domingo, 4 de novembro de 2018

Entrevista, Miguel Pagano - A Ufpel hostiliza fisicamente quem não faz o jogo do discurso único

ENTREVISTA
Miguel Pagano, Pelotas, RS

A foto foi extraída pelo editor do Face de Miguel.

O editor conversou com Miguel ainda há pouco. Ele é empresário em Pelotas.

O que está acontecendo na Universidade Federal de Pelotas ?
Não é só aqui, mas em todas as escolas públicas. Depois das eleições de domingo, na segunda-feira, minorias agressivas de estudantes esquerdopatas passaram a hostilizar fisicamente quem pensa diferente deles.

De que forma ?
Acadêmicos que resolveram vestir verde e amarelo, foram impedidos, pelo uso da força, de ingressar nos ônibus disponibilizados pela Ufpel e que levam os estudantes de Pelotas para o campus principal de Capão do Leão. Muitos foram cuspidos na cara. Manifestações a favor do candidato eleito foram proibidas na universidade.

Ficou por isto mesmo ?
Não ficou. Há quatro dias venho tentando falar com o reitor e só agora ele marcou horário para segunda-feiram, mas ele e a maior parte dos professores apoiam e toleram o discurso único, que é típico do fascismo. Quero garantia de que também podemos erguer faixas a favor do Bolsonaro, exigindo Lula na prisão e dizendo que Che Guevara era homofóbico. Não é possível que só os comunistas e os renegados sociais possam falar e agir. Queremos o contraditório.

O senhor está sozinho ?
Já somos uma centena de pais. Não estamos sozinhos, mas a mídia tradicional não abre espaço.

CLIQUE AQUI para ler mais no Facebook de Miguel.
PB

Reação ao discurso único nas escolas ganha corpo em todo o País

Manifestações como as de Miguel Pagano, empresário de Pelotas, pai de aluno, são cada vez mais numerosas e consistentes em todo o País.

O caso que Miguel Pagano conta na entrevista a seguir, tem sido recorrente em quase todas as universidades públicas, mas também em colégios privados e públicos.

Em Porto Alegre, esta semana, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre fará audiência pública para examinar os casos de intolerância e defender a despartidarização das escolas.

PB

Rede Globo pode passar para as mãos de Carlos Slim, dono da Claro

A Rede Globo estaria na iminência de passar para as mãos do bilionário mexicano Carlos Slim, dono da Claro e da Embratel.

Editorial, Estadão - Os desesperados

Os petistas prometem "construir uma frente de resistência pelas liberdades democráticas", como se o País estivesse às portas da ditadura.

Uma oposição “propositiva” ao governo de Jair Bolsonaro é o que prometem alguns partidos de esquerda que já começam a se organizar com vista à próxima legislatura. Não por acaso, esse bloco excluirá o PT. Segundo explicou o deputado André Figueiredo (CE), líder do PDT na Câmara, o partido do ex-presidente e hoje presidiário Lula da Silva “tem um modus operandi próprio dele”, enquanto o bloco formado por PDT, PSB e PCdoB “tem um outro modelo de oposição”, isto é, “um modelo construtivo para o País”.

Ainda será preciso esperar que esses partidos passem das belas palavras aos atos concretos, mas é significativo que agremiações que tão fortemente antagonizaram com Bolsonaro durante a campanha agora se digam dispostas a fazer oposição responsável ao próximo governo.

Também é significativo que o grupo tenha dispensado o PT e sua linha auxiliar, o PSOL, das conversas para a formação de um bloco de oposição. 

CLIQUE AQUI para ler tudo.

BLOG DO POLÍBIO BRAGA

Povo será mobilizado pelas redes sociais para domar o Congresso

O povo, via redes sociais, e Moro, ajudarão a empurrar o Congresso.

Depois de usar táticas novas de comunicação para ganhar espaço e vencer as eleições, Bolsonaro e seu grupo também pretendem 'inovar' na relação com o Congresso.

Disparos em WhatsApp e outras técnicas de persuasão ainda sequer catalogadas para regulamentação, a ordem de governança que aponta no horizonte do país é: Bolsonaro vai chamar o povão para pressionar o congresso de fora pra dentro via twitter e, no poder, Sergio Moro será destacado para "domesticar" Cunhas e Jeffersons.

Políbio Braga

SEM CARNE



SEM CARNE

Naquela noite Romualdo chegou a sua casa e disse para seus quinze filhos todos menores de idade e que estavam com muita fome: - “Não há comida, não há carne. Todos devem ir dormir agora. ” Duas horas mais tarde entre salpicos de molho de hortelã, cravo e louro, quinze crianças lambiam os beiços enquanto o pai morto dourava espetado sobre um fogo de chão.


GALANTEADOR



GALANTEADOR
Naquela festa de São João, Carlos vislumbrou na bela moça de olhos azuis que servia pipoca, sua futura esposa. Todo galanteador achegou-se para conhecê-la melhor. O marido dela então apareceu, sujeito enorme, tipo de maus bofes que causava arrepios.   Carlos tomou fôlego e saiu do local tão rapidamente que derrubou quatro barracas, uma senhora de bengala e atravessou uma fogueira enorme que ardia. Com o corpo todo chamuscado foi aplaudido pelo povo festeiro, mas não parou para agradecer.

MOSCA NO POTE


MOSCA NO POTE
Sexta-feira. Uma pequena mosca distraída entrou num pote de vidro vazio. Deu uns rasantes, deslizou também na superfície lisa.  Logo veio alguém que fechou o pote sem observar que a pequena mosca estava dentro. Presa, estou presa, disse ela para si mesmo.  Ficou pensando em como escapar, será que não existe um pequeno orifício na tampa?  Quantos dias terei de vida? Gritou ainda pedindo ajuda do Chapolin Colorado e nada.   O que pode ser pior que uma prisão envidraçada? O que pode? Então após horas dentro do vidro e um pouco zonza não percebeu quando a tampa foi aberta e o recipiente foi cheio de sal grosso. Seu corpo foi encontrado no domingo.


MARIA


MARIA
Maria não queria João, queria Paulo. O pai de Maria não queria Paulo, queria João.  Maria mulher objeto desejava ter amor, voz, vida, luz, liberdade. A mão pesada dos costumes desceu sobre Maria que soluçava pelas noites geladas na solidão da cama, desenhando no chão de areia pássaros livres, tentando resignar-se com seu destino e aceitar o determinado pelo pai. Porém algo dentro dela era mais forte, pois corria por suas veias o sangue da insubmissão e do desejo de todos os mortais de ser feliz. Os dias de Maria eram de tristeza, sabendo que o futuro lhe reservava a mesma vida inglória de diversas outras Marias de sua aldeia. Então quando teve certeza que nada mudaria o contrato acertado da troca de uma mulher por cabras e algum dinheiro, foi ao rio. Lá calmamente se deixou levar pelas águas, entrando num transe de paz, conquistando a liberdade tão almejada.