“Não posso
falar mal de sogras. Já tive três e nenhuma delas envenenou a minha sopa.”
(Climério)
sexta-feira, 30 de junho de 2017
ESPERANÇA
Formigas
caminham despreocupadas pela varanda
enquanto o cão preguiçoso boceja deitado satisfeito na cerâmica fria.
Nuvens passeiam pelo céu, sem pressa. O sol vespertino é forte; o verde das
árvores se destaca; o cantar dos pássaros presos é triste. Alados libertos
cruzam os ares fazendo alarido e lamentando a má-sorte dos irmãos engaiolados. Não
tem jeito, quem está na gaiola canta de tristeza, mas os obtusos pensam que é
de alegria. Quem canta seus males espanta; eles sabem disso mais do que
ninguém. Uns poucos ainda olham para cima com esperança de um dia poder
novamente voar. A esperança, sempre ela, junto do ser até o derradeiro suspiro.
MANSO KA
Por séculos e
séculos os sacerdotes mantiveram o POVO KA de joelhos e na escuridão. O
discurso do temor aos deuses era pregado diariamente geração após geração.
Todos nasciam, cresciam e morriam sob os pés dos religiosos e cheios de medo. Diziam
que quem saísse da tribo seria devorado por monstros infernais. Assim os
religiosos viviam a boa vida e eram sustentados e bajulados pela nação inteira.
O azar de deles foi ter nascido Manso Ka. Manso nasceu surdo e com quinze anos
de idade se mandou. Dez anos depois Manso voltou ainda sem ouvir, mais cheio de
brilho e conhecimento. Voltou ver seus pais e irmãos e mostrar ao povo que
monstros infernais eram lendas alimentadas pelos dominantes. Houve então uma
grande festa e assaram os sacerdotes em fogo baixo e os comeram. Manso preferiu
comer peixe.
OS RATOS
Os ratos
foram aos poucos chegando, conhecendo o terreno e invadindo a casa vazia.
Magrelos, vinham da casa de um aposentado da iniciativa privada. Encontraram as
prateleiras da despensa abarrotadas de queijos e outras guloseimas. Quando
viram àquela abundância chamaram também os tios e primos que estavam nos
arredores. O proprietário fora generoso: havia saído de férias, mas deixou um
bom rancho para eles. Naquele mês os ratinhos encheram seus buchinhos e ficaram
gordos como patos. Festança todos os dias, alegria geral. Quando o dono da casa
retornou seu gato ficou encantado com tantos ratos fofinhos. Em todos os cantos
da casa estavam eles arrotando sem cerimônia. Os roedores de tão obesos não
conseguiam mais correr e o bichano foi então papando todos com paciência. Eram
tantos que até reservou alguns para comer no natal.
Moral da
história: Quem precisa correr para sobreviver não deve engordar.
QUEM PROCURA, ACHA
Erni procurava
lugar para bebericar de graça, mas já estava muito bêbado. Entrou então numa
capela onde se realizava um velório e aprontou o maior rebuliço. Mesmo sem
ouvir música alguma achou que era uma festa e foi tirando a viúva para dançar.
Não contente foi para cima do defunto derrubando velas e castiçais. Levou uns
petelecos e foi atirado num canto pelos
parentes do morto. Quando apareceram os homens da Brigada Militar não se
conteve e gritou: Viva! Finalmente o conjunto chegou! Levou mais dois sopapos e
acordou detrás das grades já curado do porre. Foi então liberado e já na
primeira esquina tomou uns goles e aprontou novamente, ofendendo os presentes e
querendo briga com o dono do boteco. A
boca em que se metera era brava, levou dois tiros e virou finado.
GAZETA DO CUSCO DE ROMELÂNDIA- Frente Parlamentar Agropecuária vai a Temer para exigir que não restabeleça o imposto sindical.
Os deputados que integram a Frente Parlamentar Agropecuária para avisar:
- Não restabeleça o imposto sindical.
É com o dinheiro do imposto sindical que a CUT engorda greves políticas que os pelegos realizam hoje no Brasil.
E que os sindicatos fazem o que bem entendem, inclusive encurralando parlamentares nos aeroportos e corredores do Congresso.
Temer teria prometido revisar este ponto da reforma trabalhista.
DO BLOG POLÍBIO BRAGA
- Não restabeleça o imposto sindical.
É com o dinheiro do imposto sindical que a CUT engorda greves políticas que os pelegos realizam hoje no Brasil.
E que os sindicatos fazem o que bem entendem, inclusive encurralando parlamentares nos aeroportos e corredores do Congresso.
Temer teria prometido revisar este ponto da reforma trabalhista.
DO BLOG POLÍBIO BRAGA
DESPACHADO
Um dia tudo
passa
A dor
O amor
O choro
O riso
A tristeza
A alegria
No final de
tudo
Só resta um
corpo inerte
Deitado sobre
e cercado de madeira
Pranteado por
seus amados
E como praxe
da vida que segue
Encaminhado
para o esquecimento.
DOMINAÇÃO
Dominação não
é amor
É dor
Ato que
subtrai do ser
O direito de
escolha
E atropela a
dignidade.
DOS IMPOSTOS
Fosse feito bom uso dos impostos que pago
Pouca reclamação faria
Mas sinto que me roubam todos os dias
No país da impostolatria
E não se ouve um murmúrio
De que irão acabar com esta farra
Entra um sai dois
Na aldeia e na federal
E digo que é preciso muita cara-de-pau
Para se dizer feliz sendo governado por este bando de lalaus.
CONHECIMENTO
Quando penso que estou chegando ao meu
destino
Descubro que ainda não saí
Assim é a viagem pelo conhecimento.
Assinar:
Postagens (Atom)
-
“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
-
“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
-
BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...