terça-feira, 22 de julho de 2014

Nota de Repúdio ao Programa “Câmera Record” de 16/07/2014 by Rosmary Mariano • 18 de julho de 2014 • AGENDA • 0 Comments


by  • 18 de julho de 2014 • AGENDA • 0 Comments



O Movimento Não Foi Acidente vem perante a população brasileira apresentar seu REPÚDIO à forma como a o Programa “Câmera Record” da TV Record exibido na noite de 16 de julho de 2014, tema: “Qual era a profissão das celebridades antes da fama”, abordou o crime de trânsito que vitimou  Luís Antônio Nunes Aceto (35) e Eveline Moreti Soares (31) em 20 de agosto de 2001, quando o Sr.  Ivair dos Reis Gonçalves, dirigindo um carro BMW, vinha em sentido contrário, em altíssima velocidade, 160 km por hora,   atravessou a pista e colidiu contra a motocicleta em que estava o casal. O motorista do carro foi condenado por duplo homicídio culposo. O motorista que matou o casal é o conhecido cantor Renner da dupla “Rick e Renner”.
Da mesma forma que a Rede Record em seus programas já entrevistou os familiares de vítimas da violência viária mostrando a sua dor, bem como, a impunidade nos casos de crimes de trânsito, os cidadãos brasileiros merecem que esse comportamento seja mantido. Os familiares de vítimas da violência viária têm o direito de exigir respeito e dignidade na não veiculação de imagens de seus entes queridos mortos e, nesta reportagem o corpo de Luís foi exibido dentro de um saco plástico, imagem desnecessária!
Quase três anos de esforço e luta se passaram desde a criação do Movimento Não Foi Acidente e queremos que a violência viária recorrente dos crimes de trânsito não seja mais tratada como meros acidentes. Dirigir em velocidade acima da permitida e matar duas pessoas não é acidente, é crime!
No entanto, o que vimos neste programa leva os familiares das vítimas a sofrer mais dor do que já vem sentindo nos últimos 12 anos e 1 mês.
Sabemos que é direito de qualquer cidadão ir a televisão e dar a sua versão dos fatos,  mas também é obrigação de todo profissional e programa jornalístico no comportamento sob a ética zelar pela verdade.
Perguntamos: Dirigir a 160 km por hora e matar duas pessoas é acidente?
E se Renner vive “o agora”, como disse na entrevista, a família de Luís e Eveline ainda vive em luto.
E se Renner afirma que “todos nós estamos expostos a coisas assim”, afirmamos que, a dirigir em velocidade acima da permitida é assumir o risco de matar.
E se para Renner foi um “fato inusitado para toda a sua vida”, como ficou a família de Luís e Eveline?
E quando Rick afirma que “a pancada foi forte para a dupla”, perguntamos, e para as vítimas? A mãe de Luís sequer o pode vestir, somente pode beijar a sua testa. A única parte do corpo de seu filho que não ficou dilacerada com o choque.
Que os fãs de Renner saibam, ele foi o único responsável por estar dirigindo a 160 km por hora, perder a direção de seu carro e matar duas pessoas. Não chovia, na verdade era um dia de sol, o dia que se tornou noite na vida dos familiares de Luís e Eveline, uma escuridão que ainda permanece.
Assim, em face do ocorrido, pedimos que em nome dos familiares de vítimas de trânsito, a mídia tenha mais cuidado ao expor a imagem de uma vítima morta, fazendo do presente REPÚDIO uma homenagem às vítimas da violência viária que tiveram os seus sonhos interrompidos pelo egoísmo de outrem, bem como, em homenagem a todos os familiares de vítimas de trânsito que, com zelo, ética, dedicação e respeito, têm buscado um país mais justo e com menos mortes devido a direção irresponsável.

DISCUSSÃO “Eu honro os meus fios de bigode. Não respeito quem não tem pelo na cara.” (Elvanio, o grosso) -Aí Pócrates respondeu para ele: “Se pelo tivesse tanto valor não nascia também na bunda.”

Rodrigo Constantino- Mercado de livros patina e conclusão é óbvia: brasileiro quase não lê!

Deu na PublishNews:
Enquanto o PIB brasileiro cresceu 41,82% na última década, a indústria editorial aumentou seu faturamento em apenas 7,34%. 
Segundo a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, divulgada hoje pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL), o faturamento das editoras de livros no Brasil alcançou R$ 5,36 bilhões em 2013, o que representa um crescimento nominal de 7,52% em relação ao ano interior. Descontada uma inflação de 5,91% (IPCA), o crescimento real foi de 1,52%.
A primeira má notícia é que, em termos reais, o faturamento apurado pela FIPE – entidade responsável pela pesquisa – ainda está abaixo do valor alcançado em 2010. Ou seja o crescimento deste ano não compensou a péssima performance do mercado em 2010 e 2011.
A segunda má notícia é que o crescimento de 2013 deve-se puramente ao aumento das compras governamentais que chegaram a R$ 1,47 bilhão no ano passado contra R$ 1,32 bilhão em 2012. Trata-se de um crescimento nominal de 12,04% e, uma vez deflacionados os números, de um aumento real de 5,79%. Em 2013, 27,51% do faturamento das editoras foi oriundo de compras governamentais, comprovando a dependência do setor no governo. Mas por que isto seria uma má notícia? A razão é simples: enquanto o governo aumentou suas compras, as vendas dos editores ao mercado privado ficaram praticamente estagnadas.
A conclusão é evidente: o brasileiro não tem o hábito da leitura. Um faturamento inferior a R$ 4 bilhões no mercado privado é ridículo para um país com 200 milhões de habitantes! Isso representa um gasto bruto anual de apenas R$ 20 per capita, ou seja, nem um livro por pessoa!
Isso para nem entrar na questão da qualidade dessa leitura, nos casos em que ela existe. Os livros de autoajuda que, como o nome já diz, ajudam apenas seus autores, representa cerca de metade do total vendido. Brasileiro quase não lê e quando o faz escolhe porcaria. É um quadro realmente preocupante.
Também, o que esperar quando o ex-presidente Lula dizia abertamente que não gosta de ler, pois isso lhe causava azia, e a atual presidente, tida como grande leitora e apreciadora de livros por parte da imprensa, mal consegue articular uma frase sobre sua leitura mais recente?

“Antes Lula fosse um sapo. Não faria mal ao país, ficaria pelas lagoas comendo insetos.” (Pócrates)

“Não quero mais Dilma. Eu quero minha mãe!” (Brasil)

A decadência cultural brasileira: Zuenir Ventura em lugar de João Ubaldo Ribeiro na Academia Brasileira de Letras?

Depois da oficialização da candidatura de Ferreira Gullar à vaga de Ivan Junqueira na Academia Brasileira de Letras, só há três escritores brasileiros vivos capazes de substituir João Ubaldo Ribeiro sem resultar em uma queda vertiginosa de versatilidade e qualidade – e possivelmente elevando esta última: Rubem Fonseca (89 anos), Olavo de Carvalho (67) e Diogo Mainardi (51). O embaixador José Osvaldo de Meira Penna(97), de quem só a concepção psicológica do povo brasileiro em obras-primas como Em berço esplêndido já vale pelas obras completas de uma porção de acadêmicos, é uma ausência sacramentada tão lamentável que nem comento mais.
Nenhum dos outros três, no entanto, demonstra interesse em se candidatar. O primeiro seria barbada. Amigo de Ubaldo, com quem almoçava às terças-feiras no Leblon, “Zé Rubem” ainda era considerado por ele o melhor escritor do Brasil. Os outros dois, que já detonaram as obras de boa parte dos imortais da ABL e desmascaram há décadas os engodos esquerdistas, sofreriam decerto na associação, na imprensa e nas redes sociais as campanhas de oposição mais fortes da história da disputa. O candidato preferido da vez então é Zuenir Ventura, mais um jornalista queridinho das esquerdas, tido até em blog sujo do PT como um cara legal, que escreveu livros legais, e de quem todo mundo gosta (“todo mundo” para esquerdista é como “sociedade civil”: basicamente, a companheirada) e cuja obra também já foi várias vezes detonada por Olavo e Diogo – e até por mim, imagine!, como se vê no post anterior.
Em termos de capacidade de expressão, domínio do idioma, clareza, incisividade, precisão, raciocínio, erudição, horizonte de consciência, acerto de previsões e contribuição literária e intelectual, Zuenir está tão atrás de Ubaldo, Fonseca, Olavo e Diogo que qualquer comparação entre um e outros é de uma covardia até constrangedora. Mas sejamos um tanto covardes.
Enquanto esses dois últimos anteviram toda sorte de vigarices da esquerda revolucionária, Zuenir escreveu na introdução de seu badalado livro 1968 — O Ano que Não Terminou que, embora aquela geração não tivesse conseguido realizar seu sonho de revolução total, havia deixado um importante legado: “arriscando a vida pela política, ela não sabia, porém, que estava sendo salva historicamente pela ética[!!!]. O conteúdo moral[!!!] é a melhor herança[!!!] que a geração de 68 poderia deixar para um país cada vez mais governado pela falta de memória e pela ausência de ética”. Como comentou recentemente o também blogueiro da VEJA Ricardo Setti: “Bem, o livro de Zuenir foi publicado em 1988, quando o presidente era Sarney e a oposição do PT e do recém-fundado PSDB tinha a ética como uma de suas principais bandeiras. Hoje, após tantas e tenebrosas transações, esse legado da ética na política já não cola tanto na geração de 68.” Entre a bandeira pela ética na política e o efetivo conteúdo moral de seus portadores, há uma distância enorme que Zuenir, como bom esquerdista, não soube ou não quis distinguir, contribuindo assim para a imagem (termo que lhe é tão caro) moralmente positiva, imagine, de petistas – imagem esta que, volta e meia, ele ainda forja em seus artigos. Olavo já dava uma explicação definitiva para isto em A nova era e a revolução cultural:
“O público brasileiro tem ouvido este termo [Estado Ético], proferido num contexto de combate à corrupção e de restauração da moralidade. Mas ele é um termo técnico da estratégia gramsciana, que designa apenas uma determinada etapa na luta revolucionária — uma etapa, aliás, bastante avançada, na qual a radicalização do conflito de interesses de classe prepara o início da etapa orgástica: a conquista do poder. Que, no caótico senso comum brasileiro, o termo Estado Éticotenha ressonâncias moralizadoras inteiramente alheias ao seu verdadeiro intuito, mostra apenas que o público nacional ignora a inspiração diretamente gramsciana do Movimento pela Ética na Política e nem de longe suspeita que seu único objetivo é politizar a ética, canalizando as aspirações morais mais ou menos confusas da população de modo a que sirvam a objetivos que nada têm a ver com o que um cidadão comum entende por moral.”
Para uma análise sintética do relativismo moral herdado de 1968, vale a pena ler também “1968, o embuste que não terminou“, artigo que incluí na seção “História & embuste” do capítuloIntelligentzia do nosso best seller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, uma coletânea que faz os textos de Zuenir Ventura no Globo parecerem as redações escolares que talvez sejam. Não vou comparar aqui a definição de inveja contida no primeiro parágrafo do artigo “Dialética da inveja” (p. 373) com o livro inteiro de Zuenir Inveja – mal secreto, porque não quero extrapolar a covardia literária, mas quem se interessar verá a distinção entre um escritor consciente – como também era Ubaldo – e um repórter atrás de aspas. Tampouco direi quem foi que Olavo incluiu ao lado de Frei Betto e Leonardo Boff ao falar, em entrevista sobre educação, de “todas essas nulidades esplêndidas que, por mero espírito de patota política solidária, o lobby da mediocridade esquerdista impinge aos nossos meninos de escola”.
Não é preciso. No recente e sintomático artigo “Um país duro de digerir“, o próprio Zuenir admitiu sua incapacidade de compreender a realidade, mas naturalmente falando em termos genéricos em nome de toda uma classe (porque assim é mais fácil, não é mesmo?): ”E tanto é verdade que todos nós, jornalistas, economistas, sociólogos, erramos de tal maneira em nossas antevisões que somos chamados de ‘profetas do passado’ — só conseguimos acertar o que passou, assim mesmo, nem sempre.” “Todos nós” para esquerdista, repito, é basicamente a companheirada. E reconhecer os acertos das antevisões de críticos da companheirada como Olavo, Diogo e outros tantos é algo ainda mais acima de suas capacidades do que reconhecer a própria existência deles. Em outro artigo, após o fracasso da seleção na Copa, Zuenir mais uma vez admitiu sua incapacidade em nome da classe: ”Nós, jornalistas, somos mesmo profetas do passado, quase nunca acertamos o futuro. Esperávamos o sucesso nos gramados, e anunciávamos o caos nas ruas, aeroportos e portos. Erramos, embora se saiba que as obras ficaram inacabadas, assim como outros legados de infraestrutura.” Quer dizer: se o PT se vangloria do sucesso da Copa acusando a imprensa de “pessimismo”, Zuenir, em vez de mostrar – como fiz aqui – que a imprensa apenas COBROU que as obras de fato atrasadas ficassem em dia, apressa-se em vestir a carapuça em nome dela, legitimando a propaganda petista. Como antecipara Diogo Mainardi em 2003 no memorável artigo “Corrente chapa-branca“:
“Concordo que é um despropósito cismar com Zuenir Ventura. Ele parece ser uma pessoa afável, generosa, simpática, disponível, amiga. Fala bem de todo mundo e, mesmo quando assume um tom indignado, continua inócuo. O problema é que passei a identificá-lo com os aspectos mais irritantes do novo Brasil lulista: os bons sentimentos afundam na demagogia, os bons propósitos esbarram no corporativismo, os bons princípios camuflam a incompetência, os bons auspícios manifestam um otimismo cabalístico. Como a maior parte dos brasileiros, Zuenir Ventura aderiu a essa corrente para a frente, a essa corrente de Santo Antônio chapa-branca. Espero que a tal lua-de-mel com o governo acabe logo. Cansei de ver gente aplaudindo o pôr-do-sol. Cansei de ler artigos sobre bursite.” A lua-de-mel, como se vê acima e no post anterior, nunca acabou. Ficou apenas, quando muito, menos escancarada. E agora que este “profeta ['nem sempre' certo] do passado” é cotado para a ABL, cismar com ele é um dever intelectual. Sua linguagem hiperbólica para descrever o pôr-do-sol de Ipanema merece ser lembrada pelos acadêmicos como uma amostra do seu nível literário: “Atordoados pela beleza, deslumbrados com o delírio de luz e cor, os banhistas permanecem em contrito silêncio, observando a enorme bola de fogo realizar sua lenta e cuidadosa descida”. Como ironizou Diogo: “Em Ipanema, o sol se põe atrás da favela do Vidigal. Zuenir Ventura descreve a cena como uma autêntica ‘visão do paraíso’. Para mim, o paraíso tem esgoto e água encanada. E não é do Comando Vermelho.”
Muito mais próximo, aliás, de Viva o povo brasileiro, o clássico de Ubaldo que mistura fatos reais com fantasias ficcionais para retratar quatro séculos da História do Brasil, está Contra o Brasil, o quarto e melhor romance de Mainardi, cujo protoganista ridiculariza o país, expondo suas fraquezas – inclusive a servidão voluntária presente em toda a obra ficcional do autor – por meio de citações reais de grandes pensadores estrangeiros que passaram por aqui. Perto de ambos, do poder de cada um de trazer à luz da consciência individual os traços culturais arraigados na sociedade brasileira através da literatura, o livro-reportagem Cidade partida de Zuenir não passa de uma nota carioca de rodapé, para não dizer panfleto do Viva Rio. E não comparo A queda, o melhor livro brasileiro dos últimos tempos, com, sei lá, o autorretrato da patota O que fizemos de nós por pura piedade. Autores como Cristóvão Tezza (61 anos) e Alberto Mussa (52) também já deram contribuições à literatura muito mais valiosas e perenes que Zuenir, especialmente com O filho eterno e agora A primeira história do mundo. Isto sem falar nos contistas Sérgio Sant’Anna (73) e Dalton Trevisan (89), este já premiado pela própria ABL; no poeta, ensaísta e professor Affonso Romano de Sant’Anna (77), que já revelou não ter interesse algum, não acreditar na imortalidade e que aquele fardão lhe “dá a sensação de que estaria embalsamado em vida”; [ou mesmo no historiador Evaldo Cabral de Mello, principal concorrente de Zuenir, como fiquei sabendo pela coluna de Lauro Jardim logo após publicar este artigo;] entre outros.
Sei, como bem disse a imortal Nélida Piñon recentemente no Roda Viva, que “uma instituição está sujeita a equívocos” e que o desejo de integrar a ABL tem de partir também dos autores, e sei também que quando alguém tido como “reacionário” como eu, citando ainda Olavo e Diogo, expõe as mediocridades de um autor esquerdista como Zuenir, isto pode até fortalecer a sua candidatura, mas não posso deixar de constatar o sintoma da decadência cultural brasileira, explícito em uma cadeira que passa de um dos maiores prosadores da história do país para um colunista militante tão aquém da honraria. No velório de Ubaldo, Zuenir declarou:
“Ele foi o maior exemplo de que dá para conciliar as duas vertentes. O maior legado como romancista é a originalidade. Ele foi grande amigo do também baiano Jorge Amado, no entanto não teve influência, sua obra foi diferente, porém tão importante quanto. Como colunista, o que marcou foi a independência do olhar. Ele tinha uma liberdade de expressão e uma independência incrível. João era singular.”
Eu jamais diria que o maior legado de alguém é a “originalidade”, nem que alguém tinha “uma liberdade de expressão”, mas dou o desconto da dor do momento – e, de resto, é tudo verdade. Infelizmente, porém, com a exceção talvez da amizade com Jorge Amado, nada do que foi dito se aplica ao postulante. Imortalizar Zuenir é matar mais uma vez a cultura do Brasil.
Felipe Moura Brasil - http://www.veja.com/felipemourabrasil

Felipe de Moura Brasil-Esposa de Paulo Coelho “não concorda” comigo sobre Zuenir Ventura na ABL? Obrigado! Está tudo em seu lugar



Se xingamento de MAV (militante da Mobilização em Ambientes Virtuais do PT), pra mim, é tributo, o que seria esta “discordância” vinda da esposa do imortal – acredite – Paulo Coelho?
Veja só que fofinho o comentário da artista plástica em defesa de Zuenir, no Facebook de uma leitora que compartilhou meu artigo
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No Brasil, dizer que alguém é “excelente”, “maravilhoso”, “do bem” é tido até como “argumento”, “contraposição de ideias”, “refutação” talvez. Eu expus os métodos – conscientes ou inconscientes – do colunista militante do Globo para ludibriar seus leitores, sua linguagem elíptica e hiperbólica, sua dificuldade de expressão, sua incapacidade de análise, sua característica confessa de “profeta (nem sempre certo) do passado”, mas sabe como é: se não dá para defendê-lo de seus erros, proselitismos e limitações, melhor dizer “não concordo”, ele é um cara legal, “isso é injusto!”, poxa vida… Este espírito de patota já resultou em equívocos irreparáveis para a Academia Brasileira de Letras. Espero que, dessa vez, os acadêmicos não deem uma de Christina Oiticica. Chega de magos na ABL. Chega de chapa-branca imortal.
Recordar é viver:
Paulo Coelho
Felipe Moura Brasil - http://www.veja.com/felipemourabrasil

DIÁRIO DO INCONSOLÁVEL- Estou indo me refugiar no Iraque. VEJAM SÓ: Scarlett Johansson vai se casar em agosto, relata jornal

DIÁRIO DO ZÉ DA MEDALHAS- Dunga é o novo treinador da seleção. Branca de Neve ainda não acertou salários.

TÁXI ESQUERDOPATA- Deputada do PSOL dá carona a foragida em carro oficial

Assembleia do Rio analisa conduta de Janira Rocha, que ajudou a advogada Eloisa Samy, ligada aos black blocs, a fugir da polícia.

Uma desgraça nunca chega só: André Santos é demitido dois dias depois de apanhar

João Pereira Coutinho- David e Golias

Folha de São Paulo

Sempre que escrevo sobre Israel, há um leitor que pergunta: você é judeu? A pergunta é reveladora. Significa que só um judeu pode ser suficientemente louco (ou sanguinário) para considerar que no conflito israelense-palestino é Israel quem tem razão.

Isso reflete o ar do tempo, devidamente criado pela mídia. É lógico que Israel não tem razão, dizem. É lógico que Israel sempre quis expulsar os palestinos do seu território. É lógico que Israel não quer a paz.

Infelizmente, nada disso é lógico e, pior ainda, nada disso sobrevive à história. Sim, a construção de assentamentos na Cisjordânia, pior que um crime, é um erro (obrigado, Talleyrand). Sim, Netanyahu é quase uma "pomba" no seu governo cada vez mais radicalizado.

E, sim, a direita israelense já não acredita na existência de dois Estados depois da retirada de Gaza (e dos foguetes que o Hamas passou a lançar contra Israel).

Mas antes de chegarmos a essas tristes conclusões, é preciso dizer três coisas que qualquer pessoa alfabetizada consegue entender.

Primeiro: o Hamas, que é tratado pelo jornalismo como uma mera "facção" (ou até como um interlocutor válido para a paz), é uma organização terrorista e islamita que nem sequer reconhece o direito à existência de Israel. Um pormenor?

Não. O essencial. O conflito de Israel com a Autoridade Palestina é um conflito territorial. É uma discussão sobre fronteiras; sobre a soberania de Jerusalém; sobre o destino dos refugiados palestinos; sobre o acesso à água -enfim, uma discussão racional.

O conflito com o Hamas é um problema ideológico. Basta ler a carta fundamental do grupo. Depois de prestar vassalagem à Irmandade Muçulmana (artigo 2) e de invocar os "Protocolos dos Sábios do Sião" (artigo 32) como argumento de autoridade (um documento forjado pela polícia czarista no século 19 para "provar" o conluio judaico para dominar o mundo), o Hamas não quer um Estado palestino junto a um Estado judaico.

Quer, sem compromissos de qualquer espécie, a destruição da "invasão sionista" (artigo 28) -do mar Mediterrâneo até o rio Jordão. Os foguetes que o Hamas lança não são formas de reivindicar nada: são a expressão da incapacidade de aceitar que judeus vivam no "waqf" (terra inalienável dos muçulmanos -artigo 11).

Acreditar no Hamas como "parceiro" para qualquer "processo de paz" é não entender a natureza jihadista do grupo. O Hamas não luta em nome da Palestina. Luta em nome de Alá.

Segundo: quando se fala nos "territórios ocupados", Gaza já não está no pacote. Israel se retirou de Gaza em 2005. O território -um antro de pobreza e corrupção- é governado pelo Hamas desde a vitória nas eleições parlamentares de 2006. A partir desse ano, o Hamas entendeu a retirada israelense como uma vitória do terrorismo -e não como o primeiro passo para criar as bases de um futuro Estado palestino.

Depois de Gaza, viria a Cisjordânia e finalmente a totalidade de Israel. Uma pretensão lunática que, sem surpresas, começou por embater frontalmente com a posição mais moderada da Autoridade Palestina. Resultado?

Em 2007, o Hamas e a Fatah (uma facção da OLP) viveram uma guerra civil "de fato" que teve de ser freada por Israel.

Por último, toda a gente sabe que a solução mais realista para o conflito passa pela existência de dois Estados com fronteiras seguras e reconhecidas.

Assim foi antes da partição da Palestina pela ONU (relembro a Comissão Peel de 1937). Assim foi com a Partição propriamente dita em 1947. E, para ficarmos nos últimos anos, assim foi em Camp David (2000). Foi o lado palestino que recusou essa divisão -o maior crime cometido por Yasser Arafat contra o seu próprio povo.

De tal forma que, hoje, já poucos acreditam em divisões. Os líricos falam de um Estado binacional para judeus e árabes (um delírio que ignora, por exemplo, o que se passou na antiga Iugoslávia). Os resignados falam de três Estados: o de Israel, o da Cisjordânia (talvez com ligação à Jordânia) e Gaza (o antro do Hamas).

Simples meditações de um judeu?

Não. Para começar, não sou judeu. E, para acabar, não é preciso ser judeu para compreender que, às vezes, e contra as nossas cegas emoções, Golias tem mais razão que David.



João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do 'Correio da Manhã', o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro 'Avenida Paulista' (Record). Escreve às terças na versão impressa e a cada duas semanas, às segundas, no site.

"Ser infeliz é fácil: Basta viver de comparações." (Mim)

Você é do tempo em que as mulheres usavam calcinhas feitas das sacarias do Moinho Santista?

YOANI SÁNCHEZ- Ruas sem protestos



La Habana | 21/07/2014
Manifestantes propalestinos en una calle de Viena. (Luz Escobar)
Uma amiga envia-me as fotos da manifestação de apoio aos palestinos nas ruas de Viena. Chegam também – de todas as partes do planeta – as imagens com cartazes de solidariedade ou repúdio a uma ou outra das partes implicadas no conflito de Gaza. Muitos tomam partido e se manifestam, seja com um tweet, pelo modo de vestir, com um grito ou um protesto público. Em Cuba, contudo, só a imprensa e as instituições oficiais podem se pronunciar com manchetes e declarações. Nos 14 dias do último e cruel enfrentamento entre Israel e o Hamás, nenhuma demonstração espontânea sobre este tema teve lugar em nossos espaços públicos.
A liberdade pode ser simulada, substituída por falsos indicadores de bem estar e justiça, porém sempre algum acontecimento a põe em cheque. O fato de que não aconteçam protestos públicos em nosso território sobre temas nacionais e internacionais, evidencia a falta de direitos e de autonomia social de que padecemos. Trata-se do mesmo amordaçamento que impediu as organizações da comunidade LGBT de protestarem pela chegada a Ilha de Vladimir Putin, considerado um dos presidentes mais homofóbicos hoje existentes no planeta. Mau sinal também que, hoje durante a chegada de Xi Jinping, não se verá ninguém nas cercanias do aeroporto reclamando pela liberdade dos dissidentes chineses ou exigindo maior cuidado pelo meio ambiente nesse país.
Repito, a liberdade pode ser simulada, porém num minuto fica evidente a sua falta, sua imensa ausência. Dessa forma que alguns dos meus amigos – um deles tem sua kufiya preparada, enquanto outro exibe uma estrela de David tatuada no braço – não poderão desfilar pelas ruas cubanas mostrando sua preferência ou sua indignação. A nenhum está permitido por iniciativa própria denunciar os mortos, o sangue e a dor. Assim não veremos fotos de Havana com suas avenidas repletas de gente indignada pelos acontecimentos de Gaza.
Tradução por Humberto Sisley

Protecionismo em alta: cota de importação pela via terrestre passa para míseros US$ 150



Turistas enfrentam fila na Ponte da Amizade, fronteira com Paraguai. Fonte: GLOBO
Deu no GLOBO:
A cota de isenção para importação de produtos por via terrestre foi reduzida de US$ 300 para US$ 150, segundo portaria do ministro da Fazenda, Guido Mantega, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira. Quem exceder o valor terá de pagar Imposto de Importação de 50% do valor dos produtos transportados.
A redução da cota foi incluída na portaria que regulamenta o funcionamento de free shop em cidades brasileiras que tenham fronteira direta com municípios de países vizinhos.
A nova cota entra em vigor imediatamente e vale também para quem chega ao Brasil de navio ou outro transporte fluvial. Não houve alteração para quem vem ao Brasil de avião, que continua tendo isenção até US$ 500.
A medida protecionista representa mais um retrocesso para o país, e uma grande perda de liberdade para os brasileiros. O governo tenta “aliviar” a balança comercial com suas gambiarras, apelando para mais barreiras, e acaba punindo o consumidor brasileiro.
Em nome da “proteção” às nossas indústrias, já tivemos aberrações como a Lei da Informática, e carroças vendidas por preço de Ferrari (após o Collor melhorou, e hoje pagamos por carroças “apenas” o preço de uma BMW).
O alvo da medida são os “sacoleiros”, mas é preciso olhar para a raiz dos problemas, não para o sintoma. Por que tantos brasileiros compram no exterior? Porque o Brasil é muito caro! E por que o Brasil é muito caro? Porque o governo arrecada imposto demais! E por que o governo arrecada imposto demais? Porque o governo gasta demais!
E por que o governo gasta demais? Porque o brasileiro acha, via de regra, que cabe ao governo ser uma espécie de messias salvador, locomotiva do crescimento e agente da “justiça social”. Ou seja, temos um sério problema cultural, e o povo, ao demandar mais governo para tudo, acaba dando um tiro no próprio pé.
É hora de atacar o problema de verdade, reduzir o Custo Brasil, e não tapar o sol com a peneira e erguer novas barreiras protecionistas, que tornam nossos produtos ainda mais caros.
Rodrigo Constantino

MADE IN CHINA- QUANDO O PRODUTO NÃO É PIRATA É ESTRAGADO- Fornecedor chinês vendia carne estragada ao McDonald's

A Copa só foi boa para alguns setores. Outros...- Depois da Copa, dobra o público nos cinemas brasileiros

“Perto do Felipão eu sou a Danuza Leão.” (Elvanio, o grosso)

“Sou tão duro quanto meu pai. O velho morreu, mas só deixou ser enterrado depois de quinze dias. Quando iam colocar ele no caixão ele dizia: pera aí,vou ficar mais um pouco!” (Elvanio, o grosso)

“Não visito minha mãe para não ter que ver choro de velha.” (Elvanio, o grosso)

“Divertimento é pra boiola. Homem que é homem quando de folga mata um porco e faz salame.” (Elvanio, o grosso)

“Em minha casa ninguém vê novela. Em primeiro lugar nunca comprei televisão. Em segundo, não tem luz. E assim vai ser para sempre enquanto eu estiver troteando sobre a terra.” (Elvanio, o grosso)

“Já nasci grosso. Tão grosso que tive que vir ao mundo de cesariana.” (Elvanio, o grosso)

Um novo personagem visitará o blog de vez em quando. Fruto de um momento de insônia nasceu Elvanio, o grosso.