sexta-feira, 12 de maio de 2017

FANTASMAS

Acobertados pelo manto da noite
Saem de suas moradas os fantasmas de todos os tempos
Para jogar pedras e bagunçar
A casa mente dos tolos.

AO SABOR

Subo ao céu
Desço à terra
Não sou piloto
Tampouco um avião
Sou apenas um papelucho ao vento.

CONHECIMENTO

Quando penso que estou chegando ao meu destino
Descubro que ainda não saí
Assim é a viagem pelo conhecimento.

“Solidão extrema. Aceito até um amor que não seja só meu.” (Limão)
“A minha mãe era católica e carregava o peso dos males do mundo nas costas. Ia a três missas diárias. Na sua vida gastou as contas de mais de quatrocentos rosários.” (Limão)
“Não sei de onde vem o meu azedume, mas desconfio; meu pai era fã do Leonel Brizola.” (Limão)
“Antes doar à caridade que enriquecer os procuradores de Deus.” (Limão)
“Não verei um país melhor, não verei. Matusalém foi único.” (Limão)
“Tudo que parece ser ruim é muito pior.” (Limão)
“Sou um azedo com autocrítica.” (Limão)
“Aqui na savana não tem perdão. Turista distraído é refeição.” (Leão Bob)
“Temos em nosso bando um judeu. Ele não come carne de porco.” (Leão Bob)
“Estou criando barriga e papo. Tenho comido muitos javalis, preciso urgentemente fazer uma dieta de gazelas.” (Leão Bob)
“A maioria dos leões são católicos. Já as hienas são evangélicas. Dá para perceber pelo barulho que fazem.” (Leão Bob)
“Li ontem como agem as turbas em diferentes lugares do mundo. E pensar que os humanos se acham o máximo.” (Leão Bob)

BEN E O CAVALO DE SÃO JORGE

Ben era um produtor rural que plantava tomates. Não contente em plantar tomates desmontou uma velha bicicleta, comprou fios e pilhas novas, construiu um nave espacial e foi à Lua para entrevistar o cavalo de São Jorge que segundo diziam falava doze idiomas e rezava o pai nosso em oitenta e duas línguas. Na lua não encontrou o cavalo e nem sinal de São Jorge, na verdade não viu e nem conversou com ninguém, uma solidão que só. Decepcionado voltou à terra, voltou a plantar tomates e se tornou um cético até o fim dos seus dias.

OS CÃES

Ouve um tempo na Grécia que os cães evoluíram, passaram a raciocinar, a ler, escrever e tomar consciência de si. O líder marcou um evento os seriam lançadas as bases na nova civilização baseada nos princípios caninos e não mais nos princípios humanos. A palavra de ordem era “Ossos sim, ração não!” O salão estava lotado, centenas e centenas de cães presentes ouvindo os grandes oradores dogsgrecos demonstrando como seria o novo mundo fruto das ideias guaipecanas. A danação do evento símbolo foi que dois gatos distraídos entraram no salão e aconteceu uma louca debandada de cães correndo atrás dos bichanos. Muitos morreram pisoteados, outros sufocados na ânsia de pegar os gatos. O líder olhou para um dos oradores e disse: “É, não estamos prontos à civilização.” Isso dito voltou a latir enquanto procurava um arbusto para urinar.

AMARO, O CERTINHO

Amaro era um homem correto; nunca havia saído da linha, nunquinha. Num sábado ficou só, a esposa Amália fora visitar a mãe. Ele então foi dominado nos encantos de uma vizinha separada, linda que só. Corpão daqueles de derreter sorvete no copinho. Caiu em tentação e foi ao motel com ela, todo feliz com o material que levava. Primeira vez fora da estrada, mas com carrão top de linha. Pega aqui, pega lá, os dois peladinhos quando um terrorista filho da puta explodiu o motel. Pois azar do Amaro que morreu; foi que ele rodou nos comentários como hipócrita e safado, como se tranqueira fosse. E saber que nem deu tempo para molhar o biscoito.

AH, O TESTAMENTO

O defunto no caixão sendo velado. Estavam ao lado do esquife à viúva e outras seis ex-amantes chorosas. Foi corno de todas, inclusive da viúva, e bem corno; mas todas estavam ali derramando lágrimas e demonstrando sentimento esperando constar no graúdo testamento do Elmerenciano, certas do bom coração do falecido e de que chifres não guardam memórias.

MINHOCAS E ALGO MAIS

Carlos, pescador de final de semana saiu para apanhar minhocas. Terra preta e mole, bem adubada, um criadouro perfeito. A cada enxadada brotavam meia dúzia de boas cobrinhas. Com o baldinho já repleto foi dar a última e brotou da terra algo inusitado: a vergonha na cara de Luis Inácio Lula da Silva, enterrada num terreno em São Bernardo do Campo próximo do Sindicato dos Metalúrgicos. Ela toda suja e ainda cuspindo terra perguntou: “já prenderam o maldito?”

H.L. MENCKEN- TIPOS DE HOMENS - O SOLTEIRO



Ao redor de qualquer solteiro com mais de 35 anos, florescem muitas lendas a

respeito das causas de seu celibato. Alguns sussurram que, sendo uma nulidade,

sua solteirice estaria prestando um serviço aos não-nascidos. Outros fofocam que,

aos 26 anos, ele teria se apaixonado perdidamente por uma linda mulher que o

trocou por um corretor de imóveis, e isto partiu-lhe o coração para sempre. Tais

histórias são, quase sempre, besteiras. A razão pela qual o solteiro mediano de 35

anos prefere continuar solteiro é muito simples. É a de que nenhuma mulher

normalmente bonita e inteligente viu qualquer motivo para se casar com ele.

1922

Oito anos de cadeia para Iolanda



Dilma Rousseff pode pegar de três a oito anos de prisão pelo crime de obstrução à Justiça, segundo o professor Thiago Bottino, da FGV Direito Rio, ouvido por O Globo.

Não será complicado demonstrar que ela usou um e-mail para alertar João Santana sobre as descobertas da Lava Jato.

O Antagonista

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sábado, fevereiro 28, 2009 COMISSÁRIO DO POVO E DEMAIS MINISTROS DESMORALIZAM STF

Tarso Genro, doublé de ministro da Justiça e capitão-de-mato, aquele mesmo ministro que deu acolhida a um terrorista italiano e mandou de volta para a ditadura cubana dois boxeadores que jamais assassinaram alguém e buscavam asilo no Brasil, afirmou ontem que, "do ponto de vista do ministério, temos consciência de que essas violações de propriedade privada são questões de ordem pública, de responsabilidade dos Estados, da polícia estadual e da Justiça estadual". Responsabilidade do ministério, pelo jeito, é dar abrigo a terroristas estrangeiros.

Comentei ontem que era esperada a manifestação urgente do comissário do povo Tarso Genro. Não se fez esperar muito. Como não podia negar que é crime financiar o crime, saiu pela tangente, como costuma fazer. “Não é de competência da União fazer policiamento ostensivo repressivo" – afirmou. Ou seja, há uma guerrilha católico-comunista organizada, treinada e aguerrida, cometendo crimes país afora, e a União não tem nada a ver com isso. Sobre os repasses de recursos financeiros pela União a movimentos sociais, o ministro disse que cabe a análise da CGU (Controladoria Geral da União) e do Tribunal de Contas. Ou seja, caso de polícia agora é de competência da CGU e do TC. Comentando as declarações do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que, ao classificar as invasões de terras públicas e privadas de "ilegais", Tarso disse – serenamente, como se o governo nada tivesse a ver com o assunto - que o governo não pode disponibilizar seus recursos para qualquer entidade ligada a invasões, sob pena de ser responsabilizado por esses atos. 

"Se tiver alguma irregularidade que envolva órgãos federais, é remetida para a PF realizar o inquérito. Então, nós recebemos com normalidade a manifestação do presidente do Supremo Tribunal Federal, e não temos nenhum comentário de conteúdo a fazer sobre elas", disse o petista.

O que encerra o assunto, pelo menos no âmbito do governo. O ministro afirma que é crime financiar o crime, Tarso admite que o governo deve ser responsabilizado por seus atos caso disponibilize recursos para qualquer entidade ligada a invasões e fim de papo. Até parece que o MST jamais invadiu terras no país.

Na Folha de São Paulo de hoje, demais vestais do Planalto manifestam veladamente seu desagrado com o ministro que disse que o rei está nu. Mas em momento algum entram no mérito da questão. Em Florianópolis, Dilma Rousseff, da Casa Civil, disse que o governo age dentro da lei ao transferir verbas às organizações e que aguarda manifestação "formal" do Judiciário sobre eventuais entidades que recebem recursos públicos e estão envolvidas em invasões. Eventuais entidades – diz a candidata ao governo em 2010 – que recebam recursos públicos e estejam envolvidas em invasões. Como se a ministra desconhecesse quais são tais entidades. 

Já para o ministro Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, "não existe ilicitude abstrata. É preciso saber se a ilicitude é referente a qual contrato, a qual convênio, a qual repasse, pra que a gente possa corrigir". Preferiu nem comentar o pronunciamento do ministro do STF, que disse que a ilicitude está em financiar o ilícito. Como se as ilicitudes não fossem absolutamente concretas e de conhecimento geral da nação.

Para o ministro Paulo Vanucchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, o MST não deve ser criminalizado em razão das mortes ocorridas após a invasão de uma fazenda em Pernambuco. Seria interessante saber quem deve ser criminalizado. Certamente os proprietários da fazenda invadida, que resolveram matar seus seguranças. "Movimento social tem que ser equacionado sempre com diálogo". Ou seja, basta um grupo de bandoleiros definir-se como movimento social e está ao abrigo de qualquer sanção penal.

A afirmação de Gilberto Mendes tem duas premissas. A primeira: é crime financiar o crime. Segunda: invadir terras é crime. A primeira, o governo até pode, teoricamente, aceitar. A segunda, jamais.

Neste Brasil incrível, em pleno século XXI, chega a causar escândalo afirmar que invadir terras é crime. O governo Lula sente-se acima da lei, senta-se em cima da lei e desmoraliza o Judiciário ao negar que crime seja crime.

UMA RUÍNA MORAL por Percival Puggina. Artigo publicado em 11.05.2017



Quanto mais Lula se desdobra em artifícios retóricos, como quem trata de escapar, em ziguezague, da artilharia dos fatos, mais parecido fica com o que se empenha em afirmar que não é. Assistindo trechos de sua inquirição perante o juiz Sérgio Moro, lembrei-me de uma entrevista dele, em Portugal, à jornalista Cristina Esteves, da RTP, em abril de 2014. Nos últimos momentos da conversa, veio uma pergunta sobre o mensalão. A resposta de Lula tem tudo a ver com seu comportamento dia 10 em Curitiba. Transcrevo: "O tempo vai se encarregar de provar que o mensalão teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica. O que eu acho é que não houve mensalão. Também não vou ficar discutindo decisão da Suprema Corte. Mas esse processo foi um massacre que visava destruir o PT e não conseguiu". Em sequência, questionado sobre o fato de estarem detidas pessoas próximas a ele - como o ex-ministro José Dirceu e o ex-deputado José Genoino - saltou fora. "Não se trata de gente da minha confiança. Tem companheiros do PT presos".

Esse "tchau queridos", proclamado em Lisboa, antecedeu o "tchau querida" do telefonema sobre a mensagem do Bessil; antecedeu o abandono dos parceiros encarcerados posteriormente, a quem e sobre quem nada tem a dizer; e antecedeu a tentativa de transformar a pacata Marisa Letícia em condutora de providências escandalosas que ele não tem como explicar e que com ela sepultou.

Eis o homem que governou o país sem ninguém de sua confiança por perto, cuja proximidade funcionava como um toque de Midas, gerando inesperadas fortunas, mesadas, pensões, negócios, a quem os amigos davam tudo e que nega lhes haver alcançado a menor vantagem. Eis o homem que se agita no partidor, disposto a concorrer à presidência. Sua anunciada campanha para desfazer as intrigas do mensalão e sua convicção sobre a natureza política do referido processo nunca passaram de peças de discurso.

Tudo isso porque a Lula não interessam os fatos. Os desarranjos políticos, econômicos e sociais a que dá causa se agravam e prolongam precisamente porque sua conduta contamina o juízo e o discernimento moral de dezenas de milhões de pessoas. A exemplo dos grandes ícones do populismo, ele trata o povo que o segue como massa da qual usa e abusa para objetivos pessoais, subtraindo do repertório mental dessas multidões valores sem os quais é impossível operar adequadamente uma democracia constitucional. Os recentes atos de violência contra o direito de ir e vir, a queima de pneus e de ônibus, o abandono de preceitos essenciais à vida civilizada e os anátemas lançados contra a Lava Jato são consequências do que acabei de descrever.

A patética inquirição levada a cabo em Curitiba pode ser parodiada com apenas uma frase: "Doutor, vou lhe confessar. Eu não sou eu. Eu sou um amigo meu, que, se conheço, não lembro".

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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Alexandre Garcia- Discriminação



Dia 13 é o aniversário da Lei Áurea, a última das leis contra a escravidão no Brasil. Na ausência do Imperador, seu pai, a Princesa Isabel assinou a lei que aboliu essa vergonha nacional. Mariana Ximenes acaba de aceitar o papel da Princesa Isabel num filme que Mauro Mendonça filho vai dirigir, com roteiro do francês Michel Fessler, que ganhou o Oscar de melhor documentário com “A Marcha dos Pinguins”. A escravidão foi abolida oficialmente, mas, na prática, até hoje traz suas consequências na economia e na cultura desde país que só há 129 anos deixou de ter escravos. E resta muita discriminação.

Aí, é preciso jogar luzes nessa palavra - discriminação - tão geradora de confusões. Não podemos, é óbvio ser discriminados pela cor da pele, tanto quanto pela conta bancária ou pela roupa que vestimos. Mas temos que reconhecer que igualdade não existe, porque somos todos diferentes uns dos outros, graças à natureza. Iguais só robôs produzidos em série. E não somos robôs. E , como dizem os franceses, Vive la difèrénce! Graças a ela é que nos encaixamos, homens e mulheres, e convivemos uns com os outros, nos completando, enriquecendo a convivência com as diferenças. E também é preciso discriminar por uma questão de justiça. Se trabalhamos mais, temos que ganhar mais; se estudamos mais, temos que ter as melhores notas, se fomos mais inteligentes, esperamos sucesso na carreira, se fomos mais velozes, temos que estar entre os que chegam primeiro.

É injusto que se igualem o trabalhador e o preguiçoso; o cortês e o grosseiro; o honesto e o corrupto; o inocente e o culpado. Por isso, devem receber tratamento diferente. Uma discriminação necessária, segregadora. Se todos são iguais perante a lei, o princípio jurídico reconhece que ninguém é igual, a não ser perante a lei. Como sugeriu o juiz João Ulhôa, será que vamos igualar judeus, cristãos, muçulmanos, pedófilos, nazistas, racistas? Alguém vai gritar: Esperem aí, não misturem. Nem todos são iguais. Assim devagar com condenar a discriminação.

Tudo isso para lembrar essa nova forma de ditadura, a do politicamente correto. Alguém decide o que você pode dizer e o que não pode e vai além: o que você pode pensar e o que não pode. Querem tolher a sua individualidade, que é aquilo que você é e pensa, seus gostos, tendências, preferências, ojerizas. Ora, você pode não gostar de alguém usar chapéu à mesa, como é meu caso. Mas não posso xingá-lo nem tirar seu chapéu a tapa, como eu gostaria. Para não me irritar à refeição, apenas evito olhar para a cena que me faz mal. E respeito a liberdade dele de ser mal-educado.

Discriminar significa escolher. Diferente de descriminar. Que é não querer considerar crime uma safadeza contra o País, como o caixa 2, produto de sonegação, que suprime recursos para escolas, hospitais e segurança, nos tornando escravos da falta de ensino, falta de saúde e falta de segurança. Aí, temos que discriminar e segregar o malfeitor pondo-o atrás das grades. Porque tornozeleira eletrônica é pena branda comparada com os grilhões dos escravos.

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H.L. MENCKEN- TIPOS DE HOMENS - O METAFÍSICO

O METAFÍSICO

Um metafísico é alguém que, quando você lhe diz que dois vezes dois são quatro, ele quer saber o que você entende por vezes, o que significa dois, e o que quer dizer são e por que isso dá quatro. Por fazerem tais perguntas, os metafísicos desfrutam um luxo oriental nas universidades e são respeitados como homens educados e inteligentes. Inédita

JOÃO BABA

Jurunupanu, nordeste seco. Poeira dos infernos. Árvores secas, animais mortos de sede e água para o povo somente de caminhão pipa. Então o prefeito Óvide ouviu falar de tal João Baba que morava na região das pedras amarelas, um desperdício. Trouxe o homem com um emprego bem remunerado na prefeitura para o setor de recursos hídricos. Pois deu certo. Em seis meses João Baba babou tanto que se formaram três rios e um lago do tamanho do Titicaca. O melhor de tudo é ninguém mais passou sede em Jurunupanu, nem gente, nem animal e o verde tomou conta. Até uma praia de água doce ganharam. Quando houve ameaça de enchente compraram um babador para João e tudo se resolveu.

A QUERMESSE DOS SAPOS

Domingo de quermesse no Reino dos Sapos. Pais e filhos sapos, famílias reunidas sapeando num belo dia de sol, boa música, petiscos diversos, tudo na maior harmonia e respeito. A maioria das famílias estava na lagoa e só uma pequena parte brincava na relva. Porém no meio da tarde o sol sumiu e apareceu no local o popular Sapo Barbudo e a turma da conversa mole. Os pais responsáveis recolheram seus filhos, juntaram seus pertences e foram para suas casas. Então da quermesse tomou conta o Sapo Barbudo e a turma da conversa mole, além de alguns costumeiros bajuladores de mente estreita e de moral duvidosa. Ficou bem claro a todos que os sapos de bem detestam a laia do Sapo Barbudo.

SETEMBRINO

Setembrino morreu no manicômio aos sessenta anos. Após sua morte os médicos especialistas o desmontaram para estudá-lo, mas não conseguiram juntá-lo novamente. Então ficou claro para todos que era verdade o que diziam dele: Setembrino tinha realmente um parafuso a menos.

ANASTÁCIO E SATANÁS

Anastácio é muito forte, corajoso e adúltero. Na verdade mais forte que adúltero. Certa noite ao se levantar para ir ao banheiro foi interceptado no corredor pelo próprio Satanás cuspindo fogo e dizendo com sua voz rouca que veio buscá-lo. Anastácio deu-lhe um tranco e levou o dito até a cozinha. Lá tapou a boca do maldito com fita adesiva, colocou rolhas nas narinas e ouvidos. E para completar o serviço enfiou na bunda do safado uma espiga de milho. E perguntou para ele rindo: “E agora, cabra vermelho, vais soltar labaredas por onde?

SOLIDÃO

“Às vezes a solidão nos obriga a uma convivência difícil.” (Filosofeno)

FARDO

“Às vezes os pais querem tornar o fardo da vida sem peso algum para os filhos. Então acontece que quando precisam carregar algum, eles caem.” (Filosofeno)

O SENTIR

“O sentir é sentir mesmo quando ninguém veja ou saiba. Já o falso quer plateia e desdobramentos favoráveis.” (Filosofeno)

ACOMODADOS

“Enquanto os bons ficarem calados em suas casas os maus continuarão fazendo discursos nas ruas.” (Filosofeno)

NOS CONFINS

Casinha de sapê nos confins.
-Toc!Toc!
-Quem bate?
-Lula.
-Quê!!!- Como é que tu ainda não tá preso ladrão?