segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Artigo, Marcelo Aiquel - O passamento de Marisa Letícia

Dona Marisa Letícia Lula da Silva faleceu.
      Dona Marisa Letícia foi primeira dama do Brasil.
      Segundo uma parte da mídia, Dona Marisa Letícia tornou-se santa. Pura e inocente. Inatacável.
      Por ser a esposa do Lula. Só por isso!
      Porque, com sinceridade, alguém pode – conscientemente – apontar UMA SÓ OBRA em prol dos carentes, criada pela falecida?
      Ou seja, agora pedem respeito à memória da morta.
      Respeito que seu próprio marido nunca teve por ela, haja vista o “caso” – notório e público – que o ex-presidente manteve com a Senhora Rosemary Noronha, às costas da primeira dama.
      Ora, respeite para ser respeitado, diz o velho adágio popular.
      Quem jamais respeitou o Brasil não merece ser respeitada. Nem quando se torna “santa”, como quer parte da mídia, especialmente àqueles (e/ou aquelas) que geralmente se consideram a cereja do bolo. Mesmo escrevendo colunas obsoletas em espaços de uma imprensa arcaica, falida, desatualizada.
      E ela tornou-se perfeita, de repente? Por quê?
      Porque ficou ao lado do marido, acusado de vários crimes?
      Ora, como beneficiária direta das falcatruas (que foi!) queriam que ela se portasse como?
      Outro conhecido ditado ensina: “dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. E a falecida Dona Marisa passou mais de 40 anos ao lado da “jararaca” Lula da Silva. Dividindo cama, mesa, e contas bancárias. Precisa acrescentar algo a mais?
      Pois é, nem o bendito espírito cristão nos encaminha a imaginar conceder perdão sincero a quem ajudou – diuturnamente – seu marido a enganar a todos e a uma nação.
      Será que ela merece perdão mesmo depois de morta?

      Que Deus tenha piedade da Dona Marisa Letícia!

O FINADO LULA


Confira a coluna Outro Olhar deste sábado, 12 de março

“Nunca entre num lugar de onde tão poucos conseguiram sair”, alertou Adam Smith. “A consciência tranquila ri-se das mentiras da fama”, cravou o romano Ovídio. “Corrupção é o bom negócio para o qual não me chamaram”, ensinou o Barão de Itararé.
E na contramão de todos está alguém que abriu mão de si mesmo pelo poder. Lula construiu uma história de vida capaz de arrastar emoções e o levar à presidência. Agora, de modo desprezível, o mesmo Lula destrói-se por completo.
Não é preciso resgatar o tríplex, o sítio ou os R$ 30 milhões em “palestras” para atestar a derrocada do ex-presidente. Basta tão somente reparar a figura pitoresca na qual Lula se tornou.
O operário milionário sempre esbanjou o apoio popular e tomou para si o mérito de salvar o país da miséria. Contudo, junto disso, entregou-se aos afetos das maiores empreiteiras, não viu mal em lotear a máquina pública, nem constrangeu-se em liderar uma verdadeira organização criminosa.
Sem hesitar, brincou com os sonhos do povo e fez de seu filho, ex-faxineiro de zoológico, um megaempresário. Aceitou financiamentos regados à corrupção, fez festa junina pra magnatas e mentiu, mentiu e mentiu. O resultado, enfim, chegou: ao abrir mão de si mesmo, Lula perdeu o povo.
Pelas ruas, o ex-presidente é motivo de indignação e fonte de piadas. Lula virou chacota, vergonha, deboche. Restou-lhe a militância do pão com salame e aqueles que tratam a política com os olhos da fé messiânica.
Seu escárnio da lei confirma sua queda. Lula ainda enxerga o Brasil como um rebanho de gados e não percebe que está só, cercado por advogados que postergam seu coma moral. Enquanto ofende o judiciário e todos aqueles que não beijam seus pés, Lula trancafia-se na bolha de quem ainda acredita que meia dúzia de gritos e cuspes podem apagar os fatos.
O chefe entrou num mundo sem saída, trocou sua consciência pelo poder e corrompeu-se até dissolver sua essência. Lula morreu faz tempo. Restou-lhe, apenas, uma carcaça podre que busca a vida eterna no inferno de si mesmo.
Gabriel Tebaldi é graduado em História pela Ufes

O DONALD QUE NÃO É O PATO

O recado de Trump à Universidade de Berkley onde um palestrante foi impedido pela violência ; se não abrirem a Universidade a opiniões divergentes,  ficarão sem recursos federais. Ou seja , a Universidade tem que ouvir e respeitar todas as opiniões.

TEMOS NO STF ALGUÉM COMO ELE? ACHO DIFÍCIL!

Durante o governo JK o jurista Sobral Pinto foi lembrado, mas declinou do convite feito por Juscelino Kubitschek para indicá-lo ao STF justificando não aceitar sua indicação, pelo fato de que tinha sido um defensor da candidatura de JK para a Presidência da República e, se tivesse a indicação acolhida pelo Senado poderia ser interpretado como uma retribuição o apoio dado em campanha eleitoral.

DOIS TEXTOS IMPERDÍVEIS por J.R.Guzzo e Edgar Muza. Artigo publicado em 06.02.2017

Nota do editor:
Pareceu-me melhor juntar estes dois textos num único post pois tratam do mesmo assunto: relações perigosas e inconvenientes no STF. Ao que comenta o bageense Edgar Muza ainda cabe acrescentar a recente informação sobre as mensagens trocadas entre Carlos Gabas e o Ministro Toffoli, objeto de outra matéria neste blog.

J.R.Guzzo, em PARA QUEM QUER (Revista Veja)
O Brasil de hoje é provavelmente um dos países do mundo que melhor convivem com o absurdo. Fomos desenvolvendo na vida pública brasileira, ao longo de anos e décadas, uma experiência sem igual em aceitar a aberração como uma realidade banal do dia a dia, tal como se aceita o passar das horas ou o movimento das marés – “No Brasil é assim mesmo”, dizemos, e com isso as coisas mais fora de propósito se transformam em fatos perfeitamente lógicos. A morte do ministro Teori Zavascki, dias atrás, na queda de um turbo-hélice privado no litoral do Rio de Janeiro, foi a mais recente comprovação da atitude nacional de pouco-caso diante de comportamentos oficiais que não fazem nexo. É simples. O ministro Zavascki não podia estar naquele avião, porque o avião não era dele - estava viajando de favor, e um magistrado do Supremo Tribunal Federal não pode aceitar favores, de proprietários de aviões ou de qualquer outra pessoa. Nenhum juiz pode, seja ele do mais alto tribunal de Justiça do Brasil, seja de uma comarca perdi-da num fundão qualquer do interior.
Da morte de Teori Zavascki já se falou uma enormidade, e sabe lá Deus o que não se falou, ou talvez ainda se fale. Foram feitas indagações sobre o dono do avião, um empresário de São Paulo, seus negócios e suas questões junto ao Poder Judiciário. Foram apresentados detalhes sobre as suas relações pessoais, seus projetos empresariais e seu estilo de vida. Foram examinadas as circunstâncias em que se originou e evoluiu seu relacionamento com o ministro Zavascki. Não apareceu nada que pudesse sugerir qualquer decisão imprópria por parte do magistrado - ao contrário, sua conduta à frente dos processos da Operação Lava Jato continua sendo descrita como impecável. Mas o problema, aqui, não é esse. O problema é que ninguém, entre os que tomam decisões ou influem nelas, estranhou o fato de que um dos homens mais importantes do sistema de Justiça brasileiro, nos trágicos instantes finais de sua vida, estivesse viajando de carona no avião de um homem de negócios que não era da sua família nem do seu círculo natural de amizades. Não se trata de saber se o empresário era bom ou ruim. Sua companhia não era adequada, apenas isso, para nenhum magistrado com causas a julgar.
A questão não se limita aos empresários. Não está certo para um juiz, da mesma maneira, frequentar ministros de Estado e altos funcionários do governo. Ele também não pode andar com sócios de grandes escritórios de advocacia – grandes ou de qualquer tamanho. Entram na lista, ainda, diretores de “relações governamentais” de empresas, dirigentes de órgãos que defendem interesses particulares e políticos de todos os partidos. Não dá para aceitar convites de viagem com “tudo pago”, descontos no preço e qualquer coisa que possa ser descrita como um favor. Não é preciso fazer a lista completa - dá para entender perfeitamente do que se trata, a menos que não se queira entender. O ministro Zavascki não era, absolutamente, um caso diferente da maioria dos membros do STF e de uma grande parte, ninguém poderia dizer exatamente quantos, dos 17 000 magistrados brasileiros de todas as instâncias. Seu comportamento era o padrão – com a diferença, inclusive, de ser mais discreto que muitos. Ninguém nunca viu nada de errado no que fazia - e ele, obviamente, também não.
Cobrança exagerada? Diante dos padrões de moralidade em vigor na vida pública nacional, é o caso, realmente, de fazer a pergunta. Mas não há exagero nenhum em nada do que foi dito acima. Ao contrário, essa é a postura que se observa em qualquer país bem-sucedido, democrático e decente do mundo. Na verdade, não passa na cabeça de ninguém, nesses países, levar uma vida social parecida à que levam no Brasil os ministros do STF e de outros tribunais superiores, desembargadores e juízes de todos os níveis e jurisdições. Muitos magistrados brasileiros também acham inaceitável essa confusão entre comportamento privado e função pública. Não falam para não incomodar colegas, mas não aprovam – e não agem assim. Têm a solução mais simples para o problema: só falam com empresários etc. no fórum, e nunca a portas fechadas. Para todos eles, “conversa particular” é algo que não existe. Nenhum deles vê nenhum problema em se comportar assim. Eles aceitam levar uma vida pessoal com limites; só admitem circular na própria família, com os amigos pessoais e entre os colegas. Fica mais difícil, sem dúvida, mas ninguém é obrigado a ser juiz, nem a misturar as coisas. Só quem quer.
Edgar Muza, em A DESCONFIANÇA AUMENTA
(Extrato de artigo na Folha do Sul)
A impunidade, as explicações mal dadas, a credulidade da população com tudo o que a imprensa noticia, torna muita gente alienada. Alguns por falta de tempo. Outros por falta de interesse. E outros ainda porque “estando bem para mim, está tudo bem”. Poucos pensam no conjunto, ou nos outros, são personalistas. Felizmente ainda tem gente que raciocina e desconfia. Recebo todas as semanas, por doação do Da Cruz (filho do Chinês, Olmiro Passos), a revista Veja. A desta semana, que estará nas bancas a partir de hoje - para os assinantes chega aqui no sábado anterior à sua data base -, no caso atual, dia primeiro de fevereiro. Na última página da revista tem um colunista, jornalista J.R.Guzzo, que aborda o tema que transparece desconfiança.
 É claro que o “cordão dos desconfiados, cada vez aumenta mais”. Mas o que ele afirma que desperta minha curiosidade e o traz para meu grupo de desconfiados? Sua afirmação é incisiva: “O ministro Teori Zavascki não podia estar naquele avião”. Na coluna imediatamente após a morte do ministro questionei as causas pelas quais ele estava no avião que pertencia a sócio do presidente da BTG Pactual, preso por ordem do Teori. Tive o cuidado de não levantar nenhuma suspeita sobre o dono do avião, caso os técnicos que iriam investigar as causas do “acidente” não concluíssem, como concluíram, que foi falha humana. O motivo era simples, o dono morreu junto. Pois bem, o colunista foi mais além: “O ministro não podia estar naquele avião, porque o avião não era dele. Estava viajando de favor e um magistrado do Supremo Tribunal Federal não pode aceitar favores, de proprietários de aviões ou de qualquer outra pessoa. Nenhum juiz pode, seja ele do mais alto tribunal de Justiça do Brasil, ou de uma comarca perdida num fundão qualquer do interior”.
Aí lembrei de três ministros. Toffoli, que, como presidente do TSE, simplesmente não moveu nenhuma palha para julgar o pedido do PSDB, que queria anular a eleição de Dilma/Temer. Muito mais por Dilma do que por Temer. Lewandowski, que presidiu a sessão do Senado que cassou a Dilma, concordou com a não suspensão de seus diretos políticos, contrariando a Constituição e o regime do Senado. E, finalmente, Gilmar Mendes, que tem dado declarações que o tiram da condição de insuspeito para julgar os casos atuais de corrupção. Além do mais, seguindo a afirmação do jornalista Guzzo, não deveria ter aceito carona no avião de Temer a Portugal para os funerais de Mario Soares, onde sequer compareceu à cerimônia. Para piorar sua situação, e aumentar a desconfiança geral, após a morte de Teori, foi jantar com o Temer, ao lado de Moreira Franco, sogro do presidente tampão da Câmara, e agora preferido do governo, Rodrigo Maia. E sem agenda marcada.
Outra frase de Guzzo que chama a atenção: “Não se trata de saber se o empresário era bom ou ruim. Sua companhia não era adequada, apenas isso, para nenhum magistrado com causas a julgar”. (...)

Blog Percival Puggina

A SOPA

Genésio apreciava o restaurante do Sebastian e toda semana aparecia lá, pois Sebastian servia a sopa de vômito que ele adorava. Mas de repente deixou de frequentar o estabelecimento. Ficamos sabendo por terceiros que ele encontrou um cabelo na sopa.
“Casei-me com uma mulher feia para não ter incômodos. Pois não adiantou, tornei-me um alce.” (Pócrates)
“Alguns filhos são como gordura e atacam o fígado dos seus pais.” (Pócrates)
"O sol nasce para todos. A insolação também." (Pócrates)
“Antes ser um burro anônimo que uma cavalgadura famosa.” (Pócrates)
“A dor ensina. Ensina a tomar analgésicos." (Pócrates)
“Algumas paixões machucam o coração, outras, o bolso.” (Pócrates)
"Tenho a mente tão aberta que às vezes entra poeira.” (Pócrates)
“Em qualquer cidade ou vila deste país os melhores homens você encontrará nos cemitérios.” (Pócrates)

BUNDA DE BÊBADO

Um copo vazio sobre a mesa. A mão firme ergue o copo e pede mais uma. O cérebro aos poucos vai ganhando leveza, logo se esquecendo dos problemas e ficando cheio de euforia. Mais uns goles da malvada e as palavras saem da estrada. Agora os amigos são mais amigos e os inimigos mais inimigos. O pobre diabo se acha o maioral e está pronto para enfrentar a vida. Mais uns tragos e nada parece impossível. Cambaleando sai do boteco para ir para casa. Anda uma centena de metros e caia na sarjeta. De arrasto vai em frente assustado, não desiste de maneira alguma, pois sempre ouviu dizer que bunda de bêbado não tem dono.

O PRIMO DISTANTE

Ernesto  homem de boa fé
Abiu o armário e nele encontrou um esqueleto
Sem roupas e com a óssea mão direita sobre a boca
E na óssea mão  esquerda um preservativo
Por ser um homem bom
Não fez nenhuma objeção
Quando a mulher contou-lhe a história
De um primo dela distante
Que entrou no armário para pregar-lhe um susto quando chegasse
E que acabou esquecido.

ZOÓLATRA

Conheci uma deusa loura
Numa festa de amigos
Meus olhos grudaram na pessoinha
Meu coração caiu de amores
Ficamos juntos por algum tempo
Até eu descobrir que ela era zoólatra
E como não sou cão nem gato
Pouco tempo depois
Recebi um pontapé na bunda.

VULCÃO INERTE

O mau não mais teme a lei
O mau ri dos homens de toga
O mau afoga suas vítimas na violência gratuita
E sai rindo com deboche
Quando se instalará o caos não sabemos
Mas a verdade é que quando o estado está ausente
Um vulcão que parece inerte
Imerge de repente das ruas
Numa grande explosão de fúria
Apronta o cadafalso
Enforca por conta o maldito
E corre pelas ruas gritando
Queremos mais um!

EXTREMA-UNÇÃO NEURAL

O crente abre a boca
Para receber o corpo de Cristo
Através da hóstia consagrada
Enquanto isso dentro do cérebro
Os neurônios moribundos
Recebem a extrema-unção.

CALDEIRÃO DE MÁGOAS

O rio segue seu curso entre calmarias e corredeiras
Intrépidos o navegam enfrentando toda sorte de obstáculos
Dores psíquicas e físicas fazem parte da jornada
Às vezes eles caem
Mas retornam para navegar
Enquanto isso na margem do rio da vida
Os abocanhadores de facilidades
Atiram pedras
E cozinham no caldeirão da inveja
Todas as mágoas possíveis
Aos vencedores.

DA IMPORTÂNCIA

Não importa se você estiver no topo
Não importa se você estiver no limbo
Se ornado de ouro
Se incomodado por carrapichos
De uma coisa pode ter certeza:
Para alguém você é muito importante.


CÃES COM DONOS SEM EDUCAÇÃO

Sai de casa o rapagão a passear com o seu cão
Sai senhora com sua cadelinha
Saem de mãos vazias
Sem pás ou sacolinhas
Prontos para bostear o mundo
Nas calçadas
Nas esquinas
Nos gramados dos canteiros centrais
Fazendo pisar na bosta canina
Todo adepto de caminhada
Que se torna sem querer
Um feliz proprietário
De um calçado fedorento.

DESERTO

Areia
Sol escaldante
Cansaço e sede
Caminhar lento
Animais peçonhentos
Passos em câmera lenta
Areia
Noite que congela
Num mar de estrelas
E imensa solidão no solo
O deserto não perdoa
Não é um lugar para fracos
Pois logo eles perecem.

AGIR

Tenho mãos para atirar flores
Tenho mãos para atirar pedras
Ou seremos todos cordeiros
Diante dos maus?

“Devemos amar o próximo sim, desde que ele não nos encha de socos.” (Pócrates)

“Não se deve dar um harém para um garanhão que definha.” (Pócrates)

FOX tira todos seus canais da TV Sky



A Fox anunciou hoje que seus canais não fazem mais parte do catálogo da operadora de TV Sky. O sinal da programadora foi cortado no fim da tarde deste domingo.

“A FOX Networks Group informa aos seus fãs que após vários meses de negociação para manter a distribuição de seus atuais canais FOX, FX, National Geographic, Nat Geo Wild, FOX Life, FOX Sports e FOX Sports 2, na plataforma da Sky, não conseguiu, infelizmente, chegar a um acordo”, diz o comunicado.

As demais operadora de tv por assinatura contam com todos canais da FOX, entre elas a OiTV, a única que cresceu em número de clientes em 2016 (www.oitv.com.br).

Políbio Braga