O relógio dava a impressão de não andar. Claudio ansiava por chegar em sua casa e arrancar de vez a calcinha da esposa. Tesão reprimida? Um marido tarado? Não era o caso. Claudio passou o dia com o fio da dita rendada atolada no rego numa situação incômoda. Teve ardência entre nádegas. Aí é que você observa a importância de gavetas de roupas íntimas separadas e de não se vestir no escuro.
terça-feira, 20 de março de 2018
A CALCINHA
O relógio dava a impressão de não andar. Claudio ansiava por chegar em sua casa e arrancar de vez a calcinha da esposa. Tesão reprimida? Um marido tarado? Não era o caso. Claudio passou o dia com o fio da dita rendada atolada no rego numa situação incômoda. Teve ardência entre nádegas. Aí é que você observa a importância de gavetas de roupas íntimas separadas e de não se vestir no escuro.
APRENDE AQUI, LULApor Percival Puggina. Artigo publicado em 18.03.2018
APRENDE AQUI, LULApor Percival Puggina. Artigo publicado em 18.03.2018
Setores carentes da sociedade talvez se sintam mais seguros com alguém que posa de provedor de condições mínimas para sua subsistência, ainda que, em tudo mais, represente permanência na miséria. Setores privilegiados da elite funcional e empresarial brasileira devem a Lula muito dinheiro fácil, ainda que isso represente o caos e prisão ali adiante. Não se confunda, então, o povo brasileiro com Lula e vice-versa. Lula não representa o povo e não representa a elite porque a fruta estragada não significa o cesto e, menos ainda, a feira.
O povo brasileiro, contudo, não é como Lula. Lula não sabe o quanto ganha, nem quem lhe paga as contas. Não sabe o que tem e fornece essas respostas aos magistrados que o interrogam. Seus filhos beneficiaram-se do sobrenome e enriqueceram em negócios que tangenciavam o governo por vários lados. O povo brasileiro, enfim, não é como esses corruptos e corruptores do PT. Nem como os do PSDB, do PMDB, do PP e outros que reinaram nos governos petistas e buscaram proteção no governo Temer. Que a porta de entrada da cadeia lhes seja de serventia.
Como isso foi acontecer? De onde saiu a ideia de que um país pobre possa providenciar fortuna para quem se dedica às tarefas de Estado? Por que a corte republicana se julga titular de direitos, privilégios e padrões de consumo que não estavam sequer em cogitação no período monárquico? Quem enfrentar a difícil, mas fascinante, tarefa de perscrutar o perfil desses criminosos de colarinho branco, certamente vai encontrar indivíduos convencidos de que a unção popular é um “Abre-te Sésamo!” que franqueia acesso à gruta de Ali Babá. Uma espécie de direito de conquista que acompanharia o ato de posse. A pessoa não se considera extrapolando os limites da decência quando achaca um empreiteiro, recebe comissão num financiamento em banco oficial, ou é gratificado por emendar medida provisória para benefício de alguém em detrimento do interesse nacional.
Foi o mal de Lula e de muitos outros. O ex-presidente não se constrange com tantos benefícios concedidos por pessoas que, de algum modo, colheram antes ou colheriam depois os correspondentes favores. Recebia, na boa, o terreno, o sítio e suas obras, o tríplex, os jatinhos e helicópteros à disposição, a conta corrente aberta em seu nome, um estádio para o Corinthians, as milionárias palestras pagas por empreiteiras que se beneficiavam de seu poder. A ele, a tantos como ele e aos muitos que julgam normais tais padrões de conduta, convém lembrar o exemplo do ex-governador gaúcho Valter Peracchi Barcellos num tempo em que probidade não era exceção, mas regra. O ex-governador, homem de poucas posses, ao término do mandato, retornou para seu pequeno apartamento de dois dormitórios num bairro de classe média de Porto Alegre. Amigos – amigos mesmo – cotizaram-se em segredo e lhe compraram um bom apartamento num bairro melhor. O coronel, imediatamente, enfrentando a mágoa e as reclamações dos que o haviam presenteado, doou o imóvel à Santa Casa de Misericórdia.
Por quê? Pelo seguinte, Lula: para que ninguém ousasse ver, naquela manifestação de estima, reconhecimento por algum benefício indevido que o governador houvesse prestado aos doadores.
Saibam os mais jovens: o Brasil não era um país como este em que vivemos hoje.
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* Percival Puggina (73), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
PUTA QUE PARIU
Ontem à tarde estava eu numa estrada poeirenta no interior de Arapiraca, sujo e irritado com o calor, encostado num poste aguardando pelo ônibus quando pousou na estrada um objeto voador e dele saiu um ser estranho que perguntou se eu queria ir para algum lugar específico que eles me dariam carona. Respondi que desejava ir para a casa do diabo lá na puta que pariu. Então ele me respondeu que ir à Venezuela estava fora do itinerário. Foi embora e sumiu entre as nuvens.
NA FRUTEIRA
-
Você é um mamão?
-Não,
não sou mamão.
-Não
é mamão?
-Não.
Sou melão.
-Nunca
ouvi falar.
-E
você o que é?
-Banana
caturra.
-Nunca
ouvi falar.
-Sou
artista, eu canto.
-Eu
também. Canto até em espanhol.
-El
dia que me quieras?
-Sim.
-Vamos
cantar em dupla?
-Vamos!...
Acaricia
mi ensueño
El
suave murmullo
De
tu suspirar.
Como
ríe la vida...
Nisso
se intromete na conversa o abacate.
-Vocês
podem ficar quietos, estou tentando dormir.
-Dormir
agora durante o dia?- pergunta o melão.
-Sim,
ainda estou verde, preciso amadurecer.
Nisso
uma distinta senhora passa pela fruteira e leva os dois artistas para sua casa,
alegrando por hora o verde abacate que cochila entre macias palhas.
BANHO
“Coisa horrível. Minha avó nunca gostou de tomar banho. Viveu 93 anos e último banho completo que tomou aconteceu quando completou 50 anos.” (Limão)
POR DENTRO QUE SÓ
-O senhor é a favor da
eutanásia?
-Nem a favor, nem contra.
A verdade é que eu nem conheço a moça.
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