sexta-feira, 20 de abril de 2018
DICIONÁRIO DE HUMOR INFANTIL- PEDRO BLOCH
MENTIRA- É uma coisa que depende. Quando você diz a uma
pessoa muito feia que ela é bonita, aí não é mentira. É caridade.
MAIS ÁGUA
Tive um pesadelo. Todos os eleitores do PT estavam
afogados no fundo de um lago podre. Mas eles mesmo estando afogados gritavam e
agitavam bandeiras. E por incrível que pareça pediam por mais água suja.
NO DESERTO DO ATACAMA
Uma pequena e solitária árvore perdida no meio do
deserto do Atacama.. No seu tronco uma inscrição que diz muito: “O PT esteve
aqui.”
MULA-SEM-CABEÇA
Após vinte anos de pesquisas em todo o território brasileiro o
professor Martin Roney chegou à conclusão que não existe mula-sem-cabeça. Mas
salientou que existem os socialistas, o que vem ser a mesma coisa.
LENO
Leno sempre teimoso, birrento, quebrando regras. Há
dez anos passou próximo de um lago e na borda dele havia uma placa- “LAGO
CONTAMINADO. PROBIDO BANHO.” Prato cheio para ele que tirou as roupas e se
jogou n’água. Depois disso perdeu o emprego, todos os amigos e amigas, até
parentes próximos. Somente os pais o suportam com galhardia. Faz dez anos que
Leno cheira a merda.
ANA ANDROPOVA E ALEXEI ROMANOV
Moscou, Rússia. Ana Andropova, 40 anos, dona de
casa, cinco casamentos, sem filhos, cinco vezes viúva, todos de morte natural.
Alexei Romanov, agricultor, um homem bom, 42 anos, se achava também um homem de
muita sorte e propôs casamento a Ana Andropova; não temia morrer cedo.
Acontecido o entendimento sentimental e financeiro entres as partes, casamento
realizado. Foram morar no campo e viveram felizes por mais de quarenta anos.
Não tiveram rebentos. Morreram de
infarto no mesmo dia e hora, sem sofrimento. Ao limparem os corpos descobriram
que os dois tinham um trevo de quatro folhas vivo e crescido no ouvido
esquerdo.
DONA MEIGA
Filha de Bastião Louco e Eldorina, Dona Meiga
nasceu e viveu por mais setenta anos em Barra do Sarapião. Teve uma infância
normal entre algumas dezenas de cadáveres de amigos do pai. Adulta, um doce era
Dona Meiga. Vivia da lavoura e nas horas
de folga matava alguns conterrâneos em troco de uns cobres. Não judiava é
verdade, somente matava a tiros como manda o bom figurino. Mas era na matança
muito delicada e deveras tão gentil que alguns até agradeciam por estar
entrando pra bala.
DONA MEIGA
Filha de Bastião Louco e Eldorina, Dona Meiga
nasceu e viveu por mais setenta anos em Barra do Sarapião. Teve uma infância
normal entre algumas dezenas de cadáveres de amigos do pai. Adulta, um doce era
Dona Meiga. Vivia da lavoura e nas horas
de folga matava alguns conterrâneos em troco de uns cobres. Não judiava é
verdade, somente matava a tiros como manda o bom figurino. Mas era na matança
muito delicada e deveras tão gentil que alguns até agradeciam por estar
entrando pra bala.
NA FRUTEIRA
NA
FRUTEIRA
-
Você é um mamão?
-Não,
não sou mamão.
-Não
é mamão?
-Não.
Sou melão.
-Nunca
ouvi falar.
-E
você o que é?
-Banana
caturra.
-Nunca
ouvi falar.
-Sou
artista, eu canto.
-Eu
também. Canto até em espanhol.
-El
dia que me quieras?
-Sim.
-Vamos
cantar em dupla?
-Vamos!...
Acaricia
mi ensueño
El
suave murmullo
De
tu suspirar.
Como
ríe la vida...
Nisso
se intromete na conversa o abacate.
-Vocês
podem ficar quietos, estou tentando dormir.
-Dormir
agora durante o dia?- pergunta o melão.
-Sim,
ainda estou verde, preciso amadurecer.
Nisso
uma distinta senhora passa pela fruteira e leva os dois artistas para sua casa,
alegrando por hora o verde abacate que cochila entre macias palhas.
MOSCA NO POTE
Sexta-feira.
Uma pequena mosca distraída entrou num pote de vidro vazio. Deu uns rasantes,
deslizou também na superfície lisa. Logo
veio alguém que fechou o pote sem observar que a pequena mosca estava dentro.
Presa, estou presa, disse ela para si mesmo.
Ficou pensando em como escapar, será que não existe um pequeno orifício
na tampa? Quantos dias terei de vida? Gritou ainda pedindo ajuda do
Chapolin Colorado e nada. O que pode
ser pior que uma prisão envidraçada? O que pode? Então após horas dentro do
vidro e um pouco zonza não percebeu quando a tampa foi aberta e o recipiente
foi cheio de sal grosso. Seu corpo foi encontrado no domingo.
MARIA
Maria
não queria João, queria Paulo. O pai de Maria não queria Paulo, queria
João. Maria mulher objeto desejava ter amor,
voz, vida, luz, liberdade. A mão pesada dos costumes desceu sobre Maria que
soluçava pelas noites geladas na solidão da cama, desenhando no chão de areia
pássaros livres, tentando resignar-se com seu destino e aceitar o determinado
pelo pai. Porém algo dentro dela era mais forte, pois corria por suas veias o
sangue da insubmissão e do desejo de todos os mortais de ser feliz. Os dias de
Maria eram de tristeza, sabendo que o futuro lhe reservava a mesma vida
inglória de diversas outras Marias de sua aldeia. Então quando teve certeza que
nada mudaria o contrato acertado da troca de uma mulher por cabras e algum
dinheiro, foi ao rio. Lá calmamente se deixou levar pelas águas, entrando num
transe de paz, conquistando a liberdade tão almejada.
TOMATE
Numa tarde movimentada na BR 282 um tomate foi
atravessar a pista destemidamente, então surgiu um caminhão em alta velocidade
e o pneu dianteiro foi para cima do tomate que com extrema agilidade realizou a
transformação papel e saiu ileso. Era um tomate ninja.
FEIURA
“Entre farináceos perfumados, cremes etéreos e loções indescritíveis, a minha feiura se esvanece”. (Assombração)
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“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
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“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
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BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...