domingo, 10 de novembro de 2019

HISTÓRIA MACABRA


Ano 2100. Mãe contando para os filhos história macabra.
“Naquele tempo sombrio meus amados filhos, o ar estava empestado por culpa de monstros horríveis que atormentavam a nação. Saídos das profundezas dos mais terríveis dos infernos eles nasceram para atormentar o povo honesto e trabalhador. Com suas capas esvoaçantes, cérebros eivados de pedantismo, eles vomitavam escândalos na sala dourada outrora conhecida como sala da sapiência. Seres asquerosos, cheiravam a enxofre e vômito, mas quando se olhavam no espelho viam-se como príncipes e princesas encantadas. O bom povo sofreu anos com os ogros Gilmarpuzt; Celsopuff ;Toffoli Pof-Pof; Lewapig; Marcorélio e Deusnosacuda Weber. Não atacavam os poderosos, sua ira estava direcionada aos humildes e à boa justiça. Quanto sofrimento! Mas como não há mal que sempre dure um dia o povo descobriu a utilidade da corda. Foram dependurados, o sol raiou, a paz voltou à nação e seguimos para o belo futuro que hoje se apresenta. ”




ACONTECEU EM CUBA

No silêncio do cemitério ouviram-se gritos: tirem-nos daqui! Tirem-nos daqui!- O vigia passou a procurar de onde vinham e demorou um bocado para localizar. Descobriu que era do túmulo de um feroz dirigente comunista cubano que os gritos provinham. Rapidamente tirou a tampa do caixão e para sua surpresa uma enormidade de vermes pularam fora do esquife pedindo educadamente um lugar para vomitar.

APRESENTAÇÃO

O auditório estava lotado de homens de semblantes sérios, todos elegantemente vestidos, nenhum sem paletó e gravata. Bach deslizava pelas paredes e fazia sorrir àqueles corações que amavam a boa música. O ar que se respirava no ambiente era o odor das boas virtudes, a paz interior que somente homens sem débito com Deus podem realmente expressar. Silêncio total quando Madame Junot subiu ao palco para mostrar a tão seleta e educada plateia as novas moçoilas do seu bordel de luxo.

METAMORFOSE

De férias escolares, Gustavo há dois não dias não saía do quarto, nem para comer. A mãe preocupada chamou que chamou e nada. O pai arrombou a porta, e sobre a cama lá estava ele jogado sobre o travesseiro, iluminado e colorido. Gustavo havia se transformado num smartphone.