sábado, 22 de abril de 2017

CHUVA NO INFERNO

Bilhões de pessoas torrando dia após dias no fogo do inferno por séculos e séculos, sem cessar o sofrimento. Ontem, porém desceu um toró que não foi dos diabos e apagou tudo. Nadica, nem um foguinho para esquentar água para o café. A enxurrada levou até os diabos morro abaixo. O inferno acabou. O povo feliz cantava e dançava e queria agradecer a Deus pela bendita quando um vivente disse que não fora Deus que fizera a graça. Apontou o dedo para um magrelo que Lúcifer deixara entrar no reino com uma bicicleta e um rádio transístor. Fora ele que fizera a máquina de chuva. Apareceu então sorridente no meio da multidão um sorridente louro usando casado de couro; seu nome, MacGyver.
“Se o paraíso é contemplação duro será espantar o tédio.” (Mim)


“Na juventude somos gatos. Na meia-idade gaviões. Na velhice somos provadores de pílulas.” (Mim)

“O ateísmo é um clube no qual não se entra por convite.” (Mim)

“Faço sexo pensando na reprodução das pílulas.” (Mim)

“Não é o preço do caixão que faz o morto.” (Mim)

MONTEIRO

Monteiro está sentado à beira do abismo. Suas pernas balançam no ar chutando bolas invisíveis. Não se encontra mais consigo mesmo, é o dia de maior desespero. Olha para suas mãos calejadas, suas unhas sujas de terra e grita silenciosamente se tudo que fez valeu a pena. Retira do bolso da camisa e relê o telegrama que trouxe a notícia da morte de seu filho único. O punhal é cravado de novo, mais fundo. Não suporta. Basta. Deixa seu corpo pesado cair no abismo em busca da leveza da vida sem dor.

AMARO, O CERTINHO

Amaro era um homem correto; nunca havia saído da linha, nunquinha. Num sábado ficou só, a esposa Amália fora visitar a mãe. Ele então foi dominado nos encantos de uma vizinha separada, linda que só.  Corpão daqueles de derreter sorvete no copinho. Caiu em tentação e foi ao motel com ela, todo feliz com o material que levava. Primeira vez fora da estrada, mas com carrão top de linha. Pega aqui, pega lá, os dois peladinhos quando um terrorista filho da puta explodiu o motel. Pois azar do Amaro que morreu; foi que ele rodou nos comentários como hipócrita e safado, como se tranqueira fosse. E saber que nem deu tempo para molhar o biscoito.

AH! O TESTAMENTO

O defunto no caixão sendo velado. Estavam ao lado do esquife à viúva e outras seis ex-amantes chorosas. Foi corno de todas, inclusive da viúva, e bem corno; mas todas estavam ali derramando lágrimas e demonstrando sentimento esperando constar no graúdo testamento do Elmerenciano, certas do bom coração do falecido e de que chifres não guardam memórias.

BABY LAMPADA

Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente uma vítima. Pois foi o que aconteceu com Baby Lâmpada, que preferiu espatifar-se no chão ao saber que estava grávida. Tudo por medo, pelo verdadeiro pavor de dar a luz pela primeira vez.


BOAVENTURA E O PORCO

Boaventura mora no sítio Aruana que fica cem quilômetros da cidade mais próxima e tinha como amigo o porco Stradivárius. O porco era especial, pois inflava como se fosse um balão e levava Boaventura montado a passear pelos verdes vales da região. Fizeram belas viagens os dois, muita beleza observaram dos ares, inclusive interagiam com bandos de pássaros. Sem dúvida Stradivárius era especial, era. No último passeio voaram muito baixo e foram vistos por um caçador que pensou tratar-se de um disco voador e meteu bala no porquinho. Boaventura anda inconsolável pela perda do amigo, mas não desiste, agora está tentando inflar o bode Nicolau.

O GUARDA-COSTAS DO SENHOR

Fundamentalistas islâmicos saíram do inferno carregados de bombas e entraram sorrateiramente no paraíso para destruir o trono do Senhor. Disfarçados de anjos buscavam o melhor lugar para colocá-las quando tiveram uma surpresa desagradável e voltaram correndo para o inferno sem fazer nada; o guarda-costas de Deus era ninguém menos que John Wayne e seu revólver de duzentos tiros.

João Doria ataca: "Ciro Gomes é um rosto à procura de um bom psiquiatra"

João Doria ataca: "Ciro gomes é um rosto à procura de um bom psiquiatra"

João Doria disse:

- Lula e Dilma são ladrões vulgares, mas Ciro Gomes é apenas um rosto à procura de um bom psiquiatra.

João Doria disse isto ontem, a noite em Foz do Iguaçu, no encontro empresarial brasileiro promovido pela Lide.

Dos três personagens citados por João Doria, dois deles poderão estar do outro lado da disputa eleitoral do ano que vem, a menos que camisa de prisioneiro cubra Lula e camisa de força cubra Ciro.

A campanha começou.

E João Doria nem é candidato.

Do blog do Políbio Braga

IOLANDA

Dona Iolanda sempre foi uma mulher reservada, mulher difícil. Demorou em aceitar o sexo. Quando aos setenta anos teve o primeiro orgasmo morreu de alegria.

“Não sou um bom ouvinte. Não consigo desabafar nem comigo mesmo.” (Climério)   

“Estou sem cartaz até na terceira idade. Vou começar a pescar e a jogar dominó.” (Climério)

“Dor de corno é passageira. Duro mesmo é sofrer de enxaqueca.” (Climério)

“Diz minha mãe sobre um novo casamento: Nunca é tarde para se errar de novo.” (Climério)

“Alguns homens são muito bons. Não é o meu caso.” (Climério)
“Para você ter uma ideia de quanto o meu marido é velho; ele foi alfabetizado escrevendo em papiro.” (Eulália)
“Na juventude fui muito de namorar. Quando um entrava pela frente o outro saía pelos fundos.” (Eulália)
“Eu e meu marido fizemos uma sociedade. Ele entrou com o dinheiro e eu com a perereca.” (Eulália)
“Meu velho, irei te amar de Janeiro a Janeiro, até o mundo acabar ou o meu cartão de crédito ser bloqueado.” (Eulália)
“A eternidade não me interessa, o que adoro é pecar.” (Eulália)
“Já tive muitas esperanças. Hoje sou uma quase viúva que envelhece ao lado de um Matusálem.” (Eulália)

"CHEGAMOS AQUI ATRAVÉS DO VOTO POPULAR!" por Percival Puggina. Artigo publicado em 21.04.2017

É o que tenho ouvido de muitos congressistas empenhados em drenar da dignidade do voto algumas gotas de virtude para substituir os hectolitros dessa mesma substância moral que deixaram verter pelo caminho.
Como assim, Excelência? Não dá para resgatar a honra do voto popular se ele foi obtido por péssimos meios para ainda piores fins. O que a cada dia fica mais evidente perante os olhos da sociedade brasileira é que um número substancial de mandatos em pleno uso de seu poder de fogo são mandatos usurpados, obtidos fora das regras do jogo e perverteram a representação democrática.
A questão já foi posta por outros analistas, mas cabe reavivá-la aqui: o que é social e moralmente mais danoso? Fazer uso de dinheiro roubado para robustecer o patrimônio pessoal, ou para perverter a democracia mediante abuso do poder econômico durante a disputa eleitoral? Parece claro que atacar a virtude da disputa política, viciar a representação, corromper o voto popular é muito mais funesto. A certeza se extrai de realidade palpável porque - feitas as muitas devidas, honradas e honrosas exceções -, é impossível negar que tais práticas têm contribuído, de modo crescente, para desqualificar a representação, apetrechando o país com uma cada vez menos confiável, menos competente e menos esclarecida elite política.
Converse com antigos servidores de qualquer poder legislativo e ouvirá o testemunho do fato: a cada legislatura decai a qualidade da representação parlamentar, até sermos arrastados às atuais societas sceleris. Depois, observe os resultados dos pleitos presidenciais e me diga se alguma empresa, de capital aberto ou fechado, com acionistas ou proprietários, entregaria seu comando a pessoas como Lula e Dilma Rousseff. No entanto, o Brasil confiou-se a eles em quatro pleitos sucessivos.
Acompanhei em Porto Alegre, a última eleição da Câmara Municipal e sei o quanto ela, com recursos limitados a pequenas doações pessoais, dependeu principalmente da atividade voluntária de apoiadores e do trabalho diuturno dos candidatos. Bem diferente do que estava habituado a observar, quando, às primeiras horas do início efetivo das campanhas, a cidade amanhecia com suas principais avenidas tomadas por material publicitário de meia dúzia de candidatos.
Obviamente, a democracia ganha muito mais quando quem tem que buscar voto é a pessoa do candidato, quando é ele que trabalha e não sua máquina eleitoral, formada por legiões de militantes pagos, frotas de veículos e muito recurso sonante para atender demandas de cabos eleitorais espalhados de uma forma que lembra a tomada de território em guerra de ocupação.
Não venham, então, os que se locupletam com caixa dois, os mercadores de emendas, os que mascateiam favores, os beneficiários de exuberantes e mal havidos fundos partidários, advogar, em benefício dos próprios pescoços, por listas fechadas, abuso de autoridade, anistia de caixa 2. A nação dispensa tais trabalhos! É hora, então, de os bons congressistas se unirem para o expurgo dos maus.
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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

Pode vir quente que estou fervendo. Coluna Carlos Brickmann

Agora que, passada a Páscoa, 2017 está começando, a Lava Jato vem com tudo: as delações premiadas de João Santana e Mônica Moura, os marqueteiros do PT (que conhecem boa parte das manobras da Odebrecht para financiar as campanhas de Lula, Dilma e candidatos presidenciais em países latino-americanos); e o avanço nas negociações para a delação premiada de Antônio Palocci, chefe da Casa Civil de Dilma, ministro da Fazenda de Lula e seu principal contato nos meios financeiros. Dizem que Palocci vai mostrar como bancos e conglomerados financiaram o PT.

Há ainda o depoimento de Léo Pinheiro, que era presidente da OAS na época da reforma do apartamento triplex, no Guarujá, que não é de Lula; da reforma do sítio de Atibaia, aquele que também não é de Lula; e do pagamento da guarda dos presentes que Lula ganhou como presidente, e que segundo o Ministério Público não são de Lula, mas da Presidência.

Por fim, o depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro. Lula montou duas estratégias: uma política, lotar ônibus com petistas e cercar o local do depoimento; outra, jurídica, de convocar 87 testemunhas, para atrasar o julgamento. Nenhuma deve funcionar: os antipetistas também prometem se reunir em Curitiba. E Sérgio Moro, para coibir a iniciativa de atrasar o julgamento, determinou que Lula esteja presente nos 87 depoimentos.

Antecipar sua estada em Curitiba é aquilo que Lula menos deseja.

Avalanche - como lidar 1

Acusa-se o Supremo de lentidão - mas o fato é que lhe deram muitas atribuições sem reforçar sua estrutura. O tribunal que deveria julgar só temas constitucionais chega a cuidar de ladrões de galinhas. E o foro privilegiado agravou a situação: hoje, há 500 processos contra autoridades Para julgá-los, onze ministros. Agora, com a delação da Odebrecht, surgem mais 74 processos. A OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, sugeriu a convocação de juízes instrutores para auxiliar os ministros. A medida é autorizada pelo regimento interno do Supremo.

Avalanche - como lidar 2

A ministra Carmen Lúcia, presidente do STF, decidiu convocar um "grupo de reforço especializado" para dar agilidade aos processos de quem está relacionado à Operação Lava Jato. A assessoria de imprensa do STF diz que a decisão não tem nada a ver com o pedido da OAB. Coincidência.

Onde está o dinheiro...

Esta coluna errou, ao dizer que a Odebrecht gastou um bilhão e tanto em propina. Na verdade, em nove anos de petismo (2006 a 2014), tirou de seus cofres US$ 3,37 bilhões - veja bem, dólares, não reais. Até 2008, a Odebrecht gastava em propinas, agrados, pixulecos, mimos, 0,5% de sua receita anual. A partir daí, o volume aumentou muito. Em 2012, o custo do escândalo já era de 1,7% da receita - e a receita também tinha aumentado, graças ao fermento da propina. Para a Odebrecht, tudo bem: gastava mais, mas faturava muito mais.

Para o país, péssimo: a eficiência ficou esquecida. Dava menos trabalho pagar mais pelos equipamentos, material de construção e serviços, e descontar tudo no superfaturamento, do que negociar os preços com seus fornecedores. O preço das obras explodiu.

...o gato comeu

Esta coluna perguntou como a Odebrecht tirava dinheiro de suas contas para subornar autoridades sem que Coaf e Receita Federal sequer suspeitassem da existência de algo errado. Um leitor assíduo desta coluna, conhecedor de finanças, explica: "O dinheiro vem de superfaturamentos. Uma obra é vendida e faturada pelo dobro (com a conivência remunerada de algumas autoridades e a desatenção ou incompetência de outras). Todos os impostos são pagos e, portanto, não há sonegação. O dinheiro aparece no balanço como lucro. Logo, não é caixa 2; mas a Odebrecht não pode, em circunstâncias normais, confessar que superfatura contratos e aditivos. Parte disso é dado como propina, que garante mais superfaturamento".

OK; mas a dúvida continua válida. Como é que registra as retiradas do caixa, sem que a Receita Federal e autoridades financeiras não percebam?

Mas a vida continua

Aécio talvez não consiga ser candidato, depois da delação da Odebrecht. Serra apanhou menos, mas apanhou. Quem será o candidato do PSDB? Lula, apesar do temporal de acusações, continua bem nas pesquisas (mas com índice recorde de rejeição). E corre o risco real de virar ficha suja até 2018. Se não for Lula, quem será o candidato do PT à Presidência?

Pelo jeito, os candidatos deverão merecer a origem de sua condição (deveriam manter limpíssimas suas togas brancas - "cândidas", em latim). Gente como Sérgio Moro (já disse que não quer), João Dória (já disse que seu candidato é Alckmin), Joaquim Barbosa (recusou convite do PSB). Ou candidatos exóticos, como Tiririca e Bolsonaro. Quem se habilita?
“O povo é de amargar. Para fazer filhos não querem ajuda, mas para dar de comer aos barrigudos fazem um enorme drama e querem contribuição.” (Eriatlov)

“Chegou o tempo da desgraça. Celerados nos governam e fazem leis.” (Eriatlov)

“Alguns cobiçam a mulher do próximo. Outros, a propriedade.” (Eriatlov)

Secretário-geral da OEA diz que só governo covarde atira contra seu próprio povo

Já são 20 mortos nos protestos na Venezuela, deflagrados em 1º de abril, após a decisão do Tribunal Supremo de Justiça de assumir as funções do Parlamento, dominado pela oposição.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, criticou nesta sexta-feira a "covardia" do governo da Venezuela com a repressão aos manifestantes opositores, e pediu eleições no país o mais cedo possível. Ele atacou duramente o governo:

- Quando a liderança política da ordem de atirar contra o próprio povo, isto é um sinal muito forte de covardia e de debilidade desta liderança.

Luis Almagro descreveu o governo do presidente Nicolás Maduro como "um regime que tem as mãos manchadas com o sangue do seu próprio povo".

PB
“Educação de berço? Pergunto se é de algum valor quando o tal berço foi um curral de patudos?” (Eriatlov)
“Quando Stálin chegou ao inferno a primeira coisa que o diabo fez foi cortar o próprio bigode. Procurou com isso evitar qualquer semelhança.” (Eriatlov)
“Imagino o sofrimento de um político inteligente e honesto neste país. É estapear-se dia e noite com ladrões e cavalgaduras.” (Eriatlov)
“O Estado deve ser do tamanho mínimo possível para que qualquer roubo seja imediatamente detectado.” (Eriatlov)


E aí comuna? Quando caiu o muro de Berlim quais foram os alemães que ficaram mais felizes?
“Caso o comunismo fosse um regime maravilhoso, as pessoas dos países sob seu domínio pagariam para ficar e não para fugir.” (Eriatlov)


“Por que algumas pessoas querem ver outra realidade se o histórico de suas ações já demonstrou que não dá? Ou seja, o comunismo já está comprovado, é uma grande merda.” (Eriatlov)


“Quem é o mais enlameado? O sujo que compra ou o sujo que se vende? Penso que os dois estão empatados.” (Eriatlov)