quinta-feira, 23 de abril de 2015

“A mediocridade reinante adora fazer filhos para o estado sustentar. Com o passar do tempo a preguiça tende a aumentar e quem sabe pedirão para o estado também fazer a cópula.” (Mim)

“Quando a outra opção é o cemitério, todo lugar é bom para se morar.” (Mim)

Por que temes morrer?

"Por que temes morrer? Medo do fogo, temor da escuridão sem fim? Uma mentira repetida bilhões de vezes faz dela verdade? O inferno é a consciência atormentada pelo remorso. Corpo morto, não há trevas, não há fogo, não há paraíso, somente o nada, a paz de dormir sem acordar, sem pesadelos. É duro saber que não voltaremos e que não teremos ninguém nos esperando do outro lado, que não existe o outro lado, somente o lado de cá, dos vivos e também dos mais vivos, que estão por aí a vender uma mercadoria que jamais entregarão."

(FILOSOFENO, o filósofo que dorme sobre o capim)

Carlos Alberto Sardenberg: ‘Todos Tiradentes’

Publicado no Globo
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
O governador de Minas, Fernando Pimentel, não citou nomes mas deixou claro que estava comparando a história de Tiradentes com algum ou alguns personagens da política de hoje.
Depois de lembrar que o alferes foi um subversivo condenado injustamente para depois ser recuperado como um herói da liberdade, arrematou no último dia 21, em cerimônia em Ouro Preto: “Não poderia ser mais adequado neste momento da história brasileira celebrarmos Tiradentes”.
Quem, pois, estaria sofrendo a mesma injustiça? O primeiro suspeito, quer dizer, o primeiro nome possível seria o de Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, condecorado com o Grande Colar da Inconfidência, a mais alta honraria de Minas.
Qual seria a injustiça sofrida pelo magistrado? Objetivamente, não há nada contra ele, nem nos tribunais nem na política. Há críticas de que ele teria sido, digamos, muito tolerante com o pessoal do PT no julgamento do mensalão, mas essa é uma opinião entre outras e que, certamente, não causou qualquer prejuízo ao magistrado. Tanto que foi eleito presidente da Corte logo depois do julgamento.
O segundo suspeito, quer dizer, o segundo nome ao qual Pimentel poderia estar se referindo é o de José Dirceu — este, sim, um condenado. Um condenado símbolo. E isso remete ao discurso do PT, partido do governador mineiro: os mensaleiros não foram mensaleiros, porque não houve mensalão; foram agentes políticos lutando pela liberdade e bem-estar do povo.
Eis, portanto, o que Pimentel poderia estar querendo dizer: petistas honrados, simbolizados por José Dirceu, foram injustamente condenados num julgamento viciado, contra o voto, heroico, de Lewandowski.
Se for isso, Pimentel estava também fazendo uma defesa prévia do pessoal acusado na Lava-Jato. Também seriam vítimas do atual sistema dominante.
Seriam todos Tiradentes, de Lewandowski a Dirceu e Vaccari.
O problema é que o PT é o poder dominante. Seria opressor contra seus próprios quadros? Não pode.
Logo, deve haver por aí um outro poder, este sim julgando e condenando os Tiradentes contemporâneos. Esse poder só pode ser aquele representado, 13 anos atrás, no governo FH.
Resta um probleminha: toda vez que são acusados de algum deslize, desde caixa dois até dinheiro sujo de campanha e pedaladas fiscais, os atuais ocupantes do poder federal dizem que fazem a mesma coisa que se fazia no governo FH e mesmo muito antes.
Donde se conclui, por esse tortuoso caminho: ou são todos culpados ou são todos Tiradentes.
A conclusão de verdade é que continua a sina do nosso herói.
E sem contar que ainda estão aumentando impostos.
Lava Jato, a peça chave - A verdade é que o ministro Joaquim Levy avança bastante bem. Ganhou, por exemplo, na última cartada, a intensa série de conversas que manteve no FMI e com os investidores globais. Se não os convenceu plenamente, pelo menos plantou a expectativa de que sua política econômica pode funcionar e colocar o Brasil nos eixos. Mais do que isso: fez o pessoal acreditar, pelo menos por enquanto, que a política é dele, Levy, e tem a concordância (ou a tolerância conformada, segundo os mais céticos) da presidente Dilma.
Por aqui, o ministro também vai passando essa impressão. Lança uma medida atrás da outra e aponta a direção a todo momento (ajuste fiscal, concessões para investimentos privados, reformas micro para facilitar a vida de quem quer fazer negócios honestamente). Ou seja, uma agenda de mercado ou, como diria João Pedro Stédile, um programa neoliberal praticado por um agente infiltrado.
O fato é que o mercado está gostando. É verdade que o pessoal não gosta nem um pouco dos aumentos de impostos — e o ministro aqui também não vacila. Diz a todo instante que boa parte do ajuste se faz com aumentos da receita. Mas se isso ajudar a sair do atual buraco, dizem, vá lá.
A presidente Dilma não admitiu que sua política anterior estava errada. Nem vai admitir, parece. Levy já disse algumas vezes que, sim, estava errada. Mas depois de algumas trombadas com a presidente, mudou de tática. Ao dizer o que precisa ser feito hoje, está sempre dizendo o que não se deveria ter sido feito antes.
E assim segue. Conforme a recepção ao balanço da Petrobras, pode haver alguma trégua que permita avanços na política econômica à Levy.
Tudo em paz?
Nada disso. A Lava-Jato é a variável chave. Pode derrubar a política, o sistema dominante e muitos “Tiradentes” mais. E aí, mesmo bem-sucedida, a política econômica será de pouco serventia.

“Se recebi por herança ou comprei, a propriedade é minha e deu. A única função social da propriedade deve ser a prática sexual consentida dentro de quatro paredes ou mesmo no capim alto longe de olhares curiosos.” (Mim)

Demétrio Magnoli: ‘Leis em movimento

Publicado no Globo
DEMÉTRIO MAGNOLI
O Senado sabatinará o jurista Luiz Edson Fachin, indicado por Dilma Rousseff para a cadeira vaga no STF desde a renúncia de Joaquim Barbosa. O fato de que Fachin fez campanha para Dilma, em 2010, não o desabona. “Ele manifestou uma posição política, votou na presidente”, disse o senador tucano Álvaro Dias, para explicar: “O que deve prevalecer não é a opção política circunstancial” mas “o notório saber jurídico, a reputação ilibada e a independência de quem vai julgar”. De fato, em 2002, o Senado aprovou a nomeação de Gilmar Mendes por FH e, em 2009, a de Dias Toffoli por Lula, sem impugnar a “opção política circunstancial” de nenhum dos dois. O problema é que, no caso de Fachin, a “opção política” não expressa um exercício individual de cidadania, mas uma militância específica na arena do Direito.
“Tenho em minhas mãos um manifesto de centenas de juristas brasileiros que tomaram lado”, discursou Fachin cinco anos atrás. “Apoiamos Dilma para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos”. Há algo extraordinário quando juristas assinam coletivamente um manifesto político. Manifestos de intelectuais, economistas ou sambistas são só opiniões. Por outro lado, um “partido de juristas” tem o condão de ameaçar uma ordem jurídica fundada sobre o alicerce da neutralidade da Justiça. É isso que deveria acender uma luz de alerta no plenário do Senado.
O “partido de juristas” que escolheu Fachin como seu porta-voz não é o PT, como imaginam tantos espíritos simplórios. O “lado” dos juristas “que tomaram lado” é o da mudança política e social pelo Direito, à margem da vontade majoritária refletida pelo voto popular. “Se o conselho que se dava aos juízes antigos da Itália era não use a testa, use o texto, hoje a máxima pode ser reinventada para use a testa, não esquecendo do texto e seu contexto”, escreveu o indicado de Dilma em artigo recente. Obviamente, o juiz tem a prerrogativa de interpretar a lei à luz de princípios gerais e circunstâncias singulares. Contudo, de acordo com Fachin, os juízes, como coletividade que tem “lado”, devem abrir as portas para o futuro, guiando a sociedade numa direção virtuosa.
O STF é o guardião da Constituição. Fachin, porém, atribui poucos méritos ao texto constitucional. Num ensaio para a “Revista de Direito Brasileira”, publicado em 2011, ele menciona “a Constituição que não vimos nascer”, qualificando o processo constituinte da redemocratização como “uma promessa” que “se converteu em ausência” pois “nela, o que de pouco Marx havia deu lugar a muito Tocqueville”. O fracasso, teoriza, decorreu de um recuo, “a nostalgia da primeira modernidade”, que o jurista entende como primado do indivíduo sobre o coletivo e do mercado sobre os direitos humanos. Não há nada de errado com a crítica acadêmica à Constituição, mesmo quando exprime impulsos autoritários. Outra coisa, bem diferente, é introduzi-la na Corte Constitucional.
Segundo a tese de Fachin, o “leito de Procusto” do Direito é a economia de mercado, pois “a compra e venda que tudo transforma em mercadoria” interpõe-se “entre os significados da equidade, democracia e direitos humanos”. Na sua visão, a prevalência do mercado “afasta o Estado-legislador do centro dos poderes e intenta limitar o Estado-juiz a retomar-se como bouche de la loi” (isto é, numa antiga expressão pejorativa, como mero arauto da lei). O ideal do jurista, camuflado na floresta de uma retórica hermética, é a concentração do poder no Estado e a autonomia dos juízes para implodir o “leito de Procusto”.
O ativismo judicial de Fachin não encontra limites. Se, como imagina abusivamente, nosso arcabouço legal não é muito mais que uma reprodução das leis do Estado liberal do século XIX, a solução seria fabricar, pela vontade dos juízes, uma nova Constituição. A Carta de 1988 “proclama erradicar a pobreza” e “reduzir as desigualdades”, mas “não constrói searas de soberania popular”, acusa no mesmo ensaio, para indicar o caminho: “É evidente que uma Constituição se faz Constituição no desenrolar de um processo constituinte material de índole permanente”, pelo recurso a “ações afirmativas” e pelo “resgate de dívidas históricas”. Se os senadores aprovarem o nome de Fachin, estarão dizendo que deve ser atribuído ao STF um poder constituinte.
O horizonte de um “processo constituinte” de “índole permanente” é um tanto assustador. A filósofa Hanna Arendt enfatizou que, nas ideologias totalitárias, o movimento é tudo e “o próprio termo lei mudou de sentido: deixa de expressar a estrutura de estabilidade dentro da qual podem ocorrer os atos e os movimentos humanos para ser a expressão do próprio movimento” (“Origens do totalitarismo”). Seria ridículo apontar em Fachin um cultor do totalitarismo. Contudo, sua aversão à “estrutura de estabilidade” da legislação e sua obsessão por “searas de soberania popular” criadas pelo gesto soberano do juiz não podem passar em branco numa sabatina digna desse nome.
O “partido dos juristas” almeja reescrever a Lei, interpretando livremente os princípios gerais do Direito para dinamitar as heranças constitucionais da “primeira modernidade”. E eles querem operar acima e além dos limites definidos pela separação de poderes: “Quando (…) o Judiciário se vê compelido a debater questões de poder, assacam-lhe de pronto a crítica (…) do ativismo judicial”, reclama Fachin, sem se dar conta de que o povo elege o presidente e os legisladores, mas não elege juízes.
Displicente, o Senado aprovou o nome de Dias Toffoli, ao qual faltava o “notório saber” para ocupar uma cadeira no STF. Agora, os senadores enfrentam um desafio distinto: o nome escolhido por Dilma usa um indiscutível “notório saber” para contestar a ordem constitucional e as prerrogativas do Congresso. É hora de dizer “não”.

PMDB, o Cérbero

O senador Renan Calheiros e o deputado Eduardo Cunha usam a terceirização para medir forças dentro do PMDB. Ajunte-se Michel Temer, e o partido é um Cérbero que guarda a entrada do inferno de Dilma Rousseff e deixa o país no purgatório do até quando.
O Cérbero PMDB guarda Dilma Rousseff
O Antagonista

O Antagonista-Dilma, o fantasminha camarada da Economist

A Economist traz na sua última edição uma reportagem intitulada "O fantasma no Planalto". O ectoplasma é Dilma Rousseff, claro.
A reportagem diz que ela permanece no governo, mas não tem mais poder. Não comanda a economia, nas mãos de Joaquim Levy, nem a política, cujas rédeas estão com o PMDB.
O mais dramático nessa hemorragia do poder presidencial, afirma a reportagem, é que Dilma Rousseff tem ainda quase quatro anos de mandato pela frente. E pergunta: como a economia irá piorar antes de melhorar, será que ela sobreviverá?
No entanto, o correspondente da Economist dá razão a FHC, sublinhando que, por ora, não há razão para impeachment, que dificilmente haverá -- e que isso seria uma "temeridade". Mais: que os "movimentos sociais por trás dos protestos" fariam melhor se, nos próximos três anos, gastassem o seu tempo promovendo reformas políticas, pressionando por justiça para os culpados do petrolão e reinventando uma oposição moribunda.
Ao final da reportagem, outra pergunta: será que Dilma Rousseff, tão sem amigos e com tanto trabalho pesado e desencorajador, terá fortitude para tentar recuperar o poder que perdeu?
O Antagonista responde à Economist com uma questão: se primeiro-ministro britânico David Cameron estivesse metido em 10% das safadezas de Dilma Rousseff, a revista acharia uma temeridade que ele fosse saído do cargo?
Para a Economist, Dilma Rousseff é Gasparzinho, o fantasminha camarada.
Olá, o meu nome é Dilma Rousseff

É O COMEÇO- Comissão do Senado aprova projeto de lei que institui voto distrital em eleição para vereador

Únicos parlamentares da CCJ contrários à proposta foram José Pimentel e Humberto Costa, do PT, e Marcelo Crivella, do PRB.

ABUTRES

ABUTRES
Dois abutres armados rondam por horas as casas no Belvedere. Estacionam o automóvel e observam como agem os proprietários de belas residências. Quem entra e quem sai, descuidado, não descuidado. Então naquela tarde uma mulher deixa o portão aberto. Os abutres entram de armas nas mãos. Observam todos as salas, não encontram vivalma. Acham estranho, mas vão em frente. Procuram pelo cofre, vasculham até encontrá-lo. Um dos gatunos é especialista, em poucos minutos consegue abri-lo. No cofre não encontram joias e nem dinheiro, tampouco documentos importantes. Dentro do cofre há apenas uma foto da progenitora dos meliantes dando de mamar para dois marmanjos no corredor de um bordel.

“Marchamos todos para a morte; nosso destino agita-se na urna funerária; um pouco mais cedo, um pouco mais tarde, o nome de cada um dali sairá e a barca fatal nos levará a todos ao eterno exílio” (Horácio)

“Andei hoje por três avenidas diferentes em minha amada Chapecó. Três calçadas premiadas com bosta de cachorro. Como vai a educação deste povo com grife que passeia com seus cães?”

“Sou um SER sem preconceito. Vou pra cama com mulheres religiosas sem restrições. E há momentos que até de joelhos fico.” (Climério)

“Vai-se o corpo e nenhuma alma desgraçada volta pra nos contar notícias do além.” (Mim)

Mais uma vergonha do lulopetismo: Secretaria dos Direitos Humanos, que deveria ter posto de honra no governo, serve como moeda de troca — para dar emprego a “companheiros”



(Fotos: ABr :: Pedro Ladeira/Folhapress :: Marcelo Brandt/Câmara dos Deputados)
Ideli Salvatti, Luiz Sergio, Pepe Vargas: ocupando uma secretaria nobre para quebrar um galho (Fotos: ABr :: Pedro Ladeira/Folhapress :: Marcelo Brandt/Câmara dos Deputados)
Post publicado originalmente no dia 10 de abril de 2015, e que repito porque… confesso que gostei muito!
Cogitações imaginárias — na verdade, não imaginárias assim — do que passa pela cabeça da presidente Dilma e de seus conselheiros mais próximos:
A Ideli não consegue se eleger lá em Santa Catarina? Então, sabe de uma coisa? De repente ela pode ser ministra da Pesca. Ah, tá bom? Então botamos ela lá. Beleza.
Passa-se um tempo e…
Mas acho que o Luiz Sergio não está dando muito certo como ministro das Relações Institucionais. Ninguém conhece o camarada, ninguém dá bola para ele, virou “garçom” lá no Congresso, como ocorreu com antecessores — só leva pedidos de parlamentares ao Planalto e volta com respostas, ou sem elas.
Não articula nada. Acho que não dá, não.
E que tal trazer a Ideli pro lugar do Luiz Sergio? Afinal, ela já foi senadora, conhece o pessoal…  E aí mandamos o Luiz Sergio, que não pode ficar desempregado, pro lugar da Ideli.
Se ele entende de pesca? Acho que não, porque afinal ele era metalúrgico. Mas, de repente, tendo sido prefeito de Angra dos Reis, que fica à beira-mar… E depois, será que tem mesmo que entender? O bispo Crivella, da Igreja Universal, já não foi ministro da Pesca também? — e, pra dizer a verdade, nunca perguntei a ele se já viu antes, na vida, um anzol.
Mais algum tempo e…
O diabo é que a Ideli não está funcionando nessa tal coordenação política das Relações Institucionais. A gente achou que daria certo, só que…
Então não é melhor a gente trazer o Ricardo Berzoini? Ele é durão, tentou criar na marra o Conselho Federal de Jornalismo, lembra?
O tempo passa mais um pouco, e então…
Agora, porém, temos um mandato novo. Foi por pouco, né? Bem, estamos aqui e vamos precisar do Berzoini nas Comunicações, ministério grande, cheio de dinheiro.
Só que… santo Deus, e a Ideli? O que é que a gente vai fazer com ela? Deixar na chuva é que não dá.
Ah, tem os Direitos Humanos. Vamos colocá-la ali. A Maria do Rosário não precisa mais, foi reeleita deputada lá no Rio Grande do Sul. Mais do que nomear a Ideli, vamos fazer mais ainda: confirmar que ela continuará nos Direitos Humanos durante todo o segundo mandato.
Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, só que tem uma coisa: essa ideia de colocar o Pepe Vargas nas Relações Institucionais não tá funcionando, gente. Ele também virou garçom.
Precisamos de alguém melhor pro lugar dele. Quebramos a cabeça e achamos que, diante do tamanho da encrenca em que estamos metidos, a solução realmente é trazer o Temer — afinal, o cara é vice-presidente da República e presidente do PMDB. Se ele não resolver a coordenação política com os cupinchas Eduardo Cunha e o Renan, quem haverá de?
E o Pepe Vargas, minha gente? Sujeito bom, companheiro antigo lá do Rio Grande, foi prefeito de Caxias. Jogá-l0 na rua? Acho que não… Sabe de uma coisa? Tira a Ideli lá daqueles Direitos Humanos e bota o Pepe Vargas.
Chii… E agora, a Ideli, minha Nossa Senhora? Ela não tem voto em Santa Catarina, não se candidatou a nada no ano passado, confiou nos cumpanhêro. Temos que dar um jeito na situação.
Sabe de uma coisa: vamos mandá-la comandar os Correios. Ela é física de formação, foi professora, militou muitos anos como sindicalista. Não sabe nada de administrar um negócio enorme como os Correios, mas pelo menos não fica sem emprego.
E os Correios? Sei lá… A Ideli acaba dando um jeito.

José Gregori: um que honrou o cargo (Foto: O Globo)
José Gregori: um que honrou o cargo (Foto: O Globo)
PS — E pensar que o primeiro ocupante da Secretaria dos Direitos Humanos, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, ainda não subordinada diretamente à Presidência, foi um homem do porte do jurista José Gregori.
Ex-presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, trabalhou, com discrição mas firmeza e coragem, durante a ditadura militar, ao lado do cardeal-arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns.
Ele foi secretário dos Direitos Humanos de 1997 a 2000, sob FHC, e honrou o posto que ocupou. Entre outras coisas, foi o autor do projeto de lei que FHC enviou ao Congresso, sendo aprovado, que reconhecia a responsabilidade do Estado brasileiro pelos mortos e desaparecidos durante a ditadura. (Leiam mais aqui.)
Deixou a secretaria para ser ministro da Justiça.
Do blog do Ricardo Setti

“Um filho sempre imita o pai no que ele tem de pior.” (Limão)

“E Fidel não morre. Temos aí uma prova de que os inúteis também são longevos.” (Cubaninho)

“Um petista nunca mama sozinho. Traz a família para o regaço.” (Mim)

“Sou um homem de muitas posses... Posses de banha.” (Fofucho)

DRAGÃO

DRAGÃO
Ele não se materializa
Mas está em nossas vidas
Comendo o poder de compra
Da nossa moeda
E o dragão da inflação
Que voltou para nós
Graças ao PT
E aos rompantes etílicos
Da gastança desenfreada
Estimulada ao povo
Pelo tolo vaidoso.

“Posto nas portas das moradas, creio que tal aviso seria muito comum tal sua correspondência aos inquilinos: Aqui jaz o pensar.” (Mim)

“Governo de merda é assim: contra os caminhoneiros Força de Segurança e Polícia. Contra os abusos do MST vai comidinha na boca e talquinho na bunda” (Mim)

IMB- Individualismo e interesse próprio não são egoísmo

As relações que ocorrem no mercado são constantemente criticadas como sendo a epítome do egoísmo ou da ganância, recompensando o interesse próprio acima da ética.
Como Friedrich Hayek expôs, "a crença de que o individualismo aprova e estimula o egoísmo humano é uma das razões principais pelas quais tantas pessoas o desaprovam."
Entretanto, essa crença está errada.
Mercados realmente são formados por pessoas com interesses próprios atuando conjuntamente para alcançar seus objetivos, e quase sempre sem conhecer umas as outras.  Porém, buscar o interesse próprio não é o mesmo que ser egoísta.
As pessoas têm interesses diversos
Economistas pressupõem que indivíduos possuem interesses próprios.  Isso significa simplesmente que cada indivíduo se importa com um determinado objetivo; e alguns fins importam mais do que outros. A consequência disso é que cada pessoa prefere ter o controle (o poder para decidir o uso) de mais recursos do que de menos, pois isso a permite alcançar aqueles objetivos que ela mais valora de uma maneira mais eficaz do que se ela possuísse menos recursos à sua disposição. 
Só que desejar o controle sobre mais recursos para alcançar nossos objetivos não é um pensamento monomaníaco.
Hayek entendeu essa confusão e escreveu que:
Se dissermos que as pessoas devem ter suas ações guiadas por seus próprios interesses e desejos, esta sentença será rapidamente mal-entendida ou distorcida pela crença de que as pessoas devem ser exclusivamente guiadas por suas próprias necessidades ou interesses egoístas, sendo que, na verdade, significa somente que elas devem ser permitidas a se esforçar para alcançar qualquer objetivo que julguem desejável.
Se tudo com que um indivíduos se importasse fossem com ele próprio, então aí sim o interesse dessa pessoa poderia ser igualado ao egoísmo.  Mas se alguém se importa com qualquer coisa ou com qualquer outra pessoa além de si própria, então há várias diferenças fundamentais entre isso e o egoísmo
Quando Madre Teresa, por exemplo, utilizou seu Prêmio Nobel para construir um hospital para leprosos, ela estava agindo de acordo com seu interesse próprio, pois tais recursos foram utilizados para efetuar algo com o qual ela se importava. Mas ela não agiu de maneira egoísta.
O livre-mercado força os egoístas a trabalharem pelos outros
Outra maneira de caracterizar essa distinção entre interesse próprio e egoísmo é que, ao passo que pessoas egoístas têm um interesse próprio (elas só se importam consigo próprias), ter um interesse próprio não implica ser egoísta.  E o interesse próprio, seja ele egoísta ou não, é o que faz com que a cooperação social seja estimulada e, por conseguinte, terceiros sejam beneficiados pelas interações voluntárias no mercado.
É por isso que mesmo que uma pessoa que esteja no mercado seja egoísta, isso não significa que o mercado a tornou mais egoísta, e nem que o mercado expandiu o âmbito do egoísmo nas relações humanas.
Para ilustrar isso, suponha que João seja um indivíduo completamente egoísta.  Ele só pensa em si próprio e quer enriquecer rapidamente.  Considerando-se que os direitos de propriedade de terceiros são respeitados, João só pode alcançar esse objetivo se ele induzir todos os outros indivíduos a voluntariamente cooperarem com ele.  Ou seja, João terá de oferecer algo que seja do interesse desses outros indivíduos. 
Mais ainda: João só conseguirá isso se o que ele oferecer for melhor do que todas as alternativas existentes.  João não pode coagir ninguém a consumir seus bens e serviços.
Sendo assim, embora seja egoísta e não se importa em nada com os outros, João tem de agir de maneira a atender os interesses daqueles que estão ao seu redor.  Só assim João poderá alcançar seus próprios interesses
Esse é o milagre descrito na metáfora da mão invisível de Adam Smith. Mesmo que alguém seja egoísta, essa pessoa — para alcançar seus objetivos — terá inevitavelmente de beneficiar terceiros no mercado, fornecendo-lhes bens e serviços de qualidade, e esperando que elas, voluntariamente, consumam estes bens e serviços.  E para que elas consumam estes bens e serviços fornecidos pelo egoísta João, estes têm de ser de qualidade.
Desta forma, o egoísmo de João é domado e direcionado para a cooperação com terceiros, fornecendo-lhes mais opções de consumo e beneficiando-lhes como resultado desta interação.   
Em termos práticos, a maioria dos empreendedores no mercado é motivada pelo desejo de auferir lucros monetários.  No entanto, em uma economia de mercado, a única maneira de um empreendedor auferir lucros é servindo bem seus clientes (e mantendo seus custos baixos). 
Um dos mais belos aspectos de uma economia de mercado é que ela é capaz de domar as pessoas mais egoístas, ambiciosas e talentosas da sociedade, fazendo com que seja do interesse financeiro delas se preocuparem dia e noite com novas maneiras de agradar terceiros. 
Empreendedores conduzem a economia de mercado, mas a concorrência entre empreendedores é o que os mantém honestos.
Conclusão
Em A Teoria dos Sentimentos Morais, Adam Smith argumentou que:
Por mais que um indivíduo seja tido como egoísta, há evidentemente alguns princípios em sua natureza que o tornam interessado no bem-estar de terceiros, e que fazem com que a felicidade deles sejam necessárias a ele — embora ele nada ganhe com isso além do prazer de ver a felicidade deles.
E longe de apoiar o simples egoísmo, ele conclui que "restringir nossas emoções egoístas e satisfazer as emoções benevolentes é o que constitui a perfeição da natureza humana." Em outras palavras, nosso interesse individual inclui o aprofundamento da nossa natureza benevolente.  
Está claro que os participantes do mercado não podem ser caracterizados como motivados pela ganância.  Sendo assim, o que explica esses falsos ataques?
Os ataques vêm de pessoas que pensam que suas preferências subjetivas deveriam se sobrepor às preferências dos proprietários e da maneira como estes controlam suas propriedades.   Para essas pessoas, os proprietários e suas respectivas propriedades devem ser, por meio da coerção do estado, domados, subjugados e forçados a se adaptar a essa visão redistributivista do mundo.  A intenção desses pretensos reformadores é simplesmente impor, à força, suas preferências sobre terceiros. 
Ao agirem assim, eles paradoxalmente não parecem perceber que tal comportamento é a exata definição da ganância que eles tanto criticam.

Gary Galles é professor de economia na Universidade de Pepperdine, na Califórnia.

O PUBLICITÁRIO GAÚCHO RICARDO HOFFMANN É PRIMO DA SENADORA GLEISI HOFFMANN, SÓCIO DE VARGAS E CHEFE DE CAMPANHA DE REQUIÃO. ESTE HOMEM-BOMBA DECIDIU FAZER DELAÇÃO PREMIADA.

Clima de mais puro terror instalou-se no meio político do Paraná, informou o jornalista Fábio Campana, o principal colunsita político do Estado. Também o blog Ucho.info aborda o caso. Leia o blog de hoje:

O publicitário Ricardo Hoffmann que, graças às suas “boas relações políticas”, tornou-se “dono” de algumas das maiores contas publicitárias do governo federal, entre elas a da Caixa Econômica Federal e a do Ministério da Saúde, não suportou a pressão do cárcere e decidiu aderir à delação premiada. Hoffmann é gaúcho, mas fez carreira no Paraná, onde se relacionou de forma muito próxima com alguns dos políticos mais importantes do estado. É primo da senadora petista Gleisi Hoffmann (apontada pelo Ministério Público como receptora de R$ 1 milhão em recursos de caixa 2), foi uma espécie de sócio informal do ex-deputado André Vargas (ex-PT), preso na esteira da Operação Lava-Jato por associação com o doleiro Alberto Youssef, com o objetivo de praticar crimes variados contra o erário. Ricardo Hoffmann também foi comandante de duas campanhas vitoriosas do senador Roberto Requião ao governo do Paraná e, segundo comenta-se, mandava e desmandava no governo do peemedebista.

CLIQUE AQUI para ler o que escreveu Fábio Campana. 

Leia mais do blog Uocho.info

Ricardo Hoffmann foi preso sob a acusação de usar fornecedores da agência da qual era vice-presidente em Brasília, a Borghi Lowe, para fazer repasses de R$ 3,17 milhões para uma empresa controlada por André Vargas, que deixou o PT no ano passado e está órfão de partido. Vargas tinha influência no Ministério da Saúde e na Caixa Econômica Federal (CEF), segundo os investigadores da Operação Lava Jato, e recebeu o suborno por ter ajudado a agência a conquistar as duas contas. O deputado também está preso em Curitiba desde o dia 10.
Procuradores e delegados da Polícia Federal que atuam na operação suspeitam que o esquema encontrado nesses dois órgãos, no qual produtoras de publicidade faziam o repasse do suborno a mando da agência, seja comum em outros órgãos públicos. Entre as empresas que fizeram pagamentos a Vargas por ordem do publicitário, estão produtoras conhecidas como a 02 Filmes Publicitários, que tem como sócio o diretor Fernando Meirelles, de “Cidade de Deus”, e a Conspiração, que produziu o filme “2 Filhos de Francisco”.
Com expectativas no mínimo fatídicas, o PT do Paraná acompanha à distância a decisão de Ricardo Hoffmann de fazer delação premiada. O partido saiu devastado das eleições de 2014 e poderá ter sua bancada reduzida a praticamente zero quando as investigações terminarem. André Vargas, que foi coordenador das campanhas de Gleisi Hoffmann, também financiou a eleição de todos os deputados do PT do Paraná.
A delação que está para ser selada pelo publicitário pode ter consequências imprevisíveis para Gleisi e para o senador Roberto Requião, que até então vinha surfando nas ondas lamacentas do escândalo do Petrolão. Requião corre o risco de ter sua relação com Ricardo Hoffmann esmiuçada durante o desenrolar da delação premiada, o que está sendo considerado como uma bomba de efeito retardado.

SAIBA DE QUE MODO VOCÊ PRECISA ABRIR O OLHO (IMEDIATAMENTE) COM A ECONOMIA CHINESA

Políbio Braga
A análise a seguir é do consultor Felipe Miranda, diretor da consultoria Empiricus. O material é de hoje.

Nesta semana a economia chinesa emitiu sinais fortes, no pior sentido possível...
O Grupo Kaisa tornou-se o primeiro do setor de construção civil do país a declarar default.
O Grupo não conseguiu honrar dois compromissos com credores, da ordem de US$ 52 milhões. Sua dívida total estimada é de US$ 2,5 bilhões.
No boom imobiliário local, o grupo Kaisa utilizou de uma prática comum no setor na China... tomou empréstimos baratos em dólares para financiar um plano agressivo de compras de terrenos.
Com a expressiva valorização do dólar, o grupo viu sua dívida multiplicar.
Não faltou alerta:
Às vésperas do estouro da crise das hipotecas nos EUA, em 2008, o setor de construção civil respondia por 16% do crescimento do PIB americano...
Entre 2011 e 2014, a construção civil respondeu por impressionantes 50% da expansão do PIB na China.
Nos EUA, no auge do subprime, um cidadão americano precisava em média de 4,3 anos de sua renda para comprar uma casa. Na China atual, são necessários 18 anos em média.
O estouro da bolha imobiliária chinesa pode fazer a crise das hipotecas de alto risco nos EUA parecer brincadeira.

A economia chinesa acaba de registrar, no primeiro trimestre de 2015 (anualizado), seu menor ritmo de crescimento em seis anos.
Os 7% de crescimento chinês podem parecer muito para nós brasileiros, cuja economia está em recessão, mas são preocupantes para um PIB que cresceu em média 10% ao ano nas últimas três décadas.
Há um esgotamento do modelo de crescimento chinês.
Antes fortemente voltado para as exportações, o mesmo, desde a crise de 2008, não encontrou mais no mercado externo o ritmo necessário para fomentar suas bases. Assim, teve de voltar os esforços para a economia interna.
Como?

CLIQUE AQUI para ler toda a análise. O editor recomenda vivamente a leitura.

DUBLAGEM- “Como a maioria do povo não sabe ler, dentre eles os petistas, aprovaram lei e nos empurram filmes dublados na TV por assinatura.”

“Não compro nada que só posso utilizar depois de morto: Paraíso, inferno, purgatório etc.” (Climério)

“Educação de berço? Realmente é de algum valor quando o tal berço foi um curral de patudos?” (Eriatlov)

“Algumas mulheres ganharam da natureza extrema beleza. Outras, línguas enormes.” (Pócrates)

SEM DAR BOLA PARA O JABUTI- Câmara ignora governo e aprova terceirização para todas as atividades

E como diz minha avó noveleira quando quer dar força para alguém: “A esperança é a última que morde.”

17 de Maio

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Juiz aposentado se recusa a dividir título mineiro com João Pedro Stédile

O magistrado mineiro Mozart Hamilton Buenopublicou ontem (21) uma carta aberta ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, informando que devolveria sua Medalha da Inconfidência, título conferido pelo Executivo mineiro. O ato foi motivado pela entrega da mesma honraria ao dirigente doMovimento dos Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, em cerimônia durante o Dia de Tiradentes. “Devolvi por não concordar com o critério atual de oferecimento das homenagens, não direcionado a merecedores, mas a partidários do governo”, diz Bueno. “Discordo que o título seja entregue a um homem que não fez nada por Minas, nem pelo Brasil”, afirma. Juiz em Rondônia e aposentado desde 1994, Hamilton Bueno recebeu a honraria em 1982, depois de sete anos a frente do Colégio Tiradentes da Policia Militar. Recebeu o título do então dirigente mineiro, Francelino Pereira, governador biônico do estado ao final do regime militar. Na carta, Bueno diz: “Não me julgo superior a esse senhor Stédile, mas a minha modesta biografia, a minha devoção ao meu Estado natal, - berço e sacrário da nossa liberdade - recomendam-me não aceitar esse nivelamento, razão pela qual e por imperativo da minha formação cívica, renuncio ao galardão, com pesar, é verdade, mas convicto de que faço o que dita minha consciência.” Hoje morando em Brasília, Hamilton Bueno prometeu enviar a medalha ao Palácio Tiradentes por correio até amanhã (23).

Leia mais...http://epoca.globo.com/tempo/expresso/noticia/2015/04/juiz-aposentado-se-recusa-dividir-titulo-mineiro-com-joao-pedro-stedile.html

“As armadilhas são colocadas nas trilhas sem espinhos.” (Filosofeno)

“Amo os meus parentes, tanto que procuro morar bem longe deles.” (Limão)

“Acho Dilma um caso perdido. Ela não melhora nem tomando vermífugo.” (Mim)

“O PMDB é igual àquela mulher que se casa por interesse: Muita mordomia, pouca dignidade.” (Filosofeno)