quinta-feira, 4 de outubro de 2018

DONA MEIGA


DONA MEIGA


Filha de Bastião Louco e Eldorina, Dona Meiga nasceu e viveu por mais setenta anos em Barra do Sarapião. Teve uma infância normal brincando entre algumas dezenas de cadáveres de inimigos do pai. Adulta, um doce era Dona Meiga. Um pote de mel era menos doce que sua saliva.  Vivia da lavoura e nas horas de folga matava alguns conterrâneos em troco de uns cobres. Não judiava é verdade, somente matava a tiros como manda o bom figurino. Mas era na matança muito delicada e deveras tão gentil que alguns até agradeciam por estar entrando na bala.




CANDIDATOS DIFERENTES? SÓ DAQUI A QUATRO ANOS. por Percival Puggina. Artigo publicado em 02.10.2018

Há pessoas contrariadas com o cenário da eleição presidencial. Expressam desagrado em relação aos dois candidatos que lideram as pesquisas. Parecem querer opções diferentes, outros candidatos, outros eleitores, outras pesquisas, outras urnas, outra mídia. Outro país, enfim. É a carrancuda fauna dos isentões. Sairão do pleito aborrecidos, mas com luvas brancas e sapados polidos.
Outras há que desejariam melhores perspectivas eleitorais para alguém, digamos, loquaz como Meirelles, popular como Amoêdo e Alvaro Dias, ou seguro e combativo como Geraldo. Ah, o Geraldo! “O Geraldo teria mais chances!”, dizem alguns. Pois é, só faltou combinar isso com ele, seus partidos e eleitores.
Geraldo Alckmin foi ungido candidato por um elenco de nove siglas integrantes do congestionado Centrão, cujas bancadas na Câmara dos Deputados somam 266 parlamentares. Mais da metade do plenário! Esse robusto apoio proporcionou à sua campanha o maior volume de recursos financeiros e o maior tempo de TV. Mesmo assim, a candidatura não sintonizou senão com uma pequena parcela da população, insuficiente para levá-lo ao segundo turno.
A campanha do tucano cometeu erro gravíssimo. Tendo saído no encalço de Bolsonaro, em vez de compreender quais os atributos que o faziam pontear a disputa presidencial num voo solo, decidiu derrubá-lo alvejando-o insistentemente. Por sua formação, Alckmin talvez pudesse repartir com Bolsonaro o interesse pela proteção das crianças (e de sua inocência). Poderia, também, sair em defesa da instituição familiar, de professores que ensinem e estudantes que estudem. Poderia posicionar-se vigorosamente em favor da Lava Jato, do combate à criminalidade e à impunidade, bem como do cumprimento integral das penas e do fim do desarmamento.
Poderia opor-se com firmeza à ideologia de gênero e ser muito explicitamente antipetista. Poderia apresentar-se como um candidato conservador e liberal.
Poderia, poderia, mas isso seria pedir demais a um catecúmeno do “progressista” Fernando Henrique Cardoso. O tucanato rejeita os dois adjetivos. Quando o PT fazia oposição ao PSDB, a expressão mais usada para desqualificá-lo era justamente a de ser o partido neoliberal ou liberal. E a acusação realmente doía porque não era assim que o partido se via ou queria ser visto. Quanto a ser conservador, definição que a maior parte da população provavelmente faz de si mesma, sofre total rejeição num grupo cujos líderes históricos vieram da esquerda do PMDB.
Não foi apenas por falta de carisma do candidato tucano que a maior parte de sua base entornou para Bolsonaro. O principal erro residiu no ataque a quem fala sobre angústias da população, sem levar em conta que seus tiros atingiam, também, a própria sociedade em seus anseios reais.
Não sei o que sairá das urnas no pleito presidencial. Se não confio (embora não as desconsidere) nas pesquisas de primeiro turno, não vejo porque levar em grande conta as de segundo turno, se ele ocorrer. Em todo caso, recomendo que o voto parlamentar seja cuidadosamente selecionado com vistas a uma saudável renovação e conferido a candidatos dignos, com perfil conservador e liberal. Em qualquer desfecho, eles serão indispensáveis.

* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o Totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

BOLSONARO 55%

Depois das últimas pesquisas, o Polling Data, que faz a média ponderada de todos os números, calculou que Jair Bolsonaro tem 55% de probabilidade de ser eleito e o poste tem 45%.
A vantagem deve aumentar até domingo.
O Antagonista

MAIA PREVÊ QUE SÓ 8 PARTIDOS VÃO SOBRAR NO BRASIL

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, acha que a proibição de coligações para eleição proporcional (vereadores e deputados), a partir das eleições municipais de 2020, reduzirá “para 6 ou 8” o número de partidos com atuação plena nos parlamentos, em razão da chamada “cláusula de desempenho”. O ministro Gilberto Kassab (Comunicações) estima redução de 35 para 18 partidos já a partir da eleição deste ano.
Cláudio Humberto

A MAIOR ABSTENÇÃO


Na eleição presidencial de 2014, a taxa de abstenção (brancos, nulos e faltas) foi de 29,2%. O recorde de abstenção foi de 38%, em 1998.

Cláudio Humberto

PESQUISAS JÁ DÃO 48 MILHÕES DE VOTOS A BOLSONARO

PESQUISAS JÁ DÃO 48 MILHÕES DE VOTOS A BOLSONARO

Transformando em votos os 32% de intenções de voto nas pesquisas Datafolha e Ibope, Jair Bolsonaro (PSL) somariam agora 48 milhões de votos, a 2 pontos dos 34% necessários para sonhar com vitória em 1º turno. Para isso, seriam necessários 32% de abstenção somada a votos brancos e nulos. Dos 147 milhões de eleitores 34% significariam mais de 50 milhões de votos, e abstenção de 32% a mais de 47 milhões. O registro Datafolha é BR-03147/18; do Ibope, BR-08245/18.

Cláudio Humberto

HAVAN É COISA NOSSA

Dono da Havan reage a acusação da Justiça do Trabalho:"Nunca coagi ninguém"

O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, disse ontem que vai recorrer da decisão do juiz do Trabalho que proibiu-o de coagir funcionários para votar em Bolsonaro.

A decisão do juiz saiu em liminar concedida depois de pedido do Ministério Público do Trabalho.

"Nunca coagi ninguém", reagiu Hang, ontem mesmo. Ele avisou que recorrerá.

Empresários de todo o País abrem seus votos para os candidatos, mas o preferido é Bolsonaro.

No RS, ontem, o industrial Luiz Tissot, do Sierra Moveis, Gramado, tirou carta para dizer na prática o mesmo que Luciano Hang diz, ou seja, que a eleição de Fernando Haddad, PT, significa o início de um regime de corte comunista, autoritário, anti-capitalista, no Brasil.

O editor recebeu uma cópia da carta via WhatsApp.

O MPTr e a Justiça do Trabalho jamais promoveram ações e decisões contra universidades públicas e sindicatos que fazem campanha aberta pelos candidatos do PT e do Psol, sequer com empresários que abrem voto por Haddad.

Políbio Braga

VAI SER NO PRIMEIRO TURNO

Ao sair do PSDB para apoiar Bolsonaro, Graziano avisa:"Fazer política significa também sonhar"

Ao fechar com o Centrão, o PSDB afundou na imoralidade, diz Graziano.

O ex-deputado Xico Graziano, um dos fundadores do PT, ex-auxiliar de FHC, avisou que resolveu sair do PSDB e que votará em Jair Bolsonaro.

Em carta publicada pelo site Poder360, Graziano explica as razões do seu gesto:


Desculpem-me meus amigos tucanos, mas senti asco quando Geraldo Alckmin fechou sua coligação eleitoral com notórios bandidos da política. Ganhou tempo de televisão, perdeu a bandeira da ética.
Esse pragmatismo da política, necessário em certo sentido, contém um terrível germe que, se não controlado, destrói as utopias. Fazer política significa também sonhar.
 Infelizmente essas eleições só nos trazem pesadelo.

CLIQUE AQUI para ler toda a carta.

PB