailes só danço com mulheres bonitas. De feio basta eu.” (Assombração)

A GAZETA DO AVESSO- Luiz Inácio é indicado para receber o Premio Camões pelo conjunto de sua obra literária

A GAZETA DO AVESSO- Nicolas Maduro é indicado para o Nobel da Paz

“O socialista deseja resolver a desigualdade no mundo. Mas não com o dinheiro dele.” (Eriatlov)

“Não posso dizer se a morte é uma coisa boa ou ruim. Até hoje eu nunca morri.” (Pócrates)

“O que eu acho ridículo? Colocar roupa em cachorro eu acho muito ridículo.” (Bilu Cão)

“Não sonho em ser gente. São muitos compromissos e problemas psicológicos.” (Leão Bob)

“Minha mãe diz que não devemos comer franceses sem antes lavá-los bem.” (Leão Bob)

“Quem votou no PT não precisa cometer suicídio em prol do remorso. Basta deixar de ser besta.” (Eriatlov)

“O álcool só é amigo dele mesmo.” (Filosofeno)

“Não é fácil ser ateu. Agora é Deus que tenta provar que eu não existo.” (Mim)

“Não vou a festas aonde irão também hienas. A conversa, o andar, o riso, eu não suporto. Minha ira me faz ter vontade de comê-las.” (Leão Bob)

“Os medíocres não conhecem espelhos. Saem pelo mundo sempre procurando culpados pelos seus males.” (Filosofeno)

NOTÍCIAS DO PAÍS DO JABUTI- MAIS DE 80 MIL VAGAS DE EMPREGO FORMAL FORAM FECHADAS EM JANEIRO

DO PT PARA VOCÊ, COM TERNURA, É CLARO!-Gasolina terá novo aumento a partir da meia-noite

O aumento valerá para os seguintes estados: Paraná, Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e para o Distrito Federal.

O BRASIL SOFRE DE HOMONÍMIA

O Brasil sofre de homonímia

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O ex-presidente Lula afirmou que o esquema de corrupção na Petrobras, responsável pelo desvio de pelo menos R$ 88,6 BILHÕES, foi uma “caca”.
Caca ou não, as análises políticas estão recheadas de equívocos. No sentido etimológico do termo, ou seja, aequi + vox, chamar pelo mesmo nome dois fenômenos distintos, causando ambiguidade ao se usar a mesma palavra para tratar de coisas completamente diferentes.
Basta ver como foram interpretados dois eventos recentes. Na terça (24), no Rio de Janeiro, um grupo uniformizado com a camiseta do PT fez um ato “em defesa da Petrobras” (frise-se que esta foi a propaganda do ato, e não o motivo-em-si do ato, categorizado metafisicamente). Um homem que os criticou foi cercado pelos militantes uniformizados e agredido com socos, chutes e voadoras.
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Na quinta-feira anterior (19), o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o pior ministro da Fazenda da história do país, incapaz de ser defendido até mesmo pela estrepitosa militância do PT, foi vaiado nas dependências do rico hospital Albert Einstein, em São Paulo. Reconhecido por menos de meia dúzia de pessoas sentadas no café do hospital, ouviu de algumas pessoas frases como “não tem vergonha, não?” e “vai pro SUS”, esta de uma senhora idosa que mal levantou a voz – sem ninguém sequer erguer-se das cadeiras.
O caso veio a público, por alguma razão misteriosa, exatamente na mesma terça-feira, através de sites que fazem propaganda para o PT em forma de “noticiário”.
Ambos os eventos foram descritos por jornalistas e defraudadores do ofício por palavras como “hostilidade”, “expulsão”, “espiral de intolerância”, “agressão”, “ataque” e afins, como se ambos os casos fossem da mesma espécie ou do mesmo gênero – como se tivessem características em comum que os igualassem no mesmo escalão, sendo então sempre comparados quando se comentasse os fatos relevantes da semana.
A linguagem possui muitas camadas subcutâneas, em uma capilaridade turbulenta que costuma até entrar em confronto consigo própria. O que jornais costumam fazer ao narrar um fenômeno de rivalidade entre dois grupos de pessoas é utilizar o que o poeta Ezra Pound chama de “linguagem de diplomatas”: um vocabulário abstrato, frio, genérico, etéreo e nuvioso, para evitar palavras fortes que possam ser tomadas como ofensivas a uma e outra parte.
Se tal linguagem serve a diplomatas, é justamente porque estes querem esconder suas verdadeiras intenções, vontades e opiniões do interlocutor, aferrando-se à cortesia, polidez e decoro do ambiente e da situação. No jornalismo, esta busca por uma falsa “isenção”, aliada à sua irmã-gêmea malévola, a proditória “neutralidade”, tem como resultado tratar o leitor como um pseudo-amigo que deve ser tapeado com luvas de pelica, para continuar considerando amável o seu charlatão.
flavio3Ora, o que aconteceu no evento da Petrobras no Rio de Janeiro e no hospital Albert Einstein em São Paulo são coisas absolutamente distintas, que apenas parecem ter algum aspecto em comum caso sua descrição seja esbulhada da sua situação real e recriada ad hoc com termos genéricos, num místico e brumaceiro mundo de palavras que podem significar uma coisa, talvez outra, porventura ainda outra, quiçá até o seu oposto.
No entanto, é com tal nomenclatura feita para tapear o interlocutor que as notícias chegam: houve “hostilidade” no evento na Petrobras e “confronto entre manifestantes e grupo de ativistas” (ainda que as imagens mais chocantes mostrem uma manada de militantes uniformizados com camisetas do PT cercando um único homem com repetidas agressões físicas), mas Guido Mantega também teria sido “agredido”, “expulso” (muitas vezes com felizes aspas do original), “atacado” (acrescido de “por oposição”, como se alguém estivesse pedindo votos anti-PT, ou mesmo com uniformes do PSDB ou de qualquer partido), “posto para fora”, “enxotado”, “escorraçado”, “rechaçado” – ainda que apenas tenha ouvido palavras desagradáveis sobre sua gestão da economia do brasileiro (digamos, uma “caca”), e tenha escolhido sem força nenhuma se retirar do local.
flavio4Assim, ambos os eventos, que são tão similares entre si quanto uma furadeira é análoga a uma berinjela, são antepostos lado a lado, como se guardassem similitudes em parecença, substância e consequências até em nível ontológico. Como se chamar uma agressão em bando, com socos, chutes e voadoras de militantes petistas uniformizados, e algumas pessoas perguntarem se Guido Mantega não tem vergonha de estar ali (sua saída do ambiente em segurança indica a resposta), fosse simplesmente “hostilidade”, por igual.
Um portal de notícias pró-PT, financiado por ninguém menos do que Daniel Dantas, o banqueiro que é síntese do sistema econômico de empresa-Estado na gestão petista, ao comentar sobre Mantega, tascou que a “intolerância política no Brasil atinge níveis inaceitáveis de incivilidade, que prenunciam um neofascismo no País; agressões têm sido promovidas por forças políticas que se mostram incapazes de conviver numa democracia”. Outro site afirma que eram “nazistas” (num hospital judaico, na típica inversão de carrasco e vítima do nazismo feita pela esquerda).
Um brasileiro perguntar se um ministro que esculhambou o bolso de todos os brasileiros “não tem vergonha” de usar um caro hospital particular enquanto prega o SUS para o povão, e pedir que ele utilize o mesmo sistema que propagandeia em troca de poder político, é “neofascismo”. Mesmo que sejam judeus na platéia, isto é “nazismo”. Pois é uma “agressão” (verbal). Portanto, quem somos nós, não-petistas, pessoas normais, para criticar a agressão em bando dos petistas “pró”-Petrobras?
O editor da revista petista Fórum, quase uma voz oficial do partido, Renato Rovai, ameaçou: “E se Guido Mantega tivesse reagido?”. Afirmou que o “legítimo direito de defesa democrático permitiria ao ex-ministro Mantega partir para cima dos seus agressores com um litro de água e sabão exigindo que eles lavassem a boca para se referir a ele”. Não se conhece nenhuma “legítima defesa” no Código Penal que permita tal agressão física contra quem quer que questione ou mesmo chame de “safado” um ministro em público.
flavio5Porém, para Rovai, o “radicalismo” e as “ações bárbaras” dos “fascistas”, que teriam feito com que o ex-ministro fosse obrigado a engolir ”a vergonha e a dor de ser tratado de forma tão violenta”, indica que essa gente “precisa ser desmoralizada e confrontada, porque eles estão ultrapassando todos os sinais da sensatez, da civilidade, do respeito ao próximo e da democracia”, afinal, “ninguém é obrigado a levar desaforo para casa. Não se pode mais em nome de não arrumar confusão deixar que os fascistas sigam fazendo seu trabalho de humilhação e de desconstrução dos direitos civis e políticos conquistados nesses país (sic) a duras penas.”
Não se sabe que dura pena teria qualquer pessoa sofrido para que houvesse o “direito civil” ou “político” de algum político se tornar inquestionável em público e poder enfiar fisicamente um litro de água e sabão na boca de alguém que ouse “se referir a ele”, ou de se proibir um xingamento levíssimo a qualquer político. Pelo contrário: as duras penas sofridas até hoje foram para limitar os poderes de políticos.
Assim, já que se pode descrever o evento do Albert Einstein como “agressão” (ainda que, na verdade, apenas por metáfora não violenta a uma verdadeira agressão), e o evento na Petrobras também como “agressão”, para o editor da revista Fórum, se Mantega tivesse “partido para cima”, ele “estaria mais do que certo”, pois teria “reagido como fizeram os sindicalistas”.
Chamar um político que retrai o PIB de “safado”, agora, é o mesmo “fascismo” dos membros de um Partido político que quer se tornar o próprio Estado, e que recusa qualquer iniciativa de limitar ou diminuir o poder político do Partido-Estado, agredindo pessoas na rua trajando uniformes, em bando, no 10 contra 1.
Este é um fenômeno lingüístico conhecido como homonímia. Trata-se de dois ou mais conceitos completamente diferentes, mas que são referidos em uma língua pela mesma palavra – como a manga da camisa e a fruta.
São as palavras mais buscadas e trabalhadas pela “linguagem de diplomatas” de Ezra Pound, pois permitem que se diga algo levando alguém a acreditar que um dito é de tal matiz, quando na verdade é de outro. Identificando o discurso vazio, falseador, ludibriador e oco de tal linguagem, Pound conseguia identificar poetas ruins, que eram puro palavrório sem conteúdo.
Lula é um ás nesta arte: basta lembrar que ele chamou a corrupção na Petrobras, da qual seu partido e seus indicados são os protagonistas, de “caca” – algo que diz respeito à sua própria gestão. Deixe-se os sinônimos de “caca” à verbalização imaginativa do leitor.
Homonímia é já o segundo estratagema da “dialética erística” de Arthur Schopenhauer, que busca explicar os meios pelos quais se usa os desvãos do pensamento para mentir e tapear o oponente: “Usar a homonímia para tornar a afirmação apresentada extensiva também àquilo que, fora a identidade de nome, pouco ou nada tem em comum com a coisa de que se trata; depois refutar com ênfase esta afirmação e dar a impressão de ter refutado a primeira.”
A diferença aplicada por seres humanos do escol de Renato Rovai, os blogs progressistas e até os jornalistas que se engabelam para não soarem “radicais” é que, na técnica denunciada por Schopenhauer, eram adversários terçando palavras – agora, são “informadores” e “formadores de opinião” que se fingem de amigos para incutir a Torre de Babel em uma língua só.
flavio6Agressão? A única agressão cometida pela política nessa semana foi do PT. Ou melhor, do PT e dos aliados do PT. Na vizinha Venezuela do déspota Nicolás Maduro, que já trata o país como sua propriedade particular, amilícia fascistóide bolivariana assassinou um adolescente de 14 anos em um protesto contra o governo, visto que Maduro gerencia a economia inteira do país centralizando tudo em sua mão, sem cuidar nem de ter papel higiênico (num dos países com mais petróleo no mundo). O PT recusou assinar uma moção de repúdio da Câmara. Já os restos de aborto do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS) invadiram Tall Tamr, um vilarejo estratégico na Síria, e seqüestraram mais de 100 cristãos, entre homens (que acabam degolados na faca fria), mulheres (que viram escravas sexuais) e crianças (que já chegaram a ser crucificadas, enterradas vivas e atiradas de montanhas). É o grupo com quem Dilma Rousseff quer “diálogo”, e não ações militares, sendo ignorada vexaminosamente pelo mundo. E assim vai.
Por fim, resta a questão: por que todos os petistas insistem na obsolência e ainda chamam todos os seus adversários políticos, sejam liberais, social-democratas, conservadores ou (a maioria) pessoas de identidade política incerta ou inexistente, sempre de “fascistas”?
Ora, o fascismo foi resumido por Mussolini como “Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato”. Ou seja, toda a sociedade deve ser gerida pelo Estado. Como sabemos desde antes de Ludwig von Mises escrever “Ação Humana”, não existe uma entidade “Estado” que atue por si – são políticos, burocratas e funcionários aboletados que gerem esta incompreendida tecnologia. Logo, o fascismo é a sociedade dos funcionários públicos e empresas estatais pulverizando e subjugando toda economia, política e vida privada ao Estado.
flavio7Quando o ex-presidente Lula faz um ato “em defesa” da Petrobras, não diz quem está “ameaçando” a empresa que a torne carecente de defesa. Todos sabem quem realmente a ameaça. O que está dizendo é que, não importa quanto se roube e quanto a empresa se torne cabidão e prebenda disputada por gestores estatais, a Petrobras, em sua visão, e dos militantes petistas, deve ser “defendida” e conservada neste modelo – ou seja, continuar sendo fonte de dinheiro fácil para empreiteiros e doleiros, de poder para políticos, de empregos para futuros militantes.
É o sentido etimológico de sinecura: sine cura, “sem cuidado” – os empregos de fácil extorsão de dinheiro da população transferidos para o Estado, desprovidos de rigorosa auditoria. Com muito dinheiro e sem trabalho, são os funcionários das estatais que se tornam os futuros militantes mais aguerridos.
É o primeiro passo para o fascismo. John T. Flynn, antevendo a ascensão fascista e como o presidente americano Franklin Delano Roosevelt seguia exatamente o mesmo caminho, escreveu, em As We Go Marching, que o fascismo é a cartelização do setor privado, que passa a ser gerido por sindicatos, a burocracia imensa com setores cada vez maiores da economia sendo geridos pelo Estado, a “regulamentação” dos “produtores” (no único ponto em que discordam dos socialistas, que enxergam outra categoria de “produtores”), a pseudo-ascensão dos “trabalhadores” sob um enorme Estado-Babá, com mecanismos de previdência, educação social e afins (como a Carta del Lavoro de 1927, da qual nossa CLT é praticamente plágio) e, claro, forte propaganda estatal conclamando ao “orgulho nacional”.
É fácil enxergar qual o partido político no Brasil mais entusiasmado em abandonar o antigo socialismo e aplicar pari passu o modelo fascista de gerir a sociedade. Basta ver quem mais critica a economia das trocas livres do liberalismo, quem mais quer um Estado gigante, quem mais busca um Estado policial para manter sua propaganda intacta até nos maiores desastres – e sempre manejando uma imprensa obediente, com docilidade comprada com dinheiro do pagador de impostos.
E é justamente este partido que chama a todos os seus adversários de “fascista”. Justamente o único que o é em sua inteireza.
Se faltava o caráter militarista dos fascistas originais, o primeiro passo claro para sua consolidação se deu nesta semana, com as brigadas de estrelas vermelhas agredindo cidadãos inocentes nas ruas, justamente quando “defendem” que a Petrobras continue sendo a fonte de manutenção política do Partido-Estado. E com a propaganda incitando mais crimes dos militantes contra os não-subjugados.
A manutenção de poder e a busca de uma ordem no cassetete proibindo qualquer crítica aos políticos começou. Basta ver quem quer a liberdade e quem quer que os políticos tenham poder completo sobre nós.
Analista político, palestrante e tradutor. Escreve para jornais como Gazeta do Povo, além de sites como Implicante e Instituto Millenium. Em breve lançará seu primeiro livro pela editora Record.

O cúmulo da cara de pau: desigualdade cubana é culpa do… capitalismo!

Tenho uma regra que sigo religiosamente, sem jamais ter quebrado a cara com ela: jamais subestimar a cara de pau dos esquerdistas. Ela, assim como o universo de Einstein, tende ao infinito. Acha que exagero? Então veja a nova, publicada no NYT, ícone da esquerda caviar americana: a desigualdade cubana é culpa do capitalismo!
Com Cuba abrindo cada vez mais a porta para a iniciativa privada, o fosso entre os que têm e os que não têm — e entre brancos e negros — que a revolução procurou diminuir está cada vez mais evidente. E essa divisão deve crescer agora que os Estados Unidos estão aumentando a quantidade de dinheiro que os cubano-americanos podem enviar à ilha para US$ 8 mil por ano, bem acima dos US$ 2 mil, como parte do degelo histórico do presidente americano Barack Obama com Cuba.
[...]
— As remessas têm produzido novas formas de desigualdade, especialmente a desigualdade racial — explica Alejandro de la Fuente, diretor do Instituto de Pesquisa sobre Afrodescendentes na Universidade de Harvard. — Agora, as remessas estão sendo utilizadas para financiar ou criar empresas privadas, isto é, não apenas para financiar o consumo, como no passado.
[...]
Mas os mais pobres ficam frustrados ao verem o estado de bem-estar social se deteriorando e a vantagem que os cubanos com acesso a dinheiro de fora têm na nova economia.
— À medida que Cuba vem se tornando mais capitalista nos últimos 20 anos, vem se tornando também mais desigual — afirma Ted Henken, professor do Baruch College que estuda a economia cubana. — Essas favelas estão por toda a América Latina, e a tentativa da revolução de resolver a desigualdade foi eficaz até certo ponto e por um tempo. Mas, com o aumento do capitalismo, você tem algumas pessoas mais bem posicionadas para tirar proveito e outras não.
A obsessão da esquerda com a desigualdade é um fenômeno estranho, pois revela a inveja de seus membros, disfarçada de altruísmo e preocupação com os mais pobres. Notem que Cuba é um fosso de desigualdade hoje, pois a nomenklatura controla tudo e goza de privilégios e vida mansa, enquanto o restante da população vive na miséria. Mas não é essa desigualdade que incomoda a esquerda. É aquela entre os que antes estavam igualmente na miséria, e agora começam a prosperar um pouco em ritmo diferente.
Chamar Cuba de capitalista é uma piada de mau gosto. Mas o pouco de abertura que a ditadura comunista permitiu, por extrema necessidade, foi o suficiente para fazer com que alguns, mais ousados, empreendedores, esforçados ou sortudos, despontassem com algum sucesso comercial. Melhoraram de vida em relação aos demais miseráveis, mas sem subtrair nada deles. Não importa. O foco da esquerda não é a melhoria de vida de alguns com as tímidas reformas liberalizantes, mas o aumento da desigualdade entre eles e os que continuaram na mesma.
Eis aí a prova da infinita cara de pau da esquerda: já conseguiram culpar o capitalismo inexistente pelos problemas na ilha-presídio comunista. É mole ou quer mais?
Rodrigo Constantino

Rumo à Venezuela?


Rumo à Venezuela?

Por Maria Lúcia Victor Barbosa *
A Venezuela está mergulhada no caos econômico e político depois dos sucessivos desgovernos de Hugo Chávez e do seu genérico, Nicolás Maduro. E quando a economia vai mal não há governo que resista, sendo inúteis a propaganda enganosa e a lábia populista que visa iludir o povo.
Maduro, vendo o chão correr age como todo déspota apelando para a força bruta, as prisões arbitrárias, a tortura, a constante intimidação dos adversários, a perseguição à mídia e, recentemente, a autorizou o uso de armas letais contra manifestantes desarmados.
Existe também o surrado recurso á teoria conspiratória, que se conjuga à vitimização forjada em documentações e gravações falsas. Desse modo, o falsário Maduro se apresenta como vítima de uma conspiração que objetiva um golpe de Estado. Em última instância, seu assassinato. Para tornar a pantomina mais real manda prender o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledzma, que acusa de envolvimento nos protestos antigoverno de 2014. E como não podia faltar o tiranete da Venezuela põe a culpa de tudo nos Estados Unidos. Só faltou culpar Fernando Henrique Cardoso.
Recentemente a escalada de violência ceifou a vida de um jovem de 14 anos, morto com um tiro na cabeça quando participava de um protesto contra Maduro. Inventou-se, então, uma historinha segundo a qual manifestantes encapuzados tentaram rouba as motos de quatro oficias que dispararam e depois viram cair um corpo. De quem? Justamente do jovem “conspirador”.
 No seu relatório anual sobre o estado das liberdades no mundo, divulgado em 24 de fevereiro deste ano, a ONG Anistia Internacional, tão cara aos petistas, denunciou tortura e maus-tratos contra manifestantes e cidadãos venezuelanos. Indicou que pelo menos 43 pessoas morreram nos protestos de 2014 e 870 ficaram feridas. Houve violação dos Direitos Humanos e confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança, que contaram com apoio de grupos armados favoráveis ao governo. Ao menos 23 pessoas foram submetidas a torturas, espancamentos, ameaças de morte e violência sexual depois de serem presas pela Guarda Nacional e pelo Exército do Estado de Táchira.
A Anistia Internacional afirma ainda em seu relatório que 150 pessoas morreram nas prisões venezuelanas no primeiro semestre do ano passado. Também o Observatório Venezuelano de Prisões denunciou que entre 1999 e 2014, 6.472 presos morreram nas masmorras do país.
O que diz sobre isso o PT que se arvora em defensor de direitos humanos? Segundo nota afirma seu repúdio contra “quaisquer planos de golpe contra o governo de Nicolás Maduro.” “O Partido dos Trabalhadores tem acompanhado com atenção a situação politica venezuelana e expressa sua preocupação sobre fatos recentes que atentam contra a vontade popular”.  “O povo venezuelano deixou clara a opção pelo aprofundamento das políticas sociais iniciadas no governo Hugo Chávez”. Assina a nota de apoio incondicional a Maduro, Rui Falcão, presidente nacional do PT.
No evento em defesa da Petrobras (24/02/2015), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), esteve presente Lula da Silva. Foi defender a Petrobras que demoliu, a democracia que despreza, os direitos humanos à lá Chávez. Num momento de arroubo vociferou: “Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso”. “Também sabemos brigar”. “Sobretudo quando o Stédile (chefe do MST) colocar o exército dele nas ruas”.
Portanto, o presidente de fato, temendo perder seu projeto de poder transformou-se em agitador confundindo o Brasil com porta de fábrica. No ataque raivoso atentou contra o Estado Democrático de Direito, investiu contra a Constituição.
Reza a Constituição, Art. 5º – XVII – “é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar”. E no parágrafo XLIV, lê-se: “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático”.
O MST, com suas camisas e bandeira vermelhas, seus facões e enxadas a guisa de instrumentos de trabalho, sempre marchou unido como um grupo paramilitar. Seu histórico é de invasão de terras produtivas, destruição de gado, impedimento de funcionários das fazendas de ir e vir, ateamento de fogo às sedes, ameaça aos proprietários. Recorde-se que no ano passado Maduro enviou um de seus ministros ao Brasil para dar treinamento militar ao MST.
Em nota o Clube militar afirmou que só existe um Exército, o Exército brasileiro, o Exército de      Caxias. As demais instituições se calaram. Vale ainda lembrar, que enquanto o MST é recebido por autoridades, incluindo a presidente da República, o governo baixou seus punhos de aço contra os caminhoneiros por conta de uma greve que é justa. Estaremos indo rumo à Venezuela?
* Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

“Já não tive filhos para não ter que sustentá-los com o meu suor. Aí o governo me obriga a sustentar filhos de pais irresponsáveis?” (Climério)

“Os chupins governistas são insaciáveis. O bico pode ser pequeno, mas o estômago é de elefante.” (Mim)

“Não existe imposto justo. Existe roubo pequeno ou roubo grande.” (Eriatlov)

Merval Pereira: ‘Por um triz’

Publicado no Globo
MERVAL PEREIRA
O que era dito meio às escondidas nas reuniões da equipe econômica com os coordenadores políticos do governo, agora está escancarado nas reuniões com as diversas bancadas da suposta base aliada: se não aprovarem o pacote fiscal, fica mais próxima a perda do grau de investimento do Brasil.
A imagem do país no exterior já derreteu faz tempo, e a surrealista capa da revista inglesa “The Economist”, com uma passista de escola de samba debatendo-se num lodaçal, é o mais recente exemplo disso, depois de artigos os mais críticos possível da revista Time, do Financial Times, e por aí vai.
Não há mais quem acredite nas intenções do governo petista, e a credibilidade do país está suspensa por um fio tênue nas mãos do ministro da Fazenda Joaquim Levy. A grande pergunta dos investidores estrangeiros é até quando Levy agüentará a falta de apoio político do principal partido da base, o PT?
Se por um lado ele se tornou “indispensável”, por outro a presidente Dilma recusa-se a dar-lhe um aval público, mesmo por que ela não tem ascendência sobre a base petista. Essa seria uma tarefa de Lula, mas mesmo ele, fora da presidência e claramente desgastado com a sua criatura, pode muito, mas não pode tudo.
Se Levy saísse antes de completar o serviço, por impossibilidades políticas, seria uma tragédia para o governo. Mas mesmo assim ele não tem cacife político para impor sua visão, e joga com a possibilidade cada vez mais real de o país perder o grau de investimento para tirar do PT compromissos com a austeridade fiscal.
Quem assumiu sua tese foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que explicitou os perigos que espreitam o país caso não se dê uma demonstração de boa vontade com as regras do equilíbrio fiscal. Mas a posição do PMDB depende de que o PT também abrace o projeto do governo. Cunha não pretende assumir sozinho esse ônus, impopular como qualquer pacote de austeridade, os gregos que o digam.
Mas, logo em seguida, Cunha regrediu aos tempos em que os gastos eram incontroláveis, aumentando a remuneração dos senhores deputados, e até mesmo pagando passagens aéreas para os cônjuges, o que soa como escárnio não apenas para a opinião pública, mas para os credores internacionais.
O Brasil está na situação de uma empresa que precisa renegociar suas dívidas, e seus proprietários têm que dar demonstrações de austeridade que garantam a seriedade com que encaram a situação difícil. A nova equipe econômica conseguiu economizar R$ 10,4 bilhões em janeiro, que é o pior resultado para o primeiro mês do ano desde 2009, mas é um feito e tanto se pensarmos que fechamos em dezembro o ano de 2014 com um déficit primário de R$ 17,2 bilhões.
Mas o resultado, ainda insuficiente, foi alcançado à custa de um corte de mais de 30% de investimentos. A austeridade tem que ser de gastos, principalmente, mas também de comportamento. Um governo que recebe o rebaixamento do grau de investimento da sua principal empresa, a Petrobras, e, em vez de assumir sua parte da culpa, limita-se a dizer que a agência de risco tomou a decisão por não ter conhecimento de como a empresa funciona, definitivamente não pode ser levado a sério.
Um governo que lida com as acusações de corrupção contra si tentando constranger os investigadores, juízes e membros do Ministério Público, e organiza no Congresso uma manobra para que a CPI da Petrobras não dê em nada mais uma vez, quer uma solução à sua moda, e não se preocupa com os investidores, nacionais ou estrangeiros.
Um governo que quer que a Petrobras recupere sua credibilidade, mas ao mesmo tempo escolhe um presidente dentre os seus quadros mais confiáveis não do ponto de vista técnico, mas político, e também determina qual deve ser o nível de prejuízo a aparecer no balanço atrasado da companhia, não quer ser levado a sério.

DIRETORES DA CAMARGO CORRÊA VÃO ENTREGAR PATIFARIAS DOS GOVERNOS DO PT EM BELO MONTE. VEM AÍ O ELETROLÃO.

Políbio Braga
O acerto prevê multa de R$ 10 milhões, além de abrir novos nomes de funcionários da Petrobras envolvidos no esquema e irregularidades em outras estatais e em obras do setor elétrico, como a Usina de Belo Monte, maior obra de infraestrutura no Brasil e uma das maiores do mundo.
“Não é propriamente uma delação premiada. Na verdade é uma colaboração que o meu cliente está dando para as investigações, trazendo fatos até então desconhecidos, baseados em uma documentação por ele fornecida”, afirma o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Eduardo Leite.

O Petrolão vai virar Eletrolão. 

Em troca, eles poderiam obter liberdade em até 15 dias. 

Trata-se dos primeiros executivos de uma grande empreiteira envolvida no escândalo que se dispõem a revelar os segredos ao juiz Sérgio Moro.

A decisão não foi unanime. O terceiro diretor da empreiteira preso, João Auler, não aceitou o acordo. Por falta de provas, ele acredita que deve ser absolvido no fim do processo.


Os executivos são réus na Justiça Federal, acusados de ter pago cerca de R$ 40 milhões em propina para obter contratos nas refinarias Abreu e Lima (PE) e Presidente Vargas (PR).

MILTON SIMON PIRES - Caminhoneiro Não é Médico !



Milton Pires

Quando, em 1840, Alexis de Tocqueville finalmente publicou a segunda parte da “Democracia na América”, ele deixou claro, no final do livro, que as sociedades democráticas são aquelas que maior risco correm de sacrificar, em nome do interesse geral, os direitos básicos de qualquer indivíduo. Viajando pelos Estados Unidos, Tocqueville percebeu quais os riscos que a igualdade generalizada impõem sobre a liberdade individual. O homem democrático, atomizado, não reconhece mais diferenças de aptidão e capacidade. O mérito individual se dissolve na multidão e cada um recorre a própria razão como medida suprema de decisão. Se a razão individual não é suficiente, a verdade e a justiça nascem abençoadas pela aclamação das massas. No “teatro da justiça”, são os aplausos e vaias da plateia e não os comentários da crítica que definem o valor da peça democrática americana que, mesmo ruim na época de Tocqueville, é uma obra prima se comparada com a ópera bufa bufa petista.
O que, acredito eu, Tocqueville não tenha conseguido imaginar é uma “democracia” levada a um limite tão extremo que a própria definição de interesse do “indivíduo” e da “sociedade” são relativas e dependem de uma interpretação ideológica.
Vamos ao ponto central do artigo: os caminhoneiros brasileiros estão bloqueando estradas. Argumenta-se que isso fere o mais elementar dos direitos de um cidadão e de uma sociedade – o “direito de ir e vir”. Entendo eu que, a partir dessa definição, temos uma “classe” – a dos caminhoneiros – que está prejudicando a sociedade, não é isso? Se isso é verdade, devo pressupor que os caminhoneiros estão excluídos da sociedade, não é? Afinal eles estão prejudicando o direito da “sociedade como um todo”, não estão?
Pois bem, pergunto, eu: e o direito deles, caminhoneiros, à sobrevivência? Quando se trata deles, aí eu posso passar a dizer que é um “interesse de classe” mas não do indivíduo, não é? Assim como me foi dito, tempos atrás, que uma greve dos médicos “não deveria prejudicar a sociedade como um todo”.
A questão é a seguinte: alguém sabe dizer o que é a “sociedade como um todo”?? Eu não sei, mas apesar de não saber já percebi que o Governo Petista não tem dificuldade alguma em definir o conceito – tudo que for contra o partido é contra a “sociedade como um todo”. O que é bom para o Partido é bom para o Brasil.
A prova disso que escrevi é elementar – não se chama Força de Segurança Nacional nem Polícia Rodoviária Federal quando, ao invés dos caminhoneiros, é o Movimento Sem Terra que bloqueia estradas federais. Ou se chama? Ou é mentira isso que eu acabei de escrever ??
Devemos abrir os olhos para ver o quão relativos são os conceitos de liberdade e de direito de ir e vir no Brasil Petista ou vamos continuar sempre repetindo as bobagens e slogans de lugar comum. Para desgraça do Partido dos Trabalhadores, caminhoneiros não são médicos. O PT não tem um Sindicato de Caminhoneiros capaz de mantê-los quietos com ideias de que “a população carente não pode ser prejudicada”…e de que “não podemos perder o apoio dos usuários das estradas”…Não existe, para desgraça dos marginais petistas, um “Sistema Único de Estradas Brasileiras” garantido pela Constituição de 1988.
Dilma não pode trazer motoristas cubanos para o Brasil, né companheiros? Caminhoneiros não fazem faculdade, não são coxinhas, não tem olhos azuis..Não tem “dívida histórica” a ser resgatada com a população depois de formados em “faculdades federais de caminhoneiros”, né ? Caiu a ficha de vocês? Caminhoneiro não é Médico !

Para os Sindicatos Médicos – vocês não enganam mais ninguém…

Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2015.

Editorial do Estadão: ‘O PAC se esfarela’

Publicado no Estadão
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi criado em 2007 pelos bruxos do marketing petista para ser o nome que resumiria o esforço de desenvolvimento do país na nova era inaugurada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oito anos depois, às voltas com congelamento de verbas e atrasos nos pagamentos para as construtoras, o PAC se consolida como um dos maiores símbolos do fracasso administrativo dos governos petistas, especialmente o daquela que já foi chamada de “mãe do PAC”, a presidente Dilma Rousseff.

O CARO PREÇO DA AUDIÇÃO TROVEJANTE- Mais de um bilhão de jovens podem sofrer danos auditivos por ouvirem música alta

Mais de um bilhão de jovens se arriscam a sofrer danos auditivos porque ouvem música muito alta, alertou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). A principal causa seria a potência sonora dos dispositivos de áudio com fones de ouvido e dos alto-falantes em shows e casas noturnas.

GOVERNANDO PARA OS POBRES (PARENTES)- Sobrinho de Lula faz fortuna com negócios em Cuba e na África

Taiguara Rodrigues dos Santos é filho de Lambari, irmão da primeira mulher do ex-presidente. De pequeno empresário de Santos, ele se tornou milionário graças a privilégios obtidos na agência do governo para o comércio exterior.

Caio Blinder- Boris Nemtsov e o inverno russo

Boris Nemtsov foi assassinado na sexta-feira à noite em Moscou, com quatro tiros nas costas quando caminhava em uma ponte pertinho do Kremlin, em um dia inusitadamente quente no inverno russo, em um dos locais mais bem protegidos da cidade.
Ex-governador reformista e ex-vice-primeiro-ministro nos tempos turbulentos de Boris Ieltsin que se seguiram ao fim da União Soviética na década de 90, Nemtsov, que era deputado por um partido liberal, foi a esperança de uma primavera russa, de um país democrático e aberto ao Ocidente. Até se falava que poderia ter sido o sucessor de Ieltsin. No entanto, o poder acabou nas mãos de Vladimir Putin e como sabemos a estação permanente na Rússia é o inverno político.
Nemtsov, que tinha 55 anos, era uma figura conhecida, mas com o espaço político cada vez mais reduzido tinha pouca influência. Mesmo assim, corajoso e persistente, era linha de frente do que sobrou de oposição no pais e coordenava uma manifestação programada para este domingo contra o regime Putin por sua agressão na Ucrânia. O último tuíte de Nemtsov era uma exortação por uma oposição unida. Putin sendo Putin, lamentou o assassinato, anunciou que vai comandar pessoalmente as investigações, mas disparou que pode ter sido uma “provocação” contra o seu regime.
A morte de Nemtsov provavelmente foi um “ato de terrorismo político, como denunciou Sergei Mitrokhin, líder do pequeno partido oposicionista Yabloko. Quem matou Nemtsov? Não dá para imaginar o envolvimento direto do regime, embora em um artigo publicado no último dia 10, ele tivesse expressado este temor, mas é razoável especular que a responsabilidade caiba ao ambiente político de xenofobia e de patriotismo exacerbado no país.
Podemos especular que tenha sido um atentado praticado por setores ultranacionalistas que pipocam hoje na Rússia de Putin e que estão enebriados com o fervor de restauração imperial, na qual o intervenção ucraniana é epicentro. Nemtsov, aliás, trabalhava em um relatório, alegando que tropas russas estão combatendo ao lado de separatistas no leste ucraniano, o que é negado pelo Kremlin
Em janeiro e fevereiro, ao sul e ao norte, duas mortes de figuras decentes e corajosas, atuando em ambientes políticos ingratos. Primeiro, o promotor Alberto Nisman, na Argentina, e agora Boris Nemstov.

PARA VOCÊ QUE ESTÁ METENDO O PAU NOS CAMINHONEIROS- Conta de luz sobe 23,4% em média a partir de segunda

JABUTI PREOCUPADO- Presidente e vice da Camargo Corrêa fecham acordo de delação premiada