Beijos linguísticos, lambeções interplanetárias,
gemidos florestais e orgasmos alucinantes. Assim Berto Carvi naquela tarde sob
os lençóis amava Ana Galinda, esposa do mafioso Don Trombose num apartamento do
grande Hotel Imperador. Um dia de céu azul, fresco e de muita sensualidade. Não
sabia o belo Berto que Genaro um dos recepcionistas estava na lista de
pagamentos do chefe. Porta aberta, tiros silenciosos e um corpo enrolado nos lençóis
que não muito cobriam corpos em volúpia. Ana Galinda após alguns sermões e
sopapos já estava toda maquiada e pronta para novas traições, enquanto Dom
Trombose dolorido passava brilhantina nos chifres.
sexta-feira, 9 de março de 2018
PAPO NO BECO
PAPO NO BECO
Dois mendigos embriagados aconchegados num beco, um deles rabiscando num velho
caderno emporcalhado.
-Está escrevendo o que aí?
-Estou elaborando o projeto do novo homem.
-Nono homem?
-Novo homem.
-Como será ele?
-Sem defeitos, mas será surdo/mudo para não ouvir e
nem falar asneiras. E virá com um chip que poderá ser trocado.
-E as mulheres?
-Igual ao homem só que com duas vaginas. Uma para o
marido e outra para os vizinhos, isso para evitar encrencas e todos em paz
satisfeitos.
-O que mais já tem aí no projeto?
-Todo líquido que o novo homem expelir poderá ser
bebido naturalmente, tipo cachaça.
-Isso é muito bom!
-Quando estiver tudo pronto ficará sensacional,
coisa especial de primeira.
-Acredito que sim. Mas qual seu nome colega?
-Deus.
-Prazer, meu nome é Rafael.
Então apresentados saíram lentamente para caçar um
rango, pois Deus mancava.
A VACA BARROSA
O alemão Franz Bertoldo vivia no Vale das Flores,
lugar lindo que só, verdadeiro paraíso na terra. Acordava todas as manhãs, fazia fogo e então
corria para ordenhar a vaca Barrosa. Recolhia e bebia a mesa o leite espumante
e fresco todas os dias, inclusive aos domingos. Naquela manhã distinta de dezembro não saiu o esperado
leite das tetas da vaca, mas sim um outro líquido claro de boa aparência e
também espumante. Que será? –pensou. Bertoldo bebeu um gole, gostou , se deitou
debaixo da Barrosa e bebeu direto na fonte. Saiu dali tonto e feliz, com um
sorriso radiante. No outro dia juntou
economias e foi comprar uma nova vaca leiteira. A boa Barrosa ficou na produção
de cerveja para alegria geral da família.
O TEMPO
Menino Glauber estava descalço e de calção na sala
assistindo televisão. Depois se levantou e foi até a janela para ver a vida
passar. Chupou duas balas, voltou para dentro e aí percebeu que já estava com
setenta anos. Pois é o tempo, o implacável tempo. Voa o precioso e quase não percebemos.
Sentimos o início e o fim e quase sempre perdemos o meio.
BAJULAÇÃO
“Filhos não devem ser bajulados. Que recebam amor e disciplina na medida certa. Bajulados pelos pais eles inflam como enormes balões que depois ao bater-se contra os espinhos da vida explodem, murcham e só então conhecem a própria realidade.” (Mim)
ATEU
“Por que muitas pessoas pensam que por não acreditar num construtor universal faz do ateu um ser do mal? Creio que é possível ser justo e bom ser esperar por prêmios ou castigos.” (Mim)
CARRASCO
“Rotineiramente vemos o tonto elegendo o próprio carrasco. Primeiramente entra no conto do vigário, ansioso por sombra, água fresca e dinheiro caindo das árvores. Depois, como é tonto, fica espantado com a corda em volta do pescoço.” (Mim)
O BAILE DO RESPEITO
O Brasil está mais ou menos como o Baile do Respeito. Lá pela madrugada o dono do salão pegou o microfone e falou aos presentes: “Diante da total falta de respeito demonstrado pela maioria o baile está terminado. Vistam suas roupas e vão para casa.” (Mim)
REDUNDÂNCIA
“No Brasil não basta o sujeito sem um imbecil e esquerdista (redundância). Tem também ele a necessidade de falar semanalmente uma asneira para reiterar o tamanho dessa imbecilidade aos olhos dos seus conterrâneos.” (Mim)
CENSURA
Políticos brasileiros podres querem censurar o povo. Ou seja: “Não ousem espalhar que somos desonestos, tranqueiras, corruptos, a ralé política do planeta.” (Mim)
PASTO IMENSO
“O planeta vai mal e a ignorância grassa. Jogam pedras para cima esperando que não venham a cair. O maior exemplo do imenso pasto que é o planeta é o aumento do fanatismo religioso e a sobrevivência do socialismo.” (Mim)
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