terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
DESPACHADO
Um dia tudo passa
A dor
O amor
O choro
O riso
A tristeza
A alegria
No final de tudo
Só resta um corpo inerte
Deitado sobre e cercado de madeira
Pranteado por seus amados
E como praxe da vida que segue
Encaminhado para o esquecimento.
OS RATOS
Os ratos foram aos poucos chegando, conhecendo o terreno e invadindo a casa vazia. Magrelos, vinham da casa de um aposentado da iniciativa privada. Encontraram as prateleiras da despensa abarrotadas de queijos e outras guloseimas. Quando viram àquela abundância chamaram também os tios e primos que estavam nos arredores. O proprietário fora generoso: havia saído de férias, mas deixou um bom rancho para eles. Naquele mês os ratinhos encheram seus buchinhos e ficaram gordos como patos. Festança todos os dias, alegria geral. Quando o dono da casa retornou seu gato ficou encantado com tantos ratos fofinhos. Em todos os cantos da casa estavam eles arrotando sem cerimônia. Os roedores de tão obesos não conseguiam mais correr e o bichano foi então papando todos com paciência. Eram tantos que até reservou alguns para comer no natal.
Moral da história: Quem precisa correr para sobreviver não deve engordar.
Os ratos foram aos poucos chegando, conhecendo o terreno e invadindo a casa vazia. Magrelos, vinham da casa de um aposentado da iniciativa privada. Encontraram as prateleiras da despensa abarrotadas de queijos e outras guloseimas. Quando viram àquela abundância chamaram também os tios e primos que estavam nos arredores. O proprietário fora generoso: havia saído de férias, mas deixou um bom rancho para eles. Naquele mês os ratinhos encheram seus buchinhos e ficaram gordos como patos. Festança todos os dias, alegria geral. Quando o dono da casa retornou seu gato ficou encantado com tantos ratos fofinhos. Em todos os cantos da casa estavam eles arrotando sem cerimônia. Os roedores de tão obesos não conseguiam mais correr e o bichano foi então papando todos com paciência. Eram tantos que até reservou alguns para comer no natal.
Moral da história: Quem precisa correr para sobreviver não deve engordar.
MANSO KA
Por séculos e séculos os sacerdotes mantiveram o POVO KA de joelhos e na escuridão. O discurso do temor aos deuses era pregado diariamente geração após geração. Todos nasciam, cresciam e morriam sob os pés dos religiosos e cheios de medo. Diziam que quem saísse da tribo seria devorado por monstros infernais. Assim os religiosos viviam a boa vida e eram sustentados e bajulados pela nação inteira. O azar de deles foi ter nascido Manso Ka. Manso nasceu surdo e com quinze anos de idade se mandou. Dez anos depois Manso voltou ainda sem ouvir, mais cheio de brilho e conhecimento. Voltou ver seus pais e irmãos e mostrar ao povo que monstros infernais eram lendas alimentadas pelos dominantes. Houve então uma grande festa e assaram os sacerdotes em fogo baixo e comeram eles temperados com alecrim e pimenta. Manso preferiu comer peixe.
Assinar:
Postagens (Atom)
-
“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
-
“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
-
BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...