quarta-feira, 3 de setembro de 2014

JUSTO

JUSTO

Mentes estranhas que navegam no nada
Braços abertos para o firmamento
Esperando cair manjares de sultões
E tesouros intocados pelo suor
Do azul dia do céu
Dos confins das galáxias na noite
Minha mente se recusa
A participar desta torpeza
Pois o que tomo sem esforço para mim
Amanhã fará falta a outrem.

PREPAREM-SE


PREPAREM-SE

Uma funesta ameaça paira
Sobre os lares da Latina
Sob a pele de ovelhas
Chegam os lobos até o seu quintal
É preciso proteger as crianças
Do discurso da mansidão
Pois quando todos os lobos forem acolhidos
Pouco sobrará da liberdade como a conhecemos
E para o bispo não adiantará reclamar
Pois até ele já estará calado.

INFARTO DO MIOCÁRDIO

INFARTO DO MIOCÁRDIO

Borda do Cafundó, três mil almas. No dia 15 de outubro de 2010 nasceu o primeiro filho de Jurema e Deodato. Ele escolheu o nome do menino, nome este que não saiu da sua cabeça deste que ouviu alguém falar no hospital da capital, quando o pai estivera internado: ‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’.
-Como? Perguntou perplexo o
tabelião Amadeu.
-‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’.
-‘Infarto do Miocárdio’ não pode seu Deodato!
-Não pode, não pode por que seu Amadeu?
-Porque não é nome de gente, é um mal que acomete o coração!
-Não me interessa se é ou não é, é diferente, soa bem e eu quero!
-Mas seu Deodato, onde já se viu? Pobre do menino!
-Vai ver está com ciúme! Faça filho e meta nele o nome que quiser! O meu filho será ‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’ e o apelido dele será ‘Infartinho do Deodato’!


O tabelião andou de lá para demovê-lo da ideia e nada de conseguir. A tarde já findava e o Deodato não arredava o pé. E quando viu que o tabelião não iria mesmo registrar o Miocárdio não teve outra saída senão sacar da peixeira e do 38, que são dois tipos de muita argumentação. O menino foi registrado e seu Amadeu ganhou mais um afilhado.

BRASIL X AZERBAIJÃO


“Não foi Pedro, quem descobriu o Brasil, foi Inácio. Mas poderia ter sido Pinóquio.” (Climério)

“Preciso melhorar 100% para ficar mais ou menos.” (Mim)

“Ser feio não me impede de ser culto e agradável. Corram para mim desprezadas!” (Assombração)

“Nada é mais constrangedor que acenar para alguém usando algemas.” (Mim)

“Na vida você pode escolher caminhar olhando para o chão em busca de moedas ou olhar para o céu onde o universo é o limite.” (Filosofeno)

“Eu deveria caminhar mais. Mas desanimo quando vejo tanto gordo caminhando...” (Fofucho)

“Minhas musas estão todas no Canal Rural.” (Climério)

VOU DEIXAR DE SER LOUCO PARA SER FUMANTE- Pesquisa diz que doenças mentais encurtam a vida mais do que o tabagismo

“Quem lê apenas livros religiosos dificilmente verá o mundo com ele realmente é. É preciso diversificar a leitura para confrontar ideias, aprender e consequentemente evoluir.” (Filosofeno)

“Não tenham medo, o inferno não existe. Mas o PT é real.” (Mim)

“Não tem jeito. Mesmo maquiado eu assusto.” (Assombração)

“Minha mulher sempre gostou de frutas azedas. Pois acertou em cheio no casamento.” (Limão)

Você Conhece Deus? (LEGENDADO) Somente para ateus e para quem tem dúvidas acerca do Supremo

Rápida no gatilho!

Dora Kramer- Telhado de vidro

Reza a prudência que não se fale de corda em casa de enforcado. Mas a campanha da presidente Dilma Rousseff pelo visto no horário eleitoral de ontem resolveu deixar a cautela de lado para entrar de sola no tema das relações entre os Poderes Executivo e Legislativo.
Um terreno especialmente pantanoso tanto para o PT quanto para Dilma, cujos métodos na arte de conquistar amigos e influenciar pessoas no Parlamento não os credenciam como os melhores professores na matéria e deixam uma avenida de flanco aberto para o contra-ataque.
Ao que parece a urgência do ataque falou mais alto. O fato de o telhado ser de vidro pesou menos que a urgência de ressaltar a incapacidade da candidata do PSB, Marina Silva, de governar, caso seja eleita, devido à falta de apoio parlamentar.
A ideia foi exposta de maneira simplista, como convém às mistificações: com 33 deputados (hoje, antes da eleição) e a necessidade de no mínimo 129 para aprovar um projeto de lei, Marina forçosamente terá de fazer acordos.
"Será que ela tem jeito para negociar?". É a pergunta que fica no ar antes de a propaganda mostrar imagens de Jânio Quadros e do impeachment de Fernando Collor para concluir: "A gente sabe como isso acabou".
Sim, sabemos. Jânio afastado depois de ver frustrado seu plano de retorno quando o Congresso deu por efetivada sua renúncia. Collor deposto por deixar que seu tesoureiro Paulo Cesar Farias comandasse um esquema de arrecadação de propinas e hoje senador integrante da base de apoio do governo.
O questionamento sobre a disposição de Marina para fazer acordos não deixa de ser pertinente. A outra pergunta a respeito da habilidade dela para negociar da mesma forma é apropriada.
O problema é que vindas do PT de histórico acumulado nos últimos 12 anos, as questões permitem revides muito óbvios. Em relação à primeira: o que seria disposição para fazer apoios? Comprá-los, conforme ficou demonstrado no processo do mensalão que levou à cadeia parte da antiga cúpula do partido?
Não precisaria ser Marina, qualquer candidato responderia que é possível negociar sem transformar a política em negócio nem fazer do Congresso um Poder inteiramente submisso. Entre outros motivos porque é verdade. Nem sempre as coisas foram como vinham sendo nos últimos anos.
No tocante à segunda indagação sobre o "jeito" da candidata para negociar, pode ser que não tenha e que, se eleita, venha a se revelar inflexível. Mas, por ora, em matéria de intransigência é da presidente Dilma Rousseff o posto de rainha reivindicado para si com honras de Estado.
Reverso. Se há um mês os tucanos torciam para que Eduardo Campos mantivesse nas pesquisas ao menos um patamar suficiente para assegurar o segundo turno, agora são os petistas que temem uma redução maior dos índices de Aécio Neves.
Um fantasma assombra o Planalto: a possibilidade de Marina ganhar a eleição em primeiro turno.
Frutos do mar. O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, preso em Curitiba, desistiu do pedido de habeas corpus que o advogado Nélio Machado havia impetrado no tribunal federal da 4.ª região, em Porto Alegre, antes de deixar a causa em decorrência da decisão de Costa de fazer acordo de delação premiada com o Ministério Público (MP).
A desistência é sinal claro de que as negociações com o MP estão em andamento, a despeito de a nova advogada da causa, Beatriz Catta Preta, ter dito que isso ainda dependia de uma decisão de seu cliente.
A negociação é delicada. Os procuradores querem nomes de políticos que se beneficiaram de contratos superfaturados com a Petrobrás. Não se contentarão com bagres. Estão atrás dos peixes grandes. De preferência, um tubarão.

LÁPIDES


Yoani Sanchez- Quem entrou na universidade ?

Nasceram em pleno Período Especial, viveram aprisionados na dualidade monetária e quando obtiverem seu diploma Raúl Castro já não estará no poder. São mais de cem mil jovens que acabam de ingressar no ensino universitário em todo o país. Em sua curta biografia incluem-se experiências educacionais, batalha de idéias e a irrupção das novas tecnologias. Sabem mais de X-Men que de Elpidio Valdés e só se lembram de Fidel Castro em velhas fotos e documentários de arquivo.
São os garotos do Wi-Fi e das redes piratas, criados com o pacote de audiovisuais e da antena parabólica ilegal. Passam madrugados conectados através de routers, metidos em videojogos de estratégia onde se sentem poderosos e livres. Quem tenta conhecê-los deve saber que tiveram professores emergentes desde a escola primária e através da tela de uma televisão lhes ensinaram gramática, matemática e ideologia. Contudo, terminaram sendo os cubanos menos ideologizados que hoje povoam esta Ilha, os mais cosmopolitas e com maior visão de futuro.
Ao chegar à secundária básica brincaram de arremessar o pão da merenda obrigatória enquanto seus pais passavam furtivamente o almoço através da cerca da escola. Tem uma capacidade física especial, uma adaptação que lhes tem permitido sobreviver ao meio: não escutam o que não lhes interessa, fecham os ouvidos ante as arengas dos matutinos e dos políticos. Parecem mais indolentes que os de outras gerações e realmente o são, porém em seu caso essa apatia se comporta como uma vantagem evolutiva. São melhores do que nós e viveram num país que nada tem a ver com o que nos prometeram.
Faz uns meses estes mesmos jovens protagonizaram o mais famoso caso de fraude escolar que tenha vindo a público. Quem duvida que entre os que conseguiram entrar no ensino superior, alguns tenham comprado as respostas de um exame de ingresso? Estão acostumados a pagar para aprovar, pois tiveram que apelar a ensino particular para que lhes ensinassem os conhecimentos que a escola deveria lhes dar. Muitos dos recém matriculados na universidade tiveram professores particulares desde a escola primária. São os filhos de uma nova classe emergente que usa seus recursos para que seus filhos alcancem uma escrivaninha a direita – ou a esquerda – da Alma Mater.
Estes jovens vestiram-se com uniformes em seus cursos escolares anteriores, porém batalharam para se diferenciar por uma camisa, numa mecha de cabelo descolorido ou através da calça abaixo das cadeiras. São os filhos de quem tinha apenas uma muda de roupa de baixo nos anos noventa, o que fez que seus pais tratassem de que: “não passem pelo mesmo” e tenham apelado ao mercado ilegal para vesti-los e calçá-los. Riem-se da falsa austeridade e não querem luzir como milicianos, gostam das cores intensas, dos brilhos e dos adornos de marca.
Ontem, quando inauguravam o curso escolar, receberam uma peroração sobre as tentativas do “imperialismo de sabotar a Revolução através da juventude”. Foi como um chuvisco que escorre sobre superfície impermeável. Tem razão o Governo em se preocupar, estes jovens que entraram na universidade nunca serão bons soldados nem fanáticos. A argila que os constitui não é maleável.
Tradução por Humberto Sisley

O MURO

Faz alguns anos na Vila Marta havia um terreno murado que aguçava a curiosidade dos moradores e passantes. O muro de mais de dois metros de altura todo caiado de branco era como se fosse um monumento daquele quarteirão. Uma enorme placa dizia: “Perigo. Muito cuidado! Não tente pular este muro!” As gentes se perguntavam o que poderia existir de perigoso por detrás daqueles tijolos pintados de branco que sabiam não ter moradia. Bichos? Plantas venenosas? Canibais?Amigos falsos? Comunistas?Parentes do Lula? Então certo dia após uns goles uns gaiatos resolveram dar fim à curiosidade e pular o obstáculo. Uma escada foi colocada, e quando dois deles subiram no muro ele ruiu por completo. No chão, cheio de dores e machucados os dois observaram no meio do terreno uma pequena placa e nela escrito: “Eu avisei!”

Não desejo a tutela do estado, eu sei pensar por mim. Fora PT! Fora comunas!


“Durante a campanha eleitoral todos os candidatos se tornam Super-Homem. Eleitos, o Homem Invisível.” (Eriatlov)

“Sim, eu sigo Jesus. Até no meretrício.” (Climério)

O JABUTI ESCONDIDO- Em ano eleitoral, goveno retém dados sobre educação

Casa Civil tem em mãos números do Ideb há quinze dias, mas não liberou o indicador.

É Semana da Pátria, é Brasil. Eu amo o meu país, não mamo nele.

O MUAR PLANALTINO- Fator Marina eleva venda de fraldas em Brasília.

CORREIO DA FUMAÇA- Cigarro é mais viciante que cocaína, aponta ONG americana

Dilma já está mais amarela que a camisa da seleção. Putz!

DIÁRIO DO BRÓCOLIS- 45% dos brasileiros se dizem obesos, mas só 16% fazem dieta

Concordemos. Nem o rabo do Putin é democrático. É um mafioso , bandido da KGB no poder. Se deixar ele anexa até a mãe dos outros, algo que por certo ele não teve.

O PUTIN TIROU A MINISSAIA E AGORA É O MACHO MACABRO DO ANO- Putin manda recado à UE: 'Se eu quiser, tomo Kiev em duas semanas

Pesquisas encomendadas pelo próprio PT levam pânico ao partido, e Dilma foge de entrevista

É claro que os números das pesquisas eleitorais não dão motivos para o tucano Aécio Neves sorrir de satisfação. Mas, vá lá, ele pleiteia o poder federal, não o tem. No caso dos petistas, é diferente. O partido está em pânico e, creiam, não o vejo cometer erros tão brutais desde 1994, quando não percebeu a importância que tinha o fim da inflação para o povão e decidiu se opor ao Plano Real. Nesta terça à noite, o “Jornal da Globo” viu acontecer algo inédito desde 2002, quando teve início a prática: um presidenciável se negou a conceder uma entrevista previamente agendada. E a faltosa foi ninguém menos do que Dilma Rousseff, do PT, presidente da República e candidata à reeleição. O que ela alegou? Nada! Simplesmente mandou dizer que não haveria entrevista.
Além de ser um tanto desrespeitoso com o trabalho da imprensa, isso demonstra o desespero que toma conta da campanha de Dilma desde que Marina Silva, do PSB, deu iniciou à sua meteórica ascensão, depois da morte de Eduardo Campos. Se a disputa com Aécio já vinha se afigurando crescentemente difícil para Dilma, o confronto com Marina, caso se desse hoje, a tiraria do trono. A petista viu a candidata do PSB tomar do tucano o segundo lugar, encostar nela no primeiro turno, vencê-la no segundo e, agora, dados os levantamentos feitos pelo próprio Planalto, a ex-senadora já lidera a corrida também na etapa inicial.
Nesta segunda, depois do debate promovido pela Jovem Pan, Folha, UOl e SBT, o comando da campanha se reuniu com a presidente, e todos se dedicaram ao patético exercício do autoengano. O consenso foi que Dilma se saiu bem no confronto. Errado. Foi a pior dos três grandes. Aécio jogou melhor, mas quem venceu foi mesmo Marina porque polarizou com Dilma e passou a impressão de dar a palavra final. A petista estava tensa, com os ombros arqueados, semblante fechado, demonstrando contida irritação. Marina batia duro, afetando aquele estado de nirvana. Como atriz, ela também supera a sua oponente.
Nesta terça, dia em que Dilma deveria conceder a entrevista aos jornalistas William Waack e Christiane Pelajo, o Ibope divulgou o resultado da pesquisa para a eleição presidencial em dois colégios privilegiados. Até a semana passada, Dilma liderava no Rio, com 38% a 30% contra Marina; Aécio tinha 11%. A estarem certos os números, o tucano manteve o mesmo percentual, mas a petista é agora derrotada por 38% a 32%. Ou por outra: Dilma perdeu oito pontos, e Marina ganhou 6 — uma mexida de 14 pontos em sete dias. Em São Paulo, a distância seria bem maior: a ex-senadora saltou de 35% para 39%, e a presidente manteve os 23%. O senador mineiro oscilou de 19% para 17%.
Aguardam-se para esta quarta os números nacionais do Ibope. Certamente, vem uma ducha de água fria na cabeça de Dilma, num momento em que o petismo tenta respirar, em esforço concentrado para desconstruir Marina. Mais uma vez, o PT resolveu tirar a causa gay do armário para demonizar adversários. O esforço pode ser contraproducente.
Dilma e o PT passaram pelo vexame de ver as perguntas no ar, sem resposta. Abaixo, eu as reproduzo:
1. Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?
2. A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?
3. A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, no seu governo, tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?
4. A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?
5. Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez de a senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?
6. A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre, um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?
É claro que a entrevista não se resumiria a isso porque estava prevista a intervenção dos jornalistas para aclarar eventuais ambiguidades ou apontar contradições.
Na segunda, a entrevistada foi Marina Silva. Nesta quarta, será a vez de Aécio Neves. O PT não sabe mais o que fazer.

Por Reinaldo Azevedo