quarta-feira, 26 de novembro de 2014

STJ blinda juiz Sérgio Moro contra pressões que visam expurgá-lo do processo do Petrolão

STJ blinda juiz Sérgio Moro contra pressões que visam expurgá-lo do processo do Petrolão

Os ladrões do dinheiro público, seus empregados e aliados querem pizza. 


O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Newton Trisotto, relator do julgamento que manteve preso homem apontado pela Polícia Federal (PF) como operador de Youssef no exterior nesta terça-feira, disse que a corrupção brasileira é "uma das maiores vergonhas da humanidade". Já o ministro Felix Fischer cogitou que nenhum outro país viveu "tamanha roubalheira". A 5ª Turma da Corte decidiu por unanimidade manter a prisão de João Procópio de Almeida Prado.

. A informação é do jornal "O Globo" de hoje. Leia tudo:

- A corrupção no Brasil é uma das maiores vergonhas da humanidade - afirmou o relator Newton Trisotto, em uma sessão de discursos fortes. O ministro também ressaltou a extensão que está tomando a Operação Lava-Jato, ao revelar cifras bilionárias. A defesa de João Procópio - apontado como homem de confiança de Youssef fora do Brasil, e preso em julho - alegou que a prisão havia sido cumprida sem requisitos legais. Ou seja, diziam que a prisão havia sido fora da lei, e que deveria ser revogada. - Pelo valor das evoluções, algo gravíssimo aconteceu - disse Trisotto.  Trisotto, acompanhado pelos outros ministros, negou essa tese, e qualificou o papel de João Procópio no esquema como "fundamental". - Prado assumia papel relevante no esquema, controlava contas de Youssef no exterior. Foi fundamental para controlar dinheiro de origem ilícita - afirmou o relator.Com essa decisão unânime, o STJ reforçou a posição do juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava-Jato e vem sofrendo duros ataques de advogados. 


. O ministro Felix Fischer, ex-presidente do STJ, classificou a corrupção no Brasil entre as maiores do planeta: - Acho que nenhum outro país viveu tamanha roubalheira - afirmou Fischer. O relator Newton Trisotto pediu ainda "coragem" para o juiz Sérgio Moro. Trisotto citou o jurista Ruy Barbosa ao dizer que um juiz não pode ser "covarde". - Não há salvação para o juiz covarde. O juiz precisa ter coragem para condenar ou absolver os políticos e os economicamente poderosos - declarou o relator.
Polibio Braga

Líderes da Oposição repetem PSDB e vão ao STF contra farra fiscal de Dilma



Da esquerda para a direita, Imbassahy, Mendonça Filho, Caiado, Rubens Bueno e Beto. 



Um dia depois de o PSDB recorrer ao Supremo contra a tentativa do governo de alterar a meta fiscal, portanto revogando ítem fundamentasl da Lei de Responsabilidade Fiscal,  líderes da oposição na Câmara foram hoje à Corte para pedir a suspensão da tramitação do projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso.

, Assinam o documento os líderes do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), do DEM, Mendonça Filho (PE), da Minoria no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), do PPS, Rubens Bueno (PR), e do PSB, Beto Albuquerque (RS). Eles também acusam a presidente de enviar mensagem contendo "informações falsas ou inválidas" à Comissão Mista de Orçamento.

. O presidente do Congresso tentou levar adiante a votação, hoje, no plenário, mas foi fortemente repelido. O senador Renan Calheiros por pouco não foi estapeado pelo líder do DEM, Mendonça Filho, que chegou a chamá-lo para briga. 

Políbio Braga

“A vida começa aos quarenta. Começa sim, começa a ir embora.” (Mim)

“A felicidade é um bicho que ninguém consegue prender para sempre.” (Filosofeno)

“A solidão às vezes nos obriga a uma convivência difícil.” (Filosofeno)

“O povo de bem quando pode se refugia em suas casas. Está difícil. Os marginais não temem mais o dia.” (Mim)

“A morte é algo que não devemos esperar sentados.”(Pócrates)

“Minha mãe sempre me disse para não brincar com fogo.” (Satanás Ferreira)

Canibais

CONVERSA ENTRE CANIBAIS

“E aí, comendo muita gente?”
“Dois ou três por mês.”
“Carne boa?”
“Comi um canadense muito tenro, coisa de primeira. Mas em compensação não pude comer um deputado nacional.”
“Por quê? Carne dura?”
“Parecia vitela de tão macia, porém não consegui tirar a carniça.”

“Bilhões de humanos no planeta preferem o não pensar. Ficar de joelhos e louvar não exige muito.” (Pócrates)

“A bandidagem só faz aumentar. Até parece que já temos mais urubus do que carniça.” (Pócrates)

IMB-Alerta de um cubano: tomem cuidado com os estímulos morais do socialismo


Cubacapa-636x395.jpgO socialismo — ou seja lá como você queira chamar o modelo social sob o qual o povo cubano vive há mais de meio século — não é digno de ser imitado por qualquer outro povo.  Basta olhar para a realidade cubana atual e observar nossa penúria para perceber isso.
O mínimo que podemos fazer quando sofremos uma experiência trágica de vida, seja ela qual for, é alertar os demais — caso contrário, seríamos culpados pelo sofrimento alheio e, assim, assassinos tácitos e criminosos de nossa própria espécie.
É por esta razão, e como uma necessidade impiedosa de minha própria consciência, que me disponho a alertá-los — tomando como referência a experiência cubana — sobre os sutis métodos psicológicos que podem ser utilizados por aqueles que pretendem fazer do socialismo o modelo de esperança e de bem-estar das comunidades.  É importante que não caiam no erro fatal de serem cativados por um modelo social muito astuto, que emana da natureza bárbara do homem.
Eis o recado: tomem cuidado com os estímulos morais do socialismo.
Desde os primeiros anos de poder, o governo revolucionário cubano tinha como prioridade a criação de um novo homem, o qual seria qualitativamente superior.  Neste sentido, iniciou-se em Cuba a ideia de inculcar na população a convicção de que os estímulos morais deveriam estar irreparavelmente acima dos estímulos materiais.
poverty-in-cuba.jpg
Sendo assim, coisas meramente simbólicas, como um diploma, uma medalha, uma carta de agradecimento para os vizinhos, o reconhecimento público ao coletivo de trabalho, ou apenas um aperto de mão de um chefe, constituíam uma honra irreparável.  Por outro lado, dar uma gratificação a um garçom que nos oferecesse um excelente serviço em um restaurante passou a ser imoral, e quem se dispusesse a fazê-lo estaria incorrendo em uma grave ofensa.
Ato contínuo, tornou-se relativamente comum ver pessoas nas ruas ostentando  medalhas e prêmios pendurados em suas camisas.  Ao mesmo tempo, essas mesmas pessoas sofriam junto com suas famílias a carência de produtos básicos para a subsistência.
O ápice dos incentivos morais passou a ser representado por uma única atitude: "trabalhos voluntários não-remunerados", os quais eram realizados geralmente nos dias de descanso do povo.  Só que esses trabalhos nada tinham de voluntários, pois uma eventual não-participação excluía o indivíduo da classificação de "homem novo" e automaticamente o excomungava, relegando-o aos confins do inferno do socialismo.
Atualmente, os "trabalhos voluntários" evoluíram e estamos vivenciando em um estágio superior dessa forma moral de exploração: as horas de trabalho não-remunerado realizadas por cada trabalhador são contabilizadas para que, ao final do ano, os mais aguerridos tenham a possibilidade de optar por um televisor, um ferro elétrico ou uma bicicleta, para citar apenas três exemplos.
Só que, como em um regime socialista tudo é escasso, as consequências geradas por esse arranjo são dolorosas. 
Eis o que acontece: para um povo mergulhado na pobreza, qualquer item destes é um sonho, e talvez seja essa a única oportunidade de obtê-los.  Só que há apenas 5 destes itens para serem distribuídos para 500 funcionários de uma mesma estatal. Sendo assim, o leitor pode imaginar quantas discussões, quantas brigas e quanto rancor são gerados quando se determina qual trabalhador foi o escolhido para ser agraciado com esses utensílios.  As amizades destruídas pelo ódio e por essa divisão semeada pelo governo entre os cubanos são irreparáveis.
Apesar disso, o ingênuo, nobre e fiel povo de Cuba ainda não percebeu que esses mesmos apologistas dos "incentivos morais" estão recheando seus cofres pessoais — e não apenas com medalhas e condecorações.  Em Cuba, cada vez mais pessoas têm menos e cada vez menos pessoas têm tudo. 
E paradoxalmente, como recompensa de tantos anos de trabalho e sacrifício, os trabalhadores contam apenas com essas medalhas que empunham com orgulho, e também com uma miséria humilhante, resultado dos estímulos morais do socialismo.  Já os poderosos que controlam o regime ficam com tudo, inclusive com os aplausos da intelectualidade ao redor do mundo.
Mas, graças a Deus, meu amado povo de Cuba parece estar abrindo os olhos.  Prova disso são as crescentes deserções de atletas e médicos cubanos ao redor do mundo, que não acreditam mais nesses estímulos e decidem fugir desta sociedade de escravos.
Por isso, caro leitor, não se engane: a primazia dos estímulos morais em contraposição aos estímulos materiais não tem outra finalidade senão a de criar um novo homem, conscientemente identificado com a miséria, e pacientemente à espera das migalhas que lhe oferecem seus deuses protetores e eternos, aos quais devem estar eternamente agradecidos.  É disso que se trata o socialismo.
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Leia também:
A medicina cubana - um modelo?
Nelson Rodríguez Chartrand é um advogado cubano, libertário do Club Anarcocapitalista de Cuba, e escreve, de Havana, para a página do Liberzone e do Spotniks.

“A bebida acabou com a minha alegria. Conheci minha mulher quando estava de porre.” (Climério)

“Mais quatro anos de governo petista e com certeza o Brasil não terá mais analfabetos fora do governo.” (Mim)

Caio Blinder- O fim do milagre chinês?



Implosão do modelo?
Implosão do modelo?
Eu conheci Bob Davis, um veterano jornalista do The Wall Street Journal na década passada em Nova York em um painel sobre imprensa e a imagem da América Latina. Pessoa finíssima. Na época, ele era encarregado, baseado em Nova York, da cobertura de países emergentes. Eram dias de deslumbramento com o Brasil e os demais integrantes dos Brics, eram tempos em que crise era considerada “marolinha”.
Em 2010, o Wall Street Journal deslocou Bob Davis para a China. No sábado, ele publicou um ensaio reflexivo agora que chegou ao final de quatro anos de trabalho em Pequim. O título é este que eu apropriei para esta coluneta dominical: O fim do milagre chinês? Infelizmente, acesso apenas para assinantes do jornal. Quando Davis chegou, a China crescia anualmente a quase 10% ao ano, por três décadas, um feito sem precedentes na história econômica moderna. Agora, existe desaceleração, com crescimento na faixa de 7%.
Bob Davis está pessimista sobre o futuro econômico chinês. Ele atribui a desaceleração a dois fatores básicos: O primeiro é a dívida, que criou uma bolha imobiliária. O guindaste de construção nem sempre é símbolo de vitalidade econômica. Pode ser também de uma economia que desgalhou. E o segundo fator é corrupção. O todo-poderoso presidente Xi Jinping quer reverter a desaceleração e uma pedra-de-toque é uma cruzada contra a corrupção, que é arbitrária e inescrupulosa em uma ditadura como a chinesa.
Entre as “historinhas” no ensaio de Bob Davis, eu destaco a seguinte: ele entrevistou um estudante de engenharia e ficou impressionado com os planos de vida do rapaz. Os pais tinham ficado ricos ao construírem uma fábrica de sapatos. No entanto, o filho não queria seguir o o mesmo caminho de eempreendedorismo Tampouco, este era o desejo dos pais. E qual conselho eles deram para o filho? Trabalhar para o estado. O emprego seria estável e quem sabe ele descolaria um posto governamental através do qual pudesse ajudar os negócios da família. Sem conexões (guanxi), não há milagre na China.

Instituto Ordem Livre-John Maynard Keynes: o dano que um economista defunto ainda causa

Postado em 03 de Fevereiro, 2009.por Richard M. Ebeling
Há setenta e dois anos, em 4 de fevereiro de 1936, o economista inglês John Maynard Keynes (1883-1946) publicou o que logo se tornou sua obra mais famosa, Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Poucos livros tiveram, em tão pouco tempo, tanta influência, gerando um impacto tão destrutivo sobre as políticas públicas. O que Keynes conseguiu fazer foi oferecer uma lógica para aquilo que os governos mais gostam de fazer: gastar dinheiro e atender a interesses particulares.
No processo, Keynes ajudou a enfraquecer três daqueles que tinham sido ingredientes institucionais essenciais de uma economia de livre mercado: o padrão ouro, orçamentos governamentais equilibrados, e mercados abertos competitivos. No lugar deles, Keynes deixou a inflação do papel-moeda, déficit governamental, e mais intervenções políticas no mercado.
Seria exagero, claro, afirmar que sem Keynes e a revolução keynesiana a inflação, o déficit advindo de gastos e o intervencionismo não teriam surgido. Por décadas antes da publicação do livro de Keynes, o clima político e ideológico já pendia para mais e mais envolvimento governamental em questões sociais e econômicas, por causa da crescente influência de idéias coletivistas entre intelectuais e planejadores de políticas.
Mas antes da publicação da Teoria geral, muitos dos proponentes destas políticas coletivistas ainda não tinham tido contato com o corpus de pensamento econômico que defendia que, de modo geral, o melhor caminho para o governo passava por ficar longe do mercado, manter uma moeda estável lastreada em ouro, e restringir suas políticas fiscais e de gastos.
Os economistas clássicos dos séculos XVIII e XIX haviam demonstrado convincentemente que a intervenção governamental impedia o bom funcionamento do mercado. Eles elaboraram um corpus de teoria econômica que mostrava claramente que os governos não possuem nem o conhecimento nem a capacidade de dirigir a economia. A liberdade e a prosperidade estão mais garantdas quando o governo se limita, geralmente, a proteger as vidas e propriedades das pessoas, e as forças competitivas de oferta e procura produzem os incentivos e a coordenação necessários às atividades delas.
Durante as guerras napoleônicas do início do século XIX, muitos países europeus tiveram inflações altas, já que os governos usavam as máquinas impressoras para financiar os custos de guerra. A lição que os economistas clássicos aprenderam foi que a mão do governo tinha de ser tirada da manivela da máquina impressora para que se mantivesse a estabilidade monetária. A melhor maneira de fazer isso era ancorar a moeda nacional a uma commodity, como o ouro, exigir que os bancos trocassem suas notas por ouro a uma taxa fixa quando isso lhes fosse pedido, e limitar quaisquer aumentos na quantidade das notas em circulação a novos depósitos de ouro feitos nos bancos pelos depositantes.
Eles também concluíram que o déficit em gastos era uma forma perigosa de financiar programas governamentais, permitindo aos governos criar a ilusão de poder gastar sem impor um custo à sociedade por meio de mais impostos; os governos poderiam tomar dinheiro emprestado e gastá-lo hoje, e adiar o custo em impostos até algum futuro em que os empréstimos tivessem de ser pagos. Os economistas clássicos queriam orçamentos anuais equilibrados, permitindo que o eleitorado pudesse ver mais claramente os custos dos gastos do governo. Se uma emergência nacional, como uma guerra, forçasse o governo a tomar empréstimos, então quando a crise acabasse o governo deveria aumentar o orçamento para pagar a dívida.s
Essas eram consideradas as políticas verdadeiras e experimentadas de uma sociedade saudável. E essas foram as políticas que Keynes se esforçou para destruir nas páginas da Teoria geral. Ele afirmava que uma economia de mercado era intrinsecamente instável, suscetível a devaneios irracionais de otimismo e pessimismo dos investidores, que resultavam em vastas e imprevisíveis flutuações de produção, emprego e preços. Somente o governo, acreditava, poderia ter uma visão de longo prazo e manter a estabilidade da economia por meio de déficits para estimulá-la durante as depressões e superávits para segurá-la durante os booms inflacionários. Atacava, portanto, a idéia de orçamentos equilibrados; em seu lugar, o governo deveria equilibrar seus orçamentos ao longo do “ciclo de negócios”.
Para tanto, dizia Keynes, os governos não podiam ficar limitados pela “bárbara velharia” do padrão-ouro. Sábios políticos, guiados por brilhantes economistas como ele mesmo, necessitavam de flexibilidade para aumentar a oferta de dinheiro, manipular as taxas de juros, e mudar as taxas cambiais. Eles precisavam desse poder para gerar qualquer quantidade de gastos necessários para empregar as pessoas em projetos públicos e investimentos privados estimulados pelo governo. Limitar os aumentos de oferta de dinheiro à quantidade de ouro seria um impedimento, insistia Keynes.
Keynes acreditava não só que a economia de mercado não conseguiria manter sua própria estabilidade como ainda acreditava seria indesejável deixar o mercado funcionar. Ele disse uma vez que deixar que o mercado determinasse os preços e salários para equilibrar a oferta e a procura significa submeter a sociedade a uma “força econômica” cruel e injusta. Ao contrário, ele queria que os salários e preços fossem fixados politicamente na base “daquilo que é ‘justo’ e ‘razoável’ entre as classes [sociais]”.
O nível de salários imposto pelos sindicatos, por exemplo, deveria ser considerado sacrossanto, mesmo que muitos trabalhadores ficassem de fora do mercado porque o nível era mais alto do que o valor estimado por seus potenciais empregadores. O governo, em vez disso, deveria imprimir dinheiro, sustentar déficits, e elevar os preços a qualquer nível necessário para que empregadores e trabalhadores tivessem lucros. Em outras palavras, a perpétua inflação de preços seria o meio de garantir “pleno emprego” diante de sindicatos agressivos.
Gastos sem freios
Além disso, quando a regra do orçamento equilibrado foi derrubada, não havia mais qualquer freio aos gastos governamentais. Como James M. Buchanan e Richard E. Wagner observaram em Democracy in Deficit “A democracia em déficit”, uma vez que o governo seja desobrigado de fazer os pagadores de impostos pagar imediata e diretamente por aquilo que gasta, qualquer grupo de interesse pode pedir aos políticos que lhes dêeem o que querem. Os políticos, desejosos de votos e contribuições de campanha, alegremente se ofecerem para satisfazer a gula dos grupos favorecidos. Ao mesmo tempo, os pagadores de impostos tornam-se presas fáceis da ilusão de que o governo pode dar algo em troca de nada para qualquer um a virtualmente custo nenhum.
De fato, hoje os políticos podem brincar de oferecer mais e mais dinheiro a interesses particulares enquanto diminuem os impostos. O governo simplesmente preenche o rombo tomando empréstimos, impondo uma dívida maior às gerações futuras. Ou os impostos terão de subir nos anos vindouros, ou o governo vai usar a máquina impressora para pagar o que deve, e o tempo todo dirá que isso está sendo feito para gerar a “prosperidade nacional” e financiar programas “socialmente necessários” do estado de bem-estar social.
Numa das passagens mais famosas da Teoria geral, Keynes disse que “as idéias dos economistas e filósofos políticos, estejam eles certos ou errados, têm mais poder do que se costuma imaginar. Na verdade, quase nada além delas governa o mundo. Os homens práticos, que se crêem livres de influências intelectuais, freqüentemente são os escravos de economistas defuntos e escrevinhadores acadêmicos. Loucos no poder, que ouvem vozes no espaço, destilam sua loucura de algum escrevinhador acadêmico de alguns anos antes”.
Setenta anos depois da publicação da Teoria geral, muitos homens práticos de negócios e políticos no poder continuam escravos de economistas defuntos e escrevinhadores acadêmicos. A tragédia do nosso tempo é que, entre as vozes que eles ainda ouvem no espaço enquanto gerenciam corrupta e porcamente tudo que tocam, está a de John Maynard Keynes.

Templos

“Em currais faraônicos ornados de luxo os tosquiadores aguardam por suas mansas ovelhas. E para lá vão elas felizes, cegas pelo não pensar, sempre prontas para a tosa diária.” (Eriatlov)

A cirurgia

A CIRURGIA 

 Depois da cirurgia cerebral ele se encontra deitado na cama de ferro, imóvel sobre alvos lençóis. De hora em hora uma enfermeira vem para ver como ele se encontra. Observa sua pressão e sai. Na parede um quadro solitário da Santa Ceia faz companhia ao homem que dorme sedado. Sobre o criado mudo não há nada,nem mesmo um copo ou uma revista qualquer.O soro desce em lentas gotas e o rosto do enfermo aos poucos ganha cor. Lá fora, entre nuvens, aparecem pedaços do azul do céu. No canto esquerdo do quatro está largado um pequeno sofá marrom que aguarda para acolher uma visita qualquer. Já faz quatro horas que a operação foi realizada. O homem abre os olhos e se mexe um pouco. A enfermeira chega, ele pede: “Onde estou?” Ela fazendo um olhar de mãe diz que ele está no Hospital Samaritano, sofreu uma cirurgia para extirpar um pequeno tumor no cérebro e que correu tudo bem. “Tudo bem” nada,diz ele.Sou o encanador,vim até aqui apenas para consertar um vazamento e acabei caindo no banheiro. E agora me acontece isso?”

Enfim

ENFIM  
Josenildo foi pra escola aos sete anos e até completar quinze ainda não havia conseguido memorizar o alfabeto. Matemática então, bulhufas. Para trabalhar na roça era um desastre, pois apodrecia o cabo da enxada na mão dele e o trabalho não saía. Aos dezesseis foi de pai de trigêmeos, concebidos em companhia da Mariazinha do seu Amâncio. Finalmente descobriram uma profissão para ele: reprodutor.

Opinião é opinião

“O melhor governo do mundo é o governo cubano. Opinião dos tubarões que caçam nas águas do Caribe.” (Cubaninho)

No Vale do Eco quando você grita, ‘Dilma’! Ele responde, ‘incompetente!’