terça-feira, 17 de maio de 2016
HUMOR ATEU
RAVE NO ALÉM
Jesus e Maomé resolveram organizar uma festa rave no além
para acabar com o tédio. Tudo certo,
Jesus ficou no caixa pegando a grana e vendendo farinha; Maomé não quis
saber e passou se divertindo apedrejando mulheres.
Dilma é irrelevante
Mídia esquece Dilma e ela reclama da falta de atenção
Sem se dar conta do que disse aos jornalistas pouco antes da votação da admissibilidade do pedido de impeachment pelo plenário do Senado ("Se eu perder, serei carta for do baralho"), a ex-presidente Dilma Roussef continua tentando produzir factóides, notícias e opiniões.
Ela tem reclamado dos procedimentos dos principais jornais, que simplesmente não repercutem nada do que diz ou faz.
Acima, ao lado, postagem de Dilma no Facebook sequer foi examinada pela mídia diária, tudo porque não repercutiram as reclamações dela sobre os governos bolivarianos passaram a ser fustigados pelo chanceler José Serra.
Dilma é "página virada".
Ela se tornou irrelevante até para o PT.
Ela tem reclamado dos procedimentos dos principais jornais, que simplesmente não repercutem nada do que diz ou faz.
Acima, ao lado, postagem de Dilma no Facebook sequer foi examinada pela mídia diária, tudo porque não repercutiram as reclamações dela sobre os governos bolivarianos passaram a ser fustigados pelo chanceler José Serra.
Dilma é "página virada".
Ela se tornou irrelevante até para o PT.
Políbio Braga
Glória vã
GLÓRIA VÃ
Nino, 12 anos, era um
menino mirado, com os ossos gritando para fora da pele. Sua tez amarelada
denunciava um corpo doente. Naquela
tarde de muito sol, Nino, que morava no
interior do interior saiu com outros meninos para pescar no riacho das
pedras. Meteu a minhoca no anzol e
apontou o caniço pra corredeira. Nem bem a minhoca havia se molhado um jundiá
puxou com gosto e Nino, firme como prego em polenta, foi para dentro do rio
agarrado no seu caniço. Afundou, voltou e bateu-se em pedras. Os companheiros ficaram apavorados sem saber o
que fazer. Todos sabiam nadar; o certo é que nenhum deles tinha força
suficiente para salvar um corpo que estava em apuros. A boa sorte foi que o
mirrado alguns metros abaixo conseguiu subir numa pedra sem largar a vara e
também o jundiá. Ergueu os braços mostrando o troféu. Teve mais sorte que
juízo. Foi festejado pelos colegas e voltou para casa com um peixe de quilo
para presentear sua mãe. O jundiá foi tomar banho na frigideira; o menino tomou
umas palmadas e ficou de castigo. E ficou sem comer o peixe.
Do baú do Janer Cristaldo- sexta-feira, maio 16, 2008 EINSTEIN E DEUS
Para os teistas que acham que Einstein acreditava em Deus:
"A palavra Deus para mim não eh mais que a expressão e o produto da debilidade humana; a Biblia eh uma coleção honrosa, mas primitiva, de lendas bastante infantis"
"A palavra Deus para mim não eh mais que a expressão e o produto da debilidade humana; a Biblia eh uma coleção honrosa, mas primitiva, de lendas bastante infantis"
Do Baú do Janer Cristaldo- sábado, maio 31, 2008 COMO UM FANTASMA
Foi inaugurada ontem, no parque el Retiro, em Madri, a 67a. Feira do Livro. Deve ser uma feira para jovens. De meu hotel até o parque foram dois quilômetros. Verdade que os poderia ter feito por metrô. Mas preferi caminhar. O que nao sabia é que tinha de caminhar mais um quilômetro parque adentro para chegar até a feira. Que consta de 336 stands, alinhados em duas filas por mais um quilômetro. Um de ida e outro de volta. Ou seja, meu apreço aos livros custou-me uns bons cinco quilômetros de caminhada. Ou seja, subir Toledo a pé foi café pequeno.
Livros demais. A Espanha publica 70 mil títulos por ano. Quase duzentos por dia. Passei entre eles como um fantasma. Para começar, minha maleta que pesava 6,5 k ao sair do Brasil, já está pesando quase vinte, com os livros que comprei em Paris e Madri. Por outro lado, há mais de vinte anos nao leio ficçao, logo mais da metade dos livros da Feira estavam descartados. Muitos lançamentos recentes sobre stalinismo e guerra civil espanhola. Mas sobre estes temas tenho bibliografia mais que suficiente em minha biblioteca.
Assim, fiz dois quilômetros de feira sem maiores entusiasmos. Mas nao consegui resistir ao dicionário etimológico de Joan Coromines. Nao resisto a étimos. Minha mala que se espiche.
Em anos anteriores, a feira era organizada junto ao Paseo de Recoletos. Ao menor sinal de sede, ali ao lado estavam os divinos Gijón e El Espejo. Agora, precisei de fazer mais uns dois bons quilômetros para chegar a meus bebedouros diletos. Em verdade, nao vejo ultimamente muito sentido em feiras do livro, afinal estes estao eternamente à disposiçao dos leitores nas generosas livrarias destas capitais européias, onde podem ser curtidos com muito mais vagar.
Fomos jantar, eu e minha companheira, às 11h30. O leitor que nao conhece Madri nao terá idéia do que é a luta pela comida numa meia-noite de sexta-feira. Restaurantes todos lotados, gente se amontoando junto aos balcoes em lista de espera. Mesa livre só por milagre. Enfim, o milagre acabou acontecendo, mais precisamente na Cerveceria Alemana, que de alemana nao tem nada.
Mas dura é a luta pela vida numa noite de sexta-feira, nesta cidade encantada.
Livros demais. A Espanha publica 70 mil títulos por ano. Quase duzentos por dia. Passei entre eles como um fantasma. Para começar, minha maleta que pesava 6,5 k ao sair do Brasil, já está pesando quase vinte, com os livros que comprei em Paris e Madri. Por outro lado, há mais de vinte anos nao leio ficçao, logo mais da metade dos livros da Feira estavam descartados. Muitos lançamentos recentes sobre stalinismo e guerra civil espanhola. Mas sobre estes temas tenho bibliografia mais que suficiente em minha biblioteca.
Assim, fiz dois quilômetros de feira sem maiores entusiasmos. Mas nao consegui resistir ao dicionário etimológico de Joan Coromines. Nao resisto a étimos. Minha mala que se espiche.
Em anos anteriores, a feira era organizada junto ao Paseo de Recoletos. Ao menor sinal de sede, ali ao lado estavam os divinos Gijón e El Espejo. Agora, precisei de fazer mais uns dois bons quilômetros para chegar a meus bebedouros diletos. Em verdade, nao vejo ultimamente muito sentido em feiras do livro, afinal estes estao eternamente à disposiçao dos leitores nas generosas livrarias destas capitais européias, onde podem ser curtidos com muito mais vagar.
Fomos jantar, eu e minha companheira, às 11h30. O leitor que nao conhece Madri nao terá idéia do que é a luta pela comida numa meia-noite de sexta-feira. Restaurantes todos lotados, gente se amontoando junto aos balcoes em lista de espera. Mesa livre só por milagre. Enfim, o milagre acabou acontecendo, mais precisamente na Cerveceria Alemana, que de alemana nao tem nada.
Mas dura é a luta pela vida numa noite de sexta-feira, nesta cidade encantada.
O que seu filho não deve aprender na escola? Por Roberto Rachewsky

Jovens invadem e depredam aquele que deveria ser o mais sagrado dos lugares. Não é uma igreja, não é um palácio, não é um estádio, é uma escola. Escolas são espaços sagrados, não no sentido divino ou religioso, mas compreendido como um ambiente a ser venerado porque ali se busca o saber, o conhecimento. É ali que se exercita a razão, nossa única ferramenta para a preservação da vida.
Escola não é lugar onde se produz e difunde dogmas, como uma igreja, também não é onde se possa produzir coerção, como num palácio ou um área para se deixar mover pela paixão, como num estádio e jamais deve ser um local cunhado para se aprender a obedecer os outros.
Escola é lugar para a descoberta da verdade. Para apreender o uso adequado da razão, para se conhecer a realidade, a lógica e descobrir a natureza. Deve-se recusá-lo como um ambiente de doutrinação, catequese, cooptação e arrebatamento.Lá é o território para se construir mentes livres e independentes, capazes de gerar valor com base no entendimento. Entendimento de como as coisas funcionam e como se pode cooperar para aprimorá-las.
Escolas, igrejas, palácios e estádios são lugares simbólicos, cada um com o seu significado. Todos podem abrigar pessoas com boas ou más intenções. No entanto, não há sítio onde a ação humana tem maior e mais duradoura repercussão do que numa escola. É ali que se investe no futuro, é ali que se constrói, quase que irreversivelmente, a próxima geração.
Escolas deveriam ser mantidas, pedagógica, operacional e financeiramente, como as mentes de seus frequentadores, livres e independentes, longe dos dogmas, longe da coerção, longe das paixões.
Instituto Liberal
Estes 14 blogs e sites lulopetistas já perderam as verbas publicitárias federais
Brasil247, Caros Amigos, Carta Capital, Carta Maior, Conversa Afiada, Diáriodo Centro do Mundo, Jornal GGN, O Cafrezinho, Opera Mundi, Pragmatismo Político, Revista Fórum, Tijolaço, Viomundo, Sul21.
Nem todos retiraram os anúncios do governo federal, mas todos já foram eliminados da lista de distribuição de verbas publicitárias federais.
Políbio Braga
Nem todos retiraram os anúncios do governo federal, mas todos já foram eliminados da lista de distribuição de verbas publicitárias federais.
Políbio Braga
O dia que um aluno negro me perguntou sobre Mises. Por Thiago Kistenmacher

Dava uma aula sobre a Revolução Industrial falando sobre as condições de trabalho, sobre as ideias como aquelas de Adam Smith, Marx e suas respectivas obras, além de outros detalhes mais sobre o período. Ao final, perguntei se alguém ali tinha alguma questão. Um dos alunos, ao fundo, levantou o braço e perguntou: “O professor já leu Ludwig von Mises?”, ao que respondi positivamente.
Logo depois, me disse que estava lendo Ação Humana e que assistia a vídeos do canal Ideias Radicais, de tendência anarcocapitalista. Disse, porém, que acreditava que o Estado era necessário em algumas questões. Já escrevi aqui sobre os ventos de mudança, o que para mim é um fato. Você já pensou no que significa um aluno do segundo ano citando Mises, dizendo que está lendo Ação Humana e ainda falando sobre um Estado reduzido? Mas. não para por aqui. Ele ainda falou que já tinha lido mais livros liberais, todavia, não tivemos tempo de continuar a conversa.
Não somos videntes como a Esquerda pensa ser, não temos teleologia, mas podemos supor, sem medo, que estas sementes darão ótimos frutos. Ou seria melhor que ele estivesse sendo inspirado por Leon Trotsky?
Só alguém muito lobotomizado por coletivos pode acreditar que um jovem, integrante de um movimento autoritário, terá uma contribuição social mais positiva do que aquele que, em vez de estar culpando tudo e todos por seus problemas existenciais, está se interessando por questões muito mais valiosas do que ocupar escolas a mando de ideólogos, por exemplo.
Alguns dirão que é necessário que um jovem negro tenha senso crítico, e que, por isso, deve buscar leituras mais coerentes com a sua realidade. Mas quer senso crítico mais apurado do que este, o de ler autores liberais enquanto a maior parte da Esquerda ainda domina o cenário? Quer posição mais original do que esta, a de citar Mises enquanto a maioria dos professores sequer sabe quem foi esse economista? Quer postura mais independente do que esta, de ser negro e liberal mesmo com tantos movimentos “sociais” de Esquerda dizendo que representam todos os negros? Aparentemente ele não precisa de ninguém gritando por ele com camisa dos comunistas Panteras Negras e isso, claro, é um soco no estômago da Esquerda, acostumada ao monopólio da virtude e a chamegos do próprio bando.
No fim das contas, quem sabe um militante diga para o jovem negro se inspirar em alguém do “povo dele”, como Malcolm X. É provável que, inteligente como é, não se deixe levar pela cor da pele, mas por ideias. Mas mesmo assim, caso concordasse em considerar isso, optaria por Thomas Sowell e a Esquerda perderia de novo. O certo é o certo independente de cor de pele. Não adianta, Lênin está perdendo espaço, o Estado está perdendo terreno e a lógica desabrocha novamente.
Estadistas, corram para as montanhas, pois jovens que conhecem o “Poder das Ideias” liberais estão cada vez mais imunes ao contágio socialista que arrasou gerações!
Instituto Liberal
FIM
FIM
Apaga-se a vela
Não há mais volta
E no lugar do ente que exalava calor e brilho
Existe agora uma estátua de carne
Que o tempo tratará de dissipar.
Artigo, Luís Milman - A batalha cultural
A batalha cultural
Por Luis Milman
Ganha força no Brasil o debate sobre o desmonte da hegemonia da esquerda sobre a produção de cultura, conteúdos acadêmicos e da mídia tradicional. A extinção do Minc pelo governo Temer veio em boa hora, porque pelo ministério passava boa parte do financiamento dos artistas, escritores e outros amigos amestrados do lulopetismo. Sem a fonte de financiamento, todos eles ficarão à mercê de seu próprio trabalho, sem subvenção e lançados ao seu mercado, que é onde os artistas devem estar.
Por Luis Milman
Ganha força no Brasil o debate sobre o desmonte da hegemonia da esquerda sobre a produção de cultura, conteúdos acadêmicos e da mídia tradicional. A extinção do Minc pelo governo Temer veio em boa hora, porque pelo ministério passava boa parte do financiamento dos artistas, escritores e outros amigos amestrados do lulopetismo. Sem a fonte de financiamento, todos eles ficarão à mercê de seu próprio trabalho, sem subvenção e lançados ao seu mercado, que é onde os artistas devem estar.
Mas ainda há muito a fazer. A tal arte e cultura radical de esquerda, que expressa seu modo de ver o mundo político e moral, está enraizada organicamente há pelo menos 40 anos nos chamados meios cultos (Universidade, escola, mídia), sem que tivéssemos, durante este tempo, qualquer contraponto liberal ou conservador a ela.
Tanto é assim que o pensamento conservador foi identificado, pela esquerda, ao pensamento reacionário e associado à resistência ideológica de pastores evangélicos. O que importa entender é que o ethos da esquerda penetrou no cerne da nossa linguagem, por meio da qual analisamos e entendemos a política e a cultura.
O debate é sempre pautado por uma normatividade esquerdista, que mobilizou minorias e compartimentou a sociedade em setores de oprimidos, a saber, os negros, os índios, os gays, as mulheres e as periferias. Esta é uma instrumentalização de natureza política porque seu propósito é duplamente político, ou seja, organizar o que se convencionou chamar de excluídos e fomentar, na consciência dos cidadãos médios, um sentimento de culpa por sua posição econômica e cultural.
A esquerda - e o petismo em especial- construiu esta narrativa, que polariza a sociedade entre aqueles que querem transformar suas estruturas alegadamente reacionárias e os demais, identificados com a realidade opressiva, ainda que de modo inconsciente.
O efeito resultante desta polarização foi a pauperização do debate intelectual e a criação de clichês de esquerda hiperativos na mentalidade dos brasileiros, além da progressivo avanço da permissividade nos costumes, aceita como se fosse natural em nossa sociedade.
A resistência a este estado de coisas, por essas razões, adquire contornos de emergência, se quisermos passar a viver numa sociedade plural, na qual padrões de racionalidade sejam respeitados e o nível de exigência do debate intelectual venha a ser mais elevado. Se isto não ocorrer, o lulopetismo, que trabalha pelo rebaixamento da inteligência e da moralidade, terá perdido uma batalha política, mas permanecerá ativo nos meandros da vida social, pautando os debates culturais.
Daí que podemos permanecer reféns de um paradoxo: a queda do lulopetismo no âmbito político e sua permanência articulada no âmbito cultural. No governo Temer, os meios de produção cultural e de informação, incluindo-se aí as escolas e a mídia, devem ser desafiados a abrir espaços para o pensamento de direita no país, primeiro para exorcizar os fantasmas que fazem uma equivalência precária entre conservadorismo e reacionarismo e, segundo, pelo estímulo à contribuição para o debate nacional em política e cultura, com a participação de estudiosos que representam posturas conservadoras e liberais no campo político, econômico e estético.
Postado por Polibio Braga
Postado por Polibio Braga
Chega de paus-mandados
De Virene Matesco, economista e professora da FGV, ao Antagonista, sobre a confirmação de Ilan Goldfajn no Banco Central:
"O (Alexandre) Tombini não tinha liberdade de ação. Dilma nunca respeitou o cargo de presidente do Banco Central nem a autonomia da instituição para conduzir a política monetária. Tombini não tinha capacidade para dizer não e contestar o que a presidente mandava. Essa história de ser pau-mandado não dá certo na economia. A ideologia desta nova equipe parece ser mais eficiente, mais responsável, pautada em fazer o correto, em detrimento de uma ideologia que nos fazia muito mal, mas tentava sustentar um discurso de que era bom para todos."
O Antagonista espera que, de fato, seja uma nova fase no BC. Chega de paus-mandados.
O Antagonista
DIÁRIO DA VACA QUE TOSSE- Dilma critica o novo Itamaraty e defende reação de bolivarianos
José Serra está muito bem. Não tem essa de mostrar a bunda para esses tiranos bolivarianos. Em tempo: já nos pagaram?
DOCE DE PESSOA
A presepada final da era PT foi do ex-ministro Miguel Rossetto, quando Dilma assinava a intimação para abandonar o Planalto. Nervosamente, ele tentou puxar aplausos, com um “viva à democracia!”. Dilma reagiu com seu jeito búlgaro, mandando-o calar-se sob gritos e palavrões.
Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
‘CAMISAS NEGRAS’ PETISTAS
O ataque ao líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), sexta, ao desembarcar em Manaus, tem a mesma inspiração fascista dos “camisas negras” de Benito Mussolini e da Juventude Nazista, que perseguiam e agrediam nas ruas os que divergiam deles.
Cláudio Humberto
Cláudio Humberto
A Genial Máquina de Fazer Doido (precursora) -Millôr
A Genial Máquina de Fazer Doido (precursora)
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No dia 10 de abril de 1500, enquanto o mundo lia avidamente as manchetes de jornais cheias de notícia sobre a Descoberta do Brasil ("Brazil Descobierto!", dizia o Castela y Granada,"Sacaran el lençol a Brazil", dizia o Pasquim de Sevilha,"És el paiz del futuro!" previa o Porto de Lisboa), um jovem - Ortega y Gazeta - estava mergulhando em surpreendente pesquisa que, dias depois, apresentaria à Real Academia y Hostal Scientífico de Santiago de Compostela Conejo.
Recebido pela mais alta hierarquia da Academia - o jovem pertencia a uma linhagem de maior prestígio da Espanha de então e muitos fofocavam mesmo que era filho espúrio de Miguel de Cervantes, que nasceria 47 anos depois -, Ortega explicou com detalhes o funcionamento e a utilidade de sua invenção, destinada a abalar definitivamente as comunicações do mundo.
Sem mais nada a objetar, alguns sábios, engolindo a baba elástica e bovina (N.R.*) da inveja, perguntaram ao jovem: "E como se chama sua invenção, Don Ortega Cimientas Jazidas y Combinaciones?"
Ortega respondeu sem pestanejar: "Televisão, naturalmente."
A salva de palmas dos puxa-sacos ecoou, mas foi rapidamente interrompida quando um sábio rival se aproximou do aparelho, abriu-lhe a enorme porta e afirmou com segurança: "O caro colega é um grande talento mas vai me perdoar; o que acabou de inventar é o guarda-roupa."
*Nelson Rodrigues
Vão Gôgo, 1998
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