terça-feira, 5 de julho de 2016

A GAZETA DO AVESSO- Após a saída de Tata Martino do comando do selecionado argentino o Papa foi convidado e diz que aceita se Cristina Kirchner for a massagista.

Milhões de informações descem pelo rio todos os dias. Se ficarmos no raso, só entulhos.

Passar o Brasil a limpo não será fácil. A cada metro quadrado limpo surge um novo quarteirão de bosta.

O Dias Toff tem espelho em casa? Consegue encarar?

A Liga da Justiça Para Amigos & Apadrinhados está que está. É coisa nojenta para fazer até urubu vomitar.

Garota de 15 anos deixa políticos desarmamentistas sem palavras

“Se tanto faz como tanto fez todos dormem até mais tarde.” (Mim)

Acreditar e pensar

Acreditar é mais fácil do que pensar. Daí existirem muito mais crentes do que pensadores. — Bruce Calvert

Rezar

Rezar é como uma cadeira de balanço – ela vai dar-lhe algo para fazer, mas você não vai chegar a lugar nenhum. — Gypsy Rose Lee
  “Subdesenvolvimento não se improvisa; é obra de séculos” ― Nelson Rodrigues

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“Os homens mentiriam menos se as mulheres fizessem menos perguntas.” ― Nelson Rodrigues

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“A maioria dos leões são católicos. Já as hienas são evangélicas. Dá para perceber pelo barulho que fazem.” (Leão Bob)
“A diferença entre Groucho Marx e Karl Marx? Groucho plantou alegria, Karl Marx ódio e miséria. Mas tem quem gosta.” (Mim)
“Uma pulga é capaz de pular a um metro de distância. Duzentas vezes o próprio tamanho. Mas não consigo ganhar dinheiro com isso.” (Pulga Lurdes)
“Sou parente do João e do Zé Ninguém.” (Climério)
“Tenho pensado tanto na vida que me caíram até os cabelos.” (Climério)

Do Baú do Janer Cristaldo- quarta-feira, fevereiro 25, 2004 MEMÓRIAS DE UM EX-ESCRITOR (V)

A fé católica, enfiada a machado na cabeça, eu a perdi lendo a Bíblia. Ou melhor, antes dela me caíram nas mãos dois livrinhos, Por que no soy cristiano, de Bertrand Russel, e Hacia una moral sin dogmas, de José Ingenieros, pensador positivista argentino. Havia um tráfico muito intenso de idéias na fronteira, devido à proximidade com o Uruguai e a Argentina. Os livros proibidos na escola inevitavelmente caíam em nossas mãos, geralmente trazidos por militantes comunistas. Cabe lembrar que a primeira célula comunista no Brasil não surgiu em São Paulo, em 1922, como pretendem os paulistanos, mas em Santana do Livramento, em 1918, por influência dos marujos anarquistas italianos que atracavam no porto de Rio Grande. Mal os bolcheviques assaltaram na Rússia o Palácio de Inverno, a fronteira gaúcha já estava dando continuidade à "revolução". Entre aspas, por favor. Pois as revoluções, como dizia Ernesto Sábato, começam com maiúsculas, depois são grafadas com minúsculas e acabam entre aspas. 

Para Russel, os três impulsos humanos que a religião representa são o medo, a vaidade e o ódio. "O propósito da religião, poderia dizer-se, é dar uma certa respeitabilidade a estas paixões, desde que sigam por certos canais. Como estas três paixões constituem em geral a miséria humana, a religião é uma força do mal, já que permite aos homens entregar-se a estas paixões sem restrições, enquanto que, não fosse pela sanção da Igreja, poderiam tratar de dominá-las em certo grau". 

Para quem andava em conflito com a ética católica, o pensador inglês era um apoio caído dos céus. Russel pecava pelo otimismo, acreditava que a humanidade já possuía os conhecimentos necessários para assegurar a felicidade universal. Sua vontade de crer no homem punha entre parênteses o fator estupidez. De qualquer forma, era reconfortante ouvir que o principal obstáculo para a utilização daqueles conhecimentos na obtenção da felicidade era o ensino da religião. "A religião impede que nossos filhos tenham uma educação racional; a religião impede suprimir as principais causas da guerra; a religião nos impede ensinar a ética da cooperação científica em lugar das antigas doutrinas do pecado e do castigo. Possivelmente a humanidade se encontra no umbral de uma idade de ouro; mas, se assim for, primeiro será necessário matar o dragão que guarda a porta, e este dragão é a religião". Muitos outros trechos sublinhei em Russel. Embora não participe de seu otimismo em relação ao bicho-homem, acredito que dentro em breve as nações mais desenvolvidas, ou pelo menos as camadas mais cultas destas nações, terão reduzido as religiões a meros verbetes de enciclopédias. 

Se hoje os professores se queixam de que os alunos lêem pouco ou coisa nenhuma, os oblatos e as irmãs do Colégio Nossa Senhora do Horto, com as quais mantínhamos algum diálogo, viviam um drama inverso: nós líamos demais. (Por nós, entenda-se um grupo de cinco ou seis ginasianos, desconfiados com a cultura oficial e ávidos de idéias novas). O livro de Ingenieros, encomendamos de Montevidéu, através da irmã Helena, do Horto. Quando fui apanhá-lo, a coitada se consumia em dilemas, não sabia se nos entregava ou nos subtraía o livro, se o jogava no fogo ou se o guardava. "Este livro é diabólico, me queima nas mãos, não posso entregá-lo a vocês". Não há outra saída, ponderei, agora mesmo é que queremos o livro. Se não nos entregasse, criava um atrito inútil, sem falar que Montevidéu não era assim tão longe. O livro finalmente foi entregue, não sem mais algumas trecheadas angustiadas da irmã Helena. Soube, alguns anos depois, que ela renunciara ao hábito. Em parte terá sido em função de Ingenieros, o que me envaidece. Ainda adolescente, dei uma mãozinha para salvar alguém do ranço vaticano e do dogmatismo. 

Talvez um dia Dom Pedrito, município cuja sede teria então uns vinte mil habitantes, produza um pesquisador que se debruce sobre currículos e cadernos escolares da época. Verá que os ginasianos do Patrocínio tinham um nível de cultura humanística que hoje raramente se encontra em um curso de Letras. Terminei o ginásio falando um bom francês, sem o qual jamais teria tido acesso a Paris e à Europa. O inglês que manipulei como jornalista, o aprendi nos quatro anos de ginásio. O latim, também quatro anos, acabou quando eu começava a usá-lo com certa fluência. Nos anos 80, quando lecionei Letras na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), me dava por feliz quando encontrava, nos últimos anos de curso, alunas que dominassem o português. 

Por que é preciso privatizar as estatais - e por que é preciso desestatizar as empresas privadas por Ubiratan Jorge Iorio e Leandro Roque, segunda-feira, 4 de julho de 2016



"No Brasil, empresa privada é aquela que é controlada pelo governo, e empresa pública é aquela que ninguém controla." – Roberto Campos (1917-2001)



O saudoso Campos tinha razão. O Brasil é um país em que campeiam solene e impunemente o furor arrecadador, o cartório regulatório e as descomunais estatais. Basta um rápido passeio na Internet para perceber isso.

A primeira e despretensiosa pesquisa nos informa que existem, atualmente, nada menos que 146 empresas estatais no âmbito federal (até pouco tempo eram 149, sendo que 3 foram incorporadas pela Petrobras). No nível estadual — e a lista está, seguramente, incompleta — há, apenas para ficarmos com os cinco estados que a página consultada registra, 8 no Ceará, 5 no Espírito Santo, 13 em Minas, 2 no Paraná, 2 no Rio de Janeiro, 22 no Rio Grande do Sul, 7 no Rio Grande do Norte, 3 em Santa Catarina e 9 em São Paulo.

Pela dificuldade de encontrar uma informação completa e confiável, deixemos de lado as municipais, sem nos esquecermos, no entanto, de que há no Brasil 5.564 prefeituras, uma exorbitância que faz com que, no dizer dos críticos, o país não caiba dentro de seus municípios.

É ou não uma quantidade de causar perplexidade?

Segundo o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planejamento, em 1980, tempo em que o nacionalismo dos governos militares criou estatais aos borbotões, o país tinha 213 dessas empresas, passando esse número, após um breve período em que ameaçou vicejar entre nós um rasgo de racionalidade, para 186 em 1990 e para 103 em 2000. A partir de 2003, no entanto, a ideologia (e hoje, como podemos acompanhar diariamente, também as facilidades para a corrupção que as estatais oferecem) readitivou a criação e, em alguns casos, a recriação desses monstrengos, até atingirem a abundante quantidade atual.

Mas há alguma esperança.

O presidente interino Michel Temer tem afirmado recentemente que é necessário privatizar "tudo o que for possível". É o caso de dizer, como meu pai gostava de fazê-lo, que Deus o ajude! No entanto — vale acrescentar —, para que tal aconteça, é preciso vontade e esforço.

Empresas estatais são uma contradição prática

A expressão "empresa estatal" já abriga, por si só, um conflito, uma contradição, uma incoerência, porque se quisermos falar de uma empresa de verdade, definida — de acordo com a concepção da Escola Austríaca — como a aglutinação de fatores de produção com o fim de executar uma dada atividade empreendedora, ela não pode ser estatal.

E, se considerarmos uma organização econômica constituída pelo estado para explorar a mesma atividade, essa organização pode ser qualquer outra coisa, mas nunca será uma empresa.

A própria etimologia da palavra empresa vem em nosso auxílio: do latim prehensus, que significa empreendimento. Em outras palavras, em uma economia verdadeiramente de mercado, em que a atividade empreendedora seja sua força-motriz, não há qualquer espaço para empresas do estado, pois não existe algo como "empreendedorismo de estado".

Em primeiro lugar, em qualquer empresa que tenha como seu maior acionista o Tesouro nacional, a rede de incentivos funciona de maneiras um tanto distintas. Eventuais maus negócios e seus subsequentes prejuízos ou descapitalizações serão prontamente cobertos pela viúva — ou seja, por nós, pagadores de impostos, ainda que de modos rocambolescos e indiretos.

Mais: uma empresa ser gerida pelo governo significa que ela opera sem precisar se sujeitar ao mecanismo de lucros e prejuízos.

Todos os déficits operacionais serão cobertos pelo Tesouro, que vai utilizar o dinheiro confiscado via impostos dos desafortunados cidadãos. Uma estatal não precisa de incentivos, pois não sofre concorrência financeira — seus fundos, oriundos do Tesouro, em tese são infinitos.

Por que se esforçar para ser eficiente se você sabe que, se algo der errado, o Tesouro irá fazer aportes?

Uma empresa que não é gerida privadamente, que não está sujeita a uma concorrência direta, nunca terá de enfrentar riscos genuínos e nunca terá de lidar com a possibilidade de prejuízos reais. Logo, é como se ela operasse fora do mercado, em uma dimensão paralela.

O interesse do consumidor — e até mesmo de seus acionistas, caso a estatal tenha capital aberto — é a última variável a ser considerada.

Como mostram os esquemas de propinas em licitações, estatais não operam de acordo com os sinais de preços emitidos pelo mercado. Elas não operam segundo a lógica do sistema de lucros e prejuízos. Se uma empresa genuinamente privada se dispusesse a pagar um preço mais alto que o de mercado para contratar empreiteiras para fazer obras, seu capital (patrimônio líquido) seria destruído, seus acionistas se desfariam de suas ações, o valor de mercado da empresa despencaria e, na melhor das hipóteses, ela teria de ser vendida para outros controladores "a preço de banana".

Assim como o governo não é capaz de saber se deve construir a estrada A ou a estrada B, ou se deve "investir" em uma estrada ou em uma escola, ele também não sabe se deve produzir mais eletricidade, ou se deve prospectar mais petróleo, ou se deve alterar seu serviço de entrega de cartas. (Por isso, os Correios estão pedindo um aporte de R$ 6 bilhões ao Tesouro Nacional).

Sossego em lugar algum. Por Marli Gonçalves

Ninguém mais tem sossego, esse bem tão simples e valioso. Ninguém, por melhor, mais bonito, rico, culto, etcetera etcetera que seja. Não há mais local seguro. Não há idade, cor, sexo, transsexo, nacionalidade ou religião a salvo. Nem quem vive de tirar o sossego dos outros está a salvo. Que mundo é esse onde chegamos?


No bar, no restaurante, no aeroporto, no estádio, na escola, na casa noturna, as gargalhadas e boas conversas com amigos, o paladar da degustação de um jantar e a alegria podem ser interrompidos em segundos por um grupo de malucos armados, alguns vestidos com bombas e com vale-transporte "boom" para o paraíso que imaginam alcançar com sua dedicação e fanatismo. Os senhores da guerra e das armas devem estar orgulhosos do que conseguiram: inquietar um planeta. 

Pois falo do terror, e falo também do outro terror - esse que está bem aqui, bem nosso, que nem ideal tem, mais comum, que desce o morro, não para morrer, mas para matar por uns trocados, um relógio, um celular. Que mata por prazer. Que vaga pelas ruas à cata de seus alvos, entre os descuidados, entre os distraídos, ou que não deviam estar ali naquela hora, naquele momento. Bestas, cada vez mais jovens, cada vez mais numerosos, querem tomar na mão grande o que nunca pretenderam conquistar pelo bem. Homens e mulheres que sob algum comando geral, estranhamente sempre muito pouco identificado, atacam. Eles não têm futuro e acham que ninguém pode ter. Qualquer movimento brusco, qualquer tentativa de se defender pode valer uma vida, tirada ainda mais rápido e sem piedade.

Vida que vale nada, pouco; aliás é o produto que vem sendo mais desvalorizado na bolsa da existência. Tempos violentos esses, sem poesia nem para atos extremos - antes, há uma ou duas, três décadas, ainda havia restos de um certo romantismo e elegância, uma certa aventura, para os que buscavam seus ideais patrióticos ou políticos, em guerrilhas e roubos arrojados. Ladrões que mereceram admiração pelo estilo que executavam seus crimes. Ou até os que amavam tanto que o ciúme corroeu a alma ao ponto de quererem matar para continuar sendo únicos, paixões cheias de literatura. 

Hoje não são mais histórias bonitas, daquelas que dá vontade de escrever sobre elas, saber o que as motivou, como tantas vezes na vida de repórter encontrei. Agora são apenas notícias cruéis, curtas, sem emoção, que se sucedem e preenchem com estardalhaço os programas policiais das tardes na tevê, narradas por apresentadores que dão ênfase automaticamente a algumas palavras ou frases que repetem para deter nossa atenção, com vinhetas repletas de sangue estampadas no rodapé. Truque. 

Não há sossego em lugar algum. Isso esgota nossos nervos, e andamos olhando para os lados, desconfiados de tudo e todos, pouco solidários, cada vez mais isolados e em rede virtual onde também ali é preciso atenção, não dá para relaxar. Podem estar do outro lado, fingindo, mentindo, enganando, querendo roubar você. E você pode cair no truque, no golpe, mesmo que esteja em casa, quietinho, de pijama e chinelinho. Não abra. Não acredite. 

A polícia apavora - os tiros podem sair pela culatra, perdidos, e alguns deles, dos próprios policiais que podem estar nos dois lados da questão ou defendendo sem eira nem beira umas leis próprias de mundo cão, que autorizam forjar provas plantando armas e drogas, incriminar inocentes.

Cidades pacatas do interior, onde decididamente não havia disso, agora sofrem com a reprodução do que de pior viaja no tempo, nos ventos das grandes capitais. Bancos explodem. Cracolândias tomam suas lindas praças e se expandem por debaixo das soleiras devastando seus garotos, puxados pelos braços do tédio e das informações que chegaram alimentando o bichinho do consumo, do se dar bem.

É visível que está difícil e perigoso viver. Mais ainda enfrentando o maior de todos, o desassossego da natureza, indomável em seus quatro elementos, terra, ar, fogo, água, que também mandam recados e podem se rebelar de vez - e caso isso seja com grande força pode devastar e tornar tudo um grande descampado, um nada, finalmente com uma quietude. Um sossego. Mas um que, creio, não é o que desejaríamos.

Marli Gonçalves, jornalista - O que vejo e o que me preocupa. 

SP, 2016

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Celebração científica Autor: Paulo Guedes

Paixões ideológicas infectaram o ambiente acadêmico brasileiro, retardando a aplicação de princípios fundamentais de teoria econômica aos nossos mais prementes problemas. Foi ignorada a importância da dimensão fiscal para uma erradicação fulminante e permanente da inflação, com baixa taxa de sacrifício em perdas de produção e emprego. E também o papel decisivo da educação para o crescimento econômico e a redução das desigualdades sociais. Na vã tentativa de transpor esse fosso de ignorância nos debates públicos em meados dos anos 1980, eu mesmo trouxe ao Brasil Robert Lucas (Prêmio Nobel de 1995), Thomas Sargent (Nobel de 2011) e Gary Becker (Nobel de 1992), meus professores na Universidade de Chicago nos anos 1970.
Pois bem, 30 anos depois, quase não se compram mais jabuticabas em nosso meio acadêmico, embora frondosas jabuticabeiras ainda se plantem em partidos políticos e nos governos. Nas próximas duas semanas reúnem-se no Brasil quase 500 pesquisadores das melhores universidades do mundo para apresentações de trabalhos científicos inéditos. Nos dias 6 a 9 de julho, ocorre no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) a XVI reunião anual da Sociedade para o Avanço da Teoria Econômica, com a presença de Robert Lucas. Nos dias 11 a 13 de julho, ocorre na FGV-Rio a XVII reunião anual da Associação de Teoria Econômica para Políticas Públicas, com a presença de Eric Maskin (Nobel de 2007).
Por trás dessa celebração científica está uma vida de ensino e pesquisa do probabilista, matemático e economista Aloisio Araújo, cujos 70 anos serão também festejados nos eventos. Aloisio mandou para treinamento fora mais de 150 brasileiros. “O ensino e a pesquisa são pilares da prosperidade americana. Minha vida é manter esse diálogo brasileiro com a fronteira científica mundial”, diz o economista, que se dedicou ao uso de modelos matemáticos de equilíbrio geral, teoria dos jogos, macrodinâmica e teoria dos leilões para exame de problemas brasileiros. Aloisio trabalhou na aprovação da Lei de Falências, na reprovação do modelo de partilha responsável pelo desastre do pré-sal e se engajou na cruzada pela educação infantil a partir das pesquisas de James Heckman (Nobel de 2000), também professor de Chicago nos anos 1970. Parabéns, ad astra!
Fonte: O Globo, 04/07/2016.

Caricaturas do Sponholz

SPONHOLZ

Millôr- O Cruzeiro - 2 de abril de 1960


O Cruzeiro on line é um trabalho de preservação histórica do site Memória Viva
“Sou ateu. Se acreditasse numa outra vida jamais comeria gazelas, deixaria para comê-las depois, no paraíso.” (Leão Bob)

GOVERNO MENOS VERMELHO, MAS TORPE IGUAL-Governo Temer quer aumentar impostos. Receita pensa em PIS/Cofins de 9,5% para todos.

PARA NUNCA MAIS!- O Estadão revela hoje que a ex-presidente Dilma Roussef aproveita suas últimas viagens gratuitas pela FAB para levar bagagens de volta para Porto Alegre.

Juiz da Operação Custo Brasil bloqueia R$ 102 milhões do PT

O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, responsável pela Operação Custo Brasil, decretou o bloqueio de R$ 102 milhões do PT.

É dinheiro sujo que saiu dos empréstimos consignados concedidos a servidores federais durante os governos Lula e Dilma. 


O PT terá que fazer uma operação de crowfunding para pagar suas contas.

Ninguém sabe o que falta para que o PT seja proscrito por causa da sua configuração de organização criminosa. 

Políbio Braga
“Tenho pena de algumas mulheres pelos maridos que têm. Começando pela minha.” (Climério)
"Quase um cineasta. Uma câmera na mão e chifres na cabeça." (Chico Melancia)
"Não recebo dádivas, porém dívidas não me faltam." (Climério)

São Climério

"Posso me tornar um santo. Basta que alguns mintam e que outros sejam iludidos." (Climério)

Acredite

“Boas companhias não te levam para um precipício.” (Filosofeno)

Destino

“Se acreditasse em destino não me levantaria da cama pela manhã.” (Pócrates)
“O álcool só é amigo dele mesmo.” (Filosofeno)

Morri

“Morri por alguns minutos. Entrei num túnel escuro e logo vi uma luz. Não era um parente com uma lanterna. Era um trem. Ainda bem que o médico me trouxe de volta, senão eu teria morrido para sempre.” (Pócrates)

Profissionais da Mentira



Da FOLHA

Por FERREIRA GULLAR

Tenho um amigo, conhecido por Guiú, para quem dizer que o PT é o partido da mentira não está longe da verdade. E que os petistas nada fazem para apagar essa má fama e, sim, pelo contrário, só contribuem para confirmá-la.

A má fama –diz o Guiú– vem de longe, desde a origem do PT, uma vez que nasceu prometendo combater a corrupção e, mal ganhou algum poder –como em Santo André–, já começou a se apropriar do dinheiro público, o que resultou no assassinato do prefeito Celso Daniel. Outro exemplo teria sido o escândalo do mensalão, que envolveu o alto escalão do partido, inclusive o próprio Lula, que, graças à mentira reinante entre os petistas, conseguiu se safar.

Daí em diante –afirma esse amigo–, a mentirada petista só se confirmou e ampliou, ficando claro que, em vez de combater a corrupção, o PT se revelou o responsável pelos mais espantosos exemplos de apropriação venal de dinheiro público de que se tem conhecimento na história brasileira.

A revelação mais recente, que teve como protagonista o ex-ministro Paulo Bernardo, revela o desvio de taxas pagas por servidores públicos em empréstimos consignados e que atingiu o montante de R$ 100 milhões. Esse dinheiro foi dado parte a políticos e parte ao cofre do PT. Mas os dirigentes petistas alegam ser tudo invenção dos adversários.

Pois bem: pode haver mentira maior do que afirmar que o impeachment de Dilma é um golpe? Vamos por partes: um golpe dado por quem, já que o processo de impeachment não partiu de nenhum partido? Um dos fundadores do PT, o jurista Hélio Bicudo, é um dos autores dessa ação penal, acompanhado por duas outras figuras que não pertencem a nenhum partido político, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

Por outro lado, a acusação de ter a presidente Dilma cometido crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal foi reconhecida por juristas e técnicos da área fiscal do governo. Os partidos somente passaram a atuar no processo depois que a acusação foi aceita pela Câmara de Deputados, argumenta o Guiú

Além disso, o procedimento só teve curso depois que o STF definiu as normas a serem seguidas, de acordo com a lei. Onde está, então, o golpe que o PT alardeia? Simplesmente não está, porque é apenas mentira, diz esse meu amigo.

E, de lá para cá, as versões falsas e as falsas alegações só cresceram, na medida mesma em que novas falcatruas foram sendo reveladas, desde as propinas na Petrobras ao tríplex e o sítio que Lula nega, contra todas as evidências, serem dele. Como diz um samba recente composto aqui no Rio, Lula não possui nada, nem mesmo o relógio que tem no pulso lhe pertence. Tudo o que usa, algum amigo lhe emprestou.

Já eu nunca dei a mesma sorte, nunca encontrei ninguém que me emprestasse o apartamento para eu morar ou um sítio maior que vários campos de futebol, para meu lazer Dilma Rousseff, que tem fama de honesta, tampouco fala a verdade, afirma Guiú. Prova disso é a versão que passou à imprensa, de que nada tinha a ver com a compra da refinaria de Pasadena, adquirida por um preço várias vezes maior que seu valor real.

Ela, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, diz que aprovou a compra porque lhe forneceram falsas informações. Cerveró, que efetivou a compra, afirma que ela sabia de tudo.

E o documento falso que ela enviou a Lula para que ele se safasse de uma possível ação policial? Já imaginou a mais alta autoridade da República forjar um documento para enganar a própria polícia do país? E aí –diz ele–, cabe a pergunta: se a chefe do governo falsifica documento, o que a impede de descumprir as normas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal? Foi o que ela fez –afirma Guiú–, e, por essa razão, praticou um crime que a Constituição pune com a expulsão. O impeachment, portanto, não é golpe mas punição prevista em lei.

E meu amigo conclui: como, porém, o PT não tem compromisso com a verdade, alardeia que a democracia está ameaçada e que depende dele sua preservação. Parece piada, uma vez que, recentemente, a direção desse partido divulgou um documento lamentando não ter conseguido instaurar no país um regime autoritário permanente.