terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

“Não sou um bom ouvinte. Não consigo desabafar nem comigo mesmo.” (Climério)

“É horrível. Eu sofro de depressão pós-prato.” (Fofucho)

“Na juventude fui sacristão. Gostava de comer hóstias com ketchup.” (Fofucho)

“Coragem? Coragem é o que não me falta à mesa!” (Fofucho)

A CORRUPÇÃO COMEÇA EM CASA

A corrupção começa em casa. O filho caçula de cinco anos do famoso deputado Arnaldo Comissão tentou subornar a empregada da casa para não tomar banho no dia de ontem. Ofereceu R$ 100,00 e diante da recusa deu nela com um pôster dobrado da Dilma. O deputado abafou tudo, mas vazou porque uma cunhada da prima da tia do irmão da parteira do filho da irmã ficou sabendo de tudo pela própria colaboradora do deputado Arnaldo.

FRASES DA EULÁLIA

“Para você ter uma ideia de quanto o meu marido é velho; ele foi alfabetizado escrevendo em papiro.” (Eulália)

“A minha família é toda feita de vadios imprestáveis. A única que trabalhou fui eu. Deitada, é certo, mas trabalhei.” (Eulália)


“Às vezes o melhor do sexo é a expectativa.” (Eulália)

“Grande parte das mulheres que conheço somente foram felizes quando ficaram viúvas. Estou esperando.” (Eulália)

“Já tive muitas esperanças. Hoje sou uma quase viúva que envelhece ao lado de um Matusálem.” (Eulália)

FUMANTES

Breno tinha ojeriza de cigarro. Ninguém podia fumar dentro e nem fora de sua casa, dentro do seu carro ou perto dele, mesmo se estivesse na rua. Na sua empresa não contratava fumantes, não os queria por perto. Caso visse um fumante na mesma calçada, atravessava. Mas o destino às vezes é cruel; pois o mimo de Breno, Sandra, filha única amada adorada da qual fazia toda e qualquer coisa para agradar, apaixonou-se por um fumante inveterado. Então agora vemos Breno, o detestador de fumantes no meio da fumaça da sala deixando limpo o cinzeiro do futuro genro e pitando seu cigarrinho também, afinal nada melhor que um cigarrinho para acalmar os nervos.

AS COBRAS

A cobra macho Sspy entrou na casa para curtir uma sombra e deu de cara com uma cobra de areia colorida que cobria o vão inferior da porta. Ainda não muito experiente nas coisas mundanas de amores e agarramentos, ficou vidrado na arenosa e não mais saiu de perto até ser morta a pauladas pelo dono da casa que desejava apenas enxotá-la, porém não teve outro jeito. Morreu no piso frio da despensa com os olhinhos cheios de paixão, sabendo da pior maneira possível que toda paixão é mortal.

A CURRUÍRA DESBOCADA

Os meninos Zico e Neto estavam caçando passarinhos num bosque perto da cidade. Zico preparou o bodoque para atirar numa curruíra. Neto intercedeu: -Não atira! Curruíra é o passarinho de Nossa Senhora! A curruíra não se conteve e abriu o bico: -Passarinho de Nossa Senhora é o caralho! Dito isso sumiu na mata. Os guris largaram os bodoques e foram rezar na capelinha da igreja, não sem antes lavar os ouvidos com água benta.

MONTEIRO

Monteiro está sentado à beira do abismo. Suas pernas balançam no ar chutando bolas invisíveis. Não se encontra mais consigo mesmo, é o dia de maior desespero. Olha para suas mãos calejadas, suas unhas sujas de terra e grita silenciosamente se tudo que fez valeu a pena. Retira do bolso da camisa e relê o telegrama que trouxe a notícia da morte de seu filho único. O punhal é cravado de novo, mais fundo. Não suporta. Basta. Deixa seu corpo pesado cair no abismo em busca da leveza da vida sem dor.

BRINCADEIRA ANTIGA

Há sombras rondando a minha nova morada. Elas vêm todos os dias, sem hora determinada. São sombras silenciosas e rápidas, num piscar de olhos elas somem. Não tenho por elas nenhum sentimento, nem medo, nem amor. Saio do meu caixão, subo e me sento sobre um grande mármore escuro. O céu está limpo, consigo ver o sol, mas não o sinto. Vejo as sombras escondidas detrás de um jazigo. Grito para elas: -Basta! Vocês já não me assustam mais! Agora sou apenas um fantasma como vocês! Elas chegam até mim, se apresentam sorridentes e me contam como é a antiga brincadeira de assustar novos mortos. Digo, "estou dentro".

MEDO

Insônia. Passava da meia-noite quando Antenor foi à sacada do seu apartamento que ficava no oitavo andar para fumar. A esposa dormia. Sentou-se, acendeu um cigarro e ficou ouvindo o murmúrio noturno da cidade. Algumas frenagens, buzinas e sirenes, sons da madrugada na cidade grande. Enquanto observava a fumaça se dissipando no ar pensava na vida. Já completara 53 anos em boa forma; a vida familiar era harmoniosa, a loja de peças permitia uma vida digna, o filho Rafael de 15 anos tinha boa saúde, bom aluno e não incomodava os pais. O que estaria faltando? O que lhe tirava o sono? Dívidas e inimigos sérios não faziam parte do seu mundo. Ficou remoendo dentro do cérebro perguntas e mais perguntas tentando obter respostas. Fumou mais um cigarro, voltou para seu quarto, acordou a mulher que bem dormia e perguntou: “Amor, você também tem medo da velhice?”

ENGAIOLADO

O domingo era de sol. Poucas pessoas estavam na praça naquela hora. Enquanto o pipoqueiro gritava, o guarda municipal dormia num banco sombreado. Um pombo manso catava milho pela calçada. Crianças brincavam na areia com seus baldes e pás. Era um domingo normal como outro qualquer já passado. Foi quando passou por mim um pássaro enorme com um homem engaiolado. O homem preso não gritava, não cantava. Através das grades de sua prisão vi apenas duas lágrimas caindo dos seus olhos. O pássaro proprietário parecia feliz.

POR LIVRE OBRIGAÇÃO

Paulino corria pelo campo aberto e de vez em quando olhava para trás. O suor descia pelo rosto, os pés doíam, os dedos faziam força para fugir dos sapatos. O sol ardia na pele e as bochechas estavam em brasas. Uma pequena brisa amainava um pouco o mal-estar do calor. Quando subia uma pequena elevação pedregosa teve que esquivar-se de uma cobra cascavel. Adiante se deparou com um encontro de escorpiões, tendo que dar saltos acrobáticos para escapar ileso. Passou por uma cerca de fazenda e foi recebido a tiros pelos peões. Vomitou de medo e cansaço. Depois atravessando um milharal foi corrido por porcos do mato. Olhou para trás e viu à distância homens montados em velozes cavalos vindos em sua direção. Não demorou muito para desmaiar diante de um muro de pedra. Foi logo alcançado pelos cavaleiros, medicado e levado de volta à cidade. Após ser lavado, vestido e perfumado, foi entregue à noiva na porta da igreja.

HERBERT E A MORTE

Herbert era um grande mágico. Tão bom que por mais de uma centena de oportunidades enganou a morte quando ela veio para buscá-lo. Foram tantas vezes que a morte desistiu de levá-lo, cansou-se. Desde então Herbert vaga pelo mundo sem descanso; o que poderia ser ao olhar superficial uma dádiva tornou-se um fardo duro de carregar. Herbert ainda vaga por aí, esperando que a morte reconsidere.

VOTO COMPRADO

“Voto comprado. O eleitor está ciente de que votou num ser semelhante a si.” (Mim)

Não sou religioso. Respeito todas as crenças, mas os religiosos não têm nenhum respeito pelas pessoas sem fé. — Dráuzio Varella

NA BOA

“Se tanto fez como tanto faz todos dormem até mais tarde.” (Mim)

SEGREDO

“Você tem um segredo? Pois então tem, mas se já o contou para alguém já está sem nenhum. “ (Mim)

VISÃO

“Em terra de cego quem tem um olho enxerga pelos outros.” (Mim)

RELÓGIO

“O tempo passa e até o relógio fica velho.” (Mim)

Carlos Ayres Britto exaltou a Lava Jato em evento na FGV.

“O Brasil deu um tranco na cultura da impunidade de pessoas postadas nos andares de cima da sociedade, e a Lava Jato segue nesse caminho que é uma postulação republicana, que é de tratar todos com igualdade perante a lei...

VIDA DE PULGA

“Atacam-nos de todos os lados; venenos, sabonetes especiais, esmagões. Somos os cachorros de antigamente. Vida dura agora é vida de pulga.” (Pulga Lurdes)

CORREIO DO BUGIU DE HORIZONTINA- Maradona: “Larguei as drogas há 13 anos e hoje sou um homem muito feliz”

Acho que não largou completamente; ainda anda com Maduro e Evo Morales.

DA TURMA

“Sempre fui da turma dos corruptos. Mas era cada uma na sua, não tinha esse negócio atual que funciona tipo uma associação, um sindicato.” (Deputado Arnaldo Comissão)

DEPUTADO ARNALDO COMISSÃO

“Tenho sim alguma dignidade, pois sou um corrupto sincero. Roubo e não coloco a culpa nos outros.” (Deputado Arnaldo Comissão)

LANCHE PARA O BOB

“Aqui na savana sempre há o lanche sagrado do mês: fotógrafo amador que sai do jipe.” (Leão Bob)

PENSAMENTOS PODRES

“Creio que todos possuem alguns pensamentos podres. Eu, por exemplo, se o que penso fosse público a cadeia seria o meu destino. “ (Climério)

PRIMEIRA HÓSTIA

“Quando recebi a minha primeira hóstia pedi ao padre se dava para passar manteiga”. (Climério)

JEITO DE RICO

“Apesar de feio e pobre tive inúmeras namoradas belas. É que sempre tive mãos macias e um jeito  assim de rico.” (Climério)

TIMIDEZ

“Eu já fui muito tímido. Tanto que na casa de estranhos só comia de olhos fechados.” (Climério)

SINCERIDADE

“Não desejo mentiras na minha lápide. Escrevam apenas: “Nem para um completo canalha se prestou.” (Climério)