segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O vento e os tempos. Coluna Carlos Brickmann



O vento e os tempos




COLUNA CARLOS BRICKMANN



Pois são tempos estranhos, estes; tempos em que se descobre que um antigo político, que se supunha afastado do ramo desde que foi condenado pelo Mensalão, controla um robusto partido com 37 deputados federais. O presidente Temer, naturalmente, sabia de tudo; e sabia ainda que o preço do ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, Boy, comandante-chefe do PR, era a manutenção do Aeroporto de Congonhas em mãos do Estado. Nada de privatização: Congonhas continua estatal, prometeu Temer a Boy. Em troca de tão patriótica atitude, Temer ganha o apoio do PR para continuar no cargo, livre das desagradáveis denúncias da Procuradoria da República.



OK, Valdemar Costa Neto pediu, Temer concedeu. Mas por que estará Boy tão interessado na permanência de Congonhas em mãos do Governo?



Talvez alguma vertente brizolista em sua ideologia, por que não? Seria novidade, porque: a) parte dos políticos brasileiros acha que Boy não tem ideologia, guiando-se sempre pelos resultados, estes sempre excelentes; b) outra parte dos políticos brasileiros acha que Boy tem ideologia, sim, mas menos brizolista e muito mais petista, da ala ligada ao empresariadão. Talvez esteja preocupado em garantir a eficiência do aeroporto, já que, como se sabe, as estatais tradicionalmente produzem melhores resultados – e, sem dúvida, os bons resultados são sempre seu objetivo, um objetivo sempre alcançado.



Temer e Boy, políticos experientes, sabem conversar.



Ventos uivantes



Nesse tipo de bate-papo entre velhos amigos, entre xícaras de bom café e biscoitinhos, a conversa sempre deriva para assuntos paralelos. No caso, decidiu-se reativar o antigo aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, para voos interestaduais.



Pampulha, é certo, também trará bons resultados.



Blowin’ in the Wind



Não se assuste: esta coluna não trará aos leitores nenhuma nova versão do clássico de Bob Dylan na interpretação de Eduardo Suplicy. Para evitar más interpretações da história dos aeroportos, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, apresentou a Michel Temer estudos da aviação civil e análises de consultorias independentes que demonstram que, sem a receita de Congonhas, a Infraero perde sua base financeira, e outros aeroportos do sistema no país ficam inviáveis.



Que tal privatizá-los? O aeroporto da ilha de Santa Elena, entre América do Sul e África, está num lugar tão ruim que só um modelo de avião no mundo, um Embraer, lá chega e decola. É um aeroporto privado e dá lucro. A resposta, diz Bob Dylan, é soprada pelos ventos. Mas, que pena, o aeroporto dá lucro, embora só aos investidores!



Palavras ao vento



A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que Geddel Vieira Lima é o chefe da quadrilha. Renan Calheiros, que conhece tudo do partido e do Governo – o que é preciso saber e o que nem fica bem pensar que ele sabe – rebateu: “Engraçado. Nunca soube que Geddel era o chefe. Para mim, o chefe dele era outro”.



Renan se conteve: já pensou se ele conta e de repente descobrimos que aquilo já não é mais surpresa?



Depois do vendaval


No interior de São Paulo, há uma frase feita a respeito de chefe: “Quem tem chefe é índio”. Coincidência: o presidente do Senado, Eunício Oliveira, fiel dos fieis de Michel Temer, tem o apelido de Índio. Ele acaba de dizer que é eleitor de Lula e é nele que, “obviamente”, deve votar nas eleições do ano que vem, se o PMDB não tiver candidato próprio e com acordos locais para decidir quem indica quem para cada cargo.



Traduzindo, se não estiver garantida a ele, Eunicio, uma candidatura forte ao Senado pelo Ceará.



Livre como o vento



Segundo Eunício, o PMDB é um partido livre. “Livre” é uma palavra bonita, uma das preferidas deste colunista. Mas não é em todos os lugares, nem em todas as épocas, que “livre” é uma palavra elogiosa. Conforme o lugar, conforme a época, dizer que uma senhora tem comportamento livre é tudo, exceto um elogio. Em certos partidos, também. Pode significar que, a menos que haja garantias de sucesso em certas áreas, as palavras “livre” e “traidor” se transformam em sinônimos perfeitos.



O vento sabe a resposta


E, a propósito, há lógica na união, ao menos regional, de PT e PMDB. No Nordeste, Lula é o político mais popular; e o PMDB tem de longe a melhor estrutura, com mais prefeituras e mais tempo de televisão. Ambos são pragmáticos, digamos. Unir-se e ganhar juntos, muito, é o que querem.



Onde o vento faz a volta



Aeroportos, bons lucros – como na cobrança do transporte das malas, que segundo a Anac geraria uma tendência para reduzir o custo das passagens. Resultado: as passagens subiram 35,9% - cálculo da Fundação Getúlio Vargas, obtido pelo Diário do Poder (www.diariodopoder.com.br)



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VOU PRESO,MAS NÃO PERCO A PIADA


Segundo o historiador soviético Roy Medvedev, mais de 200.000 pessoas foram para a cadeia no tempo de Stalin pelo crime de contar piadas sobre os comunistas.

A GAZETA DO AVESSO- O país terá uma nova campanha de alfabetização. Os primeiros alunos serão os petistas loucos por mortadela.


SUBINDO NO AVIÃO


Primeira viagem. O sujeito vai com o coração na mão. Subindo os degraus ouve esse papo: “Realmente é difícil um avião cair. Mas cai. E quando cai...”

CIDADÃO CENTENÁRIO

. Entrevista na TV com um cidadão centenário:
-- Conte-nos, Sr. Ivanov, como está tão bem conservado aos 167 anos?
-- Bem, na Grande Revolução de outubro...
-- Olha, é melhor contar-nos algo sobre o Lenin!
-- Durante a Grande Revolução de outubro...
-- Por que não nos conta algo sobre Dostoievsky?
-- Deixe-me explicar! Durante a Grande Revolução de outubro a baderna era tanta que alguém acrescentou mais cem anos na minha carteira de identidade!

HUMOR ATEU

Assim falou Jesus para Judas:

“Meu bom Judas. Depois do galo cantar três vezes, vá e roube uma galinha. Faça uma boa sopa, pois preciso carregar uma cruz e já não suporto mais ficar comendo somente pão e azeitonas.”

A COMPANHEIRA DO HOMEM


No dia seguinte à criação do Jardim do Paraíso Adão dirige-se a Deus:

-           Senhor, estou com um problema.
-           Qual problema ? - perguntou Deus
-           Senhor, estou grato por me teres criado a mim e a este maravilhoso jardim. Sei que aqui não me falta nada e tenho tudo o que preciso, mas apesar disso sinto-me infeliz.
-           Por quê Adão ?
-           Apesar da beleza que me rodeia eu sinto-me... só.
-           Nesse caso tenho boas noticias: decidi criar para ti a mulher!
-           E o que é isso ? - exclamou Adão
-           A Mulher é o ser mais extraordinário que alguma vez criei,  possui uma inteligência invulgar, uma apurada sensibilidade e uma rara capacidade de compaixão. É tão perspicaz e inteligente que saberá antecipar os teus desejos e adivinhar o teu estado de espirito. Saberá em qualquer momento o que fazer para que te sintas feliz. A sua beleza superará a beleza do Céu e da Terra. Estará sempre pronta para satisfazer os teus pedidos e desejos quaisquer que eles sejam e será uma fiel amiga e companheira para toda a vida.
-           Uau!!  - exclamou Adão
-           Mas... - ecoou a voz de Deus - terás que pagar um preço!
-           Que preço? - perguntou Adão
-Terás que ficar sem uma perna, uma mão, um ouvido e um olho.

Adão ficou pensativo. Passado um grande bocado finalmente perguntou:
-           Então... e em troca de uma costela... o que é que se consegue arranjar ?

http://jleal.tripod.com/anek01.htm


DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- SOBRE MINHAS VIAGENS-quinta-feira, janeiro 31, 2008

Um menino que nada entende de jornalismo está preocupado em saber como custeio “viajens (sic!) à Europa, vinhos e restaurantes, foie gras, prostitutas” e meu ego. Bom, ego não custa caro. Quanto ao mais, já ouvi várias teorias ao longo de minha vida. No final dos anos 60, em meus dias de universidade, pelo simples fato de não ser comunista, considerava-se que eu era pago pelo DOPS. Se as jovens gerações já não lembram o que quer dizer, explico: Departamento de Ordem Política e Social, organismo do governo criado durante o Estado Novo, cujo objetivo era controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder.

Comecei então a trabalhar em jornais. Fui imediatamente promovido ao SNI. Se as jovens gerações já não lembram, o Serviço Nacional de Informações foi criado pela lei nº 4.341 em 13 de junho de 1964, com o objetivo de supervisionar e coordenar as atividades de informações e contra-informações no Brasil e no Exterior. Um burguês reacionário que trabalhasse em jornal, naqueles dias, só podia ser agente do SNI. Eu, camponês e filho de camponeses, achava muito divertida a nova profissão que me fora atribuída.

Comecei a viajar. Já na primeira “viajem” – como escreve o menino analfabetinho – percorri a Europa de sul a norte e de leste a oeste. Era jovem, as geografias longínquas me fascinavam e 30 ou 40 horas de trem para mim constituíam lazer. Após um ano de Suécia, voltei para Porto Alegre. Recebi nova promoção. Trabalhava agora para a CIA. Mais ainda: minha missão seria vigiar os exilados brasileiros que planejavam a revolução latino-americana nos hotéis de luxo de Estocolmo e nos restaurantes caríssimos de Gamla Stan.

Que assim seja, pensei. Já que vivia de parcos recursos na Suécia – vinho só em fins de semana e olhe lá! – pelo menos curti o prestígio de espião internacional bem remunerado. A Guerra Fria acabou, tornou-se demodé pichar como agente da CIA quem não fosse comunista. Após toda uma trajetória como jornalista, escritor, tradutor e professor universitário, ainda há quem queira saber como vivo bem. Nesta altura dos acontecimentos, certamente sou financiado pelo Foro de São Paulo.

Nada mais prazeroso para um homem honrado do que falar de si mesmo – escreveu Dostoievski. Não vou perder a vaza. O leitor em questão parece ignorar que a forma mais prática de viajar sem ter muito dinheiro é exercer o jornalismo. Me formei em Direito e Filosofia. Se exercesse o Direito, teria boas chances de acumular bom capital. Mas seria prisioneiro da profissão. Certa vez, viajei um mês pelas ilhas gregas com uma advogada trabalhista gaúcha. Na volta ao sul, ela descobriu que seu sócio no escritório lhe havia roubado todas as causas e clientes. Teve de recomeçar de zero.

Optei pelo jornalismo pela possibilidade de exercer este ofício onde quer que se esteja. Graças à profissão, consegui bolsas e muitas viagens. Volto à minha primeira viagem. Foi em 71. Com minha companheira, percorremos a Europa de ponta a ponta durante dois meses. Irritado com o Brasil – não com a ditadura, mas com o país do carnaval e do futebol – decidi ficar em Estocolmo. Na época, não pretendia mais voltar a meu país. Dois livrinhos me mantiveram em pé no reino dos Sveas: as Poesias Completas, do Fernando Pessoa, e o Martín Fierro, do Hernández. Mas minha mulher era funcionária pública e não era sensato largar seu emprego. Apesar do afeto das suecas, muitas noites chorei, estático junto a uma janela, olhando aquele deserto branco e hibernal dos hiperbóreos. Um dia, um amigo boliviano me disse: Sos un boludo, che! Tienes en Brasil una mujer que te quiere. Que haces en esta tierra de hombres tristes?

Voltei. Foi certamente a decisão mais sensata de minha vida. Desempregado, estava me preparando para um concurso na Capitania dos Portos, para trabalhar como faroleiro no litoral brasileiro. Veleidade romântica minha, afinal eu jamais suportaria a vida de farol. Foi quando fui convidado a substituir Luís Fernando Verissimo na Folha da Manhã, em Porto Alegre. Após um ano de crônica diária, tive uma recaída de uma doença que geralmente acomete quem mora na Suécia, a resfeber. Em bom português, febre de viagens. Candidatei-me então a uma bolsa para um doutorado em Paris. Candidatei-me junto à embaixada francesa, não pela Capes ou CNPq, onde quem não tem pistolão não consegue nada. Não que estivesse interessado em doutorado ou vida acadêmica. Queria aqueles vinhos, queijos e mulheres só encontradiças às margens do Sena.

A bolsa me foi concedida sem que eu tivesse uma única carta de recomendação. Quando o cônsul telefonou-me para anunciá-la, disquei imediatamente para minha companheira. Eu, que sempre fora avesso ao casamento, perguntei à queima-roupa: “queres casar?” Perplexidade do outro lado da linha. “É que estou indo para Paris e quero te levar junto”. Envergonhado, casei meio às escondidas, num cartório ao lado de meu bar.

Às onze da manhã, eu bebia com o Carlos Coelho, excelente amigo e colunista da Zero Hora, na Rotisserie Pelotense. Deixei minha caipirinha pela metade e disse ao Coelho: “segura aí que vou comprar um jornal”. Entrei no cartório, onde já me esperavam familiares e testemunhas. Aí o juiz me fez uma pergunta idiota: você quer casar com esta mulher? Claro que queria, senão não estaria lá. Disse então aos circundantes: “vou comprar um jornal, me esperem na churrascaria aqui na frente”.

Voltei à Pelotense, terminei minha caipira com o Coelho, ele sequer imaginava que naqueles poucos minutos eu mudara de estado civil. Ocorre que Coelho, jornalista futriqueiro, tinha o detestável hábito de ler o Diário Oficial. Viu os proclamas e largou a história na imprensa. Viu os proclamas e largou a história na imprensa. Dia seguinte, tive de dar longa entrevista na Folha, tentando convencer minhas demais amadas que continuava sendo o mesmo homem solteiro de sempre. Não convenci muito.

Mas já estava com um pé em Paris.

“Ontem devorei um canibal. Sujeitinho macio.” (Leão Bob)


“Nós leões não praticamos higiene bucal. Nosso beijo é broxante.” (Leão Bob)


POR QUÊ?

P: É possível que o socialismo democrático comece em um país tão bem desenvolvido como os EUA?
R: Sim, é possível, mas, por quê?

www.escapistmagazine.com

PACIÊNCIA ESGOTADA


Dentro do supermercado um menino de aproximadamente cinco anos esperneava, gritava e chorava em altos brados sob o olhar complacente da mãe. Já havia ingerido algumas guloseimas e estragados outras, mas não estava satisfeito. A mãe dizia algumas palavras mornas e o pestinha só fazia espernear ainda mais. Alguns clientes já estavam ficando incomodados outros agoniados com a falta de atitude de quem deveria zelar pelo pequeno. Os minutos transcorriam em balbúrdia e irritação. Nisso veio pelo corredor um senhor bem idoso, vestido de maneira simples, tirou o cinto e deu três pegadas firmes nas pernas do moleque que aí sim berrou com vontade. Foi para cima da mãe do garoto e mandou o cinto no lombo dela por mais de oito vezes. O idoso era bem forte, ela ficou imobilizada. Ninguém interveio. Vendo a mãe apanhar o menino parou de chorar e começou a rir. O idoso pensou consigo: “deve ser coisa da educação moderna.” Saiu do estabelecimento aplaudido.

MESTRE YOKI

“Mestre, os ETs estão entre nós?”
“Sim, são os socialistas. Estão sempre viajando, a cabeça no espaço.”

LEMBRANÇAS

Bica d’água
Água da nascente enchendo o tanque
Tampa de lata de tinta para brincar de chofer
Flores copo de leite
Cerquinha de madeira
Cama de molas
Galinhas bicando aqui e ali
Ovos apanhados no ninho
Pé de lima espinhento
Um araciticunzeiro sofrido
Pêssegos com bicho
Varinha de cerca viva para meninos marotos
Forno de barro
Pão quente
Fogão de lenha
Pinhão na chapa
Privada no fundo do quintal
Empresa do Lara
Depósito de cal
Madeira empilhada
Brincadeiras de esconde-esconde
Chuveiro de latão
Medo do escuro
Páscoa de parcos chocolates
Festa de Santo Antônio padroeiro
Natal de bola e revólver de espoleta
Vizinhos reunidos
Banhados ao lado

Rãs e saracuras
Campinhos de terra
Ida ao Índio Condá com o pai
Torcedor do Rio-Grandense  e Independente
Matinê aos domingos no Cine Ideal
Django
Pecos
O Gordo e o Magro
Cavalaria americana
Picolés do Bar Estrela
Gasosa e sorvete seco no Armazém Palmeiras
Armazém do Oscar Matte na Getúlio
Os sinos da catedral bem ouvidos
Missa com padre Romualdo
Os caríssimos irmãos do Frei João
A irmã Gilda do Colégio Bom Pastor
A fila e o Hino no pátio
O Sete de setembro
O dia do boletim
O campo feito de tijolos para futebol de salão
O recreio de pão com nata e açúcar
Professoras
Marisa
Lourdes
Avani
Marina
Inezita
São tantas as lembranças da minha infância feliz
Que só faz bem recordá-las.


TUTELA

Envolta mente na soberba
Acha-se o bom na tutela
Animal racional medíocre
Pensa saber ensinar a todos o verdadeiro caminho
Logicamente não compreendendo  que somos todos tão diferentes
Em sonhos e determinação.

SALVADOR


Quando um povo delega
Para um ser salvador os seus problemas
A história nos mostra que
É justamente nesse momento que os grandes problemas começam.

O GALO

Um galo pomposo
Chegou ao galinheiro
Para orgulho do seu dono bravão
Porém foi só cantar
Duas noites em hora errada
Para entrar para o caldo do sopão.

RACIOCINE

Busque a clareza no pensar
Porque não há fantasmas na estrada
Tampouco existem demônios nela
Salvo aqueles que estão nos púlpitos
Lavando mentes
Prometendo que dor e miséria garantem o paraíso
Ou que o mal ronda quem fechar a mão para o dízimo.

NO PARQUINHO

Verde amarelo azul vermelho
Brinquedos que gritam e sorriem
Areia fofa
Árvores verde vida sombra
Pais atentos
Pequenos sem preocupações
O incerto futuro deles
Felizmente está distante.

O PAI A CRIANÇA


Médico e enfermeira na sala de parto. A parturiente sofria, Romualdo, o pai, que nunca fora um marido exemplar andava de um lado para outro sem parar. Olhava à mulher e o relógio, tinha a impressão que o tempo tinha parado, suava de nervoso. Pediu licença e saiu da sala para fumar, mas não ficou nisso. Correu ao estacionamento e roubou o automóvel do médico que cuidava do parto, automóvel este que usou para fugir com seu amante, que era o marido da enfermeira. Foram vistos pela última vez curtindo praia em Porto Seguro.

“Quando os cadafalsos estiverem prontos, será que os omissos perguntarão qual é a finalidade deles?”

“Da morte nem o maior crápula escapa. Isso sim é justo.” (Mim)


“Obama tinha razão. Lula é o cara. Cara de bunda.” (Eriatlov)


NOSSOS CORRUPTOS


Nossos corruptos são melhores que os corruptos dos países vizinhos. Com certeza não é motivo para orgulho nacional.

PT: O número 13 é dele, o azar é nosso.


O BICO DOCE


“O mais safado desses pastores televisivos é o R.R. Soares. A preparação para o achaque é fantástica. É o tal homem do bico doce.” (Pócrates)

OS CRIMES COMETIDOS POR QUEM PRATICA A IDEOLOGIA DE GÊNERO por Sérgio de Mello. Artigo publicado em 21.10.2017



(Publicado originalmente em www.institutoliberal.org.br)

Não sou político e nem posso sê-lo. Sou defensor público e estou fora de qualquer embate partidário ou ideológico, sendo minha função defender os valores do indivíduo e suas liberdades públicas. Com efeito, nossa Constituição Federal estabelece que a defensoria pública tem por função, essencial à jurisdição do Estado (dizer o direito), sendo expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados. Considerando que tenho como direito humano e dignidade da pessoa humana o que vem da natureza humana e não da mera vontade do indivíduo ou do Estado, vontade esta que pode se transformar em tirania contra o próprio homem, oponho-me a qualquer forma de aberração humana contra indivíduo e seus direitos fundamentais, entre as quais a plena liberdade de decidir sobre sua própria vida, opinar, manifestar, crer e se opor.

Acredito que tudo tem um propósito bem definido debaixo dos céus, nada é por acaso e não premeditado. A evolução da linha do tempo (e o passado mortal provou muito bem isso), nos mostra que a relativização da moral e da verdade, ou a pós-verdade, numa era de incredulidade total e de hedonismo, milita contra o ser humano e seus direitos de ser e de viver em liberdade. Em uma liberdade sustentável e não tirânica. Nada disso é “progresso”, como querem fazer acreditar alguns arautos da sociologia, que se dizem filósofos. De filósofos não têm absolutamente nada. Defendem apenas um certo status quo, ou para se manterem no poder, retroalimentando a luta entre os indivíduos, ou para seguirem no caminho da podridão hedonista de irresponsabilidades e de inconsequências. O conhecimento deles é raso ou superficial e para os intentos comunistas antes perseguidos e ainda mantidos como linha ideológica acientífica.

No ano passado, o Ministério da Educação distribuiu cartilhas e livros supostamente “didáticos” contendo imagens e textos com ensino de sexo e sobre identidade sexual. Alguns com enfrentamento do tema sobre camisinha, ou seja, ensinando a usar o preservativo. Outros com temas sobre bissexualidade, transsexualidade, bigamia e poligamia. Partidos de esquerda ou de extrema esquerda carregam essas bandeiras, a exemplo do PSOL e PT. Tudo isso pode ser de conhecimento de algumas pessoas e de outras não. Entretanto, o que ainda não está sendo cogitada, ou ainda existem poucas notícias disso, é a possibilidade de tais práticas se configurarem crimes.

Qualquer ser humano em sua sã consciência acredita que isso tudo ultrapassa o mero ensino “didático” e atinge o ápice da aberração humana ao desvirtuar a lógica da natureza humana para esses infantes e da pessoa em desenvolvimento, de que são destinatárias as crianças e os adolescentes, conforme previsão expressa na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (art. 227, caput, da Constituição Federal de 1988). Ressalte-se os termos dignidade e exploração. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis (art. 15 do Estatuto da Criança e do Adolescente).

Portanto, nada do que vem se passando com as criancinhas é despropositado e sem maquinação. Aliás, muito pelo contrário, revolução marxista e gramscista para mudança de cultura em benefício da luta de classes e do comunismo no mundo. As crianças e os adolescentes também têm os seus direitos fundamentais garantidos pela constituição e pelas leis, os quais devem ser preservados e com maior atenção ainda, por respeito à sua peculiar condição de pessoas em desenvolvimento.

Partindo para a previsão de crimes, o ensino de sexo lúdico a crianças e adolescentes, assim como a propagação de identidade sexual diversa da biológica e práticas convencionais como a bigamia e a polissexualidade, como se tudo isso dependesse apenas da vontade, pode ser equiparado a crimes previstos tanto no Código Penal como no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Ainda que sejam de forma velada e com figurinhas ou desenhos elucidativos, coloridos e na forma de aprendizagem, há crime a ser punido na forma da lei. Isso porque explica o Estatuto da Criança e do Adolescente o seguinte: “Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais”. Ou seja, o ensino é para fins sexuais.

Os crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente não necessitam de intenção de satisfação da lascívia, ao contrário do que ocorre com o Código Penal Brasileiro. Neste, há necessidade de o agente estar satisfazendo a própria lascívia, ou seja, o intuito do prazer, para ser considerada a sua conduta um crime. Por outro lado, mesmo que o ato não chegue a ser praticado ou consumado, há possibilidade de punição pela tentativa (art. 14, inciso II, do Código Penal), quando o agente entra na prática do delito sem tê-lo consumado.

Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente, com pena de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de reclusão e multa (art. 240, caput, do ECA).

Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com pena de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de reclusão e multa (art. 241, caput, do ECA).

Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, com pena de 3 (três) a 6 (seis) anos de reclusão e multa (art. 241-A, caput, do ECA).

Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual, com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa (art. 241-C, caput, do ECA).

Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso, com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa (art. 241-D, caput, do ECA).

Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la pode ensejar uma pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos (art. 244-B, caput, do Código Penal).

Tudo que pode levar o menor a ser corrompido em assuntos de sexualidade ou em sua identidade pode ser considerado crime. Tanto que o Código Penal, mudado pela Lei n. 12.015, de 2009, antes previa como crimes atos que poderiam ser considerados corrupção de menores. Hoje, muito embora esse nome tenha mudado para um conceito mais amplo de vulnerabilidade, o objeto da punição ainda continua sendo o mesmo, qual seja, a integridade e dignidade do menor.

Os praticantes desses crimes contra infantes alguns são abusadores, outros militantes esquerdistas, querem fazer da escola um palanque. Na verdade, a ideologia de gênero não passa de um arcabouço acientífico que faz parte de uma pauta socialista que é um verdadeiro esgoto a céu aberto. Seus praticantes e adeptos em geral pretendem um Estado maior para o cometimento de abusos legislativos e tiranias contra criancinhas de tenra idade, sem autodeterminação e sem desenvolvimento psicológico adequado destes tipos de coisas.

O Ministério Público, com exceção do procurador da república Guilherme Schelb, e o Judiciário, não fazem praticamente nada, tornando-se súditos claros da revolução marxista e gramsciana. Para parecerem modernos e “evoluídos”, escondem-se por trás das becas e das togas. Esquecem-se de que tal ideologia não vem da vontade da sociedade e da maioria da população, e sim da ideologia partidária comunista, com o apoio do braço midiático estelionatário. Vertente do “meu corpo minhas regras” ensinado a criancinhas de jardim de infância. Intentam levar para a cultura questões religiosas e biológicas, como sempre fizeram os arautos do conhecimento ideológico e sociológico, os quais sempre se afundaram em suas razões destrutivas do ser humano. O intento é destruir a dicotomia homem X mulher para o fim de igualar seres humanos, um combate ao preconceito como pano de fundo. Acreditam estar salvando a humanidade de suas agruras e desigualdades, como tentaram fazer comunistas de antigamente. Acabar com a burguesia e com a família tradicional, esse é o dilema que foi enfrentado por Karl Marx e ainda hoje seduz vários de seus súditos mais ou menos desavisados. Mal sabem ele e seus súditos ideólogos e ferrenhos, verdadeiros assassinos do sagrado, do natural, do livre pensamento e da boa convivência social e pacífica, que as suas teorias desvirtuam a natureza humana.

Não é questão religiosa ou meramente moral, como se tudo pudesse ser resolvido por um mero acordo de vontades tácito na sociedade (quem cala consente). É psicológica e natural.

É de cidadania que estamos tratando.

* Sérgio de Mello é Defensor Público em Santa catarina

“Em 2018 Lula será candidato com certeza. Candidato a preso.”


“É impossível estar feliz todos os dias, salvo se for um insensível.” (Filosofeno)


“Não se doma o bicho conhecimento sem esforço. “ (Filosofeno)


“A loucura é uma fatalidade. Já ser imbecil é uma escolha.” (Filosofeno)


“Entram reais no bolso e a empáfia assume o ser. Assim é o comum.” (Filosofeno)


“As víboras humanas passam seus venenos no chocolate.” (Filosofeno)


“Às vezes a solidão nos obriga a uma convivência difícil.” (Filosofeno)


“A paixão tem seu lado perigoso. A paixão provoca cegueira.” (Filosofeno)


“O melhor amigo do homem é a ocupação.” (Filosofeno)


ENTROU? DURO É ENCONTRAR A SAÍDA

Lá vai o pó pedido passagem pelas cavidades nasais
Entra o líquido para navegar pelas veias
É fumaça subindo ao céu
E seres descendo ao trágico
É relaxamento
Cores
Alucinações
Euforia
Tudo tem seu preço
Duras são as consequências
Dos momentos festivos
Pois quando o pobre dentro do inferno
O capeta fecha a porta e esconde a chave
Que poucos depois conseguem encontrar.

SEM RECEIO

De deitar-me com mulher feia
Não tenho receio
Posso ficar nos lados
Como também no meio
E se ela tiver bom hálito
Beijo de língua
Pois ando na pior
Sempre à míngua
E como não sou partidário da cretinice
Afirmo de cabeça erguida
Que apesar da idade
Não me falta a sem-vergonhice.

MENINO

Menino sempre para voar
Para descobrir
Menino sempre para inovar
Para evoluir e mudar de opinião se assim entender
Menino sempre para tentar
Mesmo que o pouso se faça sobre um espinheiro.

GASOSA DE GROSELHA


Da minha infância já tão distante
De pés descalços e calção de pano
Tenho lembranças de tantas coisas
Que o tempo da memória não apagou
Uma delas era procurar por garrafas de vidro
Em porões escuros e poeirentos
E quando encontradas correr até o secos & molhados da esquina
Para trocar os achados
Por gasosa de groselha.