sexta-feira, 18 de setembro de 2015

“Nunca tive o prazer de ser amarrado com linguiça.” (Bilu Cão)

“Meu filme preferido? ‘Vida no Açougue.’ (Leão Bob)

“A felicidade é um bicho que ninguém consegue prender para sempre.” (Filosofeno)

Lucrécio

“A meta de nossa existência é a morte; é este o nosso objetivo fatal. Se nos apavora, como poderemos dar um passo à frente sem tremer? O remédio do homem vulgar consiste em não pensar na morte. Mas quanta estupidez será necessária para tal cegueira? Por que não coloca o freio no rabo do asno, já que meteu na cabeça andar de costas?” (Lucrécio)

E como diz seu Abílio,60 anos,vadio sem pecha que fica avexado de trabalhar, porém jamais enrubesce de passar anos na vida boa, e mesmo assim reclama: “Meu azar foi não ter pai rico. Tivesse tido, minha vida teria sido de férias sem fim.”

“Esse governo Dilma é um descalabro nos pormenores e também pormaiores.” (Pócrates)

Campanha de Dilma recebeu R$ 6 milhões do petrolão, diz deputado

O deputado Fernando Francischini (SD-PR) vai pedir na segunda-feira a convocação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para prestar depoimento na CPI da Petrobras. Preso desde janeiro, o ex-diretor tenta negociar delação premiada com o Ministério Público Federal. Francischini diz que teve acesso à proposta de delação feita por Cerveró. Trata-se de uma espécie de "cardápio" com os tópicos que o candidato a delator se propõe a esclarecer caso feche o acordo com os procuradores da República. Francischini diz que Cerveró, em um dos anexos da proposta, faz revelações sobre negociações das quais participou para liberar 6 milhões de reais para a campanha da presidente Dilma Rousseff. Segundo Francischini, o dinheiro "ilegal" teria abastecido a campanha de 2010.

A proposta de delação do ex-diretor da Petrobras, segundo o deputado, inclui ainda revelações sobre cinco "reuniões prévias" que Cerveró teria tido com Dilma Rousseff no período em que a Petrobras estava comprando a Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio deu um prejuízo bilionário para a Petrobras. Dilma afirma que votou a favor da compra da refinaria com base em parecer "falho", feito por Cerveró.

Ao se dispor a dar detalhes das reuniões prévias com Dilma, quando ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Cerveró irá sustentar que ela tinha total conhecimento dos detalhes do negócio envolvendo Padadena. Francischini vai pedir ao Ministério Público Federal a cópia de toda a proposta de delação de Cerveró. O parlamentar também quer pedir proteção da Polícia Federal para o ex-diretor da Petrobras. "É importante que o procurador-Geral da República homologue o mais rápido possível a delação do Cerveró", diz Francischini. "Poderemos comprovar que a presidente Dilma mentiu no exercício do mandato".

VEJA

Esta é a Rádio Oficial de Cuba; nossos ouvintes nos perguntam: "O que devemos fazer quando todos os cubanos puderem sair livremente do país?" Estamos respondendo: "Tomar cuidado para não ser esmagado no tumulto."

Opções

Qual chá é melhor, chinês ou cubano?
 Beba café.

“A bebida estava interferindo no meu trabalho. Larguei do trabalho.” (Chico Melancia)

“Quando você começa fazer dívidas para pagar dívidas é porque está indo para o buraco.” (Pócrates)

“O problema não é completar cem anos. O difícil é completar cem anos sem dores e um caminhão de comprimidos.” (Pócrates)

“Já que estamos todos no mesmo barco, um aviso: ele está afundando!” (Mim)

“Parece que temos por aqui um mal que nunca terá fim: Os Brazilians Miaus.” (Mim)

Uma Família de Negócios


-Mãe, estamos nessa merreca de vida, sem dinheiro para nada! Ondes estão os amigos poderosos do papai?
-Os que ainda não estão enjaulados, estão a caminho. Inclusive o seu pai. Ele está pensando em fugir pra Venezuela, mas como lá falta papel e ele aduba como um elefante,  está indeciso.

Os liberais e os empreendedores Por João Luiz Mauad

Ao ler meu artigo de ontem, um amigo se disse intrigado de ver um liberal atacando grandes empreendedores, afinal, segundo consta, o liberalismo tem, entre seus princípios, a defesa do empreendedorismo.  Embora a premissa do meu amigo seja verdadeira, sua conclusão é absolutamente falsa.  È o que tentarei explicar, com a ajuda de um antigo texto meu sobre o tema.
Em 1776, Adam Smith publicou sua obra magna, Uma Investigação Sobre a Origem e as Causas da Riqueza das Nações, argumentando, em síntese, que a divisão do trabalho e as trocas voluntárias eram as fontes primárias da riqueza das nações.  O governo, então, era visto como mero coadjuvante, cujo papel limitava-se a fazer cumprir os contratos, proteger a vida e a propriedade dos cidadãos.
Por conta de um desses grandes paradoxos da vida, entretanto, o capitalismo de livre mercado, preconizado pela Escola Clássica, embora tivesse trazido muita riqueza aos países que o abraçaram, foi sendo paulatinamente substituído, principalmente durante o século XX, por uma nova forma de capitalismo, denominado “capitalismo de Estado”.  Infelizmente, esse último é o único modelo que o grande público conhece, o que acaba provocando toda a confusão.
O processo de substituição, do capitalismo liberal para o de estado, foi bastante facilitado pelo fato de que muito poucas pessoas apreciavam/apreciam, de fato, o primeiro – mesmo entre as que se dizem capitalistas. Não é de admirar. O capitalismo de mercado, afinal, é muito arriscado,  pouco previsível e totalmente incontrolável.Sob a égide do capitalismo de livre mercado – como ensinou Hayek -, a riqueza não vai necessariamente para as mãos dos mais fortes, determinados, preparados, perseverantes ou inteligentes, embora tais atributos ajudem bastante. Para o bem ou para o mal, o acaso e a sorte desempenham um papel nada descartável.  Neste modelo, a riqueza também não é estática, muito pelo contrário, muda de mãos constantemente e numa velocidade incrível.
Justamente por isso, os mais ricos costumam ter verdadeira compulsão por tentar fazer parar a roda da fortuna, estando eles no lugar mais alto. Na perseguição deste objetivo, utilizam vários estratagemas para manter seus negócios livres do risco e, principalmente, da concorrência.  Sua melhor ferramenta, frequentemente, é o poder coercitivo do Estado.
Não é de se estranhar, portanto, que milhares de leis, normas e regras sejam inventadas e editadas a cada ano, com o propósito de regular tudo quanto seja possível, desde as profissões que as pessoas podem praticar, até requisitos de licenciamento e tarifas que tornem mais difícil entrar em um negócio lucrativo.
Engana-se, porém, quem pensa que só os ricos veneram o Estado.  Os pobres também aprenderam a amá-lo – de paixão.  A explicação é simples: quase todo mundo deseja possuir renda e riqueza, de preferência da forma mais fácil e rápida possível. Ora, como a maneira mais fácil de obtê-las é tomando-as de alguém, impunemente, todos se voltam para o Estado, única instituição legalmente autorizada a confiscar a propriedade de uns e entregá-la a outros.
Assim, os pobres pedem que o governo tire mais imposto dos ricos e faça a redistribuição da renda. Os grandes empresários (a maioria, pelo menos), depois de ricos e estabelecidos, querem que o governo proteja a sua riqueza, além de ajudá-los a multiplicá-la.  A classe média, como marisco entre o mar e a pedra, paga a conta.Os políticos, em geral, aprenderam a agradar gregos e troianos.  Compram os votos dos pobres com pequenas “benevolências” e uma retórica calcada na luta de classes. Seu apoio aos ricos é mais sutil, dissimulado, porém muito mais caro. Créditos diretos a taxas subsidiadas, isenções e incentivos fiscais, contratos viciados, além de muitos, muitos empregos públicos para os amigos do rei.  Nesse jogo de faz-de-conta, os ricos se queixam dos pobres, os pobres reclamam dos ricos, ambos maldizem o governo, mas todo mundo adora o Estado grande.
O problema é que, como já advertia Adam Smith, as ingerências do governo têm um efeito nefasto sobre a economia. Quanto mais o governo interfere no mercado, desvirtuando os seus sinais e a alocação eficiente dos recursos,  menos apta estará a economia para produzir riqueza real. Mais e mais recursos serão desviados do seu destino natural para serem aplicados em maus investimentos. Além disso, burocracia, advogados, despachantes, contadores, regulamentação, excesso de leis e encargos trabalhistas, alta  carga tributária, comissões, subornos, etc.; tudo isso tem um preço.  Aqui, os economistas costumam chamá-lo de “custo Brasil”, mas seu nome técnico é custo de transação. Quanto maior esse custo, mais difícil costuma ser a vida e a riqueza das nações..

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

ENTENDA POR QUE O GOVERNO DILMA NÃO CONSEGUE REDUZIR O NÚMERO DE CCS

O gráfico ao lado é do jornal O Estado de S. Paulo.

Ele reflete com exatidão o absurdo número de CCs (Cargos em Comissão, de livre nomeação) existentes no governo Dilma Roussef.

A dificuldade do governo para reduzir o número é exclusivamente política, porque cada um dos cargos é ocupado por um militante político do PT.

A partir deles é que o PT move sua máquina de fazer amigos e influenciar pessoas.

Compare com os números de outros Países.

Do Blog do Políbio Braga

Thriller do Impeachment

LEANDRO NARLOCH- E se você fosse o governo brasileiro agora?



Pois é, a coisa está feia. Já faz um tempo que você avança no cheque especial. Gasta mais do que recebe e, para piorar, sua lojinha vem arrecadando menos todo mês. Para piorar um pouco mais, o agiota que compra as suas notas promissórias já está desconfiando da sua reputação de bom pagador. Na tentativa de acalmá-lo, você promete quitar a dívida com juros mais altos, e assim a bola de neve vai aumentando.

Bate um arrependimento, né? Estava indo tudo tão bem. Mas nos últimos quatro anos você esculhambou o orçamento. Gastou mais em casa, se encheu de funcionários, facilitou o crédito para os clientes e deu empréstimos meio malucos. Esperava que outras pessoas da cidade tomassem a mesma atitude e comprassem mais na sua lojinha de material de construção. Não deu certo. Você se endividou, eles também.

O jeito é sentar e pensar em soluções. A primeira é cortar gastos, mas isso causa uma reclamação danada em casa. Seu filho se acostumou com Negresco – não quer mais saber de Mabel. Se diminuir a mesada da sogra, a coitada morre de fome. A escola dos seus filhos e o plano de saúde já não são uma maravilha – sua mulher vive dizendo que é preciso investir mais em saúde e educação. Se você cortar gastos nessas áreas, é capaz dela pedir o divórcio. Para diminuir as despesas, é preciso ter pulso firme e assumir uma postura de mau. Mas você conquistou a patroa jurando ser o cara mais bonzinho do mundo.

A segunda alternativa é pedir para a família ajudar um pouco mais. Difícil. Sua filha trabalha o dia todo, ganha uma miséria e está cansada de contribuir com 40% do salário. Sua mulher reclama que você já exige muito da família, gasta demais com si próprio e dá muito pouco em troca. Se você insistir na ideia, é capaz dela se mudar para Miami e levar todo o dinheiro para aquele morenão charmoso de quem você morre de ciúmes.

Apesar do risco, você joga o assunto na mesa. Todos dizem que a chance de aprovar a nova alíquota é ínfima. “Mas é sua uma contribuição provisória”, você insiste. Eles fazem “não” com a cabeça. “Juro que é provisória”, você diz, quase chorando. Eles não acreditam mais em você.

Quando tudo parecia sem saída, você vislumbra uma alternativa viável: vender a casa de praia! Com o dinheiro da venda do sobrado no Guarujá, você poderia quitar parte da dívida. E ainda se livraria de todas as despesas de manutenção do sobrado. Não precisaria mais aturar aquele picareta do caseiro, que de vez em quando inventa a necessidade de reformas só para cobrar propina do pedreiro e do encanador. Tem mais. Os possíveis compradores da sua casa fariam uma boa reforma – e comprariam os materiais na sua lojinha. Eles ainda prometem pagar a você, em forma de royalties e outras obrigações, uma porcentagem do dinheiro que conseguirão alugando o sobrado durante a temporada. Pronto, achamos uma solução. Bora vender a casa de praia!

Eu sei, tem um problema. Sua família adora o sobrado no Guarujá. Tem o maior carinho por ele. Anos atrás, quando você pensou em vendê-lo para uns estrangeiros, seu filho surtou e passou anos gritando “o sobrado é nosso!”. Ainda acusou você de querer dilapidar o patrimônio da família e entregar aos gringos uma riqueza tão valiosa. Mas veja: em tempos de crise, é preciso ter maturidade e virar a página ideológica. A venda do sobrado no Guarujá ainda impressionaria o agiota, e você, com mais credibilidade, poderia emprestar dele com juros menores. Vai por mim: é a melhor opção.

Ouvi dizer que você está cogitando fingir que está tudo bem, continuar gastando e empurrar o problema para frente. Quando der tudo errado, você semearia o conflito em casa. Diria a sua filha que a culpa é toda do irmão dela, aquele integrante da elite rentista que tem horror aos pobres. Convenceria a sua mulher que a ganância do agiota causou os problemas em casa. Quando todos estiverem em guerra, você sairia de fininho e apagaria a luz.

Por favor, não faça isso. Deixe de onda e venda logo a casa de praia.

@lnarloch

Dólar sobe quase 2% e atinge maior valor desde 2002: R$ 3,95

Há muitos anos eu já pensava em investir em dólar. E continuo só pensando...

MAIS UMA CONSTRUÇÃO DO MUAR PLANALTINO- Arrecadação cai 9% e tem o pior resultado para agosto em cinco anos: R$ 93,7 bi

Do Baú do Janer-sexta-feira, agosto 26, 2011 IN MEMORIAM RICHMOND

Em algum momento de sua obra, Kafka fala de uma casa ideal, onde todo mundo poderia entrar a qualquer momento e sair quando bem entendesse. Ora, essas casas sempre estiveram a seu lado, em sua Praga natal. São os bares e restaurantes. 

Em A Invenção do Restaurante – ensaio que recomendo aos amantes da bona-xira - Rebecca L. Spang estuda o fenômeno em suas origens, ou seja, em Paris. Considero os restaurantes um dos mais esplêndidos achados da história humana. Foi neste livro que descobri que os restaurantes evoluíram das maisons de santé até o que hoje conhecemos por restaurante. 

A palavra decorre de uma paráfrase de um versículo de Mateus (11:28) "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei". Lá pelos estertores do século XVIII, um dos primeiros restaurateurs da época pôs na entrada de sua casa esta frase um tanto blasfema: "Accurite ad me omnes qui stomacho laboratis et ego vos restaurabo". Ou seja, corram a mim todos vós cujos estômagos padecem, e eu vos restabelecerei. 

O nome deriva de uma sopa, chamada restaurant. Com o tempo, passou a designar as casas que as serviam. Faz bem mais de vinte anos que só viajo para visitar estas casas de Kafka. De museus, bibliotecas, parques, cansei. Cada viagem que faço ultimamente é uma peregrinação de um boteco a outro. Neles não vou apenas beber ou comer, mas ler, estudar e contemplar o mundo. Muitos restaurantes na Europa são salas de leitura e trabalho intelectual. Em Paris, foi em cafés que Sartre, Camus, Simone de Beauvoir e tantos outros construíram suas literaturas. Nesses cafés, elaborei minha tese. Terá sido lá que adquiri um vício, o de ler em bares. Me sinto melhor que lendo em casa. 

O primeiro restaurante que conheci em Paris foi o Zero de Conduite. Ficava na rua Monsieur le Prince, ao lado do Parc Luxembourg. Já morreu e ressuscitou em Porto Alegre. Ano passado, fui visitar uma amiga. Ela morava na Fernandes Vieira. Certo dia, ao sairmos de sua casa, me deparei com um restaurante na mesma quadra, o Zero de Conduta. Este cara já morou em Paris, disse a ela. 

Em meus dias de Filosofia, tive aulas por quatro anos com Gerd Bornheim, intelectual bastante conhecido no Rio Grande do Sul nos anos 60. Foi cassado pelos militares em 69. Em 71, em minha primeira visita a Paris, hospedei-me no Grand Hotel Saint Michel, na rue Cujas, ao lado da Sorbonne. De Grand o Saint Michel nada tinha, era apenas um une étoile muito freqüentado por brasileiros, e gerido pela folclórica Madame Salvage. 

Certo dia, ao voltar de madrugada, quando fui pegar a chave, ergue-se de um catre uma calva ilustre e familiar. Era o Gerd, que trabalhava como porteiro da noite. Convidou-me para uma janta no dia seguinte. Fomos no Zero de Conduite, a duas quadras do hotel. O restaurante fazia homenagem ao filme homônimo de Jean Vigo. Foi lá que conheci esse delicioso queijo grego, o fetá. Ora, um Zero de Conduta em Porto Alegre só podia ser obra de quem vivera em Paris nos anos 70. 

Foi lá também que conheci uma brava iugoslava de quem muito gostei. O restaurante tinha uma grande mesa de madeira, para umas vinte pessoas, na qual os clientes iam sentando ao lado uns dos outros. Minha tese era sobre Ernesto Sábato. Certo dia, estou em meio a um pichet de rouge, relendo Sobre Heroes y Tumbas. A minha frente, senta-se uma menina com El Tunel em punho. Ali mesmo começou nossa relação. Era uma adorável poeta peoniana, tão altiva quanto seu conterrâneo, Alexandre, o Grande. Acabei por dedicar-lhe minha tese. Naquele almoço, o deus Acaso estava agendando minhas futuras viagens a Dubrovnik, Skopje e Mljet. 

Volto a Porto Alegre. Dois ou três dias depois, entrei no Zero de Conduta para uma cerveja. A bem da verdade, nem havia notado que era o Zero de Conduta. Havia uma pequena biblioteca no restaurante, onde encontrei vários livros em sueco, principalmente de culinária. Fui até o caixa. Vem talar svenska här? - perguntei. 

- Jag – me respondeu o caixa. 

Havia morado cinco anos em Estocolmo. Naqueles dias, eu estava publicando neste blog, em capítulos, minha tradução de Kalocaína, de Karin Boye, talvez o mais alto momento da literatura sueca. Falei de meu blog e passei-lhe meu cartão. 

- Ah, és o Janer. Estive em teu apartamento em Paris. 

Resumindo: nessas casas de Kafka tive os melhores encontros de minha vida. Neles li, estudei, conversei, aprendi, ensinei, namorei, vivi dias felizes. Quando chego em Paris, antes mesmo de abrir as malas no hotel, vou voando ao Rélais de l’Odéon. É como se voltasse para casa. Meu sonho de paraíso, já devo ter contado, é uma terrasse em Paris, numa manhã ensolarada de inverno, com uma Leffe e vários livros e jornais em punho. Vida eterna assim certamente não seria monótona. 

Adoro restaurantes centenários. Se um restaurante atravessou dois ou três séculos, isto é certificado de qualidade. Em Madri, meu dileto é o Sobrino de Botín, considerado o mais antigo do mundo, fundado em 1725. Em Paris, o Procope, fundado em 1686. Há uma discussão sobre a antiguidade de ambos. O Procope pode ter sido fundado antes, mas teve interrupções em seu funcionamento. Já o Botín teria funcionado ininterruptamente de 1725 para cá. 

São casas que me dão uma certa idéia de eternidade. Nós passamos, os restaurantes ficam. Eu morrerei, mas o Botín continuará por mais séculos servindo seus magníficos cochinillos y corderos lechales. Embora tenha futuro, lá me sinto um pouco como em uma estalagem da Idade Média. Mal chego a Madri, vou correndo para seus salões ancestrais. 

Mas restaurantes também morrem, e já nem falo de São Paulo, onde uma casa com apenas meio século de idade pode ser considerada antiga. Tive nestes dias uma triste notícia. Fechou em Buenos Aires o Richmond, na calle Florida, fundado em 1917 e freqüentado por escritores como Jorge Luis Borges, Oliverio Girondo e Leopoldo Marechal. Foi comprado pela Nike, que deve instalar uma loja no local que foi um dos cenários boêmios da capital argentina. 

Ano passado, passei belas tardes no Richmond, em suas poltronas de couro e mesas de mármore rosa, sob seus lustres solenes, acompanhado de uma também bela amiga. Me encharquei em seus tragos largos. Trago largo é um drinque tipicamente buenairense, que vem acompanhado de frutas y otras cositas más. Depois de dois ou três Setimos Regimientos, yo oía clarines. 

Perdi também em Buenos Aires um outro café charmoso, El Reloj. Se bem me lembro ficava numa esquina da Suipacha e foi lá que tomei contato com a literatura de Ernesto Sábato. O que conheço de mundo aprendi em bares, não em minhas universidades. 

Alguns de meus cafés diletos, contrariando o sentido da História, estão morrendo antes de mim. Mas em Buenos Aires ainda resta o La Biela, onde degustei alguns Malbecs com Sábato. Suponho que o Procope e o Botín só morrerão quando o sol engolir a Terra. 

O que está previsto para daqui a cinco bilhões de anos. Até lá, muito vinho há de rolar pelas gargantas. 

“Pedro, não consigo me lembrar quem é essa Eva que há séculos nos pede calcinhas.Eva...Eva..” (Deus)

“Deixei de acreditar em Papai Noel depois que vi ele coxando minha prima numa noite de natal.” (Climério)

“Não preciso de um milhão de amigos. Que sejam poucos, mas que na hora dos abraços não usem punhais.” (Mim)

“O governo Dilma é um hipopótamo que devora reais, dólares, euros. Não faz regime , quer mais comida.” (Mim)

Nem o FED ajudando- Dólar sobe e ultrapassa R$ 3,90, mesmo após Fed manter juros

O Brasil está semiquebrado



Arminio Fraga, ontem, disse que o Estado brasileiro está "semiquebrado".

Por inteiro:

"É um Estado agigantado para um país de renda média. Um Estado capturado, que defende interesses partidários. Ineficaz em entregar os serviços que a sociedade precisa. É um estado que está semiquebrado".

Mansueto Almeida, que participava do mesmo seminário de economistas ligados ao PSDB, acrescentou:

"Dadas as condições, não tem como ter superávit primário neste ano, no ano que vem, nem em 2017 e nem em 2018. O Brasil está ultrapassando a Índia e será o país mais endividado do mundo na sua faixa de renda".

Samuel Pessoa atribuiu a crise às pedaladas fiscais de Dilma Rousseff:

"Estamos numa situação dramática. Estamos vendo o esgotamento de duas agendas: da sociedade e do pensamento petista. O problema é que quando a gente percebeu o problema, o buraco já era bem profundo".

O Antagonista

O RELINCHO DOS INCOMPETENTES- Recriação da CPMF é 'positiva', mas 'faltou diálogo', critica PT em nota

Querem mais dinheiro do povo para jogar pelo ralo? Sustentar vadios e outras mazelas mais? Desde quando tributar mais a já extorquida sociedade é algo bom?

“Nick Macburro hoje falou com São Pedro pedindo notícias do Chávez. O santo porteiro deu para ele o celular do capeta.” (Cubaninho)

Oposicionistas já contabilizam 300 votos favoráveis ao impeachment na Câmara. O governo tem números muito parecidos, e está em pânico.

NA CABEÇA -Meu velho carro ganhou uns extintor novo.Agora a exigência se foi. Meus trocados e de muitos também.

“Não converse com uma criança como se ela fosse um bicho. E não converse com um bicho como se fosse uma criança.” (Filosofeno)

"Faço parte do MSA- Movimento Social das Ancas. Não pegamos verbas públicas, mas pegamos homens em público." (Josefina Prestes)

“Minha prima Carmem anda por aí usando uma saia tão curta que para mostrar a bunda basta espirrar.” (Climério)

"Mais vale ser um covarde por um minuto do que um morto pelo resto da vida." (Provérbio irlandês)

“Não se case apenas por dinheiro. Aceite cartão e cheques também.”(Eulália)

“A fauna na minha família é grande. Minha mãe meu pai chama de vaca, minha irmã de anta e eu de galinha.” (Eulália)

“Já passei de tudo nesta vida. Inclusive roupas.” (Eulália)

“A maldade sempre encontra seguidores, às vezes por conveniência, às vezes por gosto próprio.” (Filosofeno)