quinta-feira, 27 de abril de 2017

ALUNOS

Dois jovens canadenses de Toronto resolveram fazer o curso superior para corruptos. Terminado o curso foram instados pelo professor para dizer onde iriam demonstrar suas aptidões. Os dois responderam o Brasil. O professor ficou rindo por alguns minutos e após matriculou os dois num curso de pós-graduação.

SELVAGENS



Um navio soviético afunda. A tripulação salva-se, desembarca numa ilha próxima e é capturada por canibais que se preparam para jantá-los.

-- Camaradas canibais! -- diz o capitão. -- Vocês passaram por uma coletivização?

-- Não.

-- Passaram pelo culto à personalidade?

-- Não.

-- Comemoraram o jubileu de Lenin?

-- Não.

-- Então, por que são tão selvagens?

AN-POLIT1

O HOMEM DO FUTURO SOB O REGIME COMUNA



Como será a aparência do ser humano do futuro sob regime comunista?

- Ele vai ter mãos pequenas, pois não vai fazer nada com elas - as máquinas trabalharão por ele. Vai ter pés pequenos, pois não precisará andar - vai ser transportado por terra, mar e ar. Vai ter um estômago pequeno pois se alimentará de pílulas com muitas calorias. Também terá uma enorme cabeça, pois deverá pensar muito. Pensar como obter estas pílulas.

AN-POLIT1

O HOMEM DE SETE DEDOS

Hugo é um paraibano de trinta e seis anos, natural de João Pessoa e que nasceu com sete dedos na mão direita. Tem dois filhos pequenos e trabalha na construção civil como pedreiro. No momento está construindo sua própria casa nas horas de folga. Hugo é um exemplo de boa gente e trabalhador. Não vive de favores de compadres e escumalha, é honesto com seus sete dedos e, ao contrário de certos tipos que mesmo tendo apenas quatro dedos se locupletam com dinheiro público sem ficar rubros.

O MAIOR MENTIROSO

O alemão Walter Von Muller considerado o maior mentiroso do mundo de todos os tempos resolveu vir morar no Brasil. Desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília, fez um tour de 1h pelo salão, comprou passagem de volta e nunca mais foi visto.

POR LIVRE OBRIGAÇÃO

Paulino corria pelo campo aberto e de vez em quando olhava para trás. O suor descia pelo rosto, os pés doíam, os dedos faziam força para fugir dos sapatos. O sol ardia na pele e as bochechas estavam em brasas. Uma pequena brisa amainava um pouco o mal-estar do calor. Quando subia uma pequena elevação pedregosa teve que esquivar-se de uma cobra cascavel. Adiante se deparou com um encontro de escorpiões, tendo que dar saltos acrobáticos para escapar ileso. Passou por uma cerca de fazenda e foi recebido a tiros pelos peões. Vomitou de medo e cansaço. Depois atravessando um milharal foi corrido por porcos do mato. Olhou para trás e viu à distância homens montados em velozes cavalos vindos em sua direção. Não demorou muito para desmaiar diante de um muro de pedra. Foi logo alcançado pelos cavaleiros, medicado e levado de volta à cidade. Após ser lavado, vestido e perfumado, foi entregue à noiva na porta da igreja.

BIRD

Paulo resolveu mudar de vida. Completava trinta anos, era agora ou nunca. Entrou gritando no escritório da TV ALIANÇA: eu sou um pássaro, eu sei voar! Eu sou um pássaro, eu sei voar! Quero uma chance para mostrar! Todos pararam. Mais um louco, pensaram. Queria ele ser apresentado ao diretor artístico, sem perda de tempo. A secretária chamou os seguranças conforme determinou o diretor para colocá-lo fora do prédio. Ele não se deu por entregue. Antes da chegada dos brutamontes bateu os braços e saiu voando pela janela. Sorte dele que estava no térreo.

O DIVINO IMPERADOR

O Divino Imperador, cheio de pompa e cercado por duas centenas de guardas caminhava pela Avenida Imperial próximo do povo. Nas esquinas e praças, estátuas e fotos do ungido celestial. Sorria e acenava para seus súditos, adornado de diamantes e ouro; era adorado como um deus, todos se curvavam diante da sua presença. Naquele dia quando pisou nos primeiros degraus que o levariam ao palácio real o inusitado aconteceu: o Divino Imperador soltou gases e não foi só isso: cagou-se todo! No meio da multidão um republicano não se conteve e gritou: “Divino que nada! Cagou-se! Humano, demasiado humano!” Foi enforcado.

O DESENCARNE DO PERFEITO AVARENTO

Há muitos anos uma carta anônima recebida pelo Promotor Público Roberval Sintra levantou suspeita de envenenamento na morte do senhor Demóstenes Sotero, fazendeiro mais conhecido na sua cidade como o “perfeito avarento”. Homem de muitas posses, sua viagem sem retorno seria interessante para muitos parentes, mas não foi. Esperavam pela herança que não veio. Fez doação de todos os seus bens para suas amantes. Aos parentes, nada. O juiz Carlos Raul então determinou que o corpo fosse desenterrado para nova perícia. Cidade pequena, grande assunto. O povo, sempre curioso, invadiu o cemitério. Até parecia quermesse paroquial. Não faltaram vendedores de garapa, picolé e milho verde; moças de vestidos novos e lábios vermelhos. Quando foi aberto o caixão, surpresa para todos: O corpo estava deitado de lado, a língua de fora, como se estivesse assim para molhar os dedos e contar dinheiro. Em suas mãos havia milhares de reais em notas mofadas e puídas. Moedas de ouro pularam dos bolsos quando mexeram com ele. Alguns parentes, espichando os olhos, contavam com tristeza a pequena fortuna que poderia ser deles. Alguns até choraram. Porém nada foi constatado e o assunto foi encerrado. Passado alguns anos, os parentes em suas conversas reservadas lembram ainda com saudade doída daquelas notas, daquelas moedas...

DO CONTRA

“Já fui contra tudo e todos. Hoje não sou a favor de nada.” (Pócrates)

CONFIANÇA

“Confie no próximo sempre, mas esconda a carteira.” (Pócrates)

O OUTRO LADO

Pós- morte existe o outro lado. O lado de dentro do caixão. (Pócrates)

TARDE

“Descobri o sexo quando já estava nu. Aí não deu mais para ignorar.” (Pócrates)

IMPOSSIBILIDADE

“O inferno eterno é uma impossibilidade. A madeira e o gás são finitos.” (Pócrates)

COITADISMO PENAL por Flavio Morgenstern. Artigo publicado em 26.04.2017



(Publicado em http://sensoincomum.org)

A soltura do goleiro Bruno de Souza causou uma das raras unanimidades no país cada vez mais bipolarizado: direita e esquerda acharam um absurdo que o ex-goleiro do Flamengo, acusado de planejar e encomendar o assassinato de Eliza Samudio, ex-atriz pornô que engravidou do goleiro e queria dar à luz à criança e que o jogador pagasse pensão do filho. Seu corpo nunca foi encontrado, mas provavelmente foi espancada até a morte e posteriormente esquartejada, tendo suas mãos comidas por Rottweillers.

Como o presidente do PT Rui Falcão e o petista Alex Solnik consubstanciam à perfeição, um assassino frio que não demonstra o menor arrependimento ou qualquer sentimento de culpa ou remorso pelo assassinato, como o goleiro Bruno, só volta às ruas graças aos ditames do pensamento de esquerda.

É a esquerda que possui “teses” ou, na verdade, frases de efeito e cacoetes verbais como “cadeia não resolve”, “o importante é ressocializar”, “polícia mata”, “legalize o aborto”, “meu corpo, minhas regras” e outros bordões repetidos acerebralmente pela militância em 140 caracteres. É a esquerda que acredita que leis penais, mormente quanto a temas que envolvam crimes de sangue e correlatos, têm apenas o fito de “criminalizar os pobres” (em sua visão, todos criminosos), como o ex-favelado goleiro Bruno.

É o que se chama de coitadismo penal: a idéia do Direito Penal Abolicionista (pregada por Juarez Cirino dos Santos, advogado mais óbvio do ex-presidente Lula), ou do Direito Penal Mínimo como meio para se atingir o Abolicionismo (o Direito Penal Mínimo como fim, a separação extrema de penas entre crimes brancos e de sangue, é defendido, por exemplo, pela doutora Janaína Paschoal). Toda uma cultura baseada na idéia estúpida de que criminosos, incluindo assaltantes, seqüestradores e assassinos, são coitadinhos. A culpa seria da sociedade, e não dos criminosos.

A simples materialização de suas próprias teses, atacadas pela direita todo santo dia, faz com que a esquerda se indigne. Não com seu próprio discurso, mas com a injustiça absurda de um homicida que mata uma mulher para não pagar as contas do filho (preferia que Eliza Samudio o abortasse), negando-se a cumprir seu papel de pai de família.

Preferindo o prazer fácil, o hedonismo irresponsável e negando a “família tradicional”, o goleiro Bruno seguiu pari passu o que a esquerda prega, mas quando feministas, esquerdistas e progressistas viram o próprio Frankenstein que criaram, tão lindo e defensável em abstrato, tão absolutamente horrendo, fétido, abissal e sulfúrico quando adquire carne e osso nas tessituras da realidade concreta.

Assim que viram seu monstro, esquerdistas abandonaram o discurso do “crime é culpa do social” e de “cadeia deve reeducar” e exigiram o retorno do goleiro Bruno à prisão – não em busca de “reeducação”, mas de simples punição por seu crime, como qualquer pessoa dotada do super-poder de enxergar o óbvio quando esfregado no nariz sabe que é a função primordial de uma cadeia ao lidar com um homicida. Foi-se a defesa do aborto, a crítica à família tradicional, a noção transfigurada de que justiça é soltar criminosos, e não prendê-los: acreditando que “esquerda” e “feminismo” são o contrário do que são, todas passaram a defender o que a direita sempre defendeu, sem palavrinhas chics para universitários se sentirem “intelectuais”.

A esquerda, que tem sua revelação com um livro sobre juros, e hoje se refugia nas ciências sociais e na crítica literária, é hoje pura estética: palavras que geram uma reação imediata (daí seu vocabulário ora hiperbólico, como “fascista”, ora pornograficamente eufemístico, como “interrupção da gravidez”). Esquerdistas adoram o palavreado do coitadismo penal, mas são de todo incapazes de formar conceitos de suas palavras, extrair idéias de seus vocábulos, organizá-los em silogismos para repudiar idéias que soem verdadeiras, como “desigualdade social”, sem precisar concretizá-las à custo de sangue alheio.

Rui Falcão e Alex Solnik sabem o que fazem, e sabem que só usam um discurso para proteger seus cupinchas usando a militância como peões. Já os militantes, acham que têm o poder de fogo de um Rui Falcão ou Alex Solnik, mas são apenas buchas de canhão e peões cuja maior glória na vida é serem substituídos por peças que interessem mais a quem está jogando o xadrez a sério.

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* Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs" (ed. Record). No Twitter: @flaviomorgen

A ÚNICA DIFERENÇA ENTRE LIBERAIS E CONSERVADORES EM TERMOS OPERACIONAIS por Adolfo Sachsida. Artigo publicado em 22.04.2017

(Publicado originalmente em institutoliberal.org.br, em 14/02/2014)
Num post anterior, fiz uma lista de pensadores liberais que talvez tenha causado a estranheza de alguns. Não foi descuido e nem obra do acaso. Aquele post tenta mostrar que o movimento liberal é bem maior do que alguns supõe. O liberalismo se caracteriza por sua defesa de três pontos: liberdade individual (respeito ao estado de direito), defesa da propriedade privada, e apoio a um sistema de preços de livre mercado. Todos que defendem esse conjunto de ideias são liberais. Contudo, entre os liberais existem divergências. Dessas divergências temos a formação de vários grupos dentro do movimento liberal. Grupos esses que estão entre os liberais clássicos (conservadores) e os ultra-liberais (libertários).
Num mundo que começasse do zero, certamente conservadores e libertários estariam separados, talvez até em pontas opostas. Contudo, o mundo já existe. Hoje, no Brasil, em termos operacionais, existe apenas uma única diferença importante entre liberais e conservadores: a descriminalização da maconha. Os conservadores são contra, os liberais são a favor. A rigor, os libertários pregam a descriminalização de todas as drogas. Contudo, em termos operacionais, me parece bem pouco provável que a liberação do crack e da heroína tenham espaço político para prosperar nas próximas duas décadas.
Vejamos a questão dos impostos. Eu, enquanto conservador, gostaria de manter a carga tributária ao redor de 20% do PIB. Os libertários são contra impostos obrigatórios, logo defendem uma carga tributária obrigatória de 0%. Suponha que um libertário vença as eleições, por acaso será possível reduzir a carga tributária brasileira dos atuais 36% do PIB para 0%? Óbvio que não, uma sociedade, para manter o estado de direito, não pode sofrer mudanças repentinas dessa magnitude. Logo, tanto um conservador quanto um libertário trabalhariam em conjunto para, gradativamente, irem reduzindo a carga tributária. Acredito que, em 2 décadas, sejamos capazes de reduzir a carga tributária para algo em redor de 20% do PIB. Só a partir desse ponto é que haveria discussão entre os libertários (que pressionariam por mais redução) e os conservadores (satisfeitos com o patamar tributário).
Vejamos a questão da propriedade privada e do sistema de preços via mercado. Novamente, hoje, em termos operacionais, não existe uma única grande diferença entre libertários e conservadores. Quando olhamos as discussões políticas que são feitas, os arranjos econômicos feitos pelos que estão no poder, e as propostas que tramitam no Congresso, fica evidente que a agenda libertária é extremamente similar a agenda conservadora. No Brasil atual não faz o menor sentido um conservador ser atacado por um libertário, ou vice-versa. Libertários e conservadores são, no Brasil atual, aliados óbvios. É simplesmente burrice desperdiçarmos o pequeno espaço que temos brigando entre nós mesmos. Ganharíamos muito mais com uma convivência pacífica, e lutando contra os movimentos contrários a sociedade aberta, do que brigando por questões que, no Brasil atual, sequer estão na agenda ou no espectro de possibilidades.
Para uma ideia ser boa não basta a mesma ser boa, ela precisa ser operacionalmente viável. No Brasil atual a única questão operacionalmente viável que separa liberais de conservadores é a liberação da maconha (que aliás é defendida por todos os partidos de esquerda). Vale a pena essa briga? Vale a pena dividirmos nosso pequeno efetivo para apoiar uma causa que, além de polêmica, só tende a fortalecer os inimigos da sociedade aberta? Não peço aos conservadores que apoiem a liberação da maconha. Não peço aos libertários que sejam contra a liberação da maconha. Peço apenas para que enxerguemos um espectro político maior: no Brasil atual nós somos nossos únicos aliados. Deixemos nossas brigas para, com sorte, daqui 20 anos.

HUMOR ATEU

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ÍNDIOS ESTUPRADORES

A Justiça do Acre condenou o índio Antônio José Moreira da Silva por ter estuprado uma menina de 11 anos. Que ele cumpra os 23 anos de prisão, ao contrário de Paulinho Paiakan, um cacique caiapó bajulado pela imprensa e condenado por estupro em 1992, ainda hoje impune.

Claudio Humberto

LULA, O NOVO MALUF

O desempenho do ex-presidente Lula em pesquisas para presidente, na disputa de 2018, reproduz um fenômeno eleitoral de Paulo Maluf, hoje deputado pelo PP-SP. Para o especialista Murilo Hidalgo, do instituto Paraná Pesquisas, “Lula é o novo Maluf”. Se for candidato, são grandes suas chances ser o mais votado no primeiro turno, mas sua rejeição muito alta inviabilizaria a vitória na disputa de segundo turno.

Claudio Humberto

MARIA LOUCA

Para onde se voltam seus olhos gananciosos?
Pergunta o povo Maria Louca.
O que vês além do baú do tesouro
E dos seus interesses mais mesquinhos?
Ou será medo da espada da justiça?
A nação das araucárias não mais te saúda Maria Louca,
E até as gralhas ficam repugnadas quando ouvem a tua voz.

A HORA

Sentado na sua cadeira de palha absorto está o ancião Demétrio.
Dentro do seu cérebro colidem lembranças de lágrimas, dores, emoções, alegrias e pássaros azuis.
Navegar foi preciso, e nem sempre esse navegar foi em águas calmas, mas Demétrio navegou.
Encarou os desafios, lutou.
Então nesse final de tarde seus olhos brilham pelos mares da vida percorridos, enquanto o porto descanso espera por ele.