sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

“Dilma está de férias. Devemos ficar irritados ou agradecer?” (Mim)

“Temos Dilma, o PT e o PMDB, além de outros bem menos votados. Com certeza não precisamos de mais desgraças.” (Eriatlov)

Rodrigo Constantino- Privilégio da cor


Privilégio da cor

“Os custos da ação afirmativa raramente são tão cuidadosamente analisados quanto os dos benefícios reais ou imaginados.” (Thomas Sowell)
A ação afirmativa para minorias, principalmente negros, virou uma política bastante difundida pelo mundo. É muito fácil entender o interesse político disso. Em busca dos votos dos favorecidos, os políticos garantem privilégios, enquanto o custo fica mais pulverizado entre todos os demais discriminados. Por isso a ação afirmativa, que inicialmente era para ser temporária, acaba permanente e estendida. Entretanto, as conseqüências dessas medidas, como as cotas, são totalmente desfavoráveis de forma geral, principalmente para os inocentes que pagam o preço. O jogo não é de soma zero, tirando de uns e dando para outros, o que por si só já seria imoral e racista, usando a cor como critério de seleção. A soma é negativa, com perda de incentivos e aumento de ressentimento intergrupos. Esse artigo vai tratar exclusivamente do caso americano. Vamos passar por alguns dados, assim como discursos de negros famosos.
Um dos maiores ídolos dos negros é Martin Luther King, com boa dose de mérito. Ele sempre lutou duramente para por fim ao racismo. Entretanto, alguns oportunistas estão utilizando a figura de Luther King para defender cotas, algo que ele condenou explicitamente em seu famoso discurso “My Dream”. MLK começa seu discurso enaltecendo as palavras da Constituição americana, que prega o tratamento isonômico das pessoas, considerando qualquer um igual perante a lei. Depois ele condena os atos de violência contra os negros, que eram, de fato, vítimas de absurdos nos Estados Unidos. O racismo intencional era combatido, portanto. E a passagem mais famosa e importante, diz que ele tinha um sonho de que seus quatro filhos iriam um dia viver em uma nação onde não seriam julgados pela cor da pele, mas sim pelo conteúdo do caráter. Perfeito! Justo, íntegro e admirável. E evidentemente contra as cotas, que são justamente o oposto, um julgamento pela cor, e não mérito. Um racismo puro! Um privilégio, ou lei privada, contrariando a isonomia constitucional. Luther King deve estar se revirando de raiva no caixão…
Outro negro conhecido e completamente contrário as cotas é Frederick Douglass, que foi um dos importantes nomes do movimento abolicionista americano. Ele dizia que todos perguntavam o que fazer com os negros. Sua resposta era simples: “Nada”. Tudo que ele pedia era para que deixassem os negros em paz, dando uma chance para que se sustentassem pelas próprias pernas. Claramente oposto a idéia de cotas.
Thomas Sowell é outro negro de grande valor, e que desperta ódio por parte dos defensores das cotas. Afinal, ele é brilhante, PhD em economia por Chicago, uma das mais renomadas universidades do ramo, com diversos livros embasados sobre o tema. Tudo isso foi conquistado por esforço próprio. E é negro! Por isso a raiva dele. Um sujeito que condena totalmente o regime de cotas, e é um exemplo vivo do mérito individual, não pode conquistar os que desejam privilégios estatais para subir na vida! Creio que esse seja o mesmo motivo do desprezo pelo caso japonês, cujo povo estava devastado após a guerra, mas recuperou-se de forma impressionante pelas próprias pernas. Quem defende cotas não gosta de exemplos de sucessos individuais. Querem a caneta do Estado para privilégios.
Partindo para alguns dados sobre a ação afirmativa nos Estados Unidos, podemos verificar se o belo discurso se concretiza na prática, ou se a situação piora de fato. E vamos lembrar que lá existiu a Ku Klux Kan, que até 1960 negros não podiam nem mesmo freqüentar lugares exclusivos para brancos, e que na época da abolição apenas 6% dos indivíduos livres eram “de cor”, contra cerca de metade no Brasil, que não tem nada parecido com esse racismo. Ainda assim veremos que as cotas não se justificam de maneira alguma, nem mesmo lá.
As políticas de ação afirmativa começaram mesmo na década de 1970 nos Estados Unidos. A Lei dos Direitos Civis de 1964 obrigava ainda direitos iguais para todos, e o termo “discriminação” foi precisamente definido como ações intencionais de um empregador contra indivíduos, e não diferentes resultados de testes ou exames específicos. As cotas eram ainda inexistentes. E mesmo assim, nos adultos entre 25 e 29 anos de idade, a diferença negro-branco de escolaridade era de quatro anos em 1940, tendo caído para menos de um ano no começo de 1970, ainda sem cotas. Durante a década de 1970, a taxa de pobreza entre as famílias negras caiu de 30% para 29% apenas, enquanto do pós-guerra até 1970 essa taxa foi de 87% para 30%. Ou seja, o grande avanço dos negros se deu antes de qualquer medida de cotas.
Durante o período de 1967 a 1992, a maior parte do qual na era da ação afirmativa, os 20% do topo da lista de negros de maior renda tiveram suas receitas acrescidas quase na mesma proporção de seus equivalentes brancos, enquanto os 20% últimos tiveram seus rendimentos reduzidos numa proporção duas vezes maior que seus equivalentes brancos. As cotas acabam beneficiando os que já são mais ricos dentro do grupo privilegiado, enquanto prejudicam os mais humildes. Foi assim em todos os países que adotaram tal regime.
Um exemplo que era sempre escolhido para justificar a ação afirmativa é o caso de Patrick Chavis, um jovem negro que ingressou pelas cotas na faculdade de medicina da UC, na Califórnia. Chavis foi praticar a medicina numa comunidade negra, e foi considerado um exemplo do que devia ser a ação afirmativa. Sua licença para praticar a medicina foi suspendida pela junta médica, pela morte suspeita de um de seus pacientes. A junta citou sua “incapacidade para realizar algumas das tarefas mais simples de um médico”. Sua licença acabou revogada. Quem antes usava o caso de Chavis como exemplo do sucesso das cotas, mudou radicalmente o discurso, afirmando que um caso isolado não prova nada. De fato, não prova. Infelizmente, não é um caso isolado. E a lógica explica, já que se o aluno tem capacidade para se formar de forma decente, deveria ter também capacidade para entrar sem cotas, estudando mais.
Os defensores das cotas fogem desesperadamente das comparações com outras minorias, como os asiático-americanos. Vivendo em situação precária no começo, essa gente conseguiu crescer sua renda de forma ainda mais expressiva que os negros, sem nenhuma cota. Tiram notas acima dos americanos brancos, na média. Será que os americanos deveriam ter cotas para proteção contra os asiático-americanos? Nenhum defensor de cotas gosta de falar sobre o caso dos asiático-americanos. Não é difícil entender o porquê disso.
Na verdade, não importa o malabarismo estatístico, a distorção conceitual e a manipulação de dados. Os fatos não mudam! As cotas acabam custando muito mais caro que se imagina. Os resultados concretos são negativos, quase sempre. E moralmente falando, nada justifica tamanho racismo! Criar um privilégio apenas por causa da cor da pele. Nada mais absurdo!
Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

Rodrigo Constantino- O culto do multiculturalismo


O culto do multiculturalismo

“Uma cultura só tem importância se for boa para os indivíduos”. (Kwame Anthony Appiah)
Uma das maiores ameaças à liberdade individual atualmente encontra-se no culto do multiculturalismo. Vários autores notaram este risco, entre eles Thomas Sowell, da Escola de Chicago. Em sua coletânea de textos Barbarians Inside the Gates, Sowell lembra que o mundo sempre foi multicultural, por séculos antes de o termo ser cunhado. Tratava-se de um multiculturalismo num sentido prático, diretamente oposto ao que o atual culto dos relativistas culturais prega. Como exemplos, Sowell lembra que o papel onde seu livro foi escrito fora inventado na China, as letras vieram da Roma antiga e os números da Índia, através dos árabes. O autor é um descendente da África, que escrevia enquanto escutava música de um compositor russo.
A razão pela qual tantas coisas se disseminam pelo mundo todo está no simples fato de que algumas coisas são consideradas melhores que outras, e as pessoas desejam o melhor para si. Esta obviedade é justamente o contrário do que o credo do multiculturalismo atual defende, alegando que nada é melhor ou pior, mas “apenas diferente”. Na verdade, as pessoas mundo afora não apenas “celebram a diversidade”, elas escolhem aquilo de sua própria cultura que desejam manter e aquilo que preferem abandonar em prol de algo melhor vindo de fora. Quando os índios americanos, por exemplo, viram os cavalos dos europeus, eles não se limitaram a “celebrar a diferença”, eles começaram a montar em vez de ir andando. À contramão do que o culto do multiculturalismo defende, as pessoas não buscam viver “em harmonia com a natureza”, e sim obter o melhor que puderem. Eis o motivo pelo qual, desde automóveis até antibióticos, os bens demandados se espalharam pelo mundo. Não importa o que os filósofos do multiculturalismo dizem, é isso que milhões de pessoas fazem.
Para Sowell, este tipo de multiculturalismo moderno é uma dessas afetações que algumas pessoas podem se dar ao luxo de ter enquanto estão usufruindo de todos os frutos da tecnologia moderna. Normalmente não são pessoas pobres vivendo em países muito atrasados que bradam sobre as “maravilhas” das diferentes culturas. São “intelectuais” de países desenvolvidos que olham com desdém para os processos que tornam possível a produção de todo tipo de conforto que desfrutam.
Uma cultura é, segundo a definição da Enciclopédia Britânica, um padrão integrado de conhecimento humano, crenças e comportamentos que são resultados da capacidade humana de aprendizagem e transmissão de conhecimento para as gerações seguintes. Cultura consiste então em língua, idéias, crenças, costumes, códigos de conduta, instituições, ferramentas, técnicas, rituais, arte, símbolos etc. A cultura de um povo pode evoluir com o tempo. Cultura se aprende. Os relativistas culturais tentam logo acusar de “nazistas” aqueles que conseguem enxergar objetivamente instituições e costumes superiores – ignorando que Hitler falava em superioridade racial dos arianos, algo que seria inato, não aprendido. O conceito de raça humana sequer faz muito sentido. Já estoque de conhecimento, instituições, valores e avanços não só existem e variam muito de cultura para cultura, como uns são bastante superiores a outros. Ou será que alguém realmente acredita que a cultura da Suíça é apenas “diferente” daquela existente no Zimbábue, e não melhor? Será que os costumes de sacrifício infantil praticados pelos incas seriam atualmente vistos como “apenas diferentes” pelos relativistas culturais? Como conciliar isso com a demanda por um código de direitos humanos universais?
Algo inerente aos relativistas culturais, pelo fator contraditório de suas crenças, é o constante uso de dois pesos e duas medidas. Ao mesmo tempo em que relativizam todas as barbaridades provenientes da cultura atrasada que pretendem defender, esquecem o relativismo e partem para a objetividade de julgamento na hora de condenar as culturas que detestam – normalmente as mais avançadas e livres. Assim, cortar o clitóris passa a ser apenas uma “diferença cultural”, como colocar um brinco na filha. Mas o “consumismo” ocidental é algo podre, que deve ser combatido, e não apenas uma “diferença” de valores. Uma cultura que prega a morte de “infiéis” é apenas uma cultura “diferente”, enquanto se um país for se defender dessa ameaça, sua “cultura belicosa” passa a ser repugnante. Os relativistas fingem não perceber que se “tudo vale”, porque nenhuma cultura é superior a outra, então um povo pode alegar ter como valor supremo em sua cultura o extermínio de outras culturas. Com qual critério objetivo um relativista consegue julgar algo, se tudo não passa de “diferenças culturais”? Quando os relativistas culturais alegam, por exemplo, que nenhuma cultura está num estágio inferior e que seus costumes são “apenas diferentes”, estão sendo coniventes com a prática nefasta de matar por apedrejamento uma mulher cujo único “crime” foi ter cometido adultério. Queiram ou não, o fato é que os adeptos desse culto do multiculturalismo são cúmplices dessas barbaridades.
O filósofo Kwame Anthony Appiah explicou de forma bastante objetiva os riscos da visão coletivista da cultura, em detrimento ao direito de livre escolha individual. O autor, nascido em Gana, é Ph.D. pela Universidade de Cambridge e lecionou em Harvard e Princeton, além de autor do livro Cosmopolitanism, onde defende que a globalização fez bem às culturas regionais. A globalização não uniformiza, diversifica. A reclusão é que exaure a inspiração. Culturas fechadas estão fadadas ao insucesso. Basta comparar a diversidade nos Estados Unidos, com inúmeras culturas diferentes convivendo lado a lado, com a maior homogeneização de uma Coréia do Norte, isolada do mundo.
A população deve ter a liberdade de escolha de quais produtos culturais deseja consumir. Appiah dá o exemplo das camisetas que os africanos usam, deixando de lado suas roupas coloridas tradicionais. Se as camisetas cumprem a função de cobrir o corpo e são mais baratas, que mal há em deixar as vestes tradicionais para ocasiões especiais apenas? Tirar o direito de escolha dos indivíduos em nome da “preservação cultural” beira o desumano, e normalmente quem pensa assim está longe, no conforto justamente de culturas mais liberais. O mesmo vale para o resto dos produtos existentes. Os indivíduos devem ser livres para decidir qual filme desejam assistir, quais músicas querem escutar ou qual comida pretendem comer. Quanto mais liberdade de mercado, com abertura para diferentes países e culturas, maior o número de opções disponíveis. Appiah chama de “preservacionistas culturais” aquelas pessoas com bom padrão de vida em algum país ocidental, normalmente, que olham para as culturas diferentes e exóticas como algo interessante, bonito, que deveriam ser mantidas para sempre da mesma forma. Mas, como Appiah diz, “se o costume é ruim para o bem-estar de uma grande parcela daquela população, o fato de fazer parte da cultura não é motivo para insistir no erro”.
O foco deve ser o indivíduo e sua liberdade de escolha, não a tribo, a nação ou a cultura. A cultura não é um fim em si, mas um meio para a felicidade dos indivíduos. E cada um deve ser livre para escolher como quer buscar sua felicidade. Eis justamente o que o culto do multiculturalismo deseja impedir.
Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

Alexandre Garcia- Bola de Neve

O PT completou 35 anos de existência nesse 10 de fevereiro. Nunca antes na história desse partido ele esteve tão acuado. Não foi quando Lula perdeu para Collor ou para FHC, ou quando apareceram os primeiros escândalos nos Correios, nem ao longo do demorado processo do mensalão. Lula teve sempre o condão de Fênix para reerguer o partido dos escândalos em que se meteu. Mas o que se notou nas comemorações do aniversário, foi a saudade dos tempos fáceis em que era oposição; saía para as ruas com o “ Fora Collor” e o “Fora FHC”, sem jamais chamar isso de golpismo. Sempre acusou os tucanos de quererem privatizar a Petrobras. 

Agora chama os opositores de golpismo e se apropriou da petroleira que seria do povo. A reação está na última pesquisa Datafolha. Assalariados com menos de dois salários-mínimos, que julgavam o governo Dilma bom e ótimo num percentual de 50%, agora dão só 27% de aprovação. Na pesquisa, 70% pensam que a presidente sabia da corrupção na Petrobrás. 60% dizem agora que ela mentiu na campanha. Após pouco mais de três meses de ter sido eleita em segundo turno por 38% do eleitorado, 44% dos entrevistados pelo Datafolha julgam seu governo ruim ou péssimo e apenas 23% aprovam. O PT, que era pedra, virou vidraça. 

O juiz federal Sérgio Moro afirma que a corrupção continuou mesmo depois de lançada a operação lava-jato. Meu amigo que foi presidente da Bolsa do Rio e da Interbrás e secretário da presidência da Petrobrás me conta que o pior poderá de vir dos Estados Unidos, para onde foi o procurador-geral Rodrigo Janot. Os procuradores americanos, que são escolhidos por eleição, podem bloquear os bens da Petrobras e mandar prender diretores e conselheiros da empresa quando puserem os pés nos Estados Unidos. E as investigações, por lá, em defesa dos acionistas americanos, são rigorosas e acima de interesse político. 


Pesquisa recém divulgada pela Universidade Vanderbilt, dos Estados Unidos, com 50 mil entrevistas na América latina, mostra que os eleitores jovens da região, com menos de 25 anos, consideram justificável intervenção militar para combater a corrupção. Não para o Brasil, que, no caso Collor, demonstrou que pode tirar um presidente dentro da lei e da ordem, ainda que seja por uma simples Fiat Elba. Hoje, só a propina que um diretor da Petrobrás mandou pagar ao PT, equivale a 560 milhões de reais – ou a 22 mil Fiat Elba. É uma bola de neve que todos os dias rola mais, ladeira abaixo, aumentando de tamanho. 

CONVERSA DE BAR

-- Descobri que está assim de bandido tentando entrar no PT!
- Por que eles querem entrar no partido?
- Por que bandido petista passa pela prisão, mas não fica.

PARA O DELEITE DOS SEUS PARVOS ELEITORES- FOLGADA, DILMA IGNORA CRISE E JÁ ESTÁ NA PRAIA DE ARATU PARA DESCANSAR DURANTE O CARNAVAL

SENADORA ANA AMÉLIA DENUNCIA DESCALABRO NAS ESTRADAS FEDERAIS DO RS. JÁ FECHARAM POSTOS DA PRF EM NOVE MUNICÍPIOS.

Postado por Polibio Braga


O presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do RS, Deolindo Paulo Carniel. denunciou neste final de semana que foram fechados pelo governo os postos nos municípios de Terra de Areia, Lagoa Vermelha, Porto Alegre, São Marcos, Eldorado, Gravataí, Dom Pedrito, São Gabriel, Carazinho, Tabaí, Pinheiro Machado e Santo Antônio da Patrulha. Na tribuna do Senado, Ana Amélia Lemos, PP do RS: explicou a razão das medidas extremas:

— Em 2014, segundo o presidente do Sindicato, apenas 500 policiais rodoviários federais foram nomeados em todo o País, um número insuficiente para repor as saídas da corporação nos últimos anos, ou seja, a reposição daqueles que se aposentaram. E o pior de tudo: apenas 24 policiais rodoviários foram lotados, desse total, no Rio Grande do Sul. Só 24 dos 500! Por outro lado, no ano passado, mais de 80 policiais se aposentaram no Estado.
A senadora lembrou que 500 policiais rodoviários federais já formados e prontos a assumir suas funções aguardam nomeação, que deveria ocorrer antes da Copa do Mundo, mas ainda não foi efetivada. Também existem 766 aprovados no último concurso aguardando convocação para realizar o curso de formação policial.
A situação é de descalabro, ocasionando mortes de cidadãos gaúchos:
— Essa situação é agravada pelo fato de as estradas federais acumularem recordes de acidentes. Só no ano passado, foram quase três mortes por dia nas estradas gaúchas. Istyo sem falar na falta de sinalização, obras atrasadas e falta de duplicações.

CRISTINA KIRCHNER VAI SENTAR NO BANCO DOS RÉUS. ELA FOI DENUNCIADA COMO CRIMINOSA POR PROTEGER TERRORISTAS DO IRÃ.

Postado por Polibio Braga
Cristina Kirchner foi indiciada nesta sexta-feira, 13, pelo promotor responsável pelo processo de encobrimento dos acusados iranianos no atentado a Associação Mutual Israelita (AMIA), em 1994, que deixou 85 mortos. O fato agrava a crise institucional na Argentina - O procurador Gerardo Pollicita decidiu indiciar nesta sexta-feira a presidente, o ministro das Relações Exteriores Hector Timerman, o líder sindical Luis D'Elia e o deputado federal governista Andrés Larroque pela denúncia apresentada pelo promotor Alberto Nisman quatro dias antes de sua morte.



Nisman foi encontrado morto em seu apartamento no bairro portenho de Puerto Madero apenas um dia antes de apresentar sua denúncia contra o governo de Cristina Kirchner no Congresso Nacional Argentino. Segundo as investigações do promotor, Cristina havia assinado um acordo diplomático paralelo para deixar impunes os principais acusados iranianos de ter colocado uma bomba na AMIA em 1994 em troca de favores comerciais do Irã.


A causa, conhecida como Causa 777/15, foi aberta no juizado do promotor Rafael Rafecas e deve investigar a presidente e altos funcionários de seu governo por um memorando de entendimento com o Irã assinado em 2012.



O indiciamento de Cristina sacode a estabilidade institucional na Argentina e soma ainda mais incerteza a um cenário político conturbado apenas a alguns meses das próximas eleições presidenciais no país.
A morte misteriosa de Alberto Nisman é manchete nos principais jornais internacionais e, dentro da Argentina, divide opiniões e aprofunda a divisão política dentro da sociedade. Para o dia 18, quando brasileiros estarão em plena quarta-feira de cinzas, argentinos prometem uma grande mobilização pedindo justiça e que a morte do promotor seja investigada sem interferências políticas.


Cristina é alvo de críticas por não haver se solidarizado com a família do promotor morto, por atacar suas acusações e uma enxurrada de insinuações contra o trabalho do promotor morto nas redes sociais oficiais de seu governo. O governo tentou esvaziar a denúncia de Nisman o que causou desconforto com a oposição e parte da população argentina.


O governo disse nesta sexta-feira que o indiciamento da presidente é parte de uma “manobra para desestabilizar o governo”.


Promotores, juízes e opositores marcaram um protesto no dia 18 de fevereiro em Buenos Aires - a data marca um mês da morte de Nisman.


A morte do promotor ainda é um mistério e a promotora responsável pelo caso não descarta nenhuma hipótese, sendo suicídio ou homicídio. As evidencias são complexas e muitas vezes contraditórias. A ex-mulher do promotor morto, Sandra Arroyo Salgado, já demonstrou preocupação com a lisura da investigação.

IMB-Há muito governo na nossa gasolina

Com o preço médio da gasolina acima de R$ 3,50 na maior parte do país, e chegando a R$ 4,51 em algumas localidades(dependendo do tipo da gasolina escolhida) — e tudo isso justamente em um momento em que o preço da gasolina está em queda no resto do mundo —, a conclusão é que há muito governo em cada litro da gasolina brasileira.
No entanto, tudo isso é ainda muito pior do que parece.
Embora as principais intervenções diretas do governo sejam claras e visíveis a todos — o retorno da CIDE e a decisão da Petrobras de aumentar o preço para refazer seu caixa, esfacelado pela corrupção —, há também outras intervenções que o cidadão comum não consegue visualizar, mas que são ainda mais deletérias do que essas duas intervenções explícitas do governo.
A seguir, uma lista das 9 principais contribuições do governo brasileiro para o preço e para a qualidade da nossa gasolina:
1) O mercado de combustíveis no Brasil está longe de ser um genuíno mercado.  Há uma vasta e complexa rede de subsídios, obrigações e proibições.
O setor energético é certamente um dos mais regulados da economia brasileira.  Começa pelo fato de a Petrobras deter um monopólio prático da extração de petróleo.  Após mais de 40 anos de monopólio jurídico (quebrado apenas em 1997), a Petrobras já se apossou das melhores jazidas do país.  Nem tem como alguém concorrer.  É como você chegar atrasado ao cinema: os melhores assentos já foram tomados, e você terá de se contentar com os piores. 
Depois da Petrobras, vem a ANP (Agência Nacional de Petróleo), cuja função autoproclamada é a de fiscalizar todo o setor petrolífero brasileiro, inclusive os setores de comercialização de petróleo e seus derivados, e o de abastecimento.
A ANP é uma burocracia enorme que possui, além de sua diretoria, uma secretaria executiva, 15 superintendências, 5 coordenadorias, 3 núcleos (Segurança Operacional, Fiscalização da Produção de Petróleo e Gás Natural, e Núcleo de Informática) e 3 centros (Relações com o Consumidor, Centro de Documentação e Informação, e Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas).
Além da Petrobras e da ANP, que regula tudo que diz respeito ao setor, há toda uma cornucópia de regulamentações ambientais, trabalhistas e de segurança que fazem com que abrir um posto de combustíveis seja uma atividade quase que restrita aos ricos — ou a pessoas que possuem contatos junto ao governo.  Livre concorrência nesta área nunca existiu.
2) Há toda a carga tributária.  Como anualmente demonstrado pelo IMB no Dia da Liberdade de Impostos, caso todos os impostos sobre a gasolina (PIS, Cofins, CIDE e ICMS) fossem abolidos, o preço do litro, hoje, cairia 53%, que é exatamente a carga tributária desses impostos que incidem sobre a gasolina. 
Uma carga tributária tão voraz como esta incidindo sobre os preços estimula a criação de todos os tipos de métodos burlescos que possibilitem a obtenção de um máximo de receitas através do menor volume possível de vendas do produto real — daí os recorrentes casos de gasolina batizada, por exemplo. 
3) Uma fatia do caríssimo preço da gasolina é utilizada pelo governo para subsidiar o preço do diesel.  O argumento é que o diesel é um "combustível social" por ser utilizado no transporte público e no transporte de cargas.
Os empresários donos de concessões de ônibus e de transportadoras agradecem.
4) Por conta desse subsídio ao óleo diesel, é proibida a circulação de carros de passeio movidos a diesel no Brasil.  Quem já foi à Europa sabe que veículos de passeio a diesel não apenas são muito comuns por lá, como já estão se tornando a maioria.
No Brasil, os únicos automóveis que podem utilizar o diesel são aqueles vistosos utilitários, de propriedade apenas dos mais ricos.  Justamente por serem considerados "veículos utilitários", e não veículos de passeio, eles têm esse privilégio.
Os fazendeiros e os ricaços, que podem andar com combustível subsidiado pelo povo, agradecem o suado esforço da boiada.
5) A gasolina no Brasil vinha com 25% de álcool.  Agora, por determinação do governo, esse percentual foielevado para 27%.  O que isso significa?
5.1) Em primeiro lugar, maior consumo.  Quanto maior o volume de álcool na gasolina, maior é o consumo, pois o álcool possui menos poder calorífico em relação à gasolina. Isso faz com que seja necessária uma maior quantidade de combustível para que o motor realize o mesmo trabalho.  Ou seja, seu carro consumirá mais e você terá de reabastecer com mais frequência.  Prepare seu bolso.
5.2) O álcool é péssimo para o motor, pois é corrosivo. Isso afeta tanto a bomba de combustível do carro quanto a vida útil dos componentes do sistema de injeção.  Mais álcool, mais estrago.
5.3) Os motores a gasolina não foram calibrados para tamanho teor de álcool, e nenhuma pesquisa de campo concluiu que os microprocessadores da injeção eletrônica têm a capacidade de processar uma mistura contendo mais de 25% de álcool para chegar a uma mistura ar-combustível ideal.  Consequentemente, haverá a tendência de a mistura ar-combustível ficar mais pobre, gerando redução de potência e hesitações sob aceleração.  Haverá mais emoção a cada ultrapassagem.
5.4) Se você quiser continuar comprando gasolina com "apenas" 25% de álcool, você terá de desembolsar mais para comprar a gasolina Premium, que não foi agraciada com essa resolução do governo.  Seu litro custa bem acima de R$ 4 na maioria das cidades brasileiras.
5.5) Utilizar essa nova gasolina com 27% de álcool em motores anteriores a 2003 será um risco, pois as peças desses motores não foram fabricadas para suportar esse ataque químico.  Lindamente, a ANFAVEA apenas pede que os proprietários desses carros paguem mais de R$4 pelo litro da gasolina Premium.
5.6)  Moramos em um país que, se um dono de posto resolver vender gasolina pura, ele será preso por falsificação de combustíveis.
6) Como consequência disso tudo, no Brasil, todo proprietário de veículo de passeio, de um simples Corsa até o Fusion, é obrigado a colocar álcool no seu carro. Trata-se de um dos maiores mercados cativos para um produto do mundo.
Lembrem-se disso sempre que virem reportagens sobre usineiros reclamando que as coisas não vão bem e que precisam de mais dinheiro do BNDES.
7) Uma lei aprovada em janeiro do ano 2000 (Lei nº 9.956/2000) proíbe o funcionamento de bombas automáticas em postos de gasolina.  Uma bela forma de iniciar o terceiro milênio, não? Tanto na Europa quanto nos EUA não existem frentistas.  No Brasil, o governo tornou essa profissão obrigatória (assim como trocador de ônibus), o que só encarece os custos de se ter um posto de combustível.
Mas pensemos pelo lado positivo: ainda bem que esses gênios não legislavam nos anos 1950.  Eles teriam proibido as colheitadeiras em nome da preservação do emprego.
8) A tudo isso acrescente toda a legislação trabalhista, urbanística e ambiental, que impede o surgimento de novos postos de gasolina para aumentar a concorrência, e encarece as operações daqueles já existentes. 
9) Nos EUA, cujo setor petrolífero é dominado por empresas privadas "malvadas e gananciosas", o preço da gasolina caiu e voltou ao mesmo valor nominal de dez anos atrás.  Hoje, um litro de gasolina nos EUA está custando, em média, R$ 1,90.  Já no Brasil, cujo setor petrolífero é controlado por uma estatal que ama os pobres, o preço da gasolina está hoje no maior valor da história do real, chegando a R$ 4 em algumas localidades.
Sinceramente, qualquer que seja o preço do combustível, trata-se de uma gigantesca fraude.  E vamos continuar aceitando.
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Leandro Roque contribuiu para este artigo.

Daniel Marchi  é economista graduado pela FEA USP Ribeirão Preto e membro do Instituto Carl Menger, em Brasília.


DILMA DENOREX- “Parece remédio, mas não é. Dilma, por exemplo, aos olhos do povo parece ser competente, mas não é.” (Mim)

“A Petrobras é nossa? Pois parece Siciliana.” (Mim)

”Não posso ver a carantonha da Dilma na TV. É profundamente irritante saber que temos uma pessoa tão incapaz e hipócrita como nossa presidente.” (Eriatlov)

NÃO HÁ FUGA

NÃO HÁ FUGA

Caio
E quando me levanto
Sinto que cresci
Pois não há crescimento
Sem dificuldade e dor
E muito se engana quem pensa em fazer voltas
Pois é sabido que podemos fugir de todos
Menos de nós mesmos.

Na cabeça dela, o melhor. Arre!


The book is on the table

Falha no currículo
Falha no currículo
O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, vai comandar a maior produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto do mundo sem falar inglês.
Por Lauro Jardim

“Nada melhor para um depressivo que programa policial sensacionalista. Melhor para aumentar o desespero e apressar a morte.” (Pócrates)

“Os inúteis discutem o que além de coisas inúteis?” (Pócrates)

“A virtude que distingue os homens numa sociedade livre, a essência da visão liberal da vida, é a busca da verdade.” (Frank H. Knight)

“As massas são governadas mais por impulso que por convicção.” (Wendell Phillips)

“A cada dia novas esperanças. Mudar o que pode ser mudado e resignar-se com o que não pode, seguir em frente.” (Filosofeno)

Rodrigo Constantino- Socialismo e Nazismo


Socialismo e nazismo

“É um erro encarar o nazista como um selvagem não-instruído; sua bestialidade foi adornada cuidadosamente com especulações que refletiam de forma muito estreita a influência marxista.” (Michael Polanyi)
Muitos socialistas usam a tática, ensinada por Lênin, de acusar os opositores daquilo que eles mesmos são ou fazem. Tudo que for contrário ao socialismo vira, assim, “nazismo”, ainda que o nacional-socialismo tenha inúmeras semelhanças com o próprio socialismo marxista. Tanto o nazismo como o marxismo compartilharam o desejo de remodelar a humanidade. Marx defendia a “alteração dos homens em grande escala” como necessária. Hitler pregou “a vontade de recriar a humanidade”. Qualquer pesquisa séria irá concluir que nazistas e socialistas não eram, na prática e no seu ideal coletivista, figuras tão diferentes assim.
Na verdade, eram “gêmeos heterozigotos”, colocando como objetivo chegar a uma sociedade perfeita, destruindo os elementos negativos que se opõem a ela. Conforme escreveu Alain Besançon em A Infelicidade do Século, “eles pretendem ser filantrópicos, pois querem, um deles, o bem de toda a humanidade, o outro, o do povo alemão, e esse ideal suscitou adesões entusiásticas e atos heróicos”. Mas o que os aproxima mais é que “ambos se dão o direito – e mesmo o dever – de matar, e o fazem com métodos que se assemelham, numa escala desconhecida na história”. Para seu fim ulterior, quaisquer meios são aceitáveis ou mesmo desejáveis. Cada um se vê como a encarnação do Bem, e os empecilhos precisam ser eliminados para o alcance de um fim tão “nobre”. Os governos nazista e comunista fecham suas fronteiras, controlam a informação, substituem a realidade por uma pseudo-realidade e eliminam os opositores. Acabam gerando uma completa destruição da moral, difundindo o sentimento de repugnância de si mesmo nas pessoas. Alain Besançon conclui: “Não vale mais a pena praticar o duplo pensamento, procura-se na verdade não pensar em nada”. Ambos desembocam no niilismo.
Não obstante, para os socialistas, aquele que não for socialista é automaticamente um “nazista”, como se ambos fossem grandes opostos. Assim, os liberais, que sempre condenaram tanto uma forma de coletivismo como a outra, e foram alvos de perseguição violenta dos dois regimes, acabam sendo rotulados de “nazistas” pelos socialistas, incapazes de argumentar além dos tolos rótulos de “extrema-esquerda” e “extrema-direita”. Tal postura insensata coloca, na cabeça dos socialistas, uma “direitista” como Margaret Thatcher mais próxima ideologicamente de um Hitler que este de Stalin, ainda que Thatcher tenha lutado para defender as liberdades individuais e reduzir o poder do Estado, enquanto Hitler e Stalin foram à direção contrária. O fim da propriedade privada de facto foi um objetivo perseguido tanto pelo nazismo como pelo socialismo, que depositaram no Estado o poder total. O liberalismo, em sua defesa pela liberdade individual cujo pilar básico é o direito de propriedade privada, é radicalmente oposto tanto ao nazismo como ao socialismo, que em muitos aspectos parecem irmãos de sangue.
A conexão ideológica entre socialismo marxista e nacional-socialismo não é fruto de fantasia, e Hitler mesmo leu Marx atentamente quando vivia em Munique, tendo enaltecido depois sua influência no nazismo. O próprio Hitler teria confessado: “Não sou apenas o vencedor do marxismo, sou seu realizador”. Hitler diz ainda: “Aprendi muito com o marxismo e não pretendo escondê-lo”. O terceiro Reich condenou abertamente o capitalismo e se declarou um socialista! Analisando algumas semelhanças, temos que para os nazistas, os grupos eram as raças; para os marxistas, eram as classes. Para os nazistas, o conflito era o darwinismo social; para os marxistas, a luta de classes. Para os nazistas, os vitoriosos predestinados eram os arianos; para os marxistas, o proletariado. Além da justificativa direta para o conflito, a ideologia de luta entre grupos desencadeia uma tendência perversa a dividir as pessoas em membros do grupo e excluídos, tratando estes como menos que humanos.
Os judeus para os nazistas e os kulaks para os comunistas eram como piolhos que deveriam ser eliminados. O próprio Lênin chegou a conclamar seus camaradas a esmagar os kulaks, pequenos proprietários, sem piedade alguma, enforcando-os de modo que todos pudessem ver. O extermínio dessa “escória” passa a ser desejável seja para o paraíso dos proletários ou da “raça” superior. Os individualistas, entrave para ambas as ideologias coletivistas, acabam num campo de concentração de Auchwitz ou num gulag da Sibéria, fazendo pouca diferença na prática. Na verdade, como lembra Besançon, “a deportação para os campos de trabalho foi inventada e sistematizada pelo regime soviético”. O nazismo apenas a copiou. Os primeiros campos foram abertos na Rússia em 1918, cerca de seis meses depois da tomada de poder por Lênin. É espantoso observar o ódio que o nazismo desperta enquanto o comunismo desfruta de extrema complacência, sendo ainda admirado abertamente por muitos. Ambos os regimes merecem igualmente o total desprezo e nojo por qualquer um que defenda a liberdade e a humanidade.
A acusação de que a Alemanha nazista era uma forma de capitalismo não se sustenta com um mínimo de reflexão. O “argumento” usado para tal acusação é de que os meios de produção estavam em mãos privadas na Alemanha. Isso era verdade somente nas aparências. A propriedade era privada de jure, mas era totalmente estatal de facto, da mesma forma que na União Soviética. O governo não só nomeava dirigentes de empresas como decidia o que seria produzido, em qual quantidade, por qual método, e para quem seria vendido, assim como os preços exercidos. Para quem tem um mínimo de conhecimento sobre os pilares de uma sociedade capitalista-liberal, não é difícil entender que o nazismo é o oposto deste modelo. Hitler teria dito: “Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens”. Para os nazistas, assim como para os socialistas, é o “bem-comum” que importa, transformando indivíduos de carne e osso em simples meios sacrificáveis para tal objetivo. Para os liberais, ao contrário, cada indivíduo é um fim em si, e tem direito a buscar sua própria felicidade contanto que não invada a liberdade dos outros.
O programa do Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista que levou Hitler ao poder deixa claro as similaridades com o socialismo. O programa defendia a “obrigação do governo de prover aos cidadãos oportunidades adequadas de emprego e vida”. Alertava que “as atividades dos indivíduos não podem se chocar com os interesses da comunidade, devendo ficar limitadas e confinadas ao objetivo do bem geral”. Demandava o “fim do poder dos interesses financeiros”, assim como a “divisão dos lucros pelas grandes empresas”. Também demandava “uma grande expansão dos cuidados aos idosos”, e alegava que “o governo deve oferecer uma educação pública muito mais abrangente e subsidiar a educação das crianças com pais pobres”. Pregava uma “reforma agrária para que os pobres tivessem terra para plantar”. Combatia o “espírito materialista” e afirmava ser possível uma recuperação do povo “somente através da colocação do bem comum à frente do bem individual”. O meio defendido para tanto era o centralismo do poder. Tal como o socialismo, o nazismo era extremamente coletivista, anti-liberal e anti-capitalista.
Existem, na verdade, vários outros pontos que podemos listar para mostrar que o nazismo e o socialismo são muito parecidos, e não opostos como tantos acreditam. O fato de comunistas terem entrado em guerra com nazistas nada diz que invalide tal tese, já que comunistas brigaram sempre entre si também, e irmãos brigam uns com outros, ainda mais por poder. Disputavam o mesmo tipo de vítima, e não havia espaço para ambos. Antes de entrarem em guerra, tinham um pacto de cooperação, mas a disputa pelo poder dessas duas ideologias totalitárias falou mais alto. Apesar do liberalismo se opor com veemência a ambos os regimes, os socialistas adoram repetir, como autômatos, que liberais são parecidos com nazistas, apenas porque associam erradamente nazismo a capitalismo. Se ao menos soubessem como é o próprio socialismo que tanto se assemelha ao nazismo!
Para concluir, deixo o próprio Alain Besançon falar: “O comunismo é mais perverso que o nazismo porque ele não pede ao homem que atue conscientemente como um criminoso, mas, ao contrário, se serve do espírito de justiça e de bondade que se estendeu por toda a terra para difundir em toda a terra o mal. Cada experiência comunista é recomeçada na inocência.”
Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

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