terça-feira, 31 de janeiro de 2017

“Meu bisavô quando na escola foi abraçado por Stálin. Morreu aos 78 anos e ainda não havia conseguido tirar da pele o cheiro do porco.” (Eriatlov)

“Na Correia do Norte patriota é quem passa fome. Não vale para o ditadorzinho que por sinal está bem robusto.” (Eriatlov)

“Mao fez a revolução cultural para que todos os iletrados da China assim continuassem cegos até a morte.” (Eriatlov)

”Não fosse pelos olhinhos fechados seriam os chineses ainda comunistas?” (Eriatlov)

MUI CORDIAL

O grande animal corre pela estrada
Na curva difícil tomba
O motorista jaz
A carga se dilacera
O povo cordial saqueia.

O FRACASSO DO ESTADO E A ÉTICA DOS CRIMINOSOS

Por Maria Lucia Victor Barbosa, publicado pelo Instituto Liberal
1 de janeiro de 2017. Em penitenciárias de Manaus (AM) a Família do Norte (FDN), facção que comanda o tráfico de drogas na fronteira com a Bolívia e é ligada ao Comando Vermelho (CV), esquartejou, decapitou, arrancou corações e vísceras de 60 homens, a maioria ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Tudo foi devidamente filmado e enviado para redes sociais, cujos frequentadores consumiram avidamente a selvageria digna do Estado Islâmico.
Houve mais mortes e fugas em outros Estados, além de uma carta do PCC. Alguns trechos foram publicados na Folha de S. Paulo, de 6 de janeiro, e curiosamente neles os bandidos se referiam ao seu “código de ética” rompido, pois “a meta sempre foi lutar contra o Estado corrupto e não contra nossos irmãos mesmo que de outras organizações fossem”.
A carta terminava com o lema da poderosa organização criminosa: “paz, justiça e liberdade”, algo de tom ideológico e cínico tratando-se de degoladores, daqueles que desgraçam famílias, dos que são fonte da violência que infelicita e aterroriza cidadãos honestos.
O gigantismo dos lucros e a organização impecável do PCC e do CV são também a prova mais cabal do fracasso do Estado. Onde estavam o Executivo, o Legislativo, o Judiciário enquanto as organizações criminosas se expandiam?
Com relação ao Executivo cito excelente artigo do professor Ricardo Vélez Rodríguez, publicado no O Estado de S. Paulo de 22/10/2016. No texto Rodríguez relembra que “o empurrão inicial dado pelo brizolismo ao narcotráfico veio a ser potencializado, em nível nacional, pelos 13 anos do populismo lulopetista que simplesmente abriram as portas para o mercado de tóxicos no Brasil”.
O professor também recorda “foto de Lula, no palanque em Santa Cruz de La Sierra, com Evo Morales, ambos ostentando no peito colares feitos de folhas de coca”. A imagem simbolizou um “liberou geral” para a produção e distribuição das drogas. “Rapidamente o Brasil viu aumentar de forma fantástica a entrada da pasta-base da coca boliviana”.
Após as chacinas, demonstração de quem de fato comanda o sistema prisional, busca-se o que fazer. Algumas soluções raiam à imbecilidade como o direito de fuga e a soltura de presos. Também, para palpiteiros inconsequentes não se deve prender os que cometeram cries menores (o que seriam crimes menores?), liberar as drogas e não construir mais prisões.
Ninguém sugeriu ao Judiciário o julgamento dos 40% dos detentos em prisão provisória. Parcerias público-privadas, diferentes de terceirizações, nas quais, a iniciativa privada constrói as prisões e administra de acordo com parâmetros estabelecidos em contrato com o poder público. Reforço considerável das Forças Armadas nas fronteiras para impedir a entrada de drogas e armas, lembrando que o papel do Exército não é o de fazer revista em presídios.
Enquanto o crime lucra e domina o país temos assistido a espetáculos dignos de uma republiqueta das bananas. Citando pouquíssimos exemplos para não alongar o artigo recordemos a cena de Renan Calheiros, então presidente do Senado e do Congresso, ao lado do na época presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, ambos rasgando a Constituição ao manter os direitos políticos de Dilma Rousseff mesmo depois desta ter recebido o impeachment.
Calheiros, que tem processos adormecidos no STF desde 2007, recentemente foi denunciado ao Supremo por Rodrigo Janot, procurador-geral da República, pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas o senador zombou da Justiça ao se recusar a sair do cargo por ser réu. Lá permaneceu salvo por uma gambiarra jurídica feita pelo próprio STF. Seu sonho ainda deve ser a aprovação da Lei de abuso de autoridade, que o livraria junto com quase 100 políticos envolvidos na Lava Jato. Se duvidar, Renan vira ministro da Justiça.
Na verdade, há um temor infundado dos que possuem foro privilegiado, porque enquanto o juiz Sérgio Moro, brilhante e rara exceção no mundo jurídico, tem cumprido a lei e mandado para a cadeia um número impressionante de figurões, o Supremo até agora não julgou ninguém da quase centena de políticos envolvidos na Lava Jato. E não se sabe quando isso acontecerá dada a morosidade da Justiça brasileira. Pode levar os anos suficientes para a prescrição dos crimes.
Com a morte em acidente de avião do ministro Teori Zavascki não se sabe o que acontecerá com as 77 delações premiadas da Odebrecht. Zavascki, com todo respeito pelo luto da família, não foi um herói, mas um ativista político como seus demais pares do Supremo. Por essa característica ele podia demorar anos a fio para homologar as delações, mas agora a situação está mais turva na medida em que tem que ser definido seu sucessor. Seguiremos com nossa tradicional insegurança jurídica? Nesse caso prevalecerá a ética da bandidagem.

TRUMP NÃO BANIU OS MUÇULMANOS: SEPARANDO OS FATOS DA HISTERIA

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Vai ficar cada vez mais difícil defender qualquer coisa do governo Trump, que tem tido erros e acertos, basicamente por dois motivos: 1) a forma pela qual ele anuncia suas medidas costuma ser terrível, apesar do conteúdo muitas vezes apontar na direção certa; 2) há um exército organizado pela esquerda e com o domínio da grande imprensa pronto para reagir, nem sempre (ou quase nunca) de forma honesta, a qualquer coisa que o “homem laranja” faça.
Trump já foi julgado antes de começar a governar direito, como aconteceu com Obama. Mas, ao contrário do democrata, que foi absolvido de qualquer pecado e ganhou até o Nobel da Paz antes de começar a autorizar bombardeios e restrições a imigrantes, o republicano já foi considerado culpado por tudo, não importa o que decida fazer, nem que tenha sido eleito de forma legítima pelo colégio eleitoral com essa plataforma de mudanças.
Já vejo até “liberais” pedindo sua cabeça, com dez dias de governo!, acusando-o de ser um “caudilho” e de desestabilizar a ordem da República. Ou seja, pregam uma reação claramente caudilhesca de republiqueta das bananas, e depositam pleno poder nos agitadores de esquerda, que poderiam desestabilizar qualquer governo de oposição.
Apontam para protestos coordenados como sinal de impopularidade, ignorando não só o resultado das urnas, como manifestações favoráveis igualmente relevantes, como a marcha pela vida em que o vice Pence participou. Todo poder a Soros, pedem esses “liberais” que não cansam de agir como idiotas úteis dos socialistas.
A ordem executiva sobre imigrantes foi um prato cheio para esse tipo de reação. Trump errou na forma mesmo, e nada como pegar um ou outro gato pingado com Ph.D., green card e emprego na Google ou no Facebook para entrevistar e mostrar o absurdo da medida “xenófoba”, “preconceituosa” e contra o Islã. Não obstante o fato de que Trump claramente defendeu o endurecimento com imigrantes muçulmanos mesmo, e venceu, vale ressaltar que não foi nada disso que ocorreu nessa medida.
David French escreveu um esclarecedor artigo para a respeitada “National Review” em que busca separar os fatos da histeria “generalizada” que tomou conta do país (a esquerda e a mídia sempre foram mestres em aparentar falar em nome de todos, mas se fosse o caso, Trump teria perdido a eleição). A conclusão do autor é direta: Trump não passou um banimento aos muçulmanos, nem nada perto disso!
Ao contrário até de sua plataforma de campanha, o novo presidente recuou bastante e passou uma ordem executiva moderada. Isso mesmo: não há nada de tão radical ali. São restrições temporárias a poucos países que afetam negativamente pouquíssimos indivíduos legitimamente detentores do green card. Não há como uma generalização impedir alguma injustiça pontual. Toda relação entre países é desta natureza: quando uma decisão é tomada para dificultar o visto de um povo, é evidente que indivíduos serão injustiçados. Mas só alguém muito infantil pode achar que dá para fazer diferente, caso a caso.
O foco dessa ordem de Trump foi nas zonas de conflito de países islâmicos. Primeiro, a ordem suspende por 120 dias a entrada de refugiados para aprimorar o processo de veto, considerado bastante frouxo na era Obama. Em seguida, restringe a 50 mil a quantidade de refugiados por ano, lembrando que os Estados Unidos são os que mais recebem esses refugiados. Parece absurdo?
Antes de 2016, quando Obama decidiu acelerar a entrada de refugiados, a ordem de grandeza era exatamente essa. Trump estaria, portanto, simplesmente retornando para o padrão, inclusive da gestão de Obama antes do ex-presidente resolver acelerar drasticamente a liberação de refugiados no país, sem o devido processo de seleção e filtro para impedir a entrada de potenciais terroristas. A população americana certamente está de acordo com a mudança de postura, que visa a aumentar a segurança interna.
Em segundo lugar, a ordem impõe um temporário banimento de 90 dias a pessoas vindo da Síria, Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen, onde ocorreu a primeira operação militar bem-sucedida de Trump, com a morte de vários membros da Al Qaeda. São países ou destruídos pelos jihadistas ou sob o comando de regimes simpáticos aos jihadistas. O Departamento de Imigração pretende obter mais informações sobre esses imigrantes, por isso o banimento temporário. Quer verificar com mais calma e atenção se cada indivíduo é mesmo quem clama ser, ou se há risco de terrorismo disfarçado. Mesmo assim existe uma cláusula de exceção para certos casos que se mostrem evidentes.
Dados os recentes ataques terroristas no mundo por imigrantes ligados aos jihadistas, não soa tão radical assim uma medida que pede tempo para avaliar melhor quem é quem, em vez de abrir as fronteiras de forma irresponsável como fez Obama. French apresenta outros argumentos e fatos, como no caso específico dos refugiados da Síria, mas o leitor já entendeu o grosso da questão: pode existir um excesso aqui e acolá, o debate é legítimo, mas a reação histérica de muitos tem sido claramente manipulada ou fruto da ignorância.
Queira ou não a esquerda, o fato é que Trump venceu, e com um discurso claramente priorizando a questão da imigração. Querer impedir na marra e no grito qualquer mudança nessa direção é que soa autoritário, antidemocrático e anti-republicano. O “homem laranja” foi eleito para dificultar a entrada de imigrantes potencialmente perigosos ou ilegais. Isso não pode estar em dúvida. Logo, é natural que ele vá nessa direção, ainda que possa escorregar ou se exceder eventualmente.
Se a população americana desejasse seguir na política de abertura irresponsável de Obama, Hillary Clinton teria vencido. Mas ela perdeu, e de lavada nos colégios eleitorais, que capturam melhor a complexidade da população americana do que a simples maioria. Protestos são legítimos e parte saudável de qualquer democracia civilizada. Mas o que temos visto até aqui são “manifestações” muitas vezes violentas, e quase sempre manipuladas pelo establishment poderoso que foi derrotado por Trump.
Muita calma nessa hora! A Estátua da Liberdade não está em prantos, o governo Trump não é fascista e não declarou guerra a todos os muçulmanos. Flavio Quintela desabafou:
O primeiro dia de vigência da ordem executiva de Trump que restringiu a entrada de estrangeiros provenientes de uma lista contendo sete países – Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen – foi descrito pela mídia em geral como um caos de proporções épicas. Na esteira desse sensacionalismo veio a turminha “massa de manobra” que sempre ajuda a povoar os protestos de esquerda. Esse pessoal foi às ruas e aos saguões de aeroportos aqui nos EUA, segurando cartazes com mensagens de amor a refugiados muçulmanos e de repúdio ao presidente americano.
Os fatos reais, no entanto, simplesmente não suportam a versão da imprensa, muito menos a histeria dos manifestantes. São eles:
1 – A lista de sete países não foi feita por Trump, e sim por Obama. A última administração compilou a lista e a aprovou no legislativo como sendo a lista dos países mais perigosos para a América, contra os quais o governo americano poderia determinar sanções econômicas e migratórias. Reiterando: foi Obama quem criou a porcaria da lista.
2 – Não se pode falar em perseguição religiosa justamente pelo fato de que os sete países juntos representam uma pequena porcentagem da população muçulmana do mundo. Se Trump quisesse banir os muçulmanos, teria que ter começado pela Indonésia ou por Bangladesh.
3 – Nesse primeiro dia, cerca de 325.000 estrangeiros entraram nos Estados Unidos através dos canais legais de ingresso. Apenas 108 foram barrados por conta da ordem executiva. A grande maioria destes eram pessoas com múltiplas idas e voltas aos sete países acima, ou seja, gente que levantou suspeitas.
Como vocês podem ver, não há nada de tão absurdo nessa medida tomada por Trump. Não fossem os idiotas úteis lotando os aeroportos com seus cartazes e a mídia fazendo uma cobertura jornalística totalmente suja, ninguém perceberia o que aconteceu. Teria sido apenas mais um dia comum nos portos e aeroportos americanos.
Leandro Ruschel foi na mesma linha: “Entre sexta-feira e hoje, mais de um milhão de viajantes entraram nos EUA. 360 foram atingidos pelas restrições impostas por Trump. É um país de imigrantes e continuará sendo. Há uma histeria produzida de forma artificial pela imprensa, para variar”.
Algumas pessoas estão fazendo análise, enquanto outras estão dando vazão a suas emoções, quase sempre histéricas. Os primeiros foram os mesmos que apontaram para as grandes chances de vitória de Trump, enquanto os últimos eram aqueles que gargalhavam quando falávamos dessa possibilidade. O leitor vai continuar confiando naqueles que erraram tudo?
Rodrigo Constantino

GARIMPEIRO URBANO

Ainda o sol não nasceu
Sopra um vento gelado pelas ruas da cidade vazia
Um solitário de casaco puído e sujo caminha de olhos  no chão
Mãos trêmulas nos bolsos
Lábios rachados e  boca seca
Procurando pequenos alentos nas calçadas e sarjetas
Pois é um garimpeiro urbano
Um garimpeiro de moedas perdidas.

BLOCO DE CARNAVAL “LIBERA QUE EU CONSERVO” MOSTRA QUE A DIREITA CAI FINALMENTE NO SAMBA!

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Como alguém que vem reclamando há anos do “departamento de marketing” dos liberais e conservadores, sempre reféns de alguns equívocos como o elitismo, o racionalismo excessivo e o foco apenas na economia, não na cultura, só posso festejar e muito a novidade carnavalesca deste ano: pela primeira vez teremos um bloco voltado para a direita! Vejam a notícia no Boletim da Liberdade:
Está marcado para o dia 12 de fevereiro, um domingo, o lançamento de um novo bloco de Carnaval no Rio de Janeiro. A notícia seria banal, não fosse por um detalhe: o Libera que eu conservo, fundado pelos administradores da página Movimento Reaça no Facebook, Victor Bosch e Maria Fernanda, tem o objetivo de reunir liberais e conservadores na folia momesca.
“A ideia é fazer um ‘concentra mas não sai’”, explica Victor, referindo-se a um tipo de bloco que permanece parado no mesmo local em vez de desfilar – e o lugar escolhido é a Hob Hamburgueria, na rua Mariz e Barros, 184, na Tijuca. “O projeto surgiu em dezembro. Não tínhamos muito tempo, nem muito dinheiro, então a hamburgueria abriu o espaço gratuitamente em uma região central, a gente topou e está investindo na ideia. Será do lado de fora da hamburgueria, mas com o apoio logístico deles”.
Um bloco de Carnaval “de direita” pode parecer uma ideia bastante inusitada, mas os organizadores levam a sério a reclamação de muitos formadores de opinião liberais e conservadores quanto à necessidade de ocupar espaços. “A pretensão é justamente essa. Nós gostamos muito de política e nos identificamos com as ideias da direita. Sentimos a necessidade de reunir a rapaziada para confraternizar e buscar um público que se identifica com a nossa causa, mas não sai de casa para um evento político.”
O grupo lançou uma campanha de financiamento coletivo para apoiar financeiramente a contratação dos músicos do bloco na plataforma Kickante, onde alegam que a existência de blocos exaltando as supostas “belezas” do socialismo estimularam a proposta de “aproveitar a irreverência do Carnaval” para zoar “aqueles conceitos que ouvimos desde crianças e que você já sabe que não funcionam”. Os organizadores dizem ainda que são todos voluntários e não têm qualquer objetivo comercial ou lucrativo com a iniciativa.
Libera que eu conservo promete se apresentar com marchinhas, sambas clássicos e um samba próprio composto por João Filho, inclusive compartilhado por Roberto Motta, ex- Partido NOVO. Se você quiser aprender para cantarolar no dia, clique aqui.
Para mais informações, basta seguir a página criada no Facebook. Soube que a turma do bloco teria interesse em me ver como “padrinho” da coisa. Se for o caso mesmo, fico muito honrado. Mas carnaval nunca foi muito minha praia. Gosto com moderação, já fui na Sapucaí algumas vezes, e participei de “micaretas” na época de solteiro (mas confesso que o objetivo principal não era sambar). E só.
No dia 12 de fevereiro estarei muito longe do Rio e do samba. Já comprei ingressos para o show do Bon Jovi aqui na Flórida. Sim, confesso que o “hard rock” era mais minha praia do que o samba, dos meus tempos de baterista e adolescente. Vou recordar, então, dessa época, apesar de nem acompanhar mais os novos lançamentos da banda “farofa”.
Não obstante, fica aqui registrada minha empolgação com a iniciativa da rapaziada. Eu posso não cair no samba, mas acho excelente que a direita o faça!
PS: A iniciativa ganha ainda mais peso quando lemos que marchas clássicas ficarão de fora desse carnaval, pois a esquerda politicamente correta tem policiado a linguagem de todos. É muita frescura mesmo!
Rodrigo Constantino

SETENTA

Os certinhos não se cansam
A carne não é boa coisa
O sal nos mata
O açúcar nos mata
O carboidrato nos mata
O ar está impuro
A água contaminada
Não sei como ainda estou vivo
Descontado todo exagero
Não viverei para sempre
Deixem-me viver setenta
Tendo alguns momentos de prazer.

ABRINDO PORTAS

Tal é a carantonha
Que assusta quem por perto está
Não sei por que não tentam
Um cumprimentar alegre
Saber falar com licença
Por favor
Muito obrigado
Que não são chaves
Mas que abrem muitas portas.

SOBRE ERROS

“Ainda bem que a maioria dos nossos erros é reversível e basta um pedido de desculpas para tudo ficar bem. Conviver com algo que não se pode reparar é carregar um enorme peso.” (Filosofeno)

“Para espantar fantasmas e outros seres monstruosos nada melhor que a luz da mente.” (Filosofeno)

HUMOR ATEU -VIDAS TRANSFORMADAS

ATHEUS-NET

O jogo da vida — Contra o tédio até os deuses lutam em vão

Maturidade — Algumas coisas só aprendemos com o tempo

“Perguntam-me seguidamente se não tenho vergonha na cara. Respondo que já tive, mas perdi.” (Climério)

“Uma esposa ou marido nunca vem só. Sogra é um acessório obrigatório.” (Climério)

PAULO FRANCIS CURTIU ISSO por Paulo Briguet - em Avenida Paraná. Artigo publicado em 30.01.2017



(Publicado originalmente na coluna do autor na Folha de Londrina)


Se Paulo Francis e Nelson Rodrigues vivessem hoje em dia, seriam youtubers e fariam grande sucesso em comentários no Facebook e no Twitter. Isso não os impediria de escrever os livros que escreveram, mas certamente ampliaria o alcance de suas opiniões. Nelson (nos anos 60 e 70) e Francis (nos anos 80 e 90) eram vozes praticamente solitárias do conservadorismo brasileiro, enquanto a esquerda, no período compreendido entre a ditadura militar e a redemocratização, adotava a estratégia de ocupar espaços nas instituições culturais e midiáticas do país. Tipos como Francis e Nelson acabaram se tornando verdadeiros ETs, vozes do exílio no habitat cultural dominado por esquerdistas.

Nasci em 1970. Na minha geração, todos os espaços de debate público — jornais, universidades, igrejas, mercado editorial — eram hegemonicamente dominados pela esquerda. Direitistas, os raros que havia, eram como bichos de outro mundo: um Merquior, um Corção, um Roberto Campos, além dos dois mitos já citados. A primeira rachadura séria nesse sistema foram os livros "A Nova Era e a Revolução Cultural" e "O Imbecil Coletivo", publicados pelo filósofo paulista Olavo de Carvalho nos anos 90. O establishment esquerdista ficou de queixo caído, perplexo, mais perdido que cebola em salada de frutas.

Mas a grande contrarrevolução midiática viria mesmo na primeira década do novo século, com o advento da internet e das redes sociais. O professor e escritor Percival Puggina, de Porto Alegre, viveu essas transformações e comenta em artigo recente: "No momento em que a internet se massificou e ocorreu a explosão das redes sociais (tão atacadas, nessas recentes críticas, como território ‘da direita’), democratizou-se o conhecimento e a Universidade perdeu sua função de grã-sacerdotisa do saber filosófico e da interpretação da história. De modo sutil, acontecia uma revolução do saber. A internet e as redes sociais, Olavo de Carvalho e seus cursos, cortavam os cabelos de Sansão e faziam emergir um grande número de novos autores e formadores de opinião que encontraram os meios de chegar ao público, multiplicando nas redes o conhecimento produzido por gigantes do pensamento até então jogados às traças nos desvãos das bibliografias e bibliotecas acadêmicas".

Hoje posso dizer, sem medo de exagerar, que esses autores, de viés conservador e liberal, raras vezes socialdemocrata, constituem fontes importantíssimas do meu trabalho jornalístico e intelectual. E confesso a vocês: graças a eles, erro muito menos. Pense o leitor nas barrigas jornalísticas que a velha mídia nacional e internacional colecionou durante o último ano. A acreditar na maioria dos veículos de grandes centros, não haveria impeachment; o Petrolão não passaria de uma intriga de opositores; a Lava Jato nunca prenderia Cunha; o Reino Unido continuaria na Comunidade Europeia; a Colômbia teria aprovado o acordo de paz com as Farc; Dória e Crivella jamais seriam prefeitos; e Hillary estaria confortavelmente instalada no salão oval da Casa Branca. Só que deu ruim — ao menos para quem acreditou em tudo isso.

Para o antropólogo Flavio Gordon, um dos perfis que sigo no Facebook (todos os citados nesta matéria estão no mesmo caso), a esquerda brasileira, e por conseguinte os veículos de comunicação dominados por ela, perdeu o contato com a realidade. "Com isso, a mídia esquerdista não enxergou em tempo hábil a ameaça representada pelas redes sociais". Caso raro de intelectual que migrou de uma bem-sucedida carreira universitária para a liberdade das redes sociais, Gordon afirma que a internet pôs fim ao isolamento das pessoas incomodadas com o discurso único de esquerda. "Essas pessoas não tinham, até então, noção de seu número e de sua força. Percebendo que não estavam sozinhas, começaram a criar coragem para se expressar, investindo em blogs, sites, comunidades do FB, etc." A força das redes sociais pode ser vista hoje pela atenção que os políticos e governantes dão ao que se passa no ambiente virtual. "É como se, enquanto os antigos meios de comunicação operassem em progressão aritmética, as redes sociais operassem em progressão geométrica", compara Gordon.

Um fenômeno da internet é o comentarista Filipe G. Martins, que deu um baile em toda a imprensa brasileira e acertou o resultado das eleições presidenciais americanas em 46 dos 50 estados. Se Paulo Francis estivesse vivo, gravaria um vídeo ironizando: "O menino errou em quatro; a velha mídia caiu de quatro". Filipe sabe que o domínio ainda exercido pela esquerda na mídia nacional. "Não há qualquer exagero na afirmação de que o ideal gramsciano de elevar o esquerdismo em ‘autoridade onipresente e invisível’ foi realizado em nosso país", observa. "De todo modo, apesar de ainda enxergar um cenário negativo, é incontestável que as coisas melhoraram muito e que a esquerda hoje não fala mais sozinha."

A professora e escritora paulistana Paula Rosiska, colunista do excelente site Senso Incomum, diz que definitivamente "se rasgou o véu do templo", ou seja, o antigo status de detentores da verdade não pertence mais aos artistas, jornalistas e acadêmicos com espaço na velha mídia. "Atualmente, os sites de humor político levam muito mais jovens a estudarem história e a questionarem os fatos do que qualquer professor doutrinador. O esquerdista hoje não seduz. É carrancudo, tem aparência descuidada, só fala em clichês que qualquer um nota estarem longe da realidade. A vitória acachapante do Dória em São Paulo e mesmo do Crivella no Rio comprovam que os artistas e a imprensa não elegem mais ninguém."

O advogado Taiguara Fernandes de Sousa tem sido um dos mais ativos críticos do discurso hegemônico da grande mídia, sobretudo no campo jurídico, que é a sua especialidade. "As redes sociais deram voz a quem não tinha e criaram meios alternativos de difusão de informação. Acompanho essa mudança desde o antigo Orkut e o surgimento do Blogger. Comunidades eram canais onde se podia discutir e contestar notícias; nos blogs, qualquer um poderia trazer uma notícia de outra fonte, escrever suas próprias análises, dar uma visão diversa. O True Outspeak, programa de rádio virtual de Olavo de Carvalho, formou toda uma geração mostrando o outro lado da notícia; eu descobri todo um mundo ali." Com o surgimento do Twitter e do Facebook, a velocidade de informação e de conferência de notícias passou a ser outra. No Facebook, as potencialidades só aumentaram: qualquer um, num perfil ou página, podia dar uma versão diversa da mídia oficial e ser, talvez, mais compartilhado que ela mesma. Com o advento dos smartphones, então, tudo ficou mais fácil e rápido. Tive exemplo claro disso em 2015 e 2016, anos nos quais acompanhei as manifestações, a Lava Jato e o impeachment com o celular na mão, escrevendo análises das ruas, do sofá, de onde fosse necessário."

A revolução das redes sociais fez ruir o monopólio da mídia dos grandes centros e feriu de morte a hegemonia esquerdista no debate político. Abriu espaço para novos mitos, figuras legendárias como o carioca Alexandre Archer, um dos mais afiados "zuêros" do Facebook e do Twitter, que diariamente combina doses pequenas, mas letais, de ironia e independência na avaliação das notícias e do ambiente cultural. Ele comemora o fim da dominação socialista na comunicação. E sentencia: "Já tínhamos razão, agora também temos voz. Ninguém segura. Mas é claro que ainda demora um pouco até que a capilaridade da nossa narrativa seja plena. Tenho visto o choro da esquerda. Está bonito".

Para não dizer que só falei da direita, ouvi dois amigos escritores, ambos londrinenses, que costumo acompanhar nas redes sociais, mesmo que nem sempre concorde com suas opiniões. O humorista e escritor Marcio Américo diz que realmente existiu um domínio da esquerda nos debates ao longo dos anos 70 e 80. "Nunca se debateu tanto como naquela época. Mas o fato é que havia uma ditadura de esquerda, não havia nos meios que eu frequentava alguém assumidamente de direita, daí que as pautas eram repetitivas e óbvias". Mas Márcio não compartilha do otimismo com as redes sociais na atualidade: "Tanto a esquerda quanto a direita ainda ostentam uma retórica de ódio, intolerância e acima de tudo incompreensão. Meu conselho para quem quer debater política: afaste-se das redes sociais".

O médico e escritor Marco Antonio Fabiani vê vantagens no uso das redes sociais para o debate político. "Em princípio, todo debate que se amplia é bom. E a rede não é uma plataforma neutra, pode-se fazer bom ou mau uso dela. Embora muitas vezes a qualidade do debate caia muito, considero melhor que as pessoas expressem suas opiniões, mesmo que choquem, do que elas carregarem isso consigo mesmas." Fabiani, assim como Marcio Américo, é frontalmente contrário a qualquer tipo de censura e controle de conteúdo na internet. "Com todas as ressalvas, as redes são um bom espaço de debate. Censura seria a pior coisa", diz o médico-escritor.

E, no entanto, o fantasma da censura paira sobre a internet. Governos e poderosos grupos de pressão se mobilizam que o Google, o Facebook e o Twitter exerçam maior controle sobre o que eu e você falamos nas redes sociais. "Querem tratar os usuários da internet como bebês incapazes de discernir a mão direita da mão esquerda, e entregar o controle das informações a veículos da grande mídia que nunca hesitaram em emplacar narrativas que possam contribuir com as pautas prediletas da esquerda", analisa Filipe G. Martins. Em outras palavras, os mandachuvas da mídia mundial, desesperados com suas derrotas em 2016, querem impor sobre nossos posts um controle digno de um romance de George Orwell.

Não curti isso. Francis e Nelson também não curtiriam.

Fale com o colunista: avenidaparana @ folhadelondrina.com.br

“Num litígio religioso é bom ouvir o conselho do diabo, pois ele trabalha tanto para evangélicos quanto para católicos e protestantes.” (Limão)

“Às vezes a morte faz nobre aos olhos do povo muitos homens que não valem um cuspe.” (Limão)

“A meta dos socialistas é deixar o povo todo igualmente na merda. E seus dirigentes bem longe dela.” (Eriatlov)

“O bom perdoa; o mau executa o bom; o justo impede o mau de agir usando a força necessária.” (Eriatlov)

“Os medíocres para encontrar um caminho na vida precisam de luz alheia.” (Eriatlov)

“Não ande com comunistas. O perigo que existe é você ficar irritado além da conta ou escandalosamente emburrecido.” (Eriatlov)

“Na minha família não há clérigos. Todos trabalham.” (Eriatlov)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- terça-feira, março 31, 2009 MENTIR OU NÃO MENTIR?

Mentir ou não mentir? – eis uma pergunta adequada para um 1º de abril. Se bem que as mentiras desta data são em geral inofensivas, têm mais o sentido de brincadeira do que a intenção de prejudicar alguém. Verdade que muitas vezes acabam prejudicando. A imprensa nacional – e particularmente a Veja – tiveram a reputação profundamente abalada por uma dessas piadas.

Aconteceu em 1983, quando a Veja endossou como verdade científica uma brincadeira lançada pela revista inglesa New Science. Tratava-se de uma nova conquista científica, um fruto de carne, derivado da fusão da carne do boi e do tomate, que recebeu o nome de boimate. Se a editoria de ciências visse esta notícia num jornal brasileiro, evidentemente ficaria com um pé atrás. Para a revista, a experiência dos pesquisadores alemães permitia “sonhar com um tomate do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate. E abre uma nova fronteira científica".

Isso que a New Science dava uma série de pistas para evidenciar a piada: os biólogos Barry McDonald e William Wimpey tinham esses nomes para lembrar as cadeias internacionais de alimentação McDonald´s e Wimpy´s. A Universidade de Hamburgo, palco do "grande fato", foi citada para que pudesse ser cotejada com hambúrguer. Os alertas de nada adiantaram. Como se tratava de uma prestigiosa publicação européia, a Veja embarcou com entusiasmo na piada.

Azar do redator crédulo. 1º de Abril à parte, escritores e pensadores se dividem, alguns considerando a mentira necessária ao convívio humano, outros banindo-a para o rol dos vícios inaceitáveis. No Estadão de ontem, o psiquiatra Flávio Gikovate afirmava com todas as letras: ''A mentira é um instrumento da inteligência. As pessoas nem sempre gostam de ouvir a verdade". O que é verdade. Os partidários do “me engana que eu gosto” são milhões, haja vista a eleição de um operário analfabeto para a magistratura suprema da nação. Isso sem falar nas pessoas que mentem para si mesmas e acabam acreditando nas próprias mentiras.

Pode a mentira ser necessária? Sem dúvida, e há casos em que salva vidas. Os estudiosos propõem um exemplo: você está sentado no bar da esquina. Uma mulher, desesperada, passa correndo na rua e dobra à direita. Mal some de sua vista, surge um marido – ou animal semelhante – correndo de revólver em punho. E pergunta: você viu passar uma mulher correndo? Para que lado ela foi? Se você disser a verdade, provavelmente condenou a moça à morte.

Numa guerra, a mentira pode ser fundamental para uma vitória. O caso clássico é o de um falso major inglês que jamais existiu, mas cujo cadáver foi decisivo para a vitória contra os alemães na Segunda Guerra. Os aliados precisavam convencer os alemães que seu próximo objetivo não seria a Sicília. Conseguiram encontrar o corpo de um soldado que morrera de pneumonia, o que permitia sugerir a morte por afogamento.

Deram-lhe o nome de William Martin, oficial dos Fuzileiros Reais, forjaram papéis que simulavam sua identidade e largaram o cadáver numa praia de Huelva, Espanha, onde certamente seria encontrado pelos nazistas. Em seu uniforme foi inserida uma mensagem de Lord Mountbatten para o almirante da esquadra, Sir Andrew Cunningham. Uma frase sugeria que a invasão ocorreria na Sardenha. "Ele pode trazer consigo algumas sardinhas — aqui estão racionadas!".

No dia 19 de abril de 1943, oculto no compartimento de torpedos do submarino Seraph, o cadáver de William Martin foi discretamente jogado ao mar próximo à praia. O próprio Hitler caiu no engodo e concluiu que o ataque dos Aliados seria dirigido principalmente contra a Sardenha. Dividiu suas forças e os Aliados puderam entrar na Sicília em ritmo de passeio. William Martin, que jamais existiu, hoje é cultuado como herói na Inglaterra.

Há mentiras que são muito necessárias e toda guerra não passa de um festival de mentiras. A mentira, no caso, não foi exatamente um instrumento da inteligência humana, mas da Inteligência militar. É uma arma tão legítima - e geralmente mais eficaz - quanto um fuzil ou canhão. Mas não é disto que Gikovate fala, e sim das mentiras do dia-a-dia. Segundo o psiquiatra, a sinceridade pode às vezes ser uma coisa maldosa, agressiva. No que tem toda a razão. Digamos que você tenha uma amiga que não foi exatamente favorecida pelos deuses. Ela é decididamente feia. Ora, você não pode dizer isto. Vai magoar, e talvez profundamente, uma pessoa. Mas tampouco precisa dizer que é linda. Melhor calar a boca. Nesses casos, saio pela tangente. Se ela me pergunta sobre sua beleza, tenho resposta pronta: “Não existem mulheres lindas ou feias. Existem apenas mulheres mais abraçáveis ou menos abraçáveis”. O que não deixa de ser verdade.

Quando a mentira faz bem? – quer saber o entrevistador. “Quando é piedosa – diz Gikovate -. “Os médicos nem sempre contam para o doente terminal o real estágio da doença”. Aqui vou discordar do psiquiatra. Depende do paciente. Se se trata de um destes seres que viveram toda uma vida embalados por mentiras, é de fato uma crueldade revelar-lhe a única, a última e pior das verdades. Já para alguém que não teme verdades, por mais cruciais que sejam, parece-me desonesto ocultar-lhe a própria morte. A sonegação da verdade rouba-lhe a chance de deixar tudo pronto antes de partir, organizar seus papéis, testamento, vontades e informações finais. O que torna bem mais fácil a vida dos que ficam. De minha parte, na hora de partir, não quero perto de mim médico algum que partilhe da filosofia do Dr. Gikovate.

Quanto às mentiras do dia-a-dia, a meu ver existem as perfeitamente inofensivas e as absolutamente prejudiciais. Digamos que você está conversando com amigos e subitamente sentiu vontade de estar só. Se você manifestar este desejo, pode melindrar alguém que vai se julgar o motivo de sua vontade de estar só. Se disser que precisa ir em casa para fazer um trabalho urgente, não está dizendo a verdade. Mas tampouco está prejudicando alguém. Pelo contrário, está sendo gentil.

Mas há uma outra mentira do dia-a-dia, certamente a mais encontradiça em nossos dias, que me parece repulsiva. Volto mais tarde.

OBAMA DESRESPEITA TRADIÇÃO REPUBLICANA E DECIDE DAR PITACO EM MEDIDA DE TRUMP

“O segredo do agitador consiste em parecer tão idiota quanto seus ouvintes, de modo que eles acreditem ser tão inteligentes quanto ele.” (Karl Kraus)
Os brasileiros vão achar graça nisso, mas os americanos levam muito a sério a tradição republicana de que o ex-presidente não deve se manifestar sobre as políticas do seu sucessor. É uma postura elegante, civilizada e, acima de tudo, republicana, de respeito às regras do jogo. E trata-se de uma postura que vem sendo mantida desde Jimmy Carter, o bobão que rivaliza com Obama em pusilanimidade e mediocridade em termos de resultados de gestão.
Pois bem: até nisso Obama resolveu disputar com Carter, e pelo visto venceu! Em apenas dez dias de novo governo, o ex-presidente já emitiu um comunicado, por meio de seu porta-voz Kevin Lewis, claramente condenando o banimento temporário de imigrantes do governo Trump. Fez isso de forma “indireta”, sem citar o nome, e “insinuando” que o banimento seria por preconceito religioso.
É Obama colocando sua paixão pelo Islã acima dos valores republicanos que fizeram da América o que ela é: terra da liberdade. Como até mesmo a jornalista da CNN (também conhecida como Clinton News Network) precisou reconhecer, após “compreender” o desrespeito de Obama pela tradição, o próprio ex-presidente havia elogiado a postura de Bush quando assumiu o governo, já que o republicano ficou totalmente de fora da política, sem se manifestar sobre as decisões do novo ocupante da Casa Branca.
Os brasileiros, como eu disse, acham estranho tanto barulho por “nada”, pois estamos acostumados com um fanfarrão como Lula, que jamais saiu do palanque, que nunca parou de fazer política com p minúsculo, sem se preocupar com nossas instituições republicanas. Mas americanos levam isso muito a sério, e essa é uma das tantas diferenças entre os dois países, entre uma República com R maiúsculo e uma republiqueta das bananas.
Ao se colocar claramente ao lado daqueles que têm se manifestado contra as medidas de Trump, Obama demonstra ser apenas um agitador de massas, o que ele sempre foi em Chicago, sob o eufemismo de “community organizer” (uma espécie de líder sindical para nós). Nunca esteve à altura do cargo que ocupou por oito anos. Disse que manteria uma postura de respeito, como Bush no seu caso, mas não conseguiu se segurar, não foi capaz de ficar em silêncio. O palanque está em seu DNA, como no caso de Lula, quem ele chegou a considerar “o cara”.
Uma lástima essa manifestação de Obama, que serve para jogar mais lenha na fogueira. Mas não chega a surpreender. O homem sempre foi um fiasco, a despeito de toda a propaganda enganosa e culto à personalidade por parte das celebridades e imprensa. É apenas mais uma bola fora, entre tantas outras…
Rodrigo Constantino

ATOR DE “STRANGER THINGS” PREGA “SOCO NA CARA” DOS “INTOLERANTES” QUE APOIAM TRUMP

Em nome do amor, da diversidade e da tolerância, mais um ator aprisionado na bolha progressista resolveu partir para cima de Trump e seus defensores, sem citá-lo diretamente pelo nome (aprendeu com Meryl Streep). Foi David Harbour, da série “Stranger Things”, premiada no Screen Actors Guild award.
Ele considerou o prêmio um “chamado às armas” contra o medo e a cultura narcisista de nosso tempo (ainda bem que em Hollywood não existem narcisos ou ninguém com ego inflado). Acrescentou, ainda, que o elenco vai repelir os “bullies” e oferecer abrigo às “aberrações”, aos “outcasts” e àqueles que não possuem um lar.
Mais: vão “caçar monstros”, e também dar um murro na cara daqueles que tentarem destruir os “fracos e marginalizados”. É tanto amor que não cabe nesses corações puros! O que seria do mundo sem essas almas abnegadas e tão tolerantes, democratas?
Mas, em meio a tantas coisas estranhas, pessoas estranhas e incoerências bizarras, o que mais chamou a atenção mesmo foram as caretas de Winona Ryder. O que foi aquilo? Que tipo de “vapor” a atriz anda fumando? Como alguém que viu “Stranger Things”, posso eleger essas caras e bocas definitivamente a coisa mais estranha de todas!
Rodrigo Constantino

CORREIO DA MÃE JOANA- Militares apreendem 61 geladeiras e 31 TVs em presídio de RR