terça-feira, 18 de outubro de 2016
ORAÇÃO DO CHICO MELANCIA
“Pai nosso que estais no céu levai todos os cristão até aí e deixai para esse pobre ateu todo o dinheiro do Vaticano. Amém.”
FOLHA VERDE
O vento tirou
da árvore encorpada uma folha verdinha
Que ficou
voando pra lá e pra cá ao seu sabor
Não sabia o
vento
Que no canto
da calçada do colégio municipal
Um grupo de
formigas aguardava por ela
Fazendo coro no nham nham nham.
CRIAÇÃO
“Deus criou a mulher de uma costela do homem. Mulheres já são gostosas e macias. Imagine se fosse de um pedaço da bunda então?” (Pócrates)
DEUS E PEDRO
“Pedro, perto
deste tal de Edir eu sou um mendigo. Que coisa!” (Deus)
“Quem ensinou
para este Edir mentir tão descaradamente? Foste tu Pedro? Talvez Moisés?”
(Deus)
“Jesus não irá
mais voltar ao planeta, não sou louco para expor meu filho ao perigo. É só ele
falar em acabar com a roubalheira que o metem na cadeia ou coisa pior.” (Deus)
NÃO DESISTA
NÃO DESISTA
Quando um sonho se perde
O céu escurece
Uma tempestade desaba
O desespero bate
As raposas fogem
E a solidão mostra que é fria como a
neve
Lute
Erga os braços
Derrube os escombros da vida
Acredite que transposta à escuridão
das nuvens o céu é azul
E volte a sorrir e sonhar como dantes.
NA FILA
NA FILA
Estou na fila
Uma multidão comigo
Do lado de dentro do balcão
Uma tartaruga tomando cafezinho
Comenta coisas de comadre
Com a preguiça companheira.
O TEMPO QUE TEMOS
O TEMPO QUE TEMOS
O tempo que
temos
Na jornada da
vida é finito
É preciso
aproveitar o tempo que temos
Para deixar
um recado
E dizer
porque viemos.
DA PAZ, PERO NO MUCHO
DA PAZ, PERO NO MUCHO
Brasileiro cordial
País da paz
Foi nisso que acreditou uma pombinha
imigrante
Ao vir para o Brasil fugindo da
Venezuela
Pois nem bem chegou ao Rio de
Janeiro
Recebeu uma bala no peito
Prêmio de um traficante
Que comemorava mais um dia de boas
vendas.
FUTURO
FUTURO
Estou na
janela
Lá fora a
chuva cai
Em cada gota
vejo o rostinho amado
De saudade já
não agüento mais
Minhas
lágrimas competem com a chuva
E pressinto
que ela não irá voltar
No auge do
desespero
Antes de
enlouquecer
Vou até o
quarto
Tiro quatro parafusos
E troco de
coração
Deixando
então o velho bobo
Sozinho numa
caixa de papelão.
ENSINA TEU FILHO
Homem
de bem
Ensina
teu filho que o mal também existe
Que
o mundo não é tão cor-de-rosa como parece
Que
certas pessoas usam os outros seres como escadas
Para
atingir seus intentos
Prepara
teu filho não para atacar
Mas
para defender-se
Pois
defender-se é um direito do homem
Falo
porque conheço e senti
Em
ambientes de família e negócios
Lobos
em pele de cordeiro
Lambuzados
no mel da falsidade
Fazendo-se
de vítimas
Para
no momento certo
Apunhalar
pelas costas
Ingênuos
inocentes.
AUTOLIXO
Copos plásticos
saltam pelas janelas
Papéis esvoaçantes os
seguem
Junto de sacolas sem
pai nem mãe
Estou na estrada
Acabou de passar por
mim
Um autolixo com rodas
Lotado de ratazanas
humanas.
CARÁTER
O
lodo pode estar em todo lugar
No
salão de mármore e ouro
No
áspero chão de fábrica
Ter
ou não ter os bolsos cheios
Não
altera o caráter do ser.
Nelson Rodrigues
Ah, os nossos libertários! Bem os conheço, bem os conheço. Querem a própria liberdade! A dos outros, não. Que se dane a liberdade alheia. Berram contra todos os regimes de força, mas cada qual tem no bolso a sua ditadura. (Nelson Rodrigues)
Nelson Rodrigues e o D. Helder comuna
D. Helder já esqueceu tanto a letra do Hino Nacional quanto a da Ave-Maria. Prega a luta armada, a aliança do marxismo e do cristianismo. Se ele pegasse uma carabina e fosse para o mato, ou para o terreno baldio, dando tiros em todas as direções, como um Tom Mix, estaria arriscando a pele, assumindo uma responsabilidade trágica e eu não diria nada. Mas não faz isso e se protege com a batina. Sabe que um D. Helder sem batina, um D. Helder almofadinha, de paletó ou de terno da Ducal, não resistiria um segundo. Nem um cachorro vira-lata o seguiria. (Nelson Rodrigues)
REUNIÃO COMUNISTA
Na pauta da reunião do partido de um "kolkhoz" (fazenda coletiva) havia duas questões na ordem do dia:
a) construção de um barracão;
b) construção do comunismo.
Devido à falta de tábuas, decidiu-se passar direto para a segunda questão.
An-Polit1
BABUSHKA
Diz o orador:
- Estamos com um pé no socialismo e com o outro pé já passamos para o comunismo!
Então, uma "babushka" (senhora idosa) pergunta:
- E por quanto tempo vamos ficar arreganhados desse jeito?
An-Polit 1
QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO
“Questão de interpretação. Algumas construtoras brasileiras não entenderam que era para adotar menores abandonados e não maiores corruptos.” (Eriatlov)
DA VIOLÊNCIA
Da violência
que poda vidas nas ruas e estradas
Trazendo dor
sem fim para os que ficam
Nomeamos de
acidentes
Quando na
verdade os acidentes são poucos
O mais das
vezes é um bruto inconsequente
Que por ter
tão pouca coisa no cérebro
Não consegue
atinar o quão importante é uma vida.
CONCORRÊNCIA SERÁ SEMPRE BEM VINDA!- Uber cresce 10 vezes em um ano e já tem 50.000 motoristas
Um ano após as primeiras polêmicas envolvendo o Uber no país, o número de motoristas na empresa americana cresceu dez vezes no período, atingindo 50.000 parceiros. Em meio a condutores insatisfeitos com casos de assalto recentes e queixas de baixo retorno financeiro, além da sobretaxa anunciada pela Prefeitura de São Paulo para combater o monopólio do Uber, empresas concorrentes começam a ganhar espaço.
Além do Uber, três aplicativos também estão cadastrados para operar na capital paulista hoje: Cabify, 99POP e Easy Go. Essas empresas não informaram o número de veículos e de downloads. Há ainda outras quatro em processo de credenciamento – questionada, a Prefeitura não informou quais.
VEJA
VEJA
NÃO ENTENDO
Não entendo porque a mídia nacional ainda reserva tanto espaço às asneiras do maior safado e mentiroso do Brasil, sr. Luiz Inácio Lula da Silva.
Bem, ainda bem que seleciono o que leio.
Bem, ainda bem que seleciono o que leio.
DIÁRIO DO BAGUAL DE AQUIDAUANA- Empresa de Picciani é acusada de vender ‘vacas superfaturadas’
A Carioca Engenharia, investigada na Lava Jato, comprou gado da Agrobilara Comércio e Participações Ltda, empresa de Picciani, para movimentar caixa 2.
VENTO FORTE
Ainda
clareava o dia chegou quando chegou o
vento assoviando pelas venezianas, fazendo dançar arvores frondosas,
tirando do repouso o telhado que dormia, dando vida ao balanço que no quintal servia às crianças. Severa aflição tomou
conta do peito dos moradores enquanto a casa tremia confrontando o danado. O
zumbido do não visto apenas sentido, mui assustava os grandes e os pequeninos que sabiam que não
tinham para onde correr caso o teto fosse embora. Debaixo de uma mesa tosca de
pernas grossas talvez fosse o refúgio seguro. O pior de tudo é que o vento não
veio sozinho e trouxe consigo o granizo que pipocava em pequenos grãos brancos.
O pai abraçava os pequenos enquanto a mãe acendia velas e rezava para Santa
Bárbara pedindo proteção. A energia se foi. Aos poucos o
vento foi amainando e silêncio reinou. Saíram todos para ver os
estragos. Nada sério, uma ou outra telha, alguns galhos miúdos quebrados, o
cachorrinho Tupi bem na sua casinha. Ufa!
DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- DIA DA SUEQUINHA
Diga-se o que quiser de Marx, não podemos negar que fosse um intuitivo. Viu o universo de ricos e pobres de suas época e nesta dicotomia encontrou as bases de seu pensamento. Deu-lhes nomes mais solenes - proletariado e burguesia - e criou a ideologia mais assassina do século XIX, que produziu no século seguinte nadas menos que cem milhões de cadáveres. A humanidade tomou vergonha, o Muro foi derrubado, a União Soviética desmoronou e o comunismo passou a ser cultuado apenas em ilhotas do Terceiro Mundo. Operários se deram conta de que era melhor conviver com patrões que lutar contra eles. Desmoralizada a luta de classes, os velhos apparatchiks se sentiram desempregados. Uma nova luta precisava ser criada.
O leitor que tiver acesso a bancos de dados de jornais poderá comprovar facilmente. Depois de 89, palavras como proletariado e burguesia começaram a minguar nos noticiários. Ao mesmo tempo, aumentou espantosamente a incidência de palavras como racismo, racista, ódio racial. Ou uma nova luta se estabelecia ou os velhos apparatchiks morriam de fome. Neste Brasil inculto, que elegeu e reelegeu um analfabeto como presidente, estes profissionais que só encontram lugar em países que vivem a reboque da História investiram tudo na nova luta. O senador Paim Filho, por exemplo, restabeleceu o conceito de raça, conceito este sempre negado pelos movimentos negros, e pretendeu instituir a carteirinha de negro.
Não bastasse isso, a lei 10.639, de 2003, instituiu o Dia da Consciência Negra e fez desta data um feriado nacional. O feriado mal havia sido notado por coincidir com sábados e domingos. Assim foi que, somente neste ano da graça de 2006 acabamos descobrindo que o racismo foi oficializado no Brasil. O racismo negro, bem entendido, pois jamais ocorreria aos brancos criar um Dia da Consciência Branca. E se o criassem, seriam imediatamente denunciados na Justiça como racistas.
Pouco de novo se tem a dizer a respeito desta história antiga. Mas a cada vez que a estupidez emerge, urge denunciá-la. O dia é uma homenagem a um dos símbolos da resistência negra no país: Zumbi de Palmares, que foi degolado em 20 de novembro de 1695. Até há bem pouco, a data celebrada pelos negros era o 13 de maio, quando, em 1888,a princesa Isabel decretou a libertação dos escravos.
Isso de branca libertar negros, ainda mais quando se tratava de uma princesa, não gera luta racial. Era preciso encontrar um negro, de preferência um mártir. Mesmo que nos quilombos existissem escravas brancas. Mas este dado, stalinisticamente, deve ser apagado da História. Não fica bem à imagem de um herói libertador de negros ter escravas brancas. Por outro lado, não vejo porque não unificar a grande Parada Negra às paradas gays de São Paulo. Afinal, Zumbi era chegado às práticas nefandas, como se dizia na época, tanto que mereceu o apelido de Suequinha.
Cerca de doze mil pessoas participaram, nesta última segunda-feira, da primeira Parada Negra, na avenida Paulista, região central de São Paulo. Após a parada ocorreu a 3ª Marcha da Consciência Negra. A festa já acontece em 232 municípios brasileiros. Agências bancárias e dos correios permaneceram fechadas nos municípios que decretaram feriado devido à data. Ai daqueles que um dia pensarem em uma parada branca. Serão imediatamente anatematizados e jogados no rol dos racistas, nazistas e fascistas.
Esta manifestação só serve para incentivar o racismo no país. Bem entendido, jamais teremos um dia da consciência mulata. Os negros racistas brasileiros, à semelhança dos negros racistas americanos, não aceitam a idéia de mulato. Aceitar o conceito de mulato significa admitir que no Brasil negros e brancos se miscigenaram sem maiores problemas, e isto significa dizer que no Brasil não há racismo, ou pelo menos não hás um racismo mais pronunciado. Isto não serve aos velhos comunistas, sempre entrincheirados na antiga idéia de luta de classes.
É sempre bom lembrar que os negros não chegam a constituir seis por cento da população nacional. Os mulatos chegam a 38%. Até o Supremo Apedeuta já assumiu esta idéia de que estes mulatos não existem, e andou colocando o Brasil como segundo país negro do mundo, depois da Nigéria. Chamem como quiserem o 20 de novembro. Eu prefiro chamá-lo de dia da Suequinha. Quem quiser empunhar Zumbi como herói da libertação dos negros, terá também de empunhar outras bandeiras, que não sei se todo o pequeno contingente negro da população terá coragem de empunhar.
domingo, novembro 26, 2006
O leitor que tiver acesso a bancos de dados de jornais poderá comprovar facilmente. Depois de 89, palavras como proletariado e burguesia começaram a minguar nos noticiários. Ao mesmo tempo, aumentou espantosamente a incidência de palavras como racismo, racista, ódio racial. Ou uma nova luta se estabelecia ou os velhos apparatchiks morriam de fome. Neste Brasil inculto, que elegeu e reelegeu um analfabeto como presidente, estes profissionais que só encontram lugar em países que vivem a reboque da História investiram tudo na nova luta. O senador Paim Filho, por exemplo, restabeleceu o conceito de raça, conceito este sempre negado pelos movimentos negros, e pretendeu instituir a carteirinha de negro.
Não bastasse isso, a lei 10.639, de 2003, instituiu o Dia da Consciência Negra e fez desta data um feriado nacional. O feriado mal havia sido notado por coincidir com sábados e domingos. Assim foi que, somente neste ano da graça de 2006 acabamos descobrindo que o racismo foi oficializado no Brasil. O racismo negro, bem entendido, pois jamais ocorreria aos brancos criar um Dia da Consciência Branca. E se o criassem, seriam imediatamente denunciados na Justiça como racistas.
Pouco de novo se tem a dizer a respeito desta história antiga. Mas a cada vez que a estupidez emerge, urge denunciá-la. O dia é uma homenagem a um dos símbolos da resistência negra no país: Zumbi de Palmares, que foi degolado em 20 de novembro de 1695. Até há bem pouco, a data celebrada pelos negros era o 13 de maio, quando, em 1888,a princesa Isabel decretou a libertação dos escravos.
Isso de branca libertar negros, ainda mais quando se tratava de uma princesa, não gera luta racial. Era preciso encontrar um negro, de preferência um mártir. Mesmo que nos quilombos existissem escravas brancas. Mas este dado, stalinisticamente, deve ser apagado da História. Não fica bem à imagem de um herói libertador de negros ter escravas brancas. Por outro lado, não vejo porque não unificar a grande Parada Negra às paradas gays de São Paulo. Afinal, Zumbi era chegado às práticas nefandas, como se dizia na época, tanto que mereceu o apelido de Suequinha.
Cerca de doze mil pessoas participaram, nesta última segunda-feira, da primeira Parada Negra, na avenida Paulista, região central de São Paulo. Após a parada ocorreu a 3ª Marcha da Consciência Negra. A festa já acontece em 232 municípios brasileiros. Agências bancárias e dos correios permaneceram fechadas nos municípios que decretaram feriado devido à data. Ai daqueles que um dia pensarem em uma parada branca. Serão imediatamente anatematizados e jogados no rol dos racistas, nazistas e fascistas.
Esta manifestação só serve para incentivar o racismo no país. Bem entendido, jamais teremos um dia da consciência mulata. Os negros racistas brasileiros, à semelhança dos negros racistas americanos, não aceitam a idéia de mulato. Aceitar o conceito de mulato significa admitir que no Brasil negros e brancos se miscigenaram sem maiores problemas, e isto significa dizer que no Brasil não há racismo, ou pelo menos não hás um racismo mais pronunciado. Isto não serve aos velhos comunistas, sempre entrincheirados na antiga idéia de luta de classes.
É sempre bom lembrar que os negros não chegam a constituir seis por cento da população nacional. Os mulatos chegam a 38%. Até o Supremo Apedeuta já assumiu esta idéia de que estes mulatos não existem, e andou colocando o Brasil como segundo país negro do mundo, depois da Nigéria. Chamem como quiserem o 20 de novembro. Eu prefiro chamá-lo de dia da Suequinha. Quem quiser empunhar Zumbi como herói da libertação dos negros, terá também de empunhar outras bandeiras, que não sei se todo o pequeno contingente negro da população terá coragem de empunhar.
domingo, novembro 26, 2006
QUINTA-COLUNA. OU, QUEM PROTEGE BANDIDOS? por Percival Puggina. Artigo publicado em 16.10.2016
Importado da Guerra Civil Espanhola e largamente usado durante a Segunda Guerra Mundial, o termo quinta-coluna designa quem, no desenrolar de um conflito, serve à causa do inimigo nacional comum. Não é outra coisa a zelosa proteção de malfeitores conduzida por proselitismo ideológico, estratégia política e administração da justiça. Assumida com motivações de esfumaçada nobreza, implica ações e omissões que colidem com a segurança e a defesa da sociedade, com elevados atributos do bem comum e com finalidades essenciais ao Estado.
Num tempo em que nossas sirenes mentais disparam ao colocarmos o pé na soleira da porta, ou pararmos num semáforo, ou escrutinarmos cada passageiro que embarca no coletivo em que nos aventuramos, a palavra paranoia tende a cair do vocabulário, substituída por duro e puro realismo. Há uma guerra declarada pelo crime contra a sociedade. E nós não somos militares ou policiais. Somos os desarmados objetivos de forças inimigas, que evitam se confrontar com o Estado pois este tem armas e tropas, reduzidas, mas treinadas. É conosco, é contra os civis, que tal guerra foi estabelecida.
Por isso, decidi alinhar nesta coluna, para adequada identificação, diversas posições e atitudes de colaboração com as forças inimigas. Podem, por isso, ser qualificadas como quinta-colunas. Você verá, leitor, sem surpresa alguma, que todas essas atitudes procedem do mesmo arraial ideológico onde se articulam ações revolucionárias.
São protetores de bandidos os adversários à posse e ao porte de armas. Eu mesmo me alinhei entre estes, até aprender de minhas sirenes mentais o quanto a prudente prevenção serve à nossa segurança e à de nossos familiares. Uma população civil desarmada vira pombinha branca para as armadilhas do banditismo, tão alva e tão ingênua quanto as dessas revoadas lançadas por manifestantes em favor de uma paz unilateralmente declarada. É bem assim que as forças inimigas querem ser recebidas. Elas desejam ser, sempre, o único lado com o dedo no gatilho.
São protetores de bandidos todos os que emitem a cantilena do "só isso não resolve" ante qualquer demanda racional por rigor contra o crime, a saber, entre outras: mais presídios, penas de reclusão mais longas, severas exigências para a progressão de regime e uso mais intenso do Regime Disciplinar Diferenciado nas execuções penais.
São protetores de bandidos os que proclamam, como se argumento fosse, o fato de já termos "presos em excesso". E tudo se passa como se miragens e alucinações, não bandidos reais, andassem por aí todo ano, armas na mão, matando 60 mil brasileiros, roubando meio milhão de carros, praticando número muito maior de furtos diversos não notificados e algo como 520 mil estupros (estimativa feita pelo IPEA, levando em conta a subnotificação, a partir de 41 mil ocorrências registradas).
São protetores de bandidos os políticos, formadores de opinião, juristas e ideólogos cujas vozes, em pleno estado de guerra, mas longe do tiroteio cotidiano, só se fazem ouvir para recriminar ações policiais, promovendo a associação ideológica dessas corporações à repressão, autoritarismo, brutalidade, ditaduras e assemelhados. São protetores de bandidos os militantes de ideologias instalados nas carreiras jurídicas e ganhando acesso aos parlamentos. Para estes, os criminosos são agentes ativos da revolução social com que sonham sem terem a coragem de acionar com mão e gatilho próprios.
São defensores de bandidos todos que espalham as sementes do mal por plantio direto, lançando-as ao léu, com a afirmação de que os criminosos são seres humanos esplêndidos aos quais foi negada a realização de sua bondade natural por essa sociedade perversa (eu, você que me lê e os executados de ontem em atos de extrema frialdade). Veem-nos - a nós, nunca a si próprios - como potenciais cenas do crime, corpos de delito com culpabilidade constatada e contas a ajustar.
A lista é extensa e não há como condensá-la nestas linhas. Não tenho como (leia o artigo completo em http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/colunistas/percival-puggina/ultimas-noticias/
Especial para ZERO HORA, 15/10/2016
SINDICATOS S/A
Abrir sindicatos virou um grande negócio, graças aos bilhões retirados do bolso do trabalhador pelo imposto sindical. Segundo levantamento do senador Álvaro Dias (PV-PR), enquanto no Reino Unido há 168 sindicatos e a Argentina 91, o Brasil tem 15.007 registrados.
DISSE O NÁRIO
AMANTE- Bicho mais voraz do planeta. Come terra, apartamento, casa, automóvel e dinheiro.
Assinar:
Postagens (Atom)
-
“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
-
“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
-
BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...