Silvia era uma lesma madura grudenta nojenta que vivia solitária num quintal minado de folhas caídas. Podemos dizer que vivia sem problemas vivendo entre outros nojentinhos. Porém um dia aconteceu de ver-se num espelho quebrado e ficou horrorizada com sua aparência. Entrou em parafuso. No ápice do desespero acabou por suicidar-se entrando num saleiro.
terça-feira, 24 de outubro de 2017
SÍLVIA, A LESMA
Silvia era uma lesma madura grudenta nojenta que vivia solitária num quintal minado de folhas caídas. Podemos dizer que vivia sem problemas vivendo entre outros nojentinhos. Porém um dia aconteceu de ver-se num espelho quebrado e ficou horrorizada com sua aparência. Entrou em parafuso. No ápice do desespero acabou por suicidar-se entrando num saleiro.
ESPERANÇA
Formigas caminham despreocupadas pela varanda enquanto o cão preguiçoso boceja deitado satisfeito na cerâmica fria. Nuvens passeiam pelo céu, sem pressa. O sol vespertino é forte; o verde das árvores se destaca; o cantar dos pássaros presos é triste. Alados libertos cruzam os ares fazendo alarido e lamentando a má-sorte dos irmãos engaiolados. Não tem jeito, quem está na gaiola canta de tristeza, mas os obtusos pensam que é de alegria. Quem canta seus males espanta; eles sabem disso mais do que ninguém. Uns poucos ainda olham para cima com esperança de um dia poder novamente voar. A esperança, sempre ela, junto do ser até o derradeiro suspiro.
HERNILDA MOSCA
A família de Hernilda Mosca chegou à festa e sobrevoou a mesa repleta de delícias. Alvos escolhidos, atacaram em massa pousando nas guloseimas com suas patinhas imundas. Porém sofreram um contra-ataque rápido ...Vapt! Vapt! Vapt! Fim da jornada . Não contaram para elas que era uma festa de sapos.
AZARADO
Bernardo, trinta anos, sempre fora um sujeito azarado, maldição sofrida por seus antepassados de fama ruim. Então certo dia de sua podre existência foi dormir como homem e quando acordou estava transformado numa minúscula e feia minhoca. Resignado com sua nova forma, enterrou-se numa terra úmida para cumprir sua jornada. Pois não demorou dois dias quando arrancaram ele de onde estava para servir de isca na pesca de jundiás.
PÉ DE CEDRO
Conto para vocês que na minha outra curta vida eu fui um pé de cedro. E aí a desgraça de estar perto do tal Leonardo. O asqueroso Frei Boff falava comigo todos os dias, uma verdadeira tortura aquela barba suja roçando em mim. Preferi morrer e nascer de novo. Hoje sou cacto feliz.
ALFREDO E OFÉLIA
Alfredo bom de bico, manco e dependendo da
previdência social arranjou uma amante na mesma rua em que morava. Ofélia era o
seu nome. O marido saía para o trabalho,
cama ainda quente lá pousava o manco Alfredo. A mulher nada via, pois também
saía para trabalhar na maior santa inocência. Idas e vindas o marido foi
apresentado ao chifrado como primo mui querido de longa data não visto. Não
demorou o pobre corno comprou um automóvel mesmo não tendo habilitação, então
foi o Alfredo que era habilitado colocado como motorista da patroa para compras
e passeios. Nos finais de semana pescava com o marido, além de levar o casal
para festas e outras atividades sociais. Apresentou Ofélia para sua esposa como
prima de tal; amigas ficaram para visitas semanais, anedotas, rezas e
salgadinhos. Grande família. O marido não desconfiava de nada, tinha o
falso primo da esposa no maior conceito e os amantes gozavam de uma felicidade
radiosa. Mas como nada é para sempre um dia
Ofélia engravidou e a casa caiu. O marido
era estéril. Foi o fim do reinado naquela casa de Alfredo, o manco. A mulher o abandonou
quando soube e como o marido traído queria fazer um pandeiro do seu couro liso,
fugiu para outra cidade. De Ofélia se soube que perdeu a criança e que hoje
trabalha numa esquina de má fama.
AFIRMAÇÕES DO SEU ELEUTÉRIO
-Os homens das cavernas só deixaram as mesmas porque não havia luz.
-Dependendo do protético dente de prótese também dói.
-Homem chifrudo apesar das aspas entra no paraíso sem
problemas.
- Mulher fresca é paradoxalmente aquela que mais fogo tem.
BILU CÃO
“A minha dona voltou do mercado sem ração, sem biscoitinhos para o Bilu. Estou ralado, já estou vendo o meu prato de arroz com banha.” (Bilu Cão)
O RISO
Sem o riso o socialismo é mortal. O esculacho é fundamental para os mantermos no devido lugar no cantinho dos medíocres, os amantes da utopia do papai estado.
Dilma Hors concours
Vil nutridora de mazelas
Observas bem a vala em que nos jogas
Atenta para o desempregado que se desespera
Ante o filho com fome
Veja os milhões que são instados a permanecer sem
futuro
Como bolsista do programa miséria voto
Sem contrapartida para evoluir
Mas não te preocupes
Teu lugar no rodapé da história está garantido
Como a poderosa mais burra
Entronada na terra descoberta por Cabral.
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