segunda-feira, 17 de agosto de 2015

“O sujeito votou na Dilma, hoje deve casa, cartão e carro zero, além de trocentas prestações no Magazine Luiza e Casas Bahia. Ontem perdeu o emprego. Agora vai querer que eu chore?” (Eriatlov)

Dizem por aí que o Joaquim Levy andam comprando material de pesca. Bem, talvez colete salva-vidas não seja propriamente material de pesca...

Maurício disse: Toda levyandade stressa o mercado!

@billmask: A OAB foi incorporada a que ministério? À Secretaria de Assuntos Estratégicos. Oráculo 17.08.15

Já imaginaram a Dilma, a Lula e o Mantega ajudando a governar a Grécia? Em cinco anos com o trio aconselhando o governo toda a Grécia poderá ser trocada por um liquidificador usado e duas meias de inverno. Sem furos.

Privatizar estatais é o caminho certo- Governo poderia levantar 290 bilhões de reais com a venda de oito grandes empresas



Alguns esquerdistas acusam os liberais de só criticar o governo, sem oferecer alternativas e soluções. Falso, como de praxe. Se a situação caótica em que vivemos exige uma união mais objetiva contra o atual governo, a mensagem principal da nova direita que nasce no país não é negativa ou antipetista acima de tudo, e sim propositiva e construtiva. Os liberais apontam os caminhos, mostram o que poderia, de fato, tirar milhões da miséria de forma sustentável e reduzir a corrupção.

Um exemplo claro dessas propostas são as privatizações. Sou autor de Privatize Já, um livro que mostra, com muitos dados e argumentos e de forma leve e acessível aos leigos, como a privatização melhorou o Brasil e o mundo. Tanto teoria como prática comprovam: privatizar é o caminho certo, é o que poderá melhorar os serviços públicos que hoje infernizam a vida dos brasileiros. E um estudo da Bain, divulgado pela Exame, mostra quanto o governo poderia arrecadar com a venda de algumas estatais:

A Bain calcula que o governo poderia levantar 290 bilhões de reais com a venda de oito grandes empresas, entre elas a Caixa e as participações que detém na Eletrobras e no Banco do Brasil.

Segundo a Bain, só a venda das ações da Petrobras — incluindo a BR Distribuidora —, cuja participação acionária do governo é de 46%, poderia render 132 bilhões de reais. A Eletrobras, controladora de geradoras de energia como Furnas, Itaipu e Chesf e de distribuidoras no Norte e no Nordeste, pode valer 27 bilhões.

Para chegar a esses valores, a Bain fez uma média entre as avaliações obtidas por dois métodos. Um deles considera o valor de mercado estimado das estatais e sociedades de economia mista. O outro leva em conta quanto valem em bolsa companhias privadas de capital aberto que atuam nos mesmos setores.

A comparação entre os dois métodos revela quanto as estatais representam de ineficiência para a economia. Pelo primeiro método, o conjunto de empresas controladas pelo Estado analisado vale 214 bilhões de reais, 30% menos do que valeria se essas estatais tivessem avaliação semelhante à de empresas privadas.

Um exemplo gritante é o da Eletrobras: se fosse privada, seu valor de mercado chegaria a 73 bilhões de reais — mais do que o quádruplo do valor atual, de 16 bilhões de reais. “Sob controle privado, as empresas seriam mais eficientes, lucrativas e valiosas”, diz Fernando Martins, sócio da Bain.

Outro exemplo concreto de ineficiência está no setor portuário. Sete portos públicos são administrados por companhias Docas controladas pelo governo federal. Elas costumam falhar numa missão primordial: manter boas condições de tráfego para os navios.

Ou seja, há muito que fazer em prol dos mais pobres só vendendo as estatais ineficientes e corruptas na mão do governo. Não é uma panaceia, uma solução milagrosa, e nem os liberais dizem isso. Mas é um passo fundamental para melhorar os serviços públicos e a qualidade de vida da população. Outro dia mesmo ironizei em minha página do Facebook:

Fui abastecer hoje e coloquei o mesmo valor de sempre. Qual não foi minha surpresa ao ver que, em vez dos 3/4 usuais, o tanque ficou completo! O preço caiu. Mesmo ao dólar atual, dá uns R$ 2,40 por litro. Pensei comigo: deve ser terrível para esses americanos não ter uma PetroUSA para cuidar do petróleo “deles” como temos a Petrobras…

Detalhe: a gasolina americana é de qualidade muito superior à brasileira, que é toda misturada. O brasileiro está mesmo feliz com o “seu” petróleo cuidado pela estatal Petrobras? Nós, ao contrário da esquerda, temos propostas sim, e elas fariam muito para aliviar o atual fardo que recai sobre todos nós, principalmente os mais pobres. Privatizar as estatais seria um ótimo começo!

Rodrigo Constantino

“Brasileiro feliz? Ninguém é sinceramente feliz lidando com tantos impostos e ladrões. Só mesmo um alienado.” (Mim)

“Quando falo em sexo meu marivelho vai e apanha o dicionário.” (Eulália)

“Minha barriga é filha das massas” (Fofucho)

“Nada tenho de médico, apenas de louco. E de sobra.” (Mim)

“A eternidade não me interessa, o que adoro é pecar.” (Eulália)

A REGRESSÃO DA HUMANIDADE

A REGRESSÃO DA HUMANIDADE


Conto novamente como tudo aconteceu.Naquela terrível tarde de quinze de julho de mil novecentos e dezessete uma escuridão total cobriu o planeta terra. No mesmo instante emergiram de bueiros e templos religiosos trilhões de espécimes do animalis ignorare, espalhando entre os humanos o vírus da superstição retroativa ao tempo das cavernas e da letal bactéria do ouvidizereacrediteisempestanejar. Foi assim meus queridos que em poucas horas a humanidade regrediu cem mil anos. E agora estamos todos aqui ao redor do fogo nos aquecendo. Ainda bem que sobraram alguns fósforos.

PORCO CAN! Comitiva de Dilma nos EUA dá calote de US$ 100 mil em aluguel de carros



Entre os dias 16 de junho e 2 de julho deste ano, o governo brasileiro teve à disposição nos Estados Unidos uma frota de luxo, composta por 25 veículos entre vans, caminhões e carros modernos para acompanhar desde os preparativos da viagem da presidente Dilma Rousseff ao dia a dia da comitiva presidencial. Dois meses dois, a empresa responsável pelos serviços acusa o governo brasileiro de deixar para trás uma dívida de mais de 100.000 dólares - cerca de 350.000 reais.

Em artigo publicado no site CNN iReport, braço da americana CNN que publica textos de cidadãos comuns, o proprietário da NS Highfly Limousine, Eduardo Marciano, afirma que ainda não foi pago "nenhum centavo" referente aos aluguéis. O empresário afirma ter procurado o Consulado do Brasil em São Francisco, mas foi informado de que não haveria dinheiro suficiente para pagar as dívidas e que a presidente Dilma Rousseff tem viajado e gastado mais do que tem guardado nos cofres públicos.

Conforme o texto publicado pelo empresário, a empresa mobilizou uma equipe de 30 funcionários, incluindo motoristas em tempo integral em um serviço VIP, para atender a filha da presidente da República, ministros de governo, integrantes das Forças Armadas e o embaixador brasileiro. Havia ainda dois ônibus para transportar a equipe de imprensa e um caminhão baú para carregar as malas da comitiva.

Marciano destaca que as últimas notícias que obteve do consulado foi que o governo brasileiro tem o dinheiro, mas ainda não pode fazer o pagamento porque está aguardando uma autorização presidencial ou do Ministério das Relações Exteriores. Para o empresário, essa posição oficial explica representa uma verdadeira falta de respeito e honestidade em meio à crescente corrupção no país. E alfineta: "Se a comunista Rousseff não tem dinheiro para alugar um serviço VIP, ela definitivamente deveria buscar por um táxi local ou, talvez, um transporte público da cidade, porque a minha empresa não tem de carregar ninguém de graça".

Questionada pelo site de VEJA, a assessoria do Itamaraty informou que foram liberados os recursos para o pagamento e que a situação deve ser regularizada nos próximos dias. Outras informações serão fornecidas pela Área internacional da Secretaria de Imprensa da Presidência da República, que ainda não retornou aos telefonemas da reportagem.
VEJA

“A sorte não agracia fulano ou beltrano por merecimento. A sorte cavalga no vento, e sem escolher cai às vezes no colo de um imprestável.” (Filosofeno)

“Na Venezuela, Chávez foi embalsamado, mas quem ficou com cara de múmia foi o povo.” (Mim)

Mais um factoide petista

Depois do "atentado" ao Instituto Lula, o PT criou outro factoide para tentar passar a impressão de que é vítima de ódios golpistas. Leiam o que publicou o Estadão:
"O presidente do diretório municipal do PT, vereador Paulo Fiorilo, divulgou nesta segunda-feira, 17, uma nota na qual comunica que a sede do partido, localizado no centro da na capital paulista, foi invadida durante a madrugada. No texto, o parlamentar diz que nada foi furtado, apesar de os supostos invasores terem vasculhado armários e gavetas."
Se houve invasão, deve ter sido de ladrão que achou que roubar de ladrão dava cem anos de perdão.
O Antagonista

“A morte. Tão natural e tanto mistificada.” (Filosofeno)

“Passei anos rezando de joelhos. Obtive muitas graças, uma delas foi ter joelhos doloridos.” (Josefina Prestes)

“Antes louco que burro.” (Climério)

16/08 E A QUESTÃO DA LEGITIMIDADE por Percival Puggina. Artigo publicado em 17.08.2015

Nosso jornalismo, há muitas décadas, foi tomado de assalto pelos que chamo "pedagogos da opinião pública". Por sua visibilidade, do alto de suas posições nos meios de comunicação, sentem-se como mestres em salas de aula, praticando contra a opinião pública o mesmo abuso mental que tantos professores praticam com os alunos, mediante influência e poder. Uns e outros, pedagogos da opinião pública e professores militantes, operavam antes de o PT nascer e prepararam dedicadamente seu caminho ao poder. Era na base do nós e eles. Simples assim: a esquerda era o bem e, fora dela, nada haveria que prestasse.
 Algumas coisas sobre si mesmos eles já compreenderam, ao longo dos últimos meses. Seu prestígio despencou junto com o daqueles a quem emprestavam ou vendiam apoio. Seus discípulos já lhes viram as costas. São formadores de opinião que não formam opinião alguma e cujas manifestações exigem enorme esforço mental. Não é fácil parecer que não fazem exatamente aquilo que estão fazendo, mas "pegaria mal" se fizessem.
 Exemplifico. Os pedagogos da opinião pública não são contra as passeatas. Mas ensinam que "Impeachment-já!" recusa o ritmo constitucional que aponta para a sequência crime, acusação, julgamento e (só então) impeachment. Entenderam? Segundo eles, os manifestantes deveriam sair às ruas, Brasil afora, levando faixas mais ou menos assim: "Impeachment, se possível, quando possível!". Quem carregaria uma peça dessas? Animados com uma candura e uma doçura que exige um canavial inteiro propõem "menos ódio" nas manifestações. Engraçado, não é mesmo? Que fim levou a boa e velha indignação pela qual tanto cobravam quando serviam ao PT oposicionista? Agora, a justa indignação virou ódio? Sentimento maligno, politicamente hediondo, pimenta que arde no olho?
 Eles nos ensinam, também, que o "Fora Dilma!" é frase autoritária. Diagnosticam que ela fere a legitimidade do mandato da presidente. Como pode alguém dizer "Fora Dilma!", seis meses depois de a presidente ter sido eleita com maioria de votos?
É a pedagogia da conformidade bovina. Se for assim e para isso, a gente fica em casa assistindo um filmezinho, que é exatamente o desejo por trás dessa pedagogia para boi no cercado.
Falemos, então em legitimidade, jornalista pedagogo militante. De que legitimidade falas quando te referes ao atual mandato da presidente? Da legitimidade alcançada com votos atraídos pelo festival de mentiras, mistificações e falsidades que se derramou pelo país em 2014? Da legitimidade via votos comprados com bilhões de nosso dinheiro? Da legitimidade alcançada com ameaças de que um festival de desgraças se abateria sobre o país em caso de vitória da oposição (para logo após a adotar aquelas mesmas medidas contra as quais verberava)? Da legitimidade via urnas eletrônicas? Via Smartmatic? Via apuração sigilosa? Da legitimidade de quem agora não arregimenta mais do que 7% dos eleitores?
O povo não estaria nas ruas se não se sentisse enganado, ultrajado e furtado! Aprendam isso e aprendam a ouvir o povo, em vez de apenas falar-lhe. Aproveitem do caráter, este sim pedagógico, das manifestações dos últimos meses. E com o que ainda lhes reste de consciência, arrependam-se do que ajudaram a produzir no país. O preço desse constrangedor serviço está sendo pago com corrupção em proporções jamais vistas, com recessão, inflação, desemprego, carestia, perda de credibilidade nacional e humilhação perante as demais nações. Está de bom tamanho?

“A CONAB está mandando feijão de Santa Catarina para Cuba. Os comunas irão pagar ou será mais uma esmola?” (Mim)

“Por que os governantes não aumentam o seu índice de vergonha na cara e diminuem os impostos.” (Eriatlov)

NÃO VEM NÃO! - Caixa Econômica lidera ranking de reclamações dos clientes em julho

A Caixa Econômica Federal foi a instituição financeira que mais recebeu reclamações por parte dos clientes em julho, informa o Banco Central nesta segunda-feira. O banco estatal ficou com índice de 12,85, totalizando 983 reclamações. O indicador leva em conta queixas consideradas procedentes em relação ao número de clientes. Um terço do total de queixas (328) referia-se a problemas com operações e o uso de cartões de crédito.

NO LOMBO- FHC critica conchavos e diz que Dilma deve ter grandeza de renunciar ou assumir erros

IMB-Em vários países, a população já percebeu quem realmente ganha ao se sediar as Olimpíadas

Sediar as Olimpíadas não é mais tão popular quanto costumava ser. No final de julho, a cidade de Boston desistiu de ser candidata à sede das Olimpíadas de 2024. A cidade foi obrigada a cancelar sua candidatura por causa da pressão da população, que se manifestou contra "o endividamento, as remoções e a militarização do espaço público" que os jogos olímpicos impõem a todas as cidades-sede.

Basicamente, os cidadãos e pagadores de impostos da cidade de Boston não estavam interessados em arcar com as contas de uma enorme farra que seria feita em prol dos mais ricos e mais poderosos grupos de interesse de Boston: as empreiteiras que fariam as obras (provavelmente com algum superfaturamento), os políticos que receberiam os "agrados" dessas empreiteiras, as redes de hotéis e a própria mídia.

Ao passo que, em outras épocas, os jogos olímpicos realmente representavam o esporte e a camaradagem internacional, eles rapidamente se transformaram em um bastião do corporativismo, também chamado de "capitalismo de compadrio". O colunista britânico Peter Hitchens afirma que essa transformação começou a ocorrer ainda quando Hitler e Goebbels transformaram os jogos olímpicos "em um espetáculo pomposo, com a cerimônia da tocha e tudo mais". Desde então, o Comitê Olímpico Internacional vem se mostrando muito à vontade em manter esse ritual.

Hoje, as Olimpíadas se transformaram em uma maneira de obter favores diplomáticos e de exibir a riqueza e a influência dos governos nacionais. Com efeito, não é de se estranhar que as futuras cidades-sede das Olimpíadas exibam uma propensão ao autoritarismo, com a China e a Rússia competindo entre si para sediar futuros eventos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) irá, em breve, escolher entre Cazaquistão e China para sediar os jogos de inverno de 2022. (Oslo, na Noruega, recentemente cancelou sua candidatura após os pagadores de impostos do país protestarem contra as exigências — "típicas de uma diva de cinema", segundo a impressa norueguesa — feitas pelos membros do COI, que queriam benesses financiadas integralmente por impostos).

E faz sentido que regimes autoritários e nacionalistas sejam bem-sucedidos em suas candidaturas para sediar as Olimpíadas. Quanto menos um regime tem de se explicar aos cidadãos pagadores de impostos que arcam com a fatura do evento, maior é a sua facilidade em satisfazer as onerosas exigências do COI; maior é a sua facilidade de fazer as dispendiosas obras e de fornecer as "garantias" exigidas pelo COI, sempre financiadas por impostos.

As ruínas dos últimos jogos olímpicos

Enquanto isso, os pagadores de impostos dos países desenvolvidos já acordaram para os altos custos e para os parcos benefícios de se sediar as Olimpíadas. Muitos já viram estas fotos do jornal britânico The Guardian, que mostram o atual estado das instalações olímpicas construídas para os jogos de Atenas de 2004. Os bilhões de impostos que foram gastos pelo governo grego na construção dessas instalações se evaporaram completamente, e tudo o que restou foram estádios decrépitos e piscinas olímpicas cheias de lama.

Na época da escolha de Atenas, os gregos foram assegurados de que sediar as Olimpíadas representaria a entrada do país em uma nova era de grande prestígio internacional e de sucesso econômico. Desnecessário dizer que tal futuro róseo nunca se materializou.

Ainda menos tempo se passou desde as Olimpíadas de 2008 em Pequim; porém, como mostram estas fotos, as já abandonadas instalações de Pequim terão, daqui a alguns anos, uma aparência muito semelhante às instalações de Atenas.

E enquanto o Brasil espera o início dos jogos olímpicos de 2016, os brasileiros já estão tendo um vislumbre do que ocorrerá futuramente com as instalações olímpicas que estão sendo construídas: os estádios da Copa do Mundo, construídos ainda no ano passado, já se tornaram gigantescos (e caros) elefantes brancos, como mostra essa reportagem. Um enorme estádio construído para a Copa [o Mané Garrincha, em Brasília] funciona hoje como um estacionamento para ônibus. Vários outros estão simplesmente se deteriorando sob o quente e úmido ar brasileiro.

O alto custo de eventos esportivos

Vários pesquisadores sérios (isto é, pessoas que não estão ali apenas para produzir "declarações impactantes" em prol do governo) já vêm há anos demonstrando que sediar grandes eventos esportivos não produz riqueza para as economias locais.

"Se há uma área na economia em que há consenso entre os economistas, é esta", disse Michael Leeds, um economista da Temple University. "Não há impacto substantivo".

"Por exemplo, se todos os times esportivos de Chicago repentinamente desaparecessem, o impacto sobre a economia de Chicago seria uma fração de 1%", disse Leeds.

Mas grandes eventos esportivos como as Olimpíadas são muito piores, pois eles inevitavelmente geram pesados transtornos para a população local: o comércio local é fechado e há uma pesada militarização da polícia local para propósitos de "segurança". Aqueles que já tiveram a infelicidade de morar próximo a estes eventos sabemque o trânsito pode ficar interrompido por vários dias seguidos, e o comércio dentro do perímetro de segurança perde todos os seus clientes.

Quando o evento acaba e todos os visitantes vão embora, o comércio local não vê nenhum benefício que compense o maciço fardo tributário e o enorme endividamento gerados pelo evento.

Adicionalmente, o Journalist's Resource compilou uma prestativa lista de sérios estudos sobre os impactos de grandes eventos como os jogos Olímpicos. Conjuntamente, os estudos revelam uma grande ausência de benefícios econômicos em se sediar as Olimpíadas e eventos similares. Há um enorme abismo separando as promessas grandiosas feitas por políticos antes do evento e os benefícios concretos que podem ser observados após o evento. Em todos esses estudos, vê-se repetidamente frases como estas:
"Os efeitos econômicos de longo prazo do legado dos eventos parecem ser bastante modestos."
"O impacto do êxito dos atletas nacionais sobre a felicidade da nação ... é estatisticamente insignificante."
"As Olimpíadas de Pequim conseguiram apenas impactos limitados sobre a imagem da cidade."
"Os resultados indicam que não houve impacto de longo prazo sobre o comércio ou sobre o emprego."

A politicagem por trás dos eventos: quem realmente se beneficia

Não é de se estranhar que os brasileiros — muitos dos quais vivem sem uma infraestrutura urbana decente, como rede de saneamento — tenham protestado em 2014 contra o uso de bilhões de reais de impostos para a construção de estádios que iriam beneficiar apenas um ínfimo número de brasileiros ricos.

Assim como os noruegueses, e agora dos bostonianos, os brasileiros sabem a quem esses grandes eventos internacionais — muito especialmente as Olimpíadas — realmente interessam: tudo se resume a prestígio e diversão para a classe política. Os eventos são um parque de diversões para políticos, empreiteiras e grandes empresários, os quais irão se beneficiar imensamente dos lucrativos contratos para construir os estádios, as piscinas e as luxuosas edificações, nas quais farão festinhas privadas com os ricos e famosos.

Por maiores que sejam seus defeitos, os políticos da Noruega ao menos responderam positivamente às demandas dos pagadores de impostos noruegueses, cancelaram a candidatura para sediar os jogos de inverno de 2022. Os políticos de Boston também foram forçados a fazer o mesmo, não sem antes terem tentado ridicularizar as vozes dissonantes como – o prefeito de Boston disse que os opositores à candidatura eram apenas "dez pessoas no twitter" — e dito as platitudes de sempre sobre os supostos benefícios oriundos de obrigar os pagadores de impostos a arcar com mais um projeto político vaidoso.

Após a cidade de Boston ter sido forçada a retirar sua candidatura, o jornal local The Nation corretamente diagnosticou a façanha como sendo "uma vitória dos ativistas e uma derrota para os grandes grupos de interesse da cidade".

Negócios corporativistas como as Olimpíadas ajudam a nos lembrar que há uma grande — aliás, intransponível —diferença entre defender o livre mercado e defender grandes empresas. Empreiteiras e outras grandes empresas sempre estarão muito à vontade em espoliar os pagadores de impostos caso saibam que esse dinheiro irá para seu bolso ou para subsidiar projetos do seu interesse.

Por outro lado, empreendedores, empregadores e pagadores de impostos que não possuem poder organizacional, que não fazem lobby e que não têm políticos em sua folha de pagamento não têm importância nenhuma para esses "líderes" empresariais que influenciam políticos e suas políticas.

Para a infelicidade destes, muitas pessoas educadas já começaram a perceber o esquema e as negociatas. Estádios bonitos e instalações vistosas, e mega-eventos globais sem dúvida nenhuma são ótimos para as contas bancárias dos ricos e poderosos. Mas aqueles que arcam com a fatura disso tudo não melhoram em nada sua situação.



Ryan McMaken é o editor do Mises Institute americano.

Ruínas Olímpicas de Pequim

A Jogos Olímpicos de Pequim 2008 local para a competição de vôlei de praia encontra-se abandonada e sem manutenção. REUTERS / David Gray
Um cão senta-se sobre placas de vidro em um campo deserto que já foi parte do estádio onde o concurso de 2008 Jogos Olímpicos de beisebol foi realizada. REUTERS / David Gray
A Jogos Olímpicos de Pequim 2008 local para a competição de vôlei de praia encontra-se abandonada e sem manutenção no centro de Pequim. REUTERS / David Gray
O antigo local deserta e sem manutenção para a competição de caiaque dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, pode ser visto nos arredores de Pequim. REUTERS / David Gray
Uma placa Olímpico velho acreditação reside em um píer não mantido no antigo local deserta para o Jogos Olímpicos de Pequim remo concurso de 2008. REUTERS / David Gray

FONTE: http://www.citylab.com/work/2012/07/beijings-olympic-ruins/2499/

The Guardian- Abandonado Olímpico de Atenas 2004 - 10 anos depois - em fotos

O local vôlei de praia abandonada em Neo Faliro.Um campo de treinamento abandonado na Vila OlímpicaO estádio olímpico Softball no complexo Helliniko Olímpico.O Olympic Sports Complex.Uma piscina de treino abandonada por atletas na Vila Olímpica.A / Kayak Slalom Canoe Centro no complexo Helliniko Olímpico.O Centro Aquático Olímpico.

Do Baú do Janer Cristaldo- domingo, dezembro 23, 2012 MINHAS CORRUPÇÕES PREDILETAS

Leitores querem saber por que não escrevo sobre as grandes corrupções nacionais. Ora, isto está na primeira página de todos os jornais. A crônica é tão vasta que já existem extensas compilações on line, para orientar o leitor no organograma da corrupção. Prefiro falar sobre o que os jornais não trazem. Por exemplo, o Chico Buarque sendo traduzido na Coréia às custas do contribuinte. Não sei se o leitor notou, mas a dita grande imprensa não disse um pio sobre isto. O que sabemos vem da blogosfera. 

Prefiro falar de corrupções mais sutis, quase imperceptíveis, mas corrupções. A imprensa denuncia com entusiasmo a corrupção no congresso, na política, nos tribunais. Não diz uma palavrinha sobre a corrupção no santo dos santos, a universidade. Corrupção esta mais difícil de ser detectada, já que em geral foi legalizada. Mordomias para encontros literários internacionais inúteis, concursos com cartas marcadas, endogamia universitária, tudo isto se tornou rotina no mundo acadêmico e não é visto como corrupção.

Tampouco se fala sobre a corrupção no mundo literário, que há muito se prostituiu. Jorge Amado, que passou boa parte de sua vida escrevendo a soldo de Moscou, está sendo homenageado nestes dias no país todo. Devo ter sido o único jornalista que o denuncia – e isto há décadas – como a prostituta-mor das letras tupiniquins. 

Corrupção só existe quando em uma ponta está o Estado. Se o dono de meu boteco me cobra 50 reais por uma cerveja e eu pago com meu dinheiro, pode ter ocorrido um abuso, mas jamais corrupção. O dinheiro é meu e a ele dou a destinação que quiser, por estúpida que seja. Mas se um fornecedor de cervejas as vende por 50 reais ao governo, está caracterizada a corrupção. Porque governo não tem dinheiro. Governo paga com os meus, os teus, os nossos impostos. E obviamente alguém do governo vai levar algo nessa negociata. 

Escritores, esses curiosos profissionais que querem transformar suas inefáveis dores-de-cotovelo em fonte de renda, adoram subsídios do Estado. Não falta quem pretenda a regulamentação da profissão. O que não seria de espantar, neste país onde até a profissão de benzedeira acaba de ser reconhecida no Paraná. 

Em 2002, Mário Prata, medíocre cronista do Estadão, pedia a Fernando Henrique Cardoso o reconhecimento da profissão de escritor: "O que eu quero, meu presidente, é que antes de o senhor deixar o governo, me reconheça como escritor". Claro que não era apenas a oficialização de uma profissão que estava em jogo. Mas o financiamento público da guilda. Cabe observar como o cronista, subserviente, se habilita ao privilégio: “meu presidente”. 

Esquecendo que existe um Congresso neste país, o cronista pedia ao presidente a elaboração de uma lei. Mais ainda. Citava a Inglaterra como exemplo de país onde o escritor é reconhecido. Lá, segundo o cronista, toda editora que publicar um livro, tinha que mandar um exemplar para cada biblioteca pública do país. "Claro que os 40 mil exemplares são comprados pelo governo. Quem ganha? Em primeiro lugar o público. Ganha a editora, ganha o escritor. Ganha o País. Ganha a profissão". 

E quem perde? - seria de perguntar-se. A resposta é simples: como o governo não paga de seu bolso coisa alguma, perde o contribuinte, que com os impostos tem de sustentar autores até mesmo sem público. É o que chamo de indústria textil. Textil assim mesmo, sem acento: a indústria do texto. É uma indústria divina: você pode não ter nem um mísero leitor e vender 40 mil exemplares. O personagem mais venal que conheço é o escritor profissional. Ele segue os baixos instintos de sua clientela. O público quer medo? Ele oferece medo. O público quer lágrimas? Ele vende lágrimas. O público quer auto-ajuda? Ele a fornece. É preciso salvar o famoso leite das criancinhas. 

No fundo, saudades da finada União Soviética, onde os escritores eram pagos pelo Estado comunista para louvar o Estado comunista. Seguidamente comento – e creio ser o único a comentar – o livro A Sombra do Kremlin, relato de viagem do jornalista gaúcho Orlando Loureiro, que viajou a Moscou em 1952, mais ou menos na mesma época que outro jornalista gaúcho, Josué Guimarães. Enquanto Josué, comunista de carteirinha, vê o paraíso na União Soviética em As Muralhas de Jericó, Loureiro vê uma rígida ditadura, que assume o controle de todo pensamento. Comentando a literatura na então gloriosa e triunfante URSS, escreve Loureiro:

- A União dos Escritores funciona como um Vaticano para a moderna literatura soviética. O julgamento das obras a serem lançadas obedece a um critério estreito e sectário de crítica literária. Esta função é exercida por um conselho reunido em assembléia, que discute os novos livros e sobre eles firma a opinião oficial da sociedade. A exegese não se restringe aos aspectos literários ou artísticos da obra julgada, senão que abrange com particular severidade seu conteúdo filosófico, que deve estar em harmonia absoluta com os conceitos de “realidade socialista” e guardar absoluta fidelidade aos princípios ideológicos da doutrina marxista. Se o livro apresentar méritos dentro do ponto de vista dessa moral convencionada, se resistir a esse teste de eliminatória, então passará por um rigoroso trabalho de equipe dentro dos órgãos técnicos da União, podendo vir a tornar-se num legítimo best-seller, com tiragens astronômicas de 2 a 3 milhões de exemplares. E o seu modesto e obscuro autor poderá ser um nouveau riche da literatura e será festejado e exaltado e terminará ganhando o cobiçado prêmio Stalin...

Foi o que aconteceu com a prostituta-mor das letras brasileiras. Em 1950, o ex-nazista e militante comunista Jorge Amado passou a residir no Castelo da União dos Escritores, em Dobris, na ex-Tchecoslováquia, onde escreveu O Mundo da Paz, uma ode a Lênin, Stalin e ao ditador albanês Envers Hodja. No ano seguinte, quando o livro foi publicado, recebeu em Moscou o Prêmio Stalin Internacional da Paz, atribuído ao conjunto de sua obra, condecoração geralmente omitida em suas biografias.

Não que hoje se peça profissão de fé marxista ou louvores a Stalin. No Brasil, para ter sucesso, o escritor hoje tem de aderir ao esquerdismo governamental. Não precisa louvar abertamente o PT. Mas se tiver dito uma única palavrinha contra, não é convidado nem para tertúlia nos salões literários de Não-me-toques. Você jamais ouvirá um Luís Fernando Verissimo, Mário Prata, Inácio de Loyola Brandão ou Cristóvão Tezza fazendo o mínimo reproche às corrupções do PT. Perderiam as recomendações oficiais como leituras escolares e acadêmicas... e uma considerável fatia de seus direitos de autor. O livro de Loureiro não mais existe, só pode ser encontrado em sebos. Os de Josué continuam nas livrarias. Et pour cause... 

Escritor financiado pelo Estado é escritor que vendeu sua alma ao poder. É o que acontece quando literatura vira profissão. Alguns se rendem aos baixos instintos do grande público e fazem fortuna considerável. Uma minoria consegue exercer honestamente a literatura e manter a cabeça acima da linha d'água.

Uma imensa maioria, que não consegue ganhar a vida nem honesta nem desonestamente, apela à cornucópia mais ao alcance de suas mãos, o bolso do contribuinte. É o caso de Chico Buarque, o talentoso escritor cujo talento maior parece ser descolar financiamento para sua “obra” junto ao contribuinte. Mas Chico está longe de ser o único. Está cometendo algum crime? Nenhum, seus subsídios são perfeitamente legais. Mas por que cargas eu ou você temos de pagar pelas traduções e viagens a congressos internacionais de um escritor que se dá ao luxo de ter uma maison secondaire às margens do Sena?

Ainda há pouco, eu comentava o absurdo de o contribuinte financiar a tradução de Chico na Coréia. Leio agora que o programa de bolsas de tradução da Biblioteca Nacional vai apoiar mais autores best-sellers no Brasil. O Diário de um Mago, de Paulo Coelho, será lançado na China pela editora Thinkingdom Media Group. Já As Esganadas, de Jô Soares, estará nas livrarias francesas. Ora, Coelho tornou-se milionário graças a suas obras de auto-ajuda, já traduzidas em quase 60 idiomas. Jô, que deve ganhar salário milionário na televisão, tem seus livros entre os mais vendidos, graças ao fator Rede Globo. Será que estes senhores precisam enfiar a mão em nosso bolso para pagarem seus tradutores na China e na França? 

É destas corrupções, perfeitamente legais, que prefiro falar. Porque delas ninguém fala. Em verdade, nem mesmo os leitores. Não há quem não chie contra a carga tributária imposta ao contribuinte no Brasil. Mas todos pagam sem chiar as mordomias destas prostitutas das Letras.

COPIA DILMA, COPIA!- Famílias do país fazem o próprio 'ajuste fiscal' para pagar as contas

“A caravana ainda passa, porém alguns cães não ladram mais, pois morreram de velhice.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

NÃO ESTÁ NO DICIONÁRIO DOS MUARES A PALAVRA AUTOCRÍTICA: Após protestos, governo critica 'clima de pessimismo' e se nega a admitir erros

Manga comentarista

MANGA COMENTARISTA

O lendário goleiro Manga, já aposentado, foi convidado para ser comentarista, de uma rádio, em uma partida entre dois times amadores. Convite aceito, lá estava Manga na pequena cabine pronto para o jogo. Estádio cheio, não pelo valor da partida, mas simplesmente pela presença do goleiro. Após 5 minutos de jogo, o narrador pergunta: -”Manga, como você está vendo o jogo ?”. Manga responde:-”Com os olhos, com os olhos!”.

 Sandro Moreira

“A maquiagem existe para ajudar a natureza.” (Climério)

Setenta anos de “A Revolução dos Bichos”, que nunca foi tão atual

Em agosto de 1945, o jornalista inglês Eric Blair lançaria seu clássico Animal Farm, traduzido no Brasil como A Revolução dos Bichos. George Orwell, pseudônimo que ficou famoso, era de esquerda, mas isso não o impediu de ver o que o comunismo igualitário produzia de fato, tendo como exemplo a União Soviética de Stalin. O livro, escrito três anos antes do outro clássico ainda mais famoso, 1984, deveria ser leitura obrigatória nas escolas brasileiras, para alertar sobre os perigos dos “porcos” disfarçados de justiceiros. Qualquer semelhança com os “porcos” hoje no poder em nosso país, lambuzando-se com petrolão e mensalão, não é mera coincidência; é método! O livro de Orwell não é permitido na “educada” Cuba, por motivos que ficarão óbvios ao leitor que ainda não leu a obra. Os “igualitários” não suportam a liberdade de expressão, pois ela pode ser usada para desmascarar sua hipocrisia. Abaixo, uma resenha minha do livro: A granja da igualdade “No meu dicionário, ‘socialista’ é o cara que alardeia intenções e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros…” (Roberto Campos) Os ideais igualitários conquistaram sempre muitos adeptos, e infelizmente ainda o fazem. Inexoravelmente, entretanto, são corroídos pela própria natureza humana e desembocam em tiranias. É do que trata o pequeno livro satírico de George Orwell, 


A Revolução dos Bichos, escrito na época da Segunda Guerra Mundial. O livro ataca o modelo soviético sob a ditadura de Stalin, fazendo um retrato muito fiel através de bichos do que ocorre de fato na tentativa de implantar o comunismo. Aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança acabam sem nenhuma delas. A utopia conquista através das emoções, mas na hora dos resultados, a irracionalidade cobra um elevado preço, com juros estratosféricos. A fábula se passa na Granja do Solar, onde os animais eram explorados por seu dono. O velho porco Major fez um discurso sobre um sonho que conquistou todos os animais. O homem seria o grande inimigo, o único inimigo, e retirando-o de cena, a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho desapareceria para sempre. “Basta que nos livremos do Homem para que o produto de nosso trabalho seja só nosso”, disse o velho porco. Num piscar de olhos, todos seriam livres e ricos. A promessa do paraíso sem esforço. Nenhum animal iria jamais tiranizar outros animais. Todos seriam como irmãos. Todos são iguais. O mundo dos insetos gregários, sonhado por todos aqueles que odeiam o sucesso alheio, e, portanto, as diferenças entre os homens. Logo uma canção foi criada para transmitir a mensagem igualitária do sonho dos animais da granja. 


Todos repetiam aqueles versos com profundo entusiasmo, até fanático. O futuro seria magnífico. A riqueza, incomensurável. Para tanto, bastava lutar, mesmo que custasse a própria vida. Sansão, o forte cavalo, era o discípulo mais fiel. Não sabia pensar por conta própria, aceitando os porcos como instrutores, por sua reconhecida sabedoria. Passava adiante o que era ensinado, através da repetição automática, como vemos de fato nos chavões e slogans repetidos ad nauseam pelos comunistas, como por vitrolas arranhadas. A figura de Sansão é o retrato perfeito do idiota útil, que bem intencionado, acaba servindo como massa de manobra dos oportunistas de plantão. Os animais se revoltaram, e finalmente tomaram o poder da granja. Nada seria tocado na casa, que passaria a ser um museu da revolução. Nenhum animal deveria jamais morar lá. Foram criados sete mandamentos, entre eles: qualquer coisa que andar sobre duas pernas é inimigo; nenhum animal dormirá em cama; nenhum animal matará outro animal; e o mais importante, que todos os animais são iguais. Com o tempo, todos estes mandamentos foram sendo devidamente ignorados pelos novos donos do poder, que os alteravam sem cerimônia alguma. 

O leite das vacas, por exemplo, desaparecera. Com o tempo, o mistério foi esclarecido: era misturado à comida dos porcos. Mas o discurso era convincente: “Camaradas, não imaginais, suponho, que nós, os porcos, fazemos isso por espírito de egoísmo e privilégio”. Não, claro. Eles eram os intelectuais, e a organização da granja dependia deles. O bem-estar geral era o único objetivo dos porcos. “É por vossa causa que bebemos aquele leite e comemos aquelas maçãs”. E como não poderia faltar no hipócrita discurso altruísta, usado para dominar os inocentes, há que existir um bode expiatório, um inimigo externo, ainda que fictício, que justifique os abusos domésticos. Logo, se os porcos falhassem nessa nobre missão, o antigo senhor voltaria ao poder, o terrível homem. E isso ninguém queria. Portanto, tudo que os sábios porcos diziam e faziam deveria ser verdade. Era pelo bem da granja! Durante uma batalha com invasores humanos, os porcos deixavam claro que não era para ter nada de “sentimentalismo”. Guerra é guerra, e “humano bom é humano morto”. 


George Orwell ataca com veemência a figura de Stalin, mas curiosamente poupa Lênin, que não é identificado facilmente na obra. No entanto, algumas declarações do líder da revolução bolchevique demonstram que esta mentalidade violenta estava presente nele. Lênin disse: “Enquanto não aplicarmos o terror sobre os especuladores – uma bala na cabeça, imediatamente – não chegaremos a lugar algum!”. Seu objetivo era uma guerra civil, e ele deixava claro que este era o caminho que deveriam buscar. Suas palavras eram diretas: “É chagada a hora de levarmos adiante uma batalha cruel e sem perdão contra esses pequenos proprietários, esses camponeses abastados”. Na verdade, não eram tão abastados assim, os pobres kulaks. Mas eram os alvos perfeitos para justificar a guerra civil que os bolcheviques desejavam, para depois tomar o poder completo. Dito e feito. O Stalin do livro é Napoleão, um porco esperto que criara em segredo uns cachorros amedrontadores. Chegada a hora de assumir o poder absoluto, Bola-de-Neve vira vítima dos cães adestrados de Napoleão, para o terror de todos os animais que olhavam a cena. Bola-de-Neve seria o Trotski no livro, iludido pela revolução, mas depois enganado. A história é totalmente reescrita por Napoleão, que transforma Bola-de-Neve num espião, que desde o começo da revolução trabalhava para o inimigo. As regras mudam, as votações acabam, e as decisões passam a ser tomadas por uma comissão de porcos, presidida por Napoleão. Isso tudo é passado aos animais como um grande sacrifício de Napoleão, tendo que carregar o fardo da responsabilidade, em prol do bem-geral. Era isso ou o retorno do homem malvado. 


Esse “argumento” era infalível. Dá-se início a um verdadeiro culto de personalidade, como costuma ocorrer em todos os países socialistas. Napoleão passa a dormir na cama, ignorando um dos mandamentos da revolução, que passa a contar com um adendo que diz que nenhum animal deve dormir em cama com lençóis. O mandamento de que nenhum animal mataria outro foi substituído, após uma chacina de alguns dissidentes do regime, para outro onde nenhum animal deveria matar outro sem motivo. Ora, não foi difícil, com tanto poder, achar motivos para justificar o massacre de Napoleão. A miséria se abateu sobre a granja, mas os porcos comiam cada vez melhor. O cavalo Sansão trabalhava cada vez mais, convencido de que Napoleão estava sempre certo. Acabou doente de tanto cansaço, e foi levado para um abatedouro, sem piedade alguma por parte do “grande líder”. Os sete mandamentos davam lugar a apenas um agora: “Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros”. Os porcos ligados a Napoleão passaram a negociar com os homens de outras granjas vizinhas, algo totalmente condenado na revolução. Passaram a beber álcool, também condenado, e aprenderam a andar em duas patas. No fim, era completamente indistinguível quem era porco e quem era homem. Eis o destino inevitável dos igualitários revolucionários. Instalam um regime tão opressor ou mais que o anterior, tudo em nome da granja da igualdade. 

Rodrigo Constantino

“A melhor maneira de se começar uma conversa ainda é abrindo a boca.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

Pátria Educadora transforma até mesmo um asno em presidente.E não é?

MAIS PERDIGOTOS DA IGNORÂNTZIA- Mercado prevê pela primeira vez queda no PIB de 2016

PERDIGOTOS DA PRESIDENTE IGNORÂNTZIA- Inadimplência do consumidor salta quase 20% em comparação com 2014

FIM

A morte
O fim de tudo
O sono dos sonos
A paz eterna
A estaca do éter
No coração do egoísmo.

“É preciso calma antes de tomar partido de quem muito se lamenta. Há versões e verdades. ”(Filosofeno)

“Garota que mostra o cofre escancarado não pode reclamar dos assovios.” (Mim)

“É bem mais cômodo continuar ignorante do que tentar tornar-se um sábio.” (Filosofeno)

Valentina de Botas: o recado foi dado

VALENTINA DE BOTAS
O sucesso das manifestações venceu. Com menos ou mais gente, o recado está dado: estamos fartos. Não entende quem não quer. Claro, o governo não quer e continuará morto insistindo em esquecer de deitar, mas nem o indignado mais enlouquecido de esperança supunha uma renúncia no crepúsculo deste domingo. Pois do lado oposto da civilização está uma presidente que verga, mas não se envergonha, afinal passar ao lixo da história como a primeira mulher eleita e reeleita pelo maior esquema de corrupção de um país democrático é pouco, ela também será esquecida como a governante mais detestada.
Fraca, como toda figura manipuladora, não suporta o peso da ética e, assim, parece preferir esperar que a verdade em gravidez avançada dê à luz as provas que já nascerão andando, falando e com dentes. Mais uma opção pela qual fará o país pagar mais caro. Todas as circunstâncias das manifestações anteriores se deterioraram, portanto, se Dilma não se inebriasse nessa hybris dos arranjos espúrios com quem também não pode se garantir, não tentaria chegar sã e salva à sepultura política. Mas ela é a governante estúpida que, ultrapassando os confins da desonra, riu da fala intolerável de Vagner Faria anunciado a luta armada.
O meliante faz qualquer coisa pela pixuleca farsante que representa a continuidade do regime que lhe garante tetas, boquinhas e crimes – por enquanto – impunes, inclusive revogar a luta dada como irrevogável. Achou melhor gastar nosso dinheiro no tal churrasco, delinquência menos arriscada. A nação pagou um mensalão resultante em pretrolão que a fez perder 20 anos em 10. Bancou caprichos pessoais de poder, gozo e grana de uma escória farsante. É esbulhada em tudo – desde a tremenda riqueza que produz, até os serviços públicos miseráveis; infraestrutura exaurida; reformas inadiáveis adiadas para nunca; passando pela desidratação criminosa das instituições republicanas e a mediocrização autoritária do debate.
E, então, quando grita na terceira manifestação deste ano a mensagem inequívoca de que está farta, os legalistas fundamentalistas repisam que a insatisfação popular não basta para destituir um governante. Ora, cidadãos de país nenhum protestam insatisfação com governantes honestos, competentes e democráticos, assim, a platitude desconsidera as razões do repúdio ao regime lulopetista. Livrar-se desses vigaristas sem fronteiras é muito mais do que sanar uma insatisfação ou mero exercício de autoestima, essa coisa banalizada que é quase outro flanco por onde os medíocres atacam, mas uma questão de sobrevivência, pois a nação e o futuro dela são incompatíveis com a república de pixulecos
Cada indignado tem vivido a constatação tristonha de Antonio Machado que acusou o “cuán dificil es, cuando todo baja, no bajar también”, mas os novos tons da mesma cor intensa da indignação na uniformidade do grito que a manifestação deste domingo alcançou e na bem-vinda presença de Serra e Aécio reforçam que a dificuldade de tudo dá a medida da vitória de homens e mulheres em busca de um país decente: não se render, independentemente de serem centenas, milhares ou milhões.

Uma coisa ficou bem claro neste nesse domingo que passou: O Brasil está cheio de descontentes de sofá. Puta que lo parió!

Será que eles estão acordando?- 56% dos bolivianos não querem quarta eleição de Evo

O mito Lula está acabado; PT agora torce para que a Justiça não acerte as contas com o homem Lula

Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu à manifestação, no instituto que leva seu nome, promovida pela CUT e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC — onde ele nasceu politicamente, quando ainda apenas de São Bernardo e Diadema. Por que não? Inexiste explicação lógica. É claro que, segundo a narrativa que se conta no petismo, ele deveria estar lá, não é mesmo? Não pode se exibir como um símbolo, uma abstração intangível, até entre os seus. É que o contraste seria vexaminoso para ele. A sociedade civil, sem estrelas da grandeza do poderoso Babalorixá de Banânia, pôs mais se 600 mil pessoas nas ruas, segundo as Polícias Militares. Lula sabe que seu PT agoniza. E tem claro que a sua imagem está se esfarelando.
Brasil afora, ele próprio não era menos alvo dos protestos do que Dilma Rousseff. Aquele que Gilberto Carvalho dizia ser, ainda em 2013, o “Pelé” que estava no banco de reservas do PT é hoje tratado como um perna de pau. Jilmar Tatto, secretário de Transportes e homem forte do prefeito Fernando Haddad, afirmou que o protesto só existe porque a oposição teme Lula em 2018.
Para começo de conversa, não é certo que esse governo se segure até lá. Mas também isso já foi. O Lula imbatível nas urnas é hoje coisa de um passado até recente no tempo, mas muito distante quando se considera o ritmo acelerado em que amadurece a sociedade brasileira. Ninguém mais cai na conversa.
Lula até tentou nos últimos 15 dias revitalizar aquele papo furado da luta do “nós” contra “eles”; das “elites” contra o “povo”. Sempre foi uma falsa questão, sempre foi uma boçalidade política. Mas tão mais distante se torna quando se constata que, fora do governo, só em palestras estupidamente bem pagas, amealhou R$ 27 milhões, boa parte delas contratadas e pagas por empresas investigadas na Lava-Jato.
O companheiro, que pretende ser o monopolista do povão, é hoje um milionário, não é mesmo? E não haveria mal nenhum nisso se a fortuna, essa que conhecemos, houvesse sido conquistada longe do poder e de interesses que se entrelaçam com dinheiro público. Mas também isso não bate com a realidade.
Os lulistas gostariam que fosse verdadeira a falsa tese de que é a ruindade do governo Dilma que contamina a imagem de Lula. Não é, não! Há até uma possibilidade, no terreno estritamente pessoal, de que seja o contrário. Não é difícil a gente ouvir por aí que Dilma pode até ser honesta, o problema está no fato de ser tutelada por Lula e pelo PT. Desconheço se alguém já fez algo parecido, e fica aqui a dica: institutos de pesquisa deveriam escolher algumas personalidades públicas para que a população avaliasse a sua honestidade, com notas de zero a 10. Aposto que Dilma receberia uma pontuação acima da de Lula.
Na Avenida Paulista — e, segundo sei, foi assim em toda parte —, Lula não apanhou menos do que Dilma e do que o PT propriamente. Aquele que era o Pelé do banco, a eterna reserva moral para opor o povo à Dona Zelite, hoje já não é mais garantia de nada. Bonecos infláveis Brasil afora o caracterizavam como um presidiário.
E isso lança o PT num verdadeiro desespero. Os “companheiros” não sabem por onde recomeçar. Acusam conspirações as mais exóticas e variadas, mas nem eles acreditam seriamente em suas mentiras convenientes.
O mito Lula está acabado, e resta agora torcer para que a Justiça não resolva ajustar as contas com o homem Lula.
Texto publicado originalmente às 5h03
Por Reinaldo Azevedo