segunda-feira, 16 de junho de 2014

Faltou finesse para quem vaiou Dilma.Poderiam muito bem ter gritado: Dilma, vá tomar no plissê! Ficaria mais elegante, com certeza. O único problema é que ela não sabe o que é plissê.

Vocês recordam das colegiais usando saias plissadas? Saias de pregas,não? É por aí.

Dilma ainda reclama. Faz uma eternidade que as mães do árbitros de futebol são homenageadas nos estádios e não vi nenhuma sair reclamando.

"Por 40 anos esperei por Jesus e ele não veio. Larguei dele. Agora vamos ver quantos anos o capeta demora para vir." (Pócrates)

"Sou tão pobre que como a casca do pão num dia e o miolo no outro." (Mim)

O nosso PIB anda minguado.Porém o PIB dos apadrinhados das bocas só faz crescer.

Lula fala, a inteligência de cala.Lula é um mestre. Mestre dos parvos e dos canalhas.

Eu e meu título eleitoral estamos impacientes.Que outubro não demore!

DESPACHADO

Um dia tudo passa
A dor
O amor
O choro
O riso
A tristeza
A alegria
No final de tudo
Só resta um corpo inerte
Deitado sobre e cercado de madeira
Pranteado por seus amados
E como praxe da vida que segue
Encaminhado para o esquecimento.

UM CRENTE DIFERENTE

Ele era um crente
Que não contente em ser apenas crente
Queria ser diferente
Então arrancou os dentes
E fez um rosário reluzente
Não satisfeito com o presente
Tatuou na bunda um crucifixo
E para mostrar e rimar
Chamou amigos e parentes.

Cansado da vida? Visite um hospital.Lá tem muita gente querendo trocar de lugar contigo.

“Deixar o Lula sozinho numa ilha deserta o mataria com certeza. Iria se gabar para quem?” (Mim)

“Brasileiro feliz? Ninguém é sinceramente feliz lidando com tantos impostos e ladrões. Só mesmo um alienado.” (Mim)

CABO ELEITORAL

Um petista,porém homem sincero e digno foi designado como cabo eleitoral nas eleições. Ele vai de porta em porta, bate e diz: 
- Desculpem. Me pediram para comunicar-lhes que o governo petista é o melhor do mundo. Lamento o incômodo. Até logo.

(Adaptação de uma piada comunista)

A FARSA

Ditos 300 intelectuais brasileiros assinaram documento contra Joaquim Barbosa.
Pergunto:bancário pode ser considerado intelectual? Deputado? Ator? Não temos 20 intelectuais no Brasil. Mas talvez pela ótica petista um ser apenas alfabetizado possa ser considerado um monstro erudito.

Lembrete às messalinas fantasiadas de vestais: Ruth Cardoso tinha 77 anos, filhos e netos quando foi insultada pelo dossiê criminoso forjado por Dilma Rousseff

Augusto Nunes

Encenado para disfarçar o nocaute sonoro sofrido por Dilma Rousseff no Itaquerão, o espetáculo da hipocrisia protagonizado pela seita lulopetista confirma o parecer do deputado paulista Duarte Nogueira: “Eles são incapazes capazes de tudo”. Messalinas de longo curso capricham na pose de virgem profissional para ensinar que não se faz uma coisa dessas com alguém que, mais que presidente, é mulher, mãe, avó e quase setentona. O comentarista Eduardo Henrique lembra que Ruth Cardoso tinha 77 anos, filhos e netos em 2008, quando foi vítima de uma infâmia tramada por Dilma, então chefe da Casa Civil, em parceria com a amiga e quadrilheira Erenice Guerra.
Os sócios do clube dos cafajestes continuam insones com a manifestação da torcida cansada de ser tratada pelo governo como um bando de idiotas. Mas não viram nada de mais no caso do dossiê forjado para jogar lama na imagem da mais admirável primeira-dama. Na página 224 do livro Ruth Cardoso: Fragmentos de uma Vida, o escritor Ignácio de Loyola Brandão resume o episódio abjeto ─ muito mais doloroso que qualquer palavrão. Confira:
“Ruth Cardoso tinha razão quanto a querer se distanciar da política como ela é feita no Brasil e em certos setores de Brasília. Ela, que sempre foi uma pessoa célebre pela integridade e pelo cuidado com a coisa pública, se viu ameaçada pela então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com um escândalo em torno de um dossiê sobre os gastos corporativos da Presidência, em que alegava que Ruth havia despendido milhares de reais ou dólares em compras fúteis, inúteis e banais, em vinhos e comidas. Caiu mal no mundo político, no qual Ruth sempre foi respeitada até mesmo pelos adversários mais ferrenhos. O jornalista Augusto Nunes, que tem um blog dos mais visitados, não resistiu e comentou: “Dilma foi a primeira a agredir uma mulher gentil, suave, e também por isso tratada com respeito até por ferozes inimigos do marido”. Pegaram pesado e Ruth sentiu o baque, logo ela que sempre teve o cuidado de separar o privado do público, até mesmo no aluguel de filmes exibidos no palácio. O dossiê teria sido preparado pela secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. As reações contra o dossiê foram imediatas e a chefe da Casa Civil se desculpou, voltou atrás. Ruth, elegantemente, ainda que magoadíssima, aceitou as desculpas, porém o círculo íntimo sabe quanto isso a feriu e atingiu um coração já afetado.”
A frase citada por Loyola é um trecho do post publicado em 26 de novembro de 2009 com o título Ruth Cardoso vs Dilma: 400 a 0. Leia a íntegra do texto:
Ruth Cardoso foi a prova definitiva de que milagres civilizatórios ocorrem mesmo nos grotões do planeta. A discreta e talentosa paulista de Araraquara, que se casou muito jovem com o sociólogo carioca Fernando Henrique Cardoso, seria a única primeira-dama a desembarcar em Brasília com profissão definida, luz própria e opiniões a emitir ─ sempre com autonomia intelectual e, se necessário, elegante contundência. Durante oito anos, o brilho da mulher que sabia o que dizia somou-se à luminosidade da antropóloga respeitada em muitos idiomas para clarear o coração do poder.
No fim de 1994, por não imaginarem com quem logo lidariam, muitos jornalistas ouviram com ceticismo a justificativa apresentada pelo presidente eleito para a viagem à Rússia: “Vou como acompanhante da Ruth”. Ela participaria como palestrante de um congresso de antropologia promovido em Moscou, ele aproveitaria para descansar alguns dias. Nenhum repórter cuidou de conferir o desempenho da palestrante. Perderam todos a chance de descobrir que Ruth era muito mais que a mulher do n° 1.
A melhor e mais brilhante das primeiras-damas abdicou do título já no dia da posse do marido. “Isso é uma caricatura do original americano, esse cargo não existe”, resumiu numa entrevista. Se não existia, Ruth inventou-o.  Sem pompas nem fitas, longe de fanfarras e rojões, montou o impressionante conjunto de ações enfeixadas no programa Comunidade Solidária. Em dezembro de 2002, os projetos em execução mobilizavam 135 mil alfabetizadores, 17 mil universitários e professores, 2.500 associações comunitárias, 300 universidades e 45 centros de voluntariado.
Acabou simbolicamente promovida a primeira-dama da República no dia da morte que pareceria prematura ainda que tivesse mais de 100 anos. A cerimônia do adeus comprovou que o Brasil se despedia, comovido, de alguém que o fizera parecer menos primitivo, mais respirável, menos boçal. E que merecia ter morrido sem conhecer a fábrica de dossiês cafajestes da Casa Civil chefiada por Dilma Rousseff.
Instruída para livrar o governo da enrascada em que se metera com a gastança dos cartões corporarativos, Dilma produziu um papelório abjeto que tentava reduzir Fernando Henrique e Ruth Cardoso a perdulários incuráveis, uma dupla decidida a desperdiçar o dinheiro da nação em vinhos caros e futilidades gastronômicas. Dilma foi a primeira a agredir uma mulher gentil, suave, e também por isso tratada com respeito até por ferozes inimigos do marido.
A fraude que virou candidata à presidência anda propondo que o país compare Fernando Henrique a Lula. “O Lula ganha de 400 a 0″, delira. Qualquer partido mais competente e menos poltrão teria topado há muito tempo esse confronto entre a seriedade e a bravata, entre o conhecimento e a ignorância, entre o moderno e o antigo, entre o real e o imaginário. Como o PSDB prefere capitular sem combate, poderia ao menos sugerir que se compare Dilma Rousseff a Ruth Cardoso. A Mãe do Pac talvez aprenda como é perder por um placar de 400 a zero.
Dilma Rousseff é isso aí.

“A melhor coisa para se abrir portas ainda é ter a chave certa.” (Filosofeno, o filósofo que dorme sobre o capim)

“Infância terrível, o peso do pecado caindo sobre o desejo sexual. Pegava no pinto e via o capeta tatuado nele.” (Mim)

“Sabe velho, tu estás neurótico. Pare de alucinar, o diabo é tua cria, não vai ter levar para o inferno não!” (São Pedro falando para Deus)

“Pedro, marque consulta com um psicólogo. Preciso entender por que criei o homem.” (Deus)

“Quando morrer quero ser cremado. E que do pó misturado façam biscoitos, bolachas, nega maluca...”(Mim)

“Os caixões de defunto deveriam vir com fechaduras que se abrem por dentro. Seria garantia de tranquilidade. Vai que o sujeito acorde.” (Pócrates)

“Não quero morrer dormindo. Pretendo me despedir do mundo.” (Pócrates)

“Quase todo sujeito que entra deitado e gelado num cemitério é considerado gente boa. É o verdadeiro milagre da transformação.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

“Como nenhum homem era bom o suficiente para minha irmã ela decidiu ser esposa de Cristo. E não é que agora coloca chifre no homem?” (Climério)

“A cremação deveria ser algo obrigatório. Por que intoxicar os vermes com certas carnes?” (Mim)

Andrea Faggion- Orange is the new black, ou por que cadeia não é melhor que linchamento



Depois de House of Cards mostrando a política pelo que ela é, o Netflix faz mais um ponto pela causa da liberdade. Falo de Orange Is The New Black. É inevitável assistir a série e pensar na hipocrisia de quem se choca com linchamentos para acusados de crimes violentos, enquanto tolera o encarceramento de indivíduos que não cometeram violência alguma. Uma coisa não é melhor do que a outra do ponto de vista da violação dos direitos individuais. 

No entanto, para dizer a verdade, o que mais me faz refletir quando veja a série nem é o modo como o Leviatã encarcera uma mera comerciante e a transforma em alguém que, agora sim, precisa praticar violência para sobreviver. Nisso, eu sempre penso quando vejo um noticiário qualquer. O erro terrível que me angustiou enquanto eu acompanhava a primeira temporada da série foi o próprio encarceramento como pena. E isso, justamente, porque a série não mostra condições materiais terríveis na prisão. Pelo contrário, a violência dos carcereiros contra as presidiárias não é um ponto explorado. Não há estupros (exceto por um caso forjado para incriminar um carcereiro) ou espancamentos, por exemplo. As condições de limpeza também parecem razoáveis. Não há super lotação. A comida não nos lembra dos casos do Maranhão. Em suma, parece que estamos diante do melhor que um presídio poderia ser, dadas as circunstâncias. E é assim que você nota como o cárcere, por si só, é aviltante para a dignidade humana.

Muita gente acredita que basta que a dor física não seja infringida e, pronto, a pena é digna. Eu não entendo o porquê dessa concepção. A autonomia do ser humano, a meu ver, é muito mais atingida quando ele perde o direito de decidir quando ir ao banheiro, o quanto comer, enfim, como conduzir cada mísero detalhe de sua vida, do que quando ele é submetido a um castigo físico passageiro. Em outras palavras, quer me parecer que uma chibatada nas costas seja menos humilhante do que ter que pedir autorização para tomar um banho. O cárcere, em suma, foi planejado para poupar o corpo, mas tirar do indivíduo exatamente a capacidade que o torna humano: a autonomia.

Por essa razão, defendo que o cárcere seja adotado, não como pena, mas como proteção da sociedade em casos extremos, quando o indivíduo, por exemplo, mostra-se um assassino ou estuprador em série. Mas também não estou defendendo o retorno de penas físicas. Penso que a melhor maneira de punir um indivíduo que não represente um perigo real para a integridade física dos demais seja o trabalho: ele causou um mal, terá que produzir um bem proporcional. Por exemplo, um indivíduo que roubou o equivalente a 50 mil reais teria que reparar esse prejuízo e, posteriormente, como pena, trabalhar por um tempo proporcional ao dano causado. O saldo negativo teria que se tornar um saldo positivo proporcional. Afinal, se apenas zerássemos a conta, não haveria punição, mas só reparação. Naturalmente, como não penso que o indivíduo deva ser apartado da sociedade e como ele precisaria se sustentar nela. Eu penso esse trabalho comunitário, digamos assim, para seu tempo livre. E se ele se recusasse? Bem, então, eu penso que ele deveria ser tratado como se trata hoje um fugitivo de um presídio. Em último caso, poderiam usar munição letal contra ele.

Penas alternativas como o trabalho comunitário também têm inúmeras vantagens, se pensarmos de uma forma mais consequencialista. Um detento perde seu contato com a realidade. O mundo dele passa a ser o aquário da prisão. É óbvio que o retorno será muito difícil, para muitos, até impossível. É melhor para todos que a sociedade veja alguém que, episodicamente, violou um direito como uma pessoa qualquer que, nem por isso, representa um risco maior que qualquer outro. Isso só acontece se a pessoa não é retirada do convívio com as demais. A prática de um crime não deveria significar a perda de todos os outros direitos, a anulação da pessoa enquanto tal, mas apenas a necessidade de uma restrição temporária à sua liberdade, até que você retribua com um bem o mal que fez.

Pelos mesmos motivos, eu defenderia que o trabalho penal fosse praticado na companhia de outros empregados comuns, e não de outros condenados. Por sinal, não me parece que reunir condenados em um mesmo espaço seja uma ideia minimamente inteligente. Além da possibilidade de que o detento adquira novas habilidades criminosas e conheça futuros comparsas, muitas vezes, ele ainda estará recebendo uma pena maior do que a privação da liberdade de ir e vir, já que, além de ser submetido às ordens do sistema em si, ele ainda poderá ser submetido às ordens dos demais. 

Eu não conheço caso de presídio eficiente no que tange à proteção de um detento quanto aos desmandos de outro, sendo que ninguém foi condenado a isso. Na verdade, eu não vejo sequer vontade para o enfrentamento do problema, visto que grande parte da população acredita que direitos humanos não devem se aplicar a condenados. Aliás, é interessante notarmos que, uma vez presidiários, o ladrão de galinha e o maior dos facínoras passam a ser o mesmo diante da sociedade. É interessante a esse respeito a cena de Orange Is The New Black, em que um carcereiro experiente ensina a mais jovem que ela não deve se referir a detentas pelos nomes, mas apenas como "detentas", porque, para o sistema, as detentas devem sentir que são todas iguais. Isso mostra o desejo de aniquilação da personalidade. Esse projeto, infelizmente, é bem sucedido, porque nós, aqui fora, também passamos a pensar em todos eles, lá dentro, como iguais.

Enfim, posso estar errada. Como não sou especialista, já devem existir milhões de propostas melhores do que a minha. Meu objetivo com este post é apenas te convidar a refletir um pouco sobre o absurdo do sistema penitenciário estatal, que massacra milhões mundo afora, em vez de ficar aí choramingando apenas por algumas notícias isoladas de linchamento. E veja que eu nem falei das condições das cadeias e presídios do Brasil, que fazem as instalações da série parecerem um palácio...

Andrea Faggion é professora do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina e do Mestrado em Filosofia da mesma instituição e da Universidade Estadual de Maringá.

O logo vermelho da Copa



Os petistas simularam uma indignação com as vaias e xingamentos na abertura da Copa, que seria uma prova de que as “elites” não respeitam nem a instituição da Presidência ali representada pela figura de Dilma. Muito já foi dito sobre o assunto, inclusive aqui no blog. Volto a ele uma vez mais, só para reforçar o que todos já sabem: que o PT é o primeiro a misturar estado, governo e partido.
Como mais uma evidência disso, entre tantas disponíveis, temos o logo da Copa de 2014, que somos forçados a ver a cada momento nas transmissões da televisão. Eis o que aparece para milhões de telespectadores:
Pergunto ao leitor: é paranoia ficar encasquetado com esse 2014 em vermelho? Um leitor vai além, e diz que logo abaixo do número temos claramente a letra L em amarelo, referência ao ex-presidente Lula. Pode ser. Mas se isso já é passível de dúvida, o 2014 em vermelho não é.
Trata-se de algo escancarado mesmo, sem noção, típico de gente que coloca até estrela vermelha do partido no quintal da casa oficial da Presidência (lembram?). Abaixo, a bandeira do Brasil, para refrescar a memória de todos, lembrando que não há o vermelho em canto algum dela:
Propaganda subliminar? Provavelmente. Funciona? Deixo a resposta com os especialistas do ramo. Aqui, apenas desabafo, mostrando minha indignação com esse logo que pula diante de meus olhos a todo momento, com esse vermelho gritante e destoante que marca o ano eleitoral em que estamos. Não deveria ser… azul?
Rodrigo Constantino

Recordar é viver: a confusão entre partido e estado em uma imagem

Insisto nesse ponto, sob o risco de parecer repetitivo, pois é realmente um espanto ver, agora, os petistas alegando que a instituição da Presidência é que foi desrespeitada na abertura da Copa, sendo que o primeiro a misturar estado com partido é justamente o PT.
Alguns militantes já vieram manifestar que é pura paranoia reclamar desse 2014 vermelho presente do logo oficial da Copa, que fica saltando diante de nossos olhos o tempo todo durante os jogos. Sério mesmo? Então quer dizer que o PT nunca faria algo assim? Jamais iria misturar um símbolo republicano ou neutro com a marca do próprio partido?
Recordar é viver: a confusão entre estado e partido é total desde o começo do governo do PT, que sempre encarou todas as instituições da República como extensões partidárias. Será que os leitores já esqueceram que o então presidente Lula decorou os jardins da casa oficial com uma enorme estrela vermelha? Aos que têm memória curta, lá vai:
O jardim do Palácio da Alvorada, cujo projeto foi doado ao ex-presidente Juscelino Kubitschek (1956-1960) pelo imperador japonês Hiroito, ostenta –há seis meses– um canteiro de flores vermelhas (sálvias) no formato da estrela do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estrela tem quatro metros de diâmetro.
A novidade, revelada ontem pelo jornal “Correio Braziliense”, provocou reações contrárias, como a de entidades ligadas à preservação do patrimônio da cidade e de senadores da oposição. “É o símbolo do aparelhamento do Estado”, disse o senador tucano Tasso Jereissati (CE). Já para o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), “a administração do Palácio do Planalto agrediu os símbolos da República”.
Há uma outra estrela de sálvia com cinco metros de diâmetro no jardim da Granja do Torto, onde Lula e sua família costumam passar fins de semana e feriados.
Em uma imagem que diz tudo, eis o resumo da ópera bufa:
PT, há 12 anos tratando a coisa pública como propriedade partidária. Até quando?
Rodrigo Constantino

O povo brasileiro está finalmente acordando? Espero que esta insatisfação seja representada nas urnas.

“Antes ser tutelado pelo capeta que pelos petistas. Com o diabo ainda teremos alegria e bailões. Com os enrustidos comunistas teremos censura, liberdade vigiada, perseguições e miséria. Não é assim em Cuba? Não está sendo assim na Venezuela?” (Eriatlov)

SPONHOLZ


PERIGO NO AR

Como qualquer político, Milton Campos também abandonava Brasília às quintas-feiras. Num desses momentos, o vôo para Belo Horizonte seguia tranquilo até que o avião começou a ser sacudido por violenta turbulência. Nervoso, logo ele pediu à comissária uma dose dupla de uísque.
Foi inútil. Pálido, com olhos arregalados e mãos cravadas nos braços das poltronas, ele estava a um passo de um ataque cardíaco.
- O sr. está com falta de ar? – quis saber a preocupada comissária.
- Não, minha filha, estou com falta de terra! – exclamou o velho político.
DP

HAJA PÓ DE ARROZ!- Ao celebrar a Copa, Dilma maquia gastos do governo com saúde e educação

Investimentos nas duas áreas englobam até despesas com vigilantes. Custo de estádios é o dobro do investimento em saúde em 2013.

SERVIÇO PÚBLICO- GOVERNO PAGOU DIÁRIAS DE R$223 MILHÕES 2014

Nos primeiros quatro meses de 2014, o governo Dilma Rousseff já distribuiu R$ 223,1 milhões em diárias aos funcionários do Executivo. Segundo a Lei 8.112/90, a “lei dos funcionários públicos”, todos os servidores que efetuem deslocamentos por motivo de trabalho têm o direito a diárias e passagens. A diária é a verba que paga despesas como alimentação, estadia e deslocamento no local da viagem.
Além dos servidores concursados, também recebe diárias qualquer “colaborador eventual” que também participe da viagem “a trabalho”.
Os dois funcionários que mais levaram diárias este ano são do Instituto de Pesquisas Espaciais, subjugado ao Ministério Ciência e Tecnologia.
Somados, os campeões das diárias receberam quase R$ 200 mil só em janeiro. Um levou pra casa 171 diárias e o outro 158.
DP

Caio Blinder- O mandato histórico de Juan Manuel Santos

Com  a vitória no segundo turno da eleição presidencial colombiana de domingo, o presidente Juan Manuel Santos conseguiu um mandato histórico. Em primeiro lugar, a eleição era um referendo sobre sua missão para negociar um acordo de paz com a guerrilha (não apenas as Farc, mas agora o ELN, o segundo maior grupo rebelde).
E em segundo lugar, o mandato é histórico, pois a rigor esta é a primeira vitória de Juan Manuel Santos por seu próprio mérito. Ele chegou ao poder em 2010 como herdeiro do presidente Álvaro Uribe, de quem fora ministro da Defesa, justamente pelo sucesso militar para enfraquecer a guerrilha associada ao narcotráfico.
Uribe, porém, rompeu de forma estridente com seu sucessor, furioso por ele ter abandonado a mão dura e dado a guinada para negociações, que acontecem em Havana. Seu instrumento de atuação era o candidato Óscar Ívan Zuluaga, que venceu no primeiro turno, fazendo uma campanha com acusações de que Santos era um traidor e um “castrochavista”, como se o presidente de centro-direita fosse um cúmplice de Cuba e da Venezuela.
É verdade que Santos venceu no segundo turno graças ao apoio da esquerda e de uma parcela do eleitorado que abandonou a indecisão. No entanto, este é um país confuso. Quer continuidade do processo de paz, depois de 50 anos de guerrilha com um saldo de mais de 200 mil mortos, mas está cético sobre o desfecho das negociações (entre outras coisas, os guerrilheiros narcotraficantes não serão punidos por seus crimes).
Mais do que isto, apesar do caráter histórico do que está em jogo na Colômbia, o clima de apatia é grande. O nível de abstenção no domingo foi menor do que no primeiro turno (60%), mas se manteve muito alto  no segundo (53%), com Santos obtendo 51% dos votos contra os 45% de Zuluaga.
Juan Manuel Santos acena com a esperança da paz. No entanto, um mote de sua campanha foi investir no medo de que com Zuluaga no poder haveria uma escalada de violência e também danos ao robusto crescimento econômico. Pessoalmente, eu creio ser correta a cartada de Juan Manuel Santos, mas existe o paradoxo. Ele conseguiu um mandato histórico, mas é cedo para dizer se o presidente vai alçar um plano de vôo tão alto como as pombas brancas que simbolizavam sua campanha.
Neste segundo mandato de Santos, os falcões do uribismo, com o capital político obtido neste último ciclo eleitoral, não darão trégua ao governo, posicionando-se como alternativa política em caso de fracasso do processo de paz.
***
PS- Em uma nota mais leve, momento para o Instituto Blinder & Blainder cantar vitória. É verdade que seus analistas de Copa levaram este colunista perna-de-pau a chutar feio no Manhattan Connection de domingo sobre o resultado do jogo Grécia x Colômbia, mas a divisão de projeções eleitorais fez bonito, acertando em cheio que Santos venceria este segundo turno. A vitória já fora prevista, de forma “insegura”, na coluna publicada por ocasião do primeiro turno no último dia 15.



Enquanto isso, na fábrica de postes...- Em SP, PT defende Dilma e esquece candidatura de Padilha

O CÁGADO ESTROPIADO- Economistas reduzem projeção de alta do PIB para 1,24%

Janer Cristaldo- Quem tem tem medo

Em 2010, contei episódio de minha chegada a Paris. Voei com uma chusma de colorados, com aquele uniforme do Banrisul, alguns enrolados na bandeira. E entrei no Charles de Gaulle com aquela canalha gritando em unissono: "atirei um pau no Grêmio e mandei tomar no cu."

Eram animais que iam para um jogo em Abu Dabi. Não é que devam ser proibidos de entrar na França. Deveriam ser proibidos de entrar na Europa. Interessante observar que constituem uma elite econômica, de alto poder aquisitivo. Não é qualquer brasileiro que banca uma viagem a Abu Dabi para ver um jogo de seu time. Se esta elite se comporta assim, que sobra para o povão?

Naquele dia, senti vergonha de ser brasileiro. Vontade de declarar ao guardinha de fronteiras que era paraguaio, haitiano, ugandense. Mas futebol é isso mesmo. O início da guerra civil, como dizia Orwell. Quem não quiser ouvir impropérios, que não vá a estádios. De minha parte, nunca fui. O problema é que a chusma me atocaiava onde menos esperava encontrá-la, na chegada a Paris.

Está causando celeuma na imprensa a vaia levada por dona Dilma, que foi mandada ao mesmo lugar que o Grêmio. Pelo que sei, é a primeira vez na história do país que um presidente é submetido a tal vexame. Alguns jornais querem dourar a pílula, estabelecendo distinções entre o que deva ser crítica e o que é insulto. Mas quem disse que a turba queria criticar o regime?

Queriam mesmo é insultar. E insultar não o regime, mas especificamente a presidente. Óbvio que tal gesto não foi gratuito. Dona Dilma, ao pretender apoderar-se da Copa em proveito de sua reeleição, fez por merecer. Dia seguinte, a presidente passou recibo da vaia.

"Na minha vida pessoal, enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Suportei não agressões verbais, mas agressões físicas", disse a uma platéia de operários e trabalhadores do sistema de trânsito do Distrito Federal, governado pelo petista Agnelo Queiroz.

Com a falta de lógica que lhe é peculiar, a presidente trocou as bolas. Uma coisa é estar na condição de prisioneira de uma ditadura, em local onde bons tratos não são de esperar-se, e cercada por funcionários que têm por função humilhar suas vítimas. Outra, e bem distinta, é ir a um estádio onde a multidão festeja um evento e ninguém tem por profissão vaiar. A vaia é sempre espontânea. Vaia-se quem soa antipático, repulsivo. Talvez isto fosse até digerível em outras circunstâncias. Ocorre que estamos a poucos meses das eleições e dona Dilma é o dauphin de Lula.

"Não vou me deixar atemorizar por xingamentos que não podem ser escutados pelas crianças e pelas famílias", acrescentou Dilma, que falava em meio a gritos de apoio dos operários. A presidente falava sobre a Copa quando os ouvintes entoaram: "a taça do mundo é nossa, com a Dilma não há quem possa". 

Discurso chocho, como o de todos os políticos. A presidenta falava a seus acólitos, àqueles aos quais não é preciso convencer porque convencidos já estão. Nem a taça do mundo é nossa, nem com a Dilma não há quem possa. É claro que o governador petista não iria reunir os ‘negativistas profissionais” – como se dizia durante a ditadura – para ouvir a donzela ofendida.

Só pode ser ódio ao PT. Se a mais leve crítica ao partido é tida como ódio, imagine um “vai tomar no cu” transmitido urbi et orbi.

"Quem perdoa ganha. Perdoar não é esquecer, perdoar não é discutir, perdoar não é aceitar que isso se repita ou compactuar com isso. Perdoar é não deixar que entre no seu coração o veneno do ódio", afirmou. Lula não poderia deixar por menos. Segundo ele, esta será "uma campanha violenta" e a elite brasileira "está conseguindo despertar o ódio de classes".

Voltamos à época pré-queda do Muro, quando o ódio era o motor da história. Para amenizar o fiasco universal e insólito, Lula desvia o insulto para um outro alvo:

"Foi um ato de cretinice com o povo brasileiro, que está cansado de ser pisado e escanteado", disse a sexta-feira em Recife. O ex-presidente afirmou que a imprensa "incentivou o tempo inteiro essa reação da sociedade" e atribuiu os xingamentos à "elite" brasileira. 

Apesar de Dilma ter sido nominada com todas as letras, o insulto foi dirigido ao povo brasileiro. Então tá! Se foi um ato contra o povo brasileiro, então a dignidade da presidenta está preservada. Por que, então, tanta indignação?

Lula, raposa velha, preferiu assistir ao jogo longe das “elites”. O jogo Brasil/Croácia marca um momento histórico no século. A partir de então, quem tem tem medo.

“A mãe de Hitler achava ele um anjinho. O certo é que mães também se equivocam.” (Filosofeno)

Cara-de-pau sem limites- EM SP- LULA PEDE INVESTIGAÇÃO DO TCU NAS OBRAS DA COPA DO MUNDO

“A fama não é um paraíso. O inferno está atrás da porta.” (Mim)

Já pensou? E se Dilma fosse imortal? E se a sua excepcional inteligência e oratória se multiplicasse pelo mundo como um vírus?

A patrulha politicamente correta é muito intolerante



Sejamos “tolerantes”: façamos silêncio!!!
A intolerância dos “tolerantes” já foi tema de coluna minha, e julgo esse um dos assuntos culturais mais relevantes de nossos tempos. Por trás da máscara do politicamente correto, uma patota fascista tenta impor sua visão estreita de mundo, em que o humor não mais existe ou, se existe, precisa se adaptar aos ditames dos “oprimidos”, para enaltecer sempre a narrativa de vitimização das “minorias”.
Professores sofrem bastante com isso. O livro A mancha humana, do grande escritor americano Philip Roth, transformado em filme com Anthony Hopkins, mostra como o uso de uma simples expressão ambígua pode desencadear uma série de mal-entendidos que culminam em uma desgraça. A ficção se tornou realidade, e vários professores temem hoje sofrer retaliação pelo simples uso de um termo que pode ser retirado do contexto pelos “fascistas do bem”.
Na Folha, hoje, foi publicado um artigo de dois professores que contam exatamente suas experiências bizarras em sala de aula, vítimas da patrulha politicamente correta. Dizem eles:
Nós, professores de ensino médio e pré-vestibular, temos sido, em sala, alvos das mais pesadas acusações. Imbuídos de uma espécie de “neofundamentalismo politicamente correto”, alguns alunos retiram nossas observações de contexto e as usam como combustível para justificar sua intransigência, que cresce a cada dia em progressão geométrica de razão infinita.
Claro, atitudes machistas, homofóbicas e afins devem ser combatidas. Mas, em torno dessa causa justa, surgiram patrulhas ideológicas, sempre atentas a toda possível ação preconceituosa. O olhar do crítico está tão viciado que busca preconceito, avidamente, onde não há.
[...]
Os patrulheiros não costumam ser agentes de mudança. São como fiscais de trânsito, que só multam, mas não colaboram para melhorar o fluxo. “Descobrem” infrações que nem foram cometidas. Medem cada palavra do professor, buscando ferozmente uma má intenção que não está ali.
Nessa caça intensa, os patrulheiros não se dão conta de que ficaram mais agressivos do que muitos daqueles que imaginam combater. Praticam um preconceito às avessas. “Eu faço parte de um grupo iluminado que dita as regras e é bom você me obedecer.” Só que as regras –repetidas “ad nauseam”, sem reflexão– quase nunca fazem sentido quando avaliado o contexto.
Em seguida, e após casos concretos relatados, os autores comparam a situação com aquela descrita na distopia de George Orwell em 1984, quando a novilíngua define as palavras aceitáveis em busca do pleno controle do pensamento. Os professores Luís Pereira e Sílvio Pera concluem:
Ao ouvir certas expressões (o contexto pouco importa), detectam “preconceito” e atiram contra o inimigo. Os jovens patrulheiros veem maldade em tudo. Impregnados, eles sim, por preconceitos, desprezam o humor popular, que muitos professores usam apenas para quebrar a tensão. Acreditam que só o “humor inteligente”, isto é, o militante da “causa”, é aceitável. Jamais aprovariam a comédia nonsense dos mestres ingleses do Monty Python, pois “não é engajada”.
São movidos por boas intenções, mas podam, são censores. Transformaram-se naquilo que dizem abominar. Em nome da tolerância, têm cometido as maiores intolerâncias.
Rodrigo Constantino

“Palavrões são perfeitos para protestos”, diz especialista



Holy Sh*t: livro sobre a tradição do xingamento
Dessa vez a turma não vai poder repetir o velho chavão “tinha que ser na Veja”. Quem diz que o palavrão é perfeito para manifestações e protestos é uma especialista entrevistada por aquela outra revista, que conta com muitos anúncios estatais. Vejam alguns trechos:
Em protestos e manifestações, como os que tomam ruas de diversas cidades do País nas últimas semanas, não raro são ouvidos gritos que envolvem palavrões. Os xingamentos compõem os cenários das intervenções e, segundo a pesquisadora da Universidade de Stanford Melissa Mohr, têm justificativa. “Os palavrões transmitem emoções melhor do que quaisquer outras palavras, por isso eu diria que eles são perfeitos para manifestações e protestos”, diz Melissa Mohr. As conclusões sobre as origens dos xingamentos e a maneira como eram vistos dentro das sociedades ao longo da história foram publicados em seu recente livro Holy Sh*t, a brief history of swearing.
Segundo Melissa, esse tipo de palavra “faz com que as pessoas compreendam quão forte é seu sentimento sobre algo, o quanto aquilo significa para elas”. Além disso, estudos têm mostrado que os xingamentos fazem as pessoas se sentirem unidas, como parte de um grupo. “São formas de expressão que ajudam os manifestantes a se sentirem unidos contra o que estão protestando”, diz ela.
Dentro das sociedades contemporâneas, a autora observa que os palavrões representam uma força muito significativa, capaz de influenciar favoravelmente o rendimento de quem realiza tarefas xingando, se comparado com quem realiza tarefas pronunciando outras palavras. “Isso é uma coisa que eu não fazia ideia antes de começar a estudar”, conta. “Você é capaz de permanecer com sua mão em água gelada por mais tempo se estiver xingando do que se estiver pronunciando palavras neutras, por exemplo”.
Segundo Melissa, a nossa resposta aos palavrões e xingamentos vai além das palavras. “Ouvir e falar palavrões ou obscenidades leva ao aumento dos batimentos cardíacos e faz as mãos suarem”, exemplifica.
Dúvida: será que a revista daria destaque ao livro se fosse hoje?
Rodrigo Constantino

O SAPO VOMITA- Lula e petistas reciclam slogan e dizem que ‘esperança vencerá ódio’

Falando em ódio, quem é mesmo que certa feita usou o palanque para pregar o extermínio do DEM? O sapo sofre de amnésia?