segunda-feira, 30 de maio de 2016

O mundo é um circo dividido entre os de cima e os de baixo. E os do meio? Bem, os do meio é que cobram os ingressos.

O SENHOR É O MEU PASTOR e pouco me sobrará. E lá se vai do salário 10%. É ovelha das boas.

“Há luz nas casas, nas ruas. Porém falta luz nas mentes. Escuridão tenebrosa.” (Filosofeno)

Do Diário do Poder- PODER SEM PUDOR

BARRIGA CHEIA
Certa vez, em debate sobre e reforma da Previdência, o rico empresário Jorge Gerdau Johannpeter defendeu teto salarial “o mais baixo possível”, para “reparar as injustiças e o déficit previdenciário”. O deputado mineiro Carlos Mota não se aguentou:
- Então que o teto seja estipulado em um centavo e resolveremos de vez todos os problemas sociais do Brasil!

NO CORAÇÃO DAS MULHERES
Com fama de mulherengo, João Cordeiro de Sobral foi candidato a prefeito de Salto do Céu (MT) em 1982 e, num comício, enfrentou o problema:
- Como não podem dizer que sou vagabundo ou ladrão, exploram a minha fraqueza pelo sexo feminino. Tudo o que dizem é verdade, só esqueceram de dizer que eu sou bom pai e bom marido. Não é, Adalgisa?...
A mulher, presente, balança a cabeça, concordando. João continuou:
- Nesta praça, muitas das senhoras presentes sabem que foram muito felizes todas as que desfilaram pela passarela do meu coração...
Ganhou a eleição de goleada.

CARA-DE-PAU À MINEIRA

O general Costa e Silva foi fulminado por uma trombose, em agosto de 1969, e os militares ficaram inquietos: não queriam empossar o vice civil, Pedro Aleixo. Outro mineiro ilustre, José Maria Alkmin, telefonou ao vice:

- É preciso resistir. Volte para Minas e vamos organizar um contragolpe. Não adiantou: Aleixo não tomou posse. Tempos depois, Alkmin foi procurado pelo general Sizeno Sarmento, comandante do II Exército, com a gravação do telefonema a Aleixo. Alkmin não perdeu a naturalidade:

- Esse (Renato) Azeredo (deputado do PSD, como ele) é terrível! Sabia que imitava minha voz com perfeição, mas desta vez ele foi muito longe!

PENSANDO BEM...

...flagrados em gravações, Lula e Dilma posam de “vítimas”, atacando o vazamento e até o juiz, para não explicarem o conteúdo das conversas cabeludas. E ainda há quem diga que “malas” são Renan e Sarney...

Cláudio Humberto

“Lula é a prova viva de que ficar velho não torna um canalha melhor.” (Mim)

CHEGA

Após o que eles fizeram com o Brasil não suporto mais ouvir falar em socialistas,bolivarianos, comunistas, Lula, Dilma e o PT. Estou doente vendo a canalha ainda cheia de petulância dando discursos quando deveriam estar escondidos de vergonha. E ainda mais indignado com a imprensa da verdade das verbas oficiais que ainda espera pela volta de  Dilma para continuar mamando.

Qualquer governo é melhor que um governo do PT. Mas por favor, caprichem, para não dar munição para os abobalhados.

Charge do Millôr

Textos de Millôr com desenhos de Péricles Maranhão, autor da figura mais popular do humor brasileiro de todos os tempos: "O Amigo da Onça".



Clipismo — A adoração do momento. Será uma indireta divina? Dê seu palpite... e seu dinheiro.

Atheus. NET

“O brasileiro precisa aprender a vomitar antes de votar. Após votar não adianta sentir náuseas.”

“Meu pai me legou uma herança de alguns milhares de dívidas.” (Climério)

Todo idiota útil dura pouco. É mais descartável que casca de banana.

Quando ela diz ”te ligo amanhã”, porém nem pediu o seu telefone, espere deitado.

Quando a mulher pede um tempo para você é porque o seu tempo com ela já acabou.

Deus criou o mundo quando estava de ressaca. E o homem quando estava de porre.

“Se você não vai aos enganadores, pela televisão os enganadores vêm até você.”

“São muitos os caminhos do senhor. Eu sei, mas todos levam até o nosso bolso.”

AVE MARIA

“Ave Maria, cheia de graça, passe no caixa e roube todo o dinheiro da católica para mim.”

“O dinheiro não traz felicidade, mas fazer o quê? É ele o amor da minha vida.” (Chico Melancia)

PAI NOSSO

“Pai nosso que estais no céu levai todos os cristão até aí e deixai para esse pobre ateu todo o dinheiro do Vaticano. Amém.”

Instituto Liberal-Por que o brasileiro tem tanto medo da palavra privatização?- Por Vitor Cardoso

Por que o brasileiro sente uma reviravolta toda vez que ouve a palavra privatização? Isso não é normal! Você divulga que alguém pretende privatizar algo e parece que o mundo para e a pessoa só ouve aquilo: privatização, privatização, privatização, como um eco. Por que essa ojeriza tão grande em deixar o Estado focar no que ele tem que fazer e deixar que os outros entes da sociedade prestem os demais serviços? Que empresa no mundo conseguiria operar em ramos tão distintos como saúde, educação, segurança, petróleo, mercado de capitais, bens, serviços e bancários, infraestrutura, transporte terrestre, aeroviário, metroviário, pluvial, e tantos outros? Será que alguém pensa que poderia construir uma empresa que fizesse tudo isso por um bom preço, com qualidade e eficiência? Por que, então, achar que um Governo pode?
Não se engane quem pensa que, posteriormente a toda a campanha da esquerda durante os anos 90 contra a privatização e contra o “neoliberalismo”, a esquerda se proporia a manter a mesma posição e pensamento ao longo dos 14 anos que esteve no Governo. Não o fez! E, não o fez por um motivo simples: privatizar é muito melhor, e até a esquerda sabe disso!
Se há quem pensa que privatizar é ruim, pior ainda é não privatizar. Como citado, não há empresa ou governo que consiga administrar e focar ao mesmo tempo em tantas frentes de atuação, tão díspares. Não há dinheiro suficiente que consiga administrar tudo isso. Além de toda a ineficiência, burocratização e todos os outros diversos outros motivos que todos os brasileiros estão cansados de saber.
Se formos analisar os dados anteriores e posteriores à privatização de apenas algumas estatais, tomaremos um susto. A nova geração sequer sabe que antes da privatização das telefonias necessitavam de 4 anos e um bom dinheiro para se instalar uma linha telefônica. Antes, empregava-se por volta de 20 mil trabalhadores e hoje a geração de empregos na área de telecomunicações chega a quase 400 mil trabalhadores diretos.
A Embraer, que tinha sucessivos prejuízos, na casa dos R$ 300 milhões por ano, passou a ter condição financeira eminente em 2010, ao ponto devolver à sociedade, na forma de impostos, mais de R$ 500 milhões, gerando emprego para mais de 17 mil trabalhadores.
A Vale, tão criticada quando privatizada, empregava 11 mil pessoas, hoje, contudo, possui mais de 170 mil trabalhadores diretos. Se antes de privatizar valia U$$ 8 bilhões, hoje já supera os U$$ 190 bilhões. Só de investimentos em áreas e projetos sociais entre 2007 e 2010 foram mais de U$ 700 milhões.
Será que isso é ruim? Se ruim, para quem? Talvez seja ruim para alguns partidos que chegando ao poder não podem colocar seus afiliados políticos para desviarem “um pouquinho” para suas campanhas. Talvez seja ruim para o político que não consiga fazer com que as empresas invistam e gastem tanto dinheiro apenas em seus projetos políticos – até pessoais. Talvez seja ruim para o político que não consegue determinar que suas campanhas sejam feitas através dos investimentos “redirecionados” da estatal para o seu bolso ou campanha. Talvez isso seja realmente ruim, mas ruim para ele, não para o povo!
A educação – e digo não somente aquela construída pela escola, mas também a proporcionada pelas mídias, escritores e até partidos políticos – falhou e continua a falhar, sem explicar para a grande população o benefício de se ter uma empresa especializada e focada em desenvolver cada vez mais um setor, gastando cada vez menos, contratando mais trabalhadores para sua equipe, gerando mais impostos a serem devolvidos à toda sociedade. Isto é bom para todo o país. É bom para todos que recebem um serviço por um preço menor e de maior qualidade – do que o oferecido anteriormente prestado pelo Estado; seja na telefonia, na luz, bancos e tantos outros ramos e serviços.
O governo precisa focar e investir nas necessidades básicas do povo e naquilo que a Constituição lhe determina como obrigatórios e únicos a prestarem. Enquanto o Governo perde tempo pensando em quem colocar na presidência da Caixa Econômica Federal, a educação fica em segundo plano. Enquanto se gasta tempo e gente pensando em como recuperar a Petrobrás, a população morre de descaso nas filas dos hospitais. Enquanto se pensa em como fazer os Correios terem lucro e prestarem um serviço minimamente adequado, obras de infraestrutura deixam de ser realizadas. Enquanto se pensa em como gerir uma empresa pública, milhões de empregos são perdidos porque o (des)governo não conseguiu executar um plano econômico eficiente.
Precisamos, sim, perder o medo de falar em privatizar. Não é um palavrão. Não é vender o país, tampouco se curvar a interesses privados. O interesse é de toda a população que ganha com serviços melhores, mais trabalho, menos corrupção, menos aparelhamento político, menos boquinhas aos amigos dos governantes.
Precisamos que os governantes implementem as reais prioridades que a população tanto necessita a e clama. Eles precisam voltar a olhar para próprio povo. Precisam entender que o povo é a prioridade, todo o restante pode e deve ser delegado àqueles que possuem maior expertise que políticos em administrar empresas, políticos esses que, por vezes, sequer educação básica têm. Já passou da hora de o Brasil ser o país do futuro, precisa começar a ser o país do presente!
* Victor Cardoso é formando em Direito pela Mackenzie-RJ, experiencia nos campos de direito tributário, licitatório e civil. Graduando em Ciências Econômicas pela PUC-Rio e membro do Núcleo Acadêmico de Estudos e Integração da Câmara de Comércio e Turismo Brasil-Chile. Membro do Diretório Central de Estudantes da PUC-Rio.

Ex-presidente do PSDB de Minas, homem de Aécio e Anastasia, vai pra a cadeia de Minas

O site do jornal "O Estado de S. Paulo" acaba de informar que o ex-presidente do PSDB de Minas Gerais Narcio Rodrigues, que foi secretário no governo do hoje senador Antonio Anastasia (PSDB), foi preso em Belo Horizonte. 

O tucano, homem de confiança de Aécio Neves e Anastasia, é investigado em operação deflagrada pelo Ministério Público, Polícia Federal e Polícia Militar. Ex-deputado federal, Narcio foi secretário de Ciência e Tecnologia de Antonio Anastasia entre 2011 e 2014.

PB

CONFORMADOS

“Eu sei que nada sei e  que haverá muitas lacunas para sempre preenchidas mesmo que eu viva 10 mil anos. O importante é não se conformar com o pouco saber e buscar mais. Infelizmente os conformados são maioria.”

SOBRE BUGRES E MUÇULMANOS- Do Baú do Janer Cristaldo- 30 de Setembro de 2008

A propósito do sepultamento em vida de três mulheres no Paquistão, recebo as interrogações de um leitor.

O que me impressiona muito são pais que não satisfeitos em contaminarem seus filhos com religião, cegamente fazem o mesmo com as filhas. Ora, pelo que eu saiba são raríssimas as religiões que reservaram para as mulheres algum papel digno - e creio que ficaram como episódios históricos já devidamente esquecidos no tempo - em sua esmagadora maioria estão associadas ao "pecado" , ao "mal" , à "tentação diabólica". Qual a opinião do senhor sobre o fato de mulheres inteligentes, bem sucedidas adotarem religiões, se a própria religião não as considera pessoas lá muito dignas de respeito?

A pergunta suscita várias questões. Em primeiro lugar, mulheres inteligentes e bem sucedidas não adotam religião alguma. Muito menos homens inteligentes. Religião é coisa de pobres de espíritos, que se apavoram ante a intempérie metafísica. Ou de pessoas incultas, sem acesso à educação e à leitura. Ou de sacerdotes, que vêem neste medo uma extraordinária fonte de renda. Em segundo lugar, o leitor se refere ao episódio no Paquistão, país islâmico onde mulher não tem voz. Naquelas plagas, nem mesmo um homem pode não ter religião. Mulher então, nem pensar.

Todo ser humano nasce ateu. Ninguém nasce acreditando em deus ou deuses. Toda religião é decorrência da família e da escola, quando não do Estado. O brutal assassinato das irmãs Hameeda, Ruqqaya e Raheena estão chocando o mundo dito civilizado. Mas esta barbárie está bem mais próxima de nós do que imaginamos. Em fevereiro passado, eu comentava o direito que os indígenas brasileiros se reservam, o de matar filhos de mães solteiras e os recém-nascidos portadores de deficiências físicas ou mentais. Gêmeos também podem ser sacrificados. Algumas etnias acreditam que um representa o bem e o outro o mal e, assim, por não saber quem é quem, eliminam os dois. Outras crêem que só os bichos podem ter mais de um filho de uma só vez. Há motivos mais fúteis, como casos de índios que mataram os que nasceram com simples manchas na pele – essas crianças, segundo eles, podem trazer maldição à tribo. Os rituais de execução consistem em enterrar vivos, afogar ou enforcar os bebês. Geralmente é a própria mãe quem deve executar a criança, embora haja casos em que pode ser auxiliada pelo pajé. 

No Afeganistão, políticos locais defenderam o assassinato das meninas como sendo uma questão de tradição. O senador Israrullah Zehri, do Baluchistão, disse se trata de "um velho costume", e teve o apoio de seu colega senador Jan Mohammad Jamili, que se queixou da "desnecessária politização" do caso. Mir Israhullah Zehri, um representante de Partido do Povo Paquistanês (PPP), do Baluchistão, apresenta como argumento uma justificativa cultural dos crimes de honra. "Estas são tradições que remontam há muitos séculos e eu sempre lutarei em favor da sua manutenção". Ou seja, os representantes máximos da nação aprovam incondicionalmente o enterramento em vida de três meninas que quiseram casar-se com homens que haviam escolhido. Para Ali Dayan Hasan, da organização Human Rights Watch (HRW), com sede em Nova York, os comentários de Zehri são “abomináveis e doentios".

Ora, a prática do infanticídio – e mesmo o sepultamento com vida de crianças - já foi detectada em pelo menos 13 etnias no Brasil, como os ianomâmis, os tapirapés e os madihas. Só os ianomâmis, em 2004, mataram 98 crianças. Os kamaiurás matam entre 20 e 30 por ano. E tudo isto sob os olhares complacentes da Funai, que considera que os brancos não devem interferir nas culturas indígenas. Mesmo entre os sacerdotes católicos que vociferam contra o aborto, não encontramos um só que denuncie estes assassinatos. Muito menos supostos humanistas da HRW se escandalizem com tais práticas.

Um outro leitor acha que a “barbárie relatada (no Paquistão) poderá ter sido, tanto um ato odiento, execrável, repelente, como um exemplo modelar de justica. Tudo dependera do que suceder aos executores. Só há crime quando há castigo, proporcional. Impunidade institui a regra”.

Então será regra. Ou melhor, já é regra. Nada acontecerá aos executores. O instigador do assassinato seria Abdul Sattar Umrani, que não é ninguém mais que o irmão de Sadiq Umrani, o ministro da habitação do governo do Baluchistão, um respeitado membro do PPP, o partido do clã dos Bhutto que está atualmente no poder no Paquistão. Segundo os jornais, o PPP tenta evitar ofender os chefes de tribos do Baluchistão, uma província que contribuiu de maneira decisiva para a eleição, em 6 de setembro, de Asif Ali Zardari, o viúvo de Benazir, para a presidência do Estado.

Da mesma forma, nada acontece aos animais que lapidam mulheres nos demais países muçulmanos. Muito menos aos animais que neste Brasil do século XXI enterram vivas suas crianças. Bugres e muçulmanos em muito se parecem.

O SOFRER

“Muita gente acha que sofre, quando na verdade seus problemas são banais. Gente assim precisa visitar hospitais e observar qual é a real medida de sua dor.” (Filosofeno)

TONTOS

“Os tontos não ficam indignados. Qualquer sobressalto basta pôr ração no coxo.” (Mim)

ETERNIDADE

“Eternidade seria uma chatice. Não suportaria me aturar por 100 anos, imagine então para sempre.” (Limão)

A GENTIL

“Clara foi uma namorada muito gentil e educada. Até para colocar chifres ela pedia licença.” (Mim)

E NÃO É?


É tão fácil governar
Basta competência
Impostos justos
Manter longe os afilhados
E não roubar.

“Lula e Dilma podem ir para qualquer lugar, para o inferno se quiserem (Cuba ,Bolívia ou Venezuela) menos para minha casa.” (Mim)

Mentiras da Igreja Católica- Por Pepe Rodriguez

Capítulo I

COMO A IGREJA CATÓLICA 
 INTERPRETOU DE FORMA INTERESSADA O NOVO TESTAMENTO PARA PODER 
IMPÔR SUA VONTADE ABSOLUTA SOBRE 
O POVO E O CLERO

A hermenêutica bíblica atual garante absolutamente a tese de que Jesus não instituiu praticamente nada e menos ainda qualquer modelo determinado de Igreja. Pelo contrário, os textos do Novo Testamento oferecem diversas possibilidades na hora de estruturar uma comunidade eclesial e seus ministérios sacramentais1.
Segundo os Evangelhos, Jesus só citou a palavra «igreja» em duas ocasiões e em ambas se referia à comunidade de crentes, jamais a uma instituição atual ou futura. Mas a Igreja Católica empenha-se em manter a falácia de que Cristo foi o instaurador de sua instituição e de preceitos que não são senão necessidades jurídicas e econômicas de uma determinada estrutura social, conformada a golpes de decreto no decorrer dos séculos.
Assim, por exemplo, instituições organizativas como o episcopado, o presbiterado e o diaconato, que começaram a formar-se nos fins do século II, foram defendidas pela Igreja como dadas “por instituição divina”(fundadas por Cristo)2, até que no Concílio de Trento, em meados do século XVI, foi mudada habilmente sua origem e passaram a ser «por disposição divina» (por arranjo, por evolução progressiva inspirada por Deus). E, finalmente, a partir do Concílio Vaticano II (documentos Gaudium et Espes, e Lumen Gentium), na segunda metade do século XX, a estrutura hierárquica da Igreja já não tem suas raízes no divino senão que procede “do antigo” (é uma mera questão estrutural que se tornou costume).
São muitas as interpretações errôneas dos Evangelhos que a Igreja Católica realizou e sustentou veementemente ao longo de toda sua história. Erros que, em geral, devem atribuir-se antes à malícia e ao cinismo e não à ignorância - nada depreciável, por outro lado -, já que, não por acaso, todos eles resultaram imensamente benéficos para a Igreja em seu afã de acumular dinheiro e poder. Mas neste capítulo vamos ocupar-nos só de duas mistificações básicas: a que corresponde ao conceito da figura do sacerdote e a que transformou o celibato numa lei obrigatória para o clero.
Os fiéis católicos levam séculos crendo de olhos fechados na doutrina oficial da Igreja que apresenta o sacerdote como um homem diferente dos outros - e melhor que os laicos -, “especialmente eleito por Deus” através de sua vocação, investido pessoal e permanentemente de sacro e exclusivo poder para oficiar os ritos e sacramentos, e chamado para ser o único mediador possível entre o ser humano e Cristo. Mas esta doutrina, tal como sustentam muitos teólogos, entre eles José Antonio Carmona3, nem é de fé, nem tem suas origens além do século XIII ou finais do XII.
A Epístola aos Hebreus (atribuída tradicionalmente a São Paulo) é o único livro do Novo Testamento no qual se aplica a Cristo o conceito de sacerdote – hiereus -4 , mas se emprega para significar que o modelo de sacerdócio levítico já não faz sentido a partir de então. “Tu [Cristo] és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec - se diz em Heb 5,6 -, não segundo a ordem de Aarão”.
Outros versículos - Heb 5,9-10 e 7,22-25 - também deixam assentado que Jesus veio a abolir o sacerdócio levítico, que era tribal - e de casta (pessoal sacro), dedicado ao serviço do templo (lugar sacro) para oferecer sacrifícios durante as festas religiosas (tempo sacro) -, para estabelecer uma fraternidade universal que rompesse a linha de poder que separava o sacro do profano5. E em textos como o Apocalipse - Ap 1,6; 5,10; 20,6 -, ou a I Epístola de São Pedro - IPe 2,5 - o conceito de hiereus/sacerdote já se aplica a todos os batizados, a cada um dos membros da comunidade de crentes em Cristo, e não aos ministros sacros de um culto.
A concepção que a primitiva Igreja cristã tinha de si mesma - ser “uma comunidade de Jesus”- foi amplamente ratificada durante os séculos seguintes. Assim, no Concílio de Calcedônia (451), seu cânon6 era taxativo ao estipular que “ninguém pode ser ordenado de maneira absoluta –apolelymenos - nem sacerdote, nem diácono (...) se não lhe foi atribuído claramente uma comunidade local”. Isso significa que cada comunidade cristã elegia um de seus membros para exercer como pastor e só então podia ser ratificado oficialmente mediante a ordenação e imposição de mãos. O contrário, que um sacerdote lhes viesse imposto desde o poder institucional como mediador sacro, é absolutamente herético6 (selo que, estrito sensu, deve ser aplicado hoje às fábricas de curas que são os seminários).
Nos primeiros séculos do cristianismo, a eucaristia, eixo litúrgico central desta fé, podia ser presidida por qualquer varão - e também por mulheres - mas, progressivamente, a partir do século V, o costume foi cedendo a presidência da missa a um ministro profissional, de modo que o ministério sacerdotal começou a crescer sobre a estrutura sócio-administrativa que se denomina a si mesma sucessora dos apóstolos - mas que não se baseia na apostolicidade evangélica e muito menos na que propõe o texto joanino - em lugar de fazê-lo a partir da eucaristia (sacramento religioso). E daquelas poeiras vêm as atuais lamas.
No Concílio III de Latrão (1179), que também pôs os alicerces da Inquisição, o papa Alexandro III forçou uma interpretação restringida do cânon de Calcedônia e mudou o original titulus ecclesiae -ninguém pode ser ordenado se não é para uma igreja concreta que assim o demande previamente - pelo beneficium - ninguém pode ser ordenado sem um benefício (salário da própria Igreja) que garanta seu sustento-. Com este passo, a Igreja traía absolutamente o Evangelho e, ao priorizar os critérios econômicos e jurídicos sobre os teológicos, dava o primeiro passo para assegurar para si a exclusividade na nomeação, formação e controle do clero.

Fabiano Silveira tem de ser demitido



Fabiano Silveira, ministro da Transparência, foi gravado por Sérgio Machado, na casa de Renan Calheiros, como mostrou o Fantástico.

Ainda como integrante do CNJ, ele participou de uma conversa na qual foram feitas críticas à Lava Jato e discutidos quais os caminhos que Machado e Renan deveriam adotar em relação às investigações da operação.

No áudio, Renan Calheiros diz estar preocupado com o inquérito que apura o recebimento de propina via Transpetro. Fabiano Silveira aconselha Renan a não entregar a sua versão à PGR, para os procuradores não terem condições de rebatê-la. Ele também afirma que Rodrigo Janot e os seus auxiliares estão perdidos em relação ao caso.

Depois da conversa, Fabiano Silveira procurou integrantes da Lava Jato para inteirar-se das investigações sobre Renan. Como os procuradores foram evasivos, Renan comemora com Machado. "Disseram que sou gênio", comenta o presidente do Senado.

Fabiano Silveira tem de ser demitido.

O Antagonista

Pensando em votar em Marina Silva? Faça melhor, pegue o seu Título de Eleitor e dê para o totó brincar.

No caminho também era o caos. Coluna Carlos Brickmann

No princípio, ensina a Bíblia, era o caos. No Brasil os princípios de há muito foram esquecidos, mas o caos se mantém. Gente de terceiro time abre a boca e derruba figurões; pois figurões e figurinhas são a mesma turma, unida para mamar onde for possível, tanto quanto for possível. 

Quem é Pedro Corrêa? Um obscuro parlamentar pernambucano, conhecido por pouquíssima gente. É o depoimento dele que põe Lula no palco, já que o acusa, em delação premiada, aceita pela Justiça, de comandar a distribuição dos pixulecos da Petrobras e a nomear diretores mais compreensivos com as necessidades financeiras dos partidos. 

E aquele Sérgio Machado, que conversou com velhos amigos, gravou tudo e entregou as gravações ao Ministério Público? Este acertou um ex-presidente da República, José Sarney, derrubou um ministro importante, Romero Jucá, e atingiu o segundo homem na linha sucessória, Renan Calheiros. Todos os figurões falaram abertamente com o homem do terceiro time. Claro: eram aliados, não tinham segredos uns com os outros.

Há mais caos no futuro. Lembra de Pedro Barusco, o gerente que ficou com uns cem milhões de dólares? Está colaborando agora com a Justiça americana, onde correm processos de quase cem bilhões de dólares contra estatais brasileiras. 

E falta a delação premiada de Marcelo Odebrecht.

O interminável

Sarney, no finalzinho de 2014, pronunciou seu discurso de despedida da vida pública. OK, todos pensavam saber do que Sarney seria capaz. Mas alguém imaginaria que ele, com quase 86 anos, ex-deputado, senador, presidente, seria capaz de deixar a vida pública para recolher-se à privada?

Mão na massa

Pedro Corrêa confessou (Veja dá a reportagem na capa, neste fim de semana) que recebia dinheiro de uns 20 órgãos do Governo, sempre seguindo ordens do então presidente Lula. Atribui a Lula frases específicas sobre distribuição de propinas. Dá detalhes sobre suas próprias atividades no campo da corrupção, nos últimos quarenta e poucos anos. Fala sobre corrupção de 1970 para cá (em 70 o presidente era Fernando Collor, seguido por Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma e Michel Temer), mas o único figurão que cita é Lula.

Tem para todos

Assustado com o déficit gigantesco do Orçamento? Coisa pequena. Em setembro ou outubro a Justiça de Nova York julga ação de dois fundos de pensão contra a Petrobras. A pena máxima possível é de US$ 98 bilhões, como punição pelos prejuízos causados aos acionistas por suas fraudes.

Os novos alvos

Um dos políticos mais próximos da presidente afastada Dilma Rousseff está na linha de tiro: o governador mineiro Fernando Pimentel, do PT. Na delação premiada do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto (Bené, aquele cujo avião carregado de dinheiro foi vistoriado pela Federal), Pimentel aparece como beneficiário de propinas de 20 empresas, de empreiteiras a uma petroquímica, passando por agências de publicidade e uma indústria automobilística). As doações a Pimentel envolvem também sua esposa, recentemente nomeada, por ele, secretária de Estado. Em seguida foi afastada pela Justiça.

Agora vai

A Comissão de Artigos Desportivos da Assembleia paulista aprovou projeto que torna obrigatório executar o Hino Estadual, após o Hino Nacional, nos jogos interestaduais realizados em São Paulo. E nem é a marcha Paris Belfort, símbolo da revolução constitucionalista de 1932. Começa assim: Paulista, para um só instante dos teus quatro séculos, Ante tua terra sem fronteiras, O teu São Paulo das "bandeiras"! O autor do projeto é o deputado Igor Soares, do PTN.

Conforme o jogo, pode ser até a parte mais importante.

Mas vai mesmo

Em eleição vale tudo: em São Paulo, por exemplo, o ex-tucano Andrea Matarazzo sai pelo PSD, partido do ministro Gilberto Kassab. Ambos têm sentimentos intensos um pelo outro: adorariam ver o hoje aliado coberto de rodelas de limão e com a maçã na boca. Andrea era oposição a Dilma, em cujo Governo Kassab foi ministro. E há quem jure que José Serra, que se dá bem com os dois mas cujo partido tem candidato (o empresário João Dória Jr.) poderia fechar com eles, para derrotar o governador Alckmin, tucano como Serra mas seu rival para ser candidato à Presidência.

Foi!!! 

Serra é ministro de Temer e seu aliado firme. Mas o PMDB do presidente Temer tem candidato em São Paulo: a ex-petista Marta Suplicy. Entretanto, não se confunda: aqui não estamos falando de caos, o velho e permanente caos da política nacional. A palavra é outra: confusão.

Chumbo Gordo - www.chumbogordo.com.br
carlos@brickmann.com.br
Twitter: @CarlosBrickmann

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS O PT INCOMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA

Li, com muita preocupação, a "Resolução sobre a conjuntura" do PT, análise ideológica, com nítido viés bolivariano, sobre os erros cometidos pelo partido por não ter implantado no Brasil uma "democracia cubana".

Em determinado trecho, lê-se:

"Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".

De rigor, a ideia do partido era transformar o Estado brasileiro num feudo petista, com reforma do Estado pro domo sua e subordinação a seus interesses e correligionários, as Forças Armadas, o Ministério Público, a Polícia Federal e a imprensa.

O que mais impressiona é que o desventrar da podridão dos porões do governo petista deveu-se, fundamentalmente, às três instituições, ou seja, imprensa, Ministério Público e Polícia Federal, que, por sua autonomia, independência e seriedade, não estão sujeitos ao controle dos detentores do poder.

Ao Ministério Público é outorgada total autonomia, pelos artigos 127 a 132 da Lei Suprema, e as polícias funcionam como órgãos de segurança do Estado e não são instrumentos ideológicos, conforme determina o artigo 144, da Carta da República. A Constituição Federal, por outro lado, no artigo 220, garante a absoluta liberdade aos meios de comunicação.

Por fim, as Forças Armadas, como instituição do Estado, e não do governo, só devem intervir, com base do artigo 142 da Constituição, em caso de conflito entre os poderes para restabelecimento da lei e da ordem.

É de se lembrar que, tiveram, durante a crise política deflagrada pelo mar de lama que invadiu as estruturas do governo, comportamento exemplar, mantendo-se à distância como observadoras, permitindo o fluir dos instrumentos democráticos para estancarem a desfiguração crescente da República brasileira.
Controlar a Polícia Federal, que descobriu o assalto aos cofres públicos? Manietar o Ministério Público, que tem denunciado os saqueadores do dinheiro dos contribuintes? Calar a imprensa, que permitiu à sociedade conhecer os profundos desmandos do governo por 13 anos? É isto o compromisso "democrático e nacionalista" do PT?

Modificar os currículos das academias militares para formar oficiais com ideologia bolivariana, a fim de servir ao governo, e não ao Estado, seria transformar as Forças Armadas em órgão de repressão, como ocorre com os exércitos de Maduro ou dos Castros.

Embora tenha muitos amigos no PT, sempre divergi das convicções políticas dos governantes ora alijados da Presidência, mas sempre entendi que sua intenção era a de respeitar as regras democráticas. Desiludi-me, profundamente, ao constatar que os maiores defensores da ética, como se apresentavam quando na oposição, protagonizaram o governo mais corrupto da história do mundo.

Pretenderem agora, em mea-culpa, arrependerem-se por não terem transfigurado o Brasil numa Cuba ou numa Venezuela é ter a certeza de que nunca desejaram viver, no país, uma autêntica democracia.

Penso mesmo que a presidente Dilma, que foi guerrilheira, como José Dirceu, intentando aqui implantar um regime marxista, durante o regime de exceção dos militares, jamais abandonou o objetivo daquela luta.

Após a leitura da "Resolução da Conjuntura", minhas dúvidas foram dissipadas. A democracia verdadeira nunca foi um ideal petista.

Ives Gandra da Silva Martins é Professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo e Unifmu, do CIEE/'O Estado de S. Paulo, da Eceme, da ESG e da Escola da Magistratura do Tribunal Regional Federal - 1ª região
Artigo publiucado originalmente no jornal O Globo.
Diário do Poder

APESAR DOS CORTES, PETROBRAS AINDA É ‘INCHADA’

A gigante Saudi Aramco, da Arábia Saudita, a maior petrolífera do mundo, produz um de cada oito barris de petróleo do planeta, está avaliada em R$ 6,5 trilhões e tem 65 mil funcionários. A Petrobras, que nem chega perto da Aramco em produção de petróleo, está avaliada no mercado em cerca de R$ 60 bilhões, se tanto, e paga salários a 249 mil pessoas, das quais 84 mil são concursadas e 165 mil terceirizadas. 

 CABIDE DE PETRÓLEO 

A Shell, a Exxon e a British Petroleum, outras gigantes do petróleo, empregam juntas 262.000 pessoas, 13 mil a menos que a Petrobras. 

 DESAFIO PELA FRENTE 

Pedro Parente terá um baita desafio: a Petrobras opera 7 mil postos no mundo; a Shell tem 44 mil, mas lucra trinta vezes mais. 

 ASSIM NÃO DÁ 

Mesmo depois cortar 30 mil funcionários e colocar mais 12 mil na fila da demissão voluntária, a Petrobras ainda tem 84 mil concursados. 

 INEFICIÊNCIA ESTATAL 

Em 2014, antes do Petrolão, a Petrobras lucrou US$ 1 bilhão; a Shell, US$ 14 bilhões; a Exxon, US$ 32,5 bilhões e a BP, US$ 12,1 bilhões.

Cláudio Humberto

“Dilma foi um mal para o Brasil. Quem não consegue entender isso é burro ou doente partidário esquerdista. “ (Eriatlov)

“Intelectuais frustrados são esquerdistas. Suas invejinhas ocultas necessitam de uma válvula de escape.” (Eriatlov)

Flores

Eu quero flores
Flores na sala e varanda
E não enfeitando a minha lápide.


PARA IRRITAR PETISTA: Ave Cezar, Ave Temer!

O governo Dilma foi sujo e incompetente. Mas a esquerda podre não dá o braço. O cocô dela para eles tem cheiro de rosa.